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Sistema urinário

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BIANCA ABREU-MD3 1 
 
Objetivos 
1. Descrever anatomia e histologia dos rins 
1.1. Localização, inervação e vascularização 
1.2. Comparar túbulos contorcidos, alça néfrica... 
2. Descrever a fisiologia renal 
2.1. Conceituar filtração, reabsorção, secreção e excreção** 
2.2. Relacionar a fisiologia com a histologia renal 
2.3. Explicar os mecanismos da filtração (autorregulação miogênica, feedback tubuloglomerular) 
2.4. Descrever o controle endócrino da formação da urina (relacionado a filtração, reabsorção e 
secreção→ ANG, Aldosterona) 
2.5. Descrever a influência do SNA no processo de filtração, reabsorção e secreção 
2.6. Relacionar a filtração com as forças de Starling 
2.7. Como ocorre a reabsorção? Explicar a reabsorção dos seguintes elementos: Cálcio, Sódio, 
Magnésio, Cloreto, Potássio, Hidrogênio, Glicose, Bicarbonato...... 
2.8. Descrever o mecanismo de formação da urina 
2.8.1. Aspectos físicos e químicos 
2.8.2. Fatores que alteram a coloração da urina: medicamentos, doenças hepáticas, 
ingestão de água, alimentação.... 
3. Quais os exames de imagem usados para descrever a anatomia normal do rim? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 2 
 
Estão localizados lateralmente à coluna vertebral no Espaço Retroperitoneal na Parede Abdominal Posterior entre 
a última (12ª) Vértebra Torácica e a 3ª Vértebra Lombar, sendo parcialmente protegidos pelas Vertebras Flutuantes. 
Cada polo superior é recoberto pela Glândula Suprarrenal/ Adrenal. Possui duas Porções: Externa e Interna. 
 Um rim normal, em um adulto, mede entre 10 e 12 cm de comprimento, de 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura 
– aproximadamente o tamanho de uma barra de sabão – e possui massa de 135 a 150 g. A Margem Medial Côncava 
de cada rim está voltada para a Coluna Vertebral. Próximo do centro da margem côncava encontra-se uma Fissura 
Vertical Profunda, chamada de Hilo Renal, pela qual o Ureter emerge do rim junto com Vasos Sanguíneos, Vasos 
Linfáticos e Nervos. Três camadas de tecido envolvem cada rim: 
• Camada Profunda (Cápsula Fibrosa): é uma lâmina transparente lisa de Tecido Conjuntivo Denso não 
Modelado, contínua com a Túnica Externa do Ureter. A cápsula serve como barreira contra trauma e ajuda 
a manter o formato do rim. Ela possui duas camadas distintas entre si: 
• Camada Externa: constituída de Fibroblastos e Fibras de Colágeno; 
• Camada Interna: constituída por Tecido Celular contento Miofibroblastos. Ressalta-se, ainda, que a contra-
ção dos Miofibroblastos auxilia na resistência às variações de Volume e Pressão que atingem a Função 
Renal. 
• A Cápsula penetra no Hilo, onde forma a cobertura de Tecido Conjuntivo do Seio Renal e se torna contínua 
com o Tecido Conjuntivo, formando as paredes dos Cálices e da Pelve Renal. 
• Camada Média (Cápsula Adiposa/ Gordura Perirrenal): é uma massa de Tecido Adiposo que envolve a 
Cápsula Fibrosa. Além disso, protege o rim contra trauma, mantendo-o firmemente no lugar, dentro da 
Cavidade Abdominal. 
• Camada Superficial (Fáscia Renal): é outra camada fina de Tecido Conjuntivo Denso não Modelado, 
que ancora o rim às estruturas adjacentes e à parede do Abdome. Na face anterior dos rins, a Fáscia Renal 
encontra-se profundamente ao Peritônio. 
• Córtex Renal (Parte Vermelha-Clara Externa): é a Camada mais Externa do Rim, caracterizada por 
apresentar textura lisa e que está em contato com a Cápsula Fibrosa. É caracteriza pelos corpúsculos renais 
e seus túbulos associados. Córtex= Corpúsculo Renal + Túbulos Contorcidos + Túbulos Retos (do 
Néfron) + Túbulos Coletores + Ductos Coletores + Suprimento Vascular. Divide-se em Zona Cortical 
Externa e Zona Justamedu-lar Interna: 
• Zona Cortical (Externa): contém Néfrons localizados quase inteiramente no Córtex, com Alças Néfricas 
curtas. São 85% dos Néfrons desempenham maior parte das funções de Filtração e Reabsorção; 
• Zona Justamedular (Interna): contém Néfrons que estão localizados em uma região mais próxima da 
Medula Renal e apresentam longas alças que se estendem para o interior das pirâmides renais. São os 15 
restantes, criam as condições necessárias para a produção de urina concentrada. 
• Medula Renal (Parte Marrom-Avermelhada Interna): consiste em diversas estruturas coniformes, 
chamadas Pirâmides Renais. A Base (extremidade mais larga) das Pirâmides está voltada para o Córtex 
 
BIANCA ABREU-MD3 3 
 
Renal e seu Ápice (extremidade mais estreita), chamado de Papila Renal, aponta para o Hilo Renal. A 
extremidade da Papila Renal, conhecida como Área Cribiforme, é perfurada pela abertura dos Ductos 
Coletores. As Pirâmides Renais se dividem em: 
• Medula Externa: adjacente ao Córtex Renal, subdivide-se em Zona Interna e Externa; 
• Medula Interna. 
As coberturas de Tecido Cortical que estão sobre as Pirâmides se estendem perifericamente em torno da porção 
lateral da Pirâmide formando as Colunas Renais. 
Juntos, o Córtex e a Medula Renal, formada pelas Pirâmides Renais, constituem o Parênquima do Rim. No interior do 
Parênquima, encontram-se as menores unidades funcionais dos Rins, aproximadamente 1 milhão de Néfrons. A Urina 
formada pelos Néfrons drena para grandes Ductos Papilares que se estendem pelas papilas Renais das Pirâmides. 
Os Ductos Papilares drenam para estruturas cupuliformes, chamadas de Cálices Renais Maiores e Menores – 
cada Rim possui entre 8 e 18 Cálices Menores, e entre 2 e 3 Cálices Maiores. 
 
O hilo expande-se em uma cavidade dentro dos rins, chamada de Seio Renal, que contém parte da Pelve Renal, os 
Cálices Renais e os Ramos dos Nervos e Vasos Sanguíneos dos Rins. O Tecido Adiposo ajuda a estabilizar a 
posição dessas estruturas no Seio Renal. 
Lobos e Lóbulos Renais: cada Pirâmide Medular 
+ Tecido Cortical associado em sua Base e 
Laterais formam um Lobo. Portanto, o número de 
Lobos de um Rim é igual ao número de Pirâmides 
Medulares. Já um Lóbulo, consiste em um conjunto 
de Néfrons + Ducto Coletor responsável pela 
drenagem destes Néfrons (Unidade Secretora 
Renal). Desse modo, os Lobos se subdividem em 
Lóbulos. 
 
O Cálice Menor recebe a 
Urina proveniente dos 
Ductos Papilares da 
Papila Renal
A Urina é distribuída aos 
Cálices Maiores, sendo 
drenada para uma 
cavidade grande e 
simples, a Pelve Renal
Da Pelve Renal, a Urina 
é drenada, em ambos os 
lados, para fora, através 
dos Ureteres até a 
Bexiga Urinária, onde 
fica armazenada
Os Rinsrecebem 
cerca de 1,2 
litros de sangue 
por minuto da 
Artéria Renal 
(ramificação da 
Artéria Aorta 
Abdominal). 
A Artéria Renal, 
após penetrar o Seio 
Renal, ramifica-se 
em Artérias 
Segmentares, que, 
por sua vez, 
ramificam-se em 
Artérias 
Interlobares que 
irradiam rumo ao 
Córtex Renal por 
meio das Colunas 
Renais 
Na Base das 
Pirâmides 
Renais, as 
Artérias 
Interlobares se 
curvam entre o 
Córtex e a 
Medula, 
originando as 
Artérias 
Arqueadas
As Artérias 
Arqueadas, por 
sua vez, dividem-
se e produzem 
uma série de 
Artérias 
Interlobulates 
(passam entre os 
Lóbulos dos Rins)
Após isso, as 
Artérias 
Interlobulares 
entram no 
Córtex Renal e 
originam os 
ramos 
conhecidos como 
Arteríolas 
Eferentes
Devido ao Fígado, o Rim Direito é ligeiramente mais inferior 
 
BIANCA ABREU-MD3 4 
 
Individualmente, os Néfrons são vascularizados pelas Arteríolas 
Aferentes Renais/Glomerulares, as quais dão origem a um 
Enovelado Capilar chamado Glomérulo Renal. O Glomérulo Renal, 
por sua vez, se reúne e forma uma Arteríola Eferente 
Renal/Glomerular, que leva o sangue para fora do Glomérulo Renal. 
Desse modo, as Arteríolas Eferentes se dividem para formar os 
Capilares Peritubulares, que drenam o sangue até as Veias 
Interlobulares, que conduzem para as Veias Arqueadas e, depois, 
às Veias Interlobares, desembocando, finalmente, na Veia Renal. 
Obs.: O suprimento de sangue dos Néfrons Corticais Superficiais 
difere do suprimento para os Néfrons Justamedulares. Nos NéfronsSuperficiais, Capilares Peritubulares se ramificam das Arteríolas 
Eferentes e distribuem nutrientes para as Células Epiteliais. Esses 
capilares também servem como suprimento sanguíneo para a reabsorção e secreção. Nos Néfrons Justamedulares, 
os Capilares Peritubulares têm a especialização chamada de Vasos Retos que são longos Vasos Sanguíneos em 
forma de grampo que seguem o mesmo curso da Alça Néfrica. Os Vasos Retos servem como trocadores osmóticos 
para a produção de Urina concentrada. 
Muitos Nervos Renais se originam no Gânglio Renal (Plexo Celíaco) e passam pelo Plexo Renal para os Rins, 
juntamente com as Artérias Renais. Os Nervos Renais integram a Parte Simpática da Divisão Autônoma do Sistema 
Nervoso. A maior parte consiste em Nervos Vasomotores que regulam o fluxo sanguíneo renal, causando dilatação 
ou constrição das arteríolas renais. 
Néfrons: são as menores Unidades Estruturais Funcionais dos Rins. Componentes em ordem: Cápsula de Bowman, 
Túbulo Contorcido Proximal, Túbulo Reto Proximal, Alça Néfrica (com o segmento descendente fino, o Segmento 
Ascendente Fino e o Segmento Ascendente Espesso), Túbulo Contorcido Distal e Ductos Coletores. Cada Néfron 
consiste em duas partes: Corpúsculo Renal e Túbulo Renal: 
Corpúsculo Renal: formado pelo Glomérulo Renal (tufo de Capilares composto de 10 a 20 Alças Capilares) + 
circundado pela Cápsula Renal/Glomerular/de Bowman (capuz epitelial de 2 camadas que circunda os Capilares 
Glomerulares). A Filtração ocorre na Cápsula Glomerular, produzindo o Ultrafiltrado Glomerular. Além disso, 
encontramos dois polos: Polo Vascular (local de entrada e saída das Arteríolas Aferente e Eferente Renais na Camada 
Parietal da Cápsula Renal); e o Polo Urinário (está em oposição ao Polo Vascular e corresponde à região por onde 
se inicia o Túbulo Contorcido Proximal). 
Túbulo Renal: região por onde passa o Ultrafiltrado. O Túbulo Renal consiste em: 
Túbulo Contorcido Proximal: situa-se no Córtex Renal; 
Alça Néfrica: estende-se à Medula Renal (Ramo Descendente da Alça Néfrica), realiza uma curva e retorna ao Córtex 
(Ramo Ascendente da Alça Néfrica), sendo formada por: 
Túbulo Reto Proximal (Ramo Descendente Espesso da Alça Néfrica): desce até a Medula Renal; 
Ramo Descendente Delgado: é a continuação Do Túbulo Reto Proximal dentro da Medula. Ele faz uma volta 
semelhante a um grampo de cabelo e retorna na direção do Córtex; 
Ramo Ascendente Delgado: é a continuação do Ramo Descendente Delgado após sua volta semelhante a um 
grampo de cabelo; 
 
BIANCA ABREU-MD3 5 
 
Túbulo Reto Distal (Ramo Ascendente Espesso da Alça Néfrica): é a continuação do Ramo Ascendente Delgado. 
O Túbulo Reto Distal ascende através da Medula e entra no Córtex no raio medular para alcançar a vizinhança de 
seu Corpúsculo Renal de origem. 
O Túbulo Reto Distal, então, deixa o Raio Medular e faz contato com o Polo Vascular de seu Corpúsculo Renal. Nesse 
ponto, as Células Epiteliais do túbulo adjacente à Arteríola Aferente do Glomérulo são modificadas para formar a 
Mácula Densa. O Túbulo Distal, então, deixa a região do Corpúsculo Renal e se torna o Túbulo Contorcido Distal. 
Túbulos/Ductos Coletores: os Túbulos Coletores começam no labirinto cortical, como Túbulos Conectores ou 
Túbulos Coletores Arqueados, e prosseguem até o Raio Medular, onde se unem aos Ductos Coletores. Os Ductos 
Coletores dentro do Córtex são referidos como Ductos Coletores Corticais. Quando estes alcançam a Medula, são 
denominados Ductos Coletores Medulares. Esses ductos seguem seu curso até o Ápice da Pirâmide Medular, onde 
se fundem com ductos coletores maiores, chamados Ductos Papilares/ de Bellini, que desembocam no Cálice Menor. 
A área da Papila que contém as aberturas desses Ductos Coletores é denominada Área Cribriforme. 
Néfrons Subcapsulares/Corticais: 
têm seus Corpús-culos Renais 
localizados na parte externa do Córtex. 
Eles têm Alças Néfricas curtas, 
estendendo-se apenas até a região 
externa da Medula. 
Néfrons Justamedulares: constituem 
cerca de um oitavo do total de Néfrons. 
Seus Corpúsculos Renais ocorrem 
em proximidade à base de uma 
Pirâmide Medular. Eles têm Alças 
Néfrica longas e Segmentos 
Ascendentes Delgados Longos que se 
estendem bem para dentro da região interna da Pirâmide. 
Néfrons Intermediários/Mesocorticais: têm seus Corpúsculos Renais na região média do Córtex. Suas Alças 
Néfricas apresentam comprimento intermediário. 
Ureteres: as Contrações Peristálticas das paredes musculares dos Ureteres empurram a Urina da Pelve Renal para 
a Bexiga Urinária, transporte esse, também facilitado pela Força Gravitacional e Pressão Hidrostática. Eles são 
tubos estreitos localizados no Espaço Retroperitoneal com paredes espessas. Os Ureteres se curvam medialmente, 
passam obliquamente através da parede da Face Posterior da Bexiga Urinária e se abrem no Óstio do Ureter situado 
no assoalho da Bexiga Urinária. Em virtude deste trajeto, distinguem-se as duas partes do Ureter: Porção Abdominal 
e Pélvica. 
Curiosidade! Não há Válvula/Esfíncter no Óstio dos Ureteres, porém, conforme a Bexiga Urinária se enche 
com Urina, a Pressão Interna comprime os Óstios oblíquos dos Ureteres, o que impede o Fluxo Retrógrado 
de Urina. Caso esse mecanismo não esteja funcionando corretamente, é possível que micróbios subam os 
Ureteres a partir da Bexiga Urinária e infectem ambos os Rins. 
Bexiga Urinária: é um órgão muscular elástico oco, situado na Cavidade Pélvica, posteriormente à Sínfise Púbica 
que funciona como reservatório temporário para o armazenamento de Urina. Quando a Bexiga está cheia, ela 
ascende para a Cavidade Abdominal. Ademais, a Bexiga possui diferenças anatômicas entre os homens e 
mulheres. 
 
BIANCA ABREU-MD3 6 
 
• Bexiga Masculina: localiza-se diretamente anterior 
ao Reto; 
• Bexiga Feminina: localiza-se à frente da Vagina e 
abaixo do Útero. 
A capacidade média da Bexiga Urinária é de 700 – 800 ml, volume menor nas mulheres porque o Útero ocupa 
o espaço imediatamente acima da Bexiga. 
Quando a Bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da Bexiga, 
chamada Trígono da Bexiga Urinária, é sempre lisa e não exibe rugas. Este Trígono é limitado por três vértices: os 
pontos de entrada dos dois Ureteres e o ponto de saída da Uretra. O Trígono é importante clinicamente, pois as 
infecções tendem a persistir nessa área. 
A saída da Bexiga Urinária contém o Músculo Esfíncter chamada Esfíncter Interno, que se contrai involuntária-mente, 
prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao Músculo Esfíncter, envolvendo a parte superior da Uretra, está o 
Esfíncter Externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de Urinar. 
Uretra: é um pequeno tubo que se origina do Óstio Interno da Uretra, no assoalho da Bexiga Urinária, até o exterior 
do corpo, levando Urina através do Óstio Externo da Uretra. A Uretra apresenta diferenças anatômi-cas, assim como 
a Bexiga Urinária, em ambos os sexos: 
• Uretra Masculina: faz parte dos Sistemas 
Urinário e Reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, 
é muito mais longa que a Uretra Feminina. Quando 
a Uretra Masculina deixa a bexiga, ela passa 
através da Próstata e se estende ao longo do 
Pênis. Logo, conduz a urina e o esperma. É 
dividida em 3 porções: a Prostática, a 
Membranácea e a Esponjosa, cujas as estruturas 
e relações são essencialmente diferentes. Na 
Uretra Masculina existe uma abertura diminuta em 
forma de fenda, um Ducto Ejaculatório. 
• Uretra Feminina: a uretra é curta e faz parte 
exclusivamente do sistema urinário. Seu Óstio 
Externo localiza-se anteriormente à Vagina e entre 
os Lábios Menores. 
 
 
Curiosidade! Nas mulheres, diferentemente dos homens, a abertura uretral é encontrada anteriormente às 
aberturas da Vagina e do Ânus. Esse fator, somado ao fato de que a Uretra feminina é mais curta, predispõe 
as mulheresde, devido ao fato de sua proximidade com bactérias originárias do Intestino Grosso, a adquirirem 
Infecções do Trato Urinário (ITU’s), sendo o principal agente etiológico a bactéria Escherichia coli. 
Corpúsculo Glomerular/Renal: é uma estrutura esférica que consiste em um Tufo Capilar Glomerular (10 a 20 
Alças Capilares), o Glomérulo Renal, circundado por um Capuz Epitelial formado por dois folhetos, os Folhetos 
Visceral e Parietal que formam, juntos, a Cápsula de Bowman. Os Capilares Glomerulares são supri-dos pela 
Arteríola Aferente e drenados por uma Arteríola Eferente que, em seguida, ramifica-se para suprir, agora, os 
Túbulos Renais. A Cápsula de Bowman consiste em Folheto Parietal (Externo, formado por Células Epiteliais 
Pavimentosas Simples) e Folheto Visceral (Interno, constituído por Epitélio Visceral/Glomerular constituído por 
Células Epiteliais Escamosas Simples Grandes modificadas, conhecidas como Podócitos- os quais apresentam 
projeções celulares chamadas Pedicelos ou Pés, que se entrelaçam em torno da camada única de Células Epiteliais 
dos Capilares Glomerulares). O Espaço Capsular que separa os dois Folhetos recebe o líquido filtrado através das 
paredes fenestradas dos Capilares. 
O local onde as Arteríolas Aferente e Eferente penetram e saem do Folheto Parietal da Cápsula Glomerular é 
denominado Polo Vascular. Oposto a esse local está o Polo Urinário do Corpúsculo Renal, onde o Túbulo Contor-
cido Proximal começa. 
 
BIANCA ABREU-MD3 7 
 
Túbulo Contorcido Proximal: origina-se no Polo Urinário da Cápsula de Bowman e segue um curso muito tortuoso 
ou contorcido e, entrando no Raio Medular para continuar como Túbulo Reto Proximal (Ramo Descendente 
Espesso da Alça Néfrica). Fisiologicamente, é o principal local de Reabsorção. Histologica-mente, apresenta um 
revestimento Epitelial Cúbico Simples com Bordas em Escova que apresenta as seguintes características: 
Borda em Escova formada por Microvilosidades longas e retas afim de aumentar a área de Reabsorção; 
Presença de Zônulas de Oclusão que vedam o Espaço Intercelular das Células do Lúmen Tubular e Zônulas de 
Adesão que mantém a união entre as células vizinhas; 
Presença de Pregas/Dobras nas Superfícies Laterais das Células; 
Extensa Interdigitação dos Prolongamentos Basais das Células Adjacentes; 
Presença de Feixes de Microfilamentos de Actina na Porção Basal das Células do TCP, os quais desempe-nham 
papel na regulação da movimentação de Líquido Filtrado em direção ao Capilar Peritubular adjacente; 
Presença de Estrias Basais, que consistem em Mitocôndrias alongadas concentradas nos Prolongamentos Basais. 
Túbulo Reto Proximal (Ramo Descendente Espesso): suas Células não são tão especializadas para Absorção 
como as do Túbulo Contorcido Proximal. São mais curtas, com uma Borda em Escova menos desenvolvida e 
Prolongamentos Laterais e Basolaterais menos complexos e em menor número. As Mitocôndrias são menores do que 
aquelas das células do segmento contorcido e estão aleatoriamente distribuídas no citoplasma. Existem menos 
Invaginações Apicais e Vesículas Endocitóticas, bem como menos Lisossomos. O Ramo Descendente Espesso desce 
até a Medula Renal; 
Ramo Descendente Delgado: é a continuação do Túbulo Reto Proximal dentro da Medula. Ele faz uma volta 
semelhante a um grampo de cabelo e retorna na direção do Córtex. O comprimento do Segmento Delgado varia 
com a localização do Néfron no Córtex. Os Néfrons Justamedulares têm os Ramos mais longos; os Néfrons 
Corticais têm os Ramos mais curtos. Além disso, vários tipos celulares estão presentes no Segmento Delgado. Ao 
microscópio óptico, é possível detectar 4 tipos de Células Epiteliais: 
Epitélio do Tipo I: é encontrado nos Ramos Descendente e Ascendente Delgados da Alça Néfrica dos Néfrons de 
Alça Curta. Ele consiste em um Epitélio Simples e fino, onde as células quase não têm Interdigitações com as células 
vizinhas e exibem poucas organelas; 
Epitélio do tipo II: encontrado no Ramo Descendente Delgado dos Néfrons de Alça Longa no Labirinto Cortical, 
consiste em Epitélio mais alto. Essas células possuem organelas abundantes e têm muitas Microvilosidades; 
Epitélio do tipo III: encontrado no Ramo Descendente Delgado na Medula Interna, consiste em um epitélio mais 
delgado. As células têm uma estrutura mais simples e menos MICROVILOSIDADES do que as Células Epiteliais so 
Tipo II. As Interdigitações Laterais estão ausentes; 
Epitélio do Tipo IV: encontrado na volta dos Néfrons de Alça Longa e através de todo o Ramo Ascendente Delgado, 
consiste em um epitélio baixo, achatado, sem microvilosidades. As células possuem poucas organelas. 
Ramo Ascendente Delgado: é a continuação do Ramo Descendente Delgado após sua volta semelhante a um 
grampo de cabelo. 
Túbulo Reto Distal (Ramo Ascendente Espesso): é a continuação do Ramo Ascendente Delgado. Ascende através 
da Medula e entra no Córtex no Raio Medular para alcançar a vizinhança de seu Corpúsculo Renal de origem. O 
 
BIANCA ABREU-MD3 8 
 
Túbulo Reto Distal então deixa o Raio Medular e faz contato com o Polo Vascular. Nesse ponto, as Células Epiteliais 
do Túbulo adjacente à Arteríola Aferente são modificadas para formar a Mácula Densa. O Túbulo Distal então deixa 
a região do Corpúsculo Renal e se torna o Túbulo Contorcido Distal. 
Túbulo Contorcido Distal: é menos tortuoso que o Túbulo Contorcido Proximal. Em seu término, o Túbulo 
Contorcido Distal desemboca em um Ducto Coletor que se localiza no Raio Medular através de um Túbulo Coletor 
Arqueado. 
Túbulos e Ducto Coletor: os Túbulos Coletores começam no labirinto cortical, como Túbulos Conectores ou Túbulos 
Coletores Arqueados, e prosseguem até o Raio Medular, onde se unem aos Ductos Coletores. Os Ductos Coletores, 
quando dentro do Córtex são referidos como Ductos Coletores Corticais, quando dentro da Medula, são 
denominados Ductos Coletores Medulares. Esses ductos seguem seu curso até o Ápice da Pirâmide, onde se 
fundem com os Ductos Papilares, que desembocam no Cálice Menor. A área da Papila Medular que contém as 
aberturas desses ductos coletores é denominada Área Cribriforme. 
 
• Regulação do líquido extracelular e da pressão sanguínea: Quando o volume do líquido 
extracelular diminui, a pressão sanguínea também diminui. Os rins trabalham de forma integrada 
com o sistema circulatório a fim de evitar a oscilação desses níveis, mantendo-os em uma faixa 
aceitável. 
• Controle da osmolaridade: O corpo integra a função renal com a comportamental, à exemplo da 
sede, promovendo a regulação osmótica. 
• Manutenção do equilíbrio iônico: Os rins, por meio de reabsorção e secreção, mantém a 
concentração de boa parte dos íons–chave dentro de uma faixa normal pelo balanço entre 
ingestão e perda urinária. 
• Excreção: Os rins são órgãos fundamentais para a remoção de subprodutos metabólicos e 
substâncias exógenas da circulação sanguínea. 
 
BIANCA ABREU-MD3 9 
 
• Produção hormonal: Embora os rins não sejam glândulas endócrinas, atuam desempenhando 
importante papel em diversas vias, regulando o balanço de íons como o Ca2+, Na+, K+ e 
promovendo a homeostase da pressão sanguínea. 
–
O néfron é a unidade funcional do rim. Cada rim humano contém cerca de 1,2 milhão de néfrons que são 
tubos ocos compostos de: 
• Corpúsculo renal: Representado pelos capilares glomerulares e pela capsula de Bowman. Sua 
função consiste na filtração sanguínea. 
• Grande túbulo: Uma vez que o sangue foi filtrado, passa por diversas partes desse túbulo e sofre 
modificações em seu conteúdo devido à constante secreção e reabsorção iônica. 
O grande túbulo é constituído por: a) Túbulo contorcido proximal; b) Alça néfrica; c) Túbulo contorcido 
distal; d) Ducto coletor. 
• Capilares peritubulares: Circundam o interstício paralelo ao grande túbulo a fim de receber e 
doar íons na troca com o túbulo renal. 
 
Do processo de filtração à excreção,a urina passa por diversas etapas até ser formada, sendo elas: 
• Filtração: Passagem do fluxo plasmático pelo corpúsculo renal. Infere-se que no glomérulo há 
resistência a algumas substâncias, sendo o remanescente no túbulo um ultrafiltrado do plasma 
sanguíneo. 
• Reabsorção: Retomada de íons de interesse do túbulo renal para o interstício e, posteriormente, 
para o sangue pelo organismo, por meio de transportes passivos e ativos. Promove o equilíbrio 
iônico junto à etapa seguinte. 
 
BIANCA ABREU-MD3 10 
 
• Secreção: Expulsão de substâncias tóxicas ou em excesso do sangue para o interstício e, após 
isso, para o túbulo renal, possibilitando o balanço homeostático. 
• Excreção: Remoção de substâncias desprezadas pelo organismo para o meio externo. 
Pressões atuantes 
 Para que a filtração ocorra no sentido do fluxo plasmático renal, é necessário que haja uma resultante 
entre as pressões atuantes no glomérulo, sendo elas as forças de Starling 
• Pressão hidrostática capilar: É a pressão que favorece a filtração, imposta pelo fluxo sanguíneo 
capilar. 
• Pressão hidrostática glomerular: É a força que se opõe à filtração, sendo exercida pelo líquido 
presente no lúmen do néfron. 
• Pressão oncótica nos capilares glomerulares: Ela também se opõe à filtração, sendo 
determinada pela concentração de proteínas no sangue do capilar glomerular. 
O volume líquido que é filtrado dentro da capsula de Bowman por unidade de tempo é a TFG. Ela é 
essencial para a determinação da função renal e, para que isso seja feito, faz uso de marcadores renais 
para a verificação da eficiência da filtração glomerular. 
Para ser considerado um bom marcador renal, é necessário que a substância: 
Seja facilmente filtrada. 
Não seja reabsorvida ou secretada no túbulo renal. 
Ao ser infundida, não altere a TFG. 
Sendo assim, o melhor marcador renal existente é a insulina. De fonte exógena e sendo 
necessária sua aplicação endovenosa para determinar a função renal, os testes utilizando essas 
substâncias, apesar de obterem 100% de eficácia, são muito dispendiosos. 
Em contrapartida, há uma substância endógena que é completamente filtrada e levemente secretada no 
túbulo renal – a creatinina. Atualmente os testes envolvidos na mensuração dos índices de creatinina são 
os mais utilizados para a determinação da função renal. 
Ademais, a TFG sofre influência das pressões anteriormente descritas e pode ser modificada a depender 
da contratilidade da vascularização aferente e eferente que chega no corpúsculo renal. 
Constrição da Arteríola Aferente: Quando esse vaso passa a fornecer uma resistência, ocorre a 
diminuição do fluxo plasmático renal, diminuindo, assim, a pressão hidrostática capilar e, posteriormente, 
a taxa de filtração glomerular. 
Constrição da Arteríola Eferente: Quando esse vaso passa a fornecer uma resistência, ocorre o acúmulo 
de sangue adjacente ao corpúsculo renal mesmo que o fluxo plasmático se torne diminuído, havendo o 
aumento da pressão hidrostática capilar e, posteriormente, da taxa de filtração glomerular. 
 
BIANCA ABREU-MD3 11 
 
A TGF está sujeita à autorregulação de modo a proteger as Barreiras de Filtração da Pressão Arterial 
que, quando alta, pode danificá-las. Existem, então, dois mecanismos: (1) Autorregulação Miogênica e 
(2) Retroalimentação/Feedback Tubuloglomerular. 
Autorregulação 
Autorregulação Miogênica: 
 
Quando a Pressão Arterial Média cai para menos de 80mmHg, a TFG diminui como resposta adaptativa, 
pois se menos Plasma é filtrado, o decréscimo na TFG ajuda o corpo a conservar o Volume Sanguíneo. 
Retroalimentação/Feedback Tubuloglomerular: é uma via de controle local, na qual o Fluxo de Líquido 
por meio dos Túbulos Renais altera a TFG. O Aparelho Justaglomerular é formado pela interação entre 
as paredes Tubulares e Arteriolares, que entram em contato umas com as outras e sofrem modificações. 
A Porção Modificada do Epitélio Tubular é formado por uma placa de Células, chamada Mácula Densa. 
A parede da Arteríola Aferente adjacente possui Células Musculares Lisas Especializadas, conhecidas 
como Células Granulares/Justaglomerulares/JG, que secretam Renina, uma enzima envolvida no 
balanço de Sal e Água. 
 
Evidências demonstram que a Comunicação Parácrina entre a Mácula Densa e a Arteríola Afrente é 
complexa, onde foram identificados como sinalizadores: ATP, Adenosina e Óxido Nítrico. 
O Músculo Liso da 
Arteríola Aferente 
se estira devido ao 
aumento da 
Pressão Arterial
O Estiramento 
promove a 
abertura de Canais 
Iônicos Sensíveis 
ao Estiramento, o 
que despolariza as 
Fibras Musculares 
A Despolarização 
das Fibras 
Musculares leva à 
abertura de Canais 
de Cálcio (Ca+2) 
Dependentes de 
Voltagem, e o 
Músculo Liso 
Vascular se contrai
A Vasoconstrição 
aumenta a 
Resistência ao 
Fluxo Sanguíneo 
através das 
Arteríolas, o que 
diminui a Pressão 
de Filtração no 
Glomérulo Renal
Se a Pressão 
Arterial diminui, o 
tônus vasomotor 
de contração 
desaparece e a 
Arteríola se torna 
dilatada
Quando o NaCl que passa pela 
Mácula Densa aumenta, como 
resultado da TFG aumentada, as 
Células da Mácula Densa enviam 
Sinais Parácrinos à Arteríola 
Aferente vizinha
A Arteríola Aferente se contrai, 
aumentando a Resistência e 
diminuindo a TFG
O Fluxo de NaCl também pode 
ser detectado pelas Células 
Tubulares Renais através dos 
Cílios Primários, localizados na 
Superfície Apical voltada ao 
lúmen
 
BIANCA ABREU-MD3 12 
 
 
Regulação Hormonal: diversos hormônios influenciam a Resistência Arteriolar, dentre eles a 
Angiotensina II, um potente vasoconstritor e as Prostaglandinas, potentes vasodilatadoras. Estes 
hormônios podem, além disso, afetar o Coeficiente de Filtração devido a sua atuação sobre os Podócitos 
e Células Mesangiais. Desse modo, os Podócitos alteram o tamanho das fendas de Filtração 
Glomerular. Se as fendas se alargam, ocorre um aumento na área de superfície disponível para a 
filtração, e a TFG aumenta. A contração das Células Mesangiais evidentemente altera a área de 
superfície do Capilar Glomerular disponível para a filtração. 
Sistema Nervoso Autônomo: é mediado pelos Neurônios Simpáticos que inervam as Arteríolas 
Aferente e Eferente Renais. Quando ativado, o SNASimpático, via Receptores Alfa presentes no 
Músculo Liso Vascular, promove vasoconstrição. Em uma situação em que a Pressão Arterial 
Sistêmica caia abruptamente, como ocorre em uma Hemorragia ou Desidratação Grave, a 
Vasoconstrição diminui a TFG e o Fluxo Sanguíneo Renal. 
 
Aparelho de Filtração Glomerular: o Corpúsculo Renal contém o AFG do Rim, o qual consiste no (1) 
Endotélio Capilar Glomerular; na (2) Membrana Basal Glomerular; e (3) Folheto Visceral da Cápsula 
de Bowman. 
 
BIANCA ABREU-MD3 13 
 
Endotélio dos Capilares Glomerulares: contêm numerosas Fenestrações de contornos irregulares, 
grandes o bastante para que a maioria dos componentes seja devidamente filtrada, entretanto, pequenas 
o suficiente para impedir que as Células Sanguíneas atravessem o capilar. As Células Endoteliais dos 
Capilares Glomerulares possuem numerosos Canais de Aquaporina-1 (AQP-1), os quais permitem o 
movimento de água através do Endotélio. Além disso, na Superfície das Fenestrações (Poros), 
encontram-se Proteínas de Carga Negativa que repelem outras Proteínas de Carga Negativa. 
As Células Endoteliais também secretam produtos, como o Óxido Nítrico (NO) e as Prostaglandinas 
(PGE2), envolvidos na patogênese de diversas Doenças Glomerulares Trombóticas. 
Membrana Basal Glomerular (MBG): é uma Lâmina Basal espessa, produto da união entre Endotélio 
Capilar e Podócitos, sendo composta por Colágeno do Tipo IV (cadeias a3, a4 e a5), Laminina, 
Nidogênio, Entactina, Proteoglicanos (Agrina e Perlecana), assim como Proteínas Multiadesivas. A 
MBG restringe o movimento de partículas, como Proteínas Plasmáticas, maiores que cerca de 70.000 
dáltons ou 3,6nm de raio (ex: Albumina e Hemoglobina). Embora a albumina não seja um constituinte 
habitual, algumas vezes pode ser encontrada na Urina, indicando que o tamanho da Albumina está 
próximo do tamanho do Poro da Barreira de Filtração. Os Glicosaminoglicanos Polianiônicos das Lâminas 
Raras têm fortes Cargas Negativas e restringem o movimento das partículas aniônicas e moléculas 
através da MBG. Apesar da capacidade da Barreira de Filtração de restringir a Proteína, vários gramas 
de proteína de fato atravessam a barreira todos os dias. Essas proteínas são reabsorvidas por 
Endocitose no Túbulo Contorcido Proximal. 
Lâmina Rara Externa: são adjacente aos Prolongamentos dos Podócitos. Ela é particularmente rica em 
Poliânions, como o Heparan Sulfato, que impede especificamente a passagem de moléculas com Carga 
Negativa; 
Lâmina Rara Interna: adjacente ao Endotélio Capilar. Suas características são semelhantes às da 
Lâmina Rara Externa; 
Lâmina Densa: contém Colágeno do tipo IV, que é organizado em uma rede que age como um filtro 
físico. O Colágeno do Tipo XVIII, a Perlecana, e a Agrina são responsáveis pela maior parte das 
Cargas Aniônicas encontradas na Membrana Basal Glomerular. A Laminina e outras proteínas presentes 
nas Lâminas Raras Interna e Externa estão envolvidas na fixação das Células Endoteliais e dos 
Podócitos à MBG. 
Folheto Visceral da Cápsula de Bowman: contém células especializadas denominadas Podócitos ou 
Células Epiteliais Viscerais. Estas células projetam prolongamentos, chamados Pedicelos ou Pés ao 
redor dos Capilares Glomerulares. O Prolongamento Podálico realiza Interdigitações com os 
Prolongamentos Podálicos dos Podócitos vizinhos. Os espaços alongados entre os Prolongamentos 
Podálicos Interdigitantes, denominados Fendas de Filtração, são cobertos por um Ultrafino Diafragma 
que se espalha por sobre as fendas ligeiramente acima da MBG, o Diafragma da Fenda de Filtração. 
Esse Folheto contém diversas Proteínas Exclusivas, tais como: Nefrina e a Podocina. 
Curiosidade! As Proteínas Exclusivas foram descobertas através de estudos em Doenças Renais 
Congênitas, nas quais as proteínas estão ausentes ou anormais. Nesses casos, as Proteínas Exclusivas 
atravessam a Barreira de Filtração Glomerular e se tornam componentes da Urina. 
As Fendas de Filtração apresentam complexa estrutura proteica, na qual a Nefrina constitui o 
componente estrutural e funcional essencial do Diafragma da Fenda. As moléculas de Nefrina emergem 
dos Prolongamentos Podálicos e interagem no centro da fenda (Interações Homofílicas) formando um 
 
BIANCA ABREU-MD3 14 
 
centro de alta densidade com Poros em ambos os lados. O Diafragma da Fenda de Filtração está 
firmemente ancorado a numerosos Filamentos de Actina presentes nos Pedicelos dos Podócitos. A 
regulação e a manutenção do Citoesqueleto de Actina dos Podócitos surgiram como um processo 
fundamental para regular o tamanho, a permeabilidade e a seletividade das Fendas de Filtração. 
Mesângio: a MBG é compartilhada por vários capilares, criando um espaço contendo um grupo adicional 
de células, as Células Mesangiais, que se encontram envolvidas pela MBG. A união entre as Células 
Mesangiais e sua Matriz Extracelular forma o Mesângio. As Células Mesangiais localizadas fora do 
Corpúsculo Renal ao longo do Polo Vascular passam a se chamar Células Reticuladas e fazem parte do 
Aparelho Justaglomerular. Elas apresentam determinadas funções. Tais como: 
Fagocitose e Endocitose: removem os resíduos aprisionados e as proteínas agregadas da MBG e do 
Diafragma da Fenda de Filtração, mantendo assim o Filtrado Glomerular desprovido de resíduos; e 
realizam a Endocitose, processando uma variedade de Proteínas Plasmáticas, incluindo 
Imunocomplexos, o que contribui para a manutenção da estrutura e da função da Barreira Glomerular; 
Suporte Estrutural: produzem componentes da Matriz Mesangial Extracelular que proporcionam suporte 
aos Podócitos nas áreas onde a Membrana Basal Epitelial está ausente ou incompleta, oferecendo 
sustentação física aos Capilares; 
Controle do Fluxo Sanguíneo: seu citoplasma contém Filamentos de Miosina e Receptores para 
Angiotensina II, a qual estimula a contração dos filamentos de miosina. Logo, modulam a Distensão 
Glomerular em resposta a um aumento da Pressão Arterial; 
Secreção de Moléculas: as Células Mesangiais sintetizam e secretam várias moléculas como a 
Interleucina-1 (IL-1), PGE2 e o Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas (PDGF), que têm um 
papel central na resposta à Lesão Glomerular. 
Aparelho Justaglomerular: inclui a Mácula Densa, as Células Justaglomerulares e as Células 
Reticuladas (Mesangiais Extraglomerulares). Situando-se adjacente às Arteríolas Aferentes e 
Eferentes e a algumas Células Mesangiais Extraglomerulares no Polo Vascular do Corpúsculo Renal 
está a porção terminal do Túbulo Reto Distal Do Néfron. Nesse local, a parede do Túbulo contém 
células distintas, estreitas, com núcleos aglomerados (densos, daí o nome) e mais altas que as outras 
Células do Túbulo Distal, que são referidas coletivamente como Mácula Densa. 
Nessa mesma região, as Células Musculares Lisas da Arteríola Aferente e, algumas vezes, da Arteríola 
Eferente são modificadas, chamando-se Células Justaglomerulares, as quais contêm Grânulos 
Secretores, e seus núcleos são esféricos, ao contrário dos núcleos alongados das Células Musculares 
Lisas Típicas. 
O Aparelho Justaglomerular regula a Pressão Arterial através da ativação do Sistema Renina-
Angiotensina-Aldosterona (SRAA). Em certas Condições Fisiológicas (baixa ingestão de sódio) ou 
Patológicas (diminuição do volume de sangue circulante secundária a Hemorragia ou redução da 
Perfusão Renal em virtude de compressão das Artérias Renais), ocorre a ativação do Sistema Renina-
Angiotensina-Aldosterona (SRAA). 
 
BIANCA ABREU-MD3 15 
 
 
A Angiotensina II também é um poderoso vasoconstritor, que desempenha papel regulador no controle 
da Resistência Vascular Renal e Sistêmica. 
Obs.: a Arteríola Eferente é mais sensível à Angiotensina II que a Arteríola Aferente. Portanto, em 
baixas concentrações de Angiotensina II, a constrição da Arteríola Eferente predomina, e a Taxa de 
Filtração Glomerular (TFG) e o Fluxo Sanguíneo Renal (FRS) caem proporcionalmente. No entanto, 
nas altas concentrações de Angiotensina II ocorre a constrição de ambas as Arteríolas, portanto a TFG 
e o FSR não caem proporcionalmen-te. 
O Aparelho Justaglomerular funciona não apenas como um Órgão Endócrino que secreta Renina, 
mas também como um sensor do Volume Sanguíneo e da composição do Líquido Tubular. As Células da 
Mácula Densa monitoram a concentração de Na+ no Líquido Tubular e regulam tanto a Taxa de Filtração 
Glomerular quanto a liberação de Renina pelas Células Justaglomerulares. 
A concentração reduzida de Na+ no Túbulo Contorcido Distal é um estímulo para as Moléculas 
Transportadoras de Íons expressas na Membrana Apical das Células da Mácula Densa, como 
Cotransportadores de Na+Cl-2K+, Permutadores de Na+K+ e Canais de K+ regulados por pH e pelo 
cálcio. A ativação das vias de transporte da membrana modifica a concentração de íons intracelulares 
nas Células da Mácula Densa e inicia os mecanismos de sinalização pela liberação de vários mediadores 
como o ATP, Adenosina, Óxido Nítrico (NO) e Prostaglandinas (PGE2). Essas moléculas agem de 
maneira Parácrina e sinalizam, tanto para as Células Justaglomerulares da Arteríola Aferente secretarem 
Renina quanto para as Células Musculares Lisas Vasculares se contraírem. Um aumento no Volume 
Sanguíneo suficiente para causar estiramento das Células Justaglomerulares na Arteríola Aferente pode 
ser o estímulo que fecha a Alça Néfrica e interrompe a secreção de Renina. 
O corpúsculo renal tem três barreiras de filtração: 
• A primeira barreira é o endotélio capilar: Os capilares glomerulares são capilares fenestrados 
com grandesporos que permitem que a maioria dos componentes do plasma seja filtrada 
através do endotélio. No entanto, a polaridade negativa dessa camada ajuda a repelir algumas 
proteínas plasmáticas. 
• A segunda barreira é a lâmina basal: Consiste em glicoproteínas carregadas negativamente, 
separando o endotélio capilar do revestimento epitelial da capsula de Bowman e atuando como 
verdadeiras peneiras grossas, excluindo a maior parte de proteínas plasmáticas do líquido que é 
filtrado através dela. 
Os grânulos das 
Células 
Justaglomerulares 
contêm uma 
aspartil protease, 
denominada 
Renina, que é 
sintetizada, 
armazenada e 
liberada na 
corrente sanguínea 
pelas Células 
Musculares Lisas 
Modificadas
No sangue, a 
renina catalisa a 
hidrólise de uma 
Α2Globulina
circulante, o 
Angiotensinogên
io, produzindo o 
decapeptídio 
Angiotensina I.
A Angiotensina I 
é convertida em 
Angiotensina II 
pela Enzima 
Conversora de 
Angiotensina 
(ECA) presente 
nas Células 
Endoteliais dos 
Capilares 
Pulmonares. 
A angiotensina 
II estimula a 
síntese e a 
liberação do 
hormônio 
aldosterona 
pela zona 
glomerulosa da 
Glândula 
Suprarrenal 
A Aldosterona, por 
sua vez, atua sobre 
as células principais 
dos Túbulos 
Conectores e Ductos 
Coletores, 
aumentando a 
reabsorção de Na+ e 
de água, bem como a 
secreção de K+, com 
consequente 
elevação do volume 
sanguíneo e da 
pressão arterial
 
BIANCA ABREU-MD3 16 
 
• A terceira barreira são os podócitos: São células especializadas que constituem o epitélio da 
cápsula de Bowman. Eles possuem longas extensões citoplasmáticas – seus pés – que se 
entrelaçam uns com os outros deixando estreitas fendas de filtração fechadas por uma 
membrana semipororsa que contém várias proteínas de carga negativa. 
Seguindo esse raciocínio, compreende-se que as proteínas plasmáticas – a exemplo da albumina – tem 
sua passagem dificultada pelo glomérulo devido à polaridade das estruturas que compõe sua parte 
histológica, repelindo essas macromoléculas – barreira elétrica – e também interrompem sua entrada 
devido ao alinhamento e entrelaçamento das estruturas anteriormente descritas, formando uma barreira 
física. 
Responsável por 65% do transporte de água e nutrientes (Na+, Cl-, glicose, aminoácidos), é diferente ao 
longo de seu comprimento no que diz respeito à reabsorção: 
Primeira metade: 
• Sódio. 
• HCO3-. 
• Glicose. 
• Aminoácidos. 
Segunda metade: 
• Reabsorção ativa de glicose. 
• Sódio é reabsorvido com 
cloreto. 
• Elevada concentração de 
cloreto no túbulo altera o 
gradiente eletroquímico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 17 
 
Como foi citado anteriormente, há reabsorção de glicose nessa porção do túbulo, no entanto ela se 
também se difere ao longo de seu comprimento: 
• Na porção inicial, a concentração de glicose é abundante, com isso sua reabsorção se dá por 
Transportadores Sódio-Glicose do tipo 2 (SGLT 2), que apresentam baixa afinidade por glicose e alta 
capacidade de transporte. 
• Já na porção final, a concentração de glicose é remanescente, com isso sua reabsorção se dá por 
Transportadores Sódio-Glicose do tipo 1 (SGLT 1), que apresentam alta afinidade por glicose e baixa 
capacidade de transporte. 
• A glicose é transportada da célula para o interstício por difusão facilitada. Nessa etapa, a glicose se 
move a favor de seu gradiente eletroquímico, e nenhuma energia é necessária. As proteínas envolvidas 
na difusão facilitada da glicose são chamadas de GLUT1 e GLUT2, e pertencem à grande família de 
transportadores de glicose. Entende-se que a proteína GLUT 2 acompanha o transportador SGLT 2 e 
GLUT 1 acompanha SGLT 1. 
 
Outro nutriente que é reabsorvido no túbulo contorcido proximal são as proteínas. No entanto, há 
diferentes mecanismos para a sua reabsorção, dependendo da forma que são encontradas no túbulo 
renal, sendo eles 
REABSORÇÃO DE AMINOÁCIDOS: 
 Há reabsorção de 98% dos aminoácidos filtrados por via transcelular. 
 Na membrana apical estão presentes cotransportadores que medeiam a captação, que ocorre contra 
gradiente, acoplada ao Na+, de uma série de aminoácidos. 
 Na membrana basolateral, a maioria dos aminoácidos deixa a célula por difusão facilitada. 
REABSORÇÃO DE OLIGOPEPTÍDEOS: 
 O TCP reabsorve também 99% dos oligopeptídeos filtrados. 
 
BIANCA ABREU-MD3 18 
 
Várias peptidases estão presentes na face luminal da membrana apical dos túbulos proximais e 
hidrolisam os oligopeptídeos em peptídeos menores. 
Os oligopeptídeos são reabsorvidos no túbulo proximal utilizando um mecanismo de co-transporte com 
H+ na membrana apical (PepT1) 
Ao serem transformados em aminoácidos, são levados ao interstício por meio da difusão por canais. 
 
REABSORÇÃO DE PROTEÍNAS 
Embora a membrana filtrante glomerular restrinja a passagem de proteínas, essa restrição não é 
completa. 
 A reabsorção ocorre por endocitose mediada por receptor. Primeiramente, a proteína se liga a 
componentes da membrana apical e em seguida é internalizada por um processo de endocitose. 
 As vesículas se fundem com endossomos e o conteúdo deles é finalmente levado para os lisossomos, 
onde as proteínas são degradadas por enzimas proteolíticas ativas em pH ácido. 
 Os aminoácidos gerados nessa digestão voltam para a circulação sistêmica por meio da difusão 
facilitada citada anteriormente. 
 
BIANCA ABREU-MD3 19 
 
 
Quanto à secreção, se destacam: 
 Ânions e Cátions orgânicos; 
Produtos finais do metabolismo; 
 Fármacos ou toxinas. 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 20 
 
É composta por três regiões distintas, ocorrendo nelas: 
• Descendente fina: Há passagem de água por difusão simples. 
• Ascendente fina: Porção impermeável à água. 
• Ascendente espessa: Transporte ativo de íons, destacando-se: 
 Reabsorção: Simporte [Na+ - K+ - 2Cl-]. Trocador Na+/H+ 
 Secreção: K+ (difusão por canais) e H+ pela ação da AC. 
 
 Nele ocorre a reabsorção iônica remanescente. Por ser impermeável à água, contribui para a diluição do 
líquido tubular. Os mecanismos envolvidos na reabsorção nessa porção do néfron são: 
 Cotransporte Na+/Cl- 
Canais de Cl 
 
BIANCA ABREU-MD3 21 
 
 
Nessa porção, há também a reabsorção de cálcio. Esse nutriente entra na célula pela membrana apical 
por canais que promovem sua difusão facilitada. Dentro da célula é transportado até a membrana 
basolateral pela proteína carreadora Calbindina D 28K e chega ao interstício por meio do permutador Na+ 
/Ca2+ e da Ca2+ ATPase. 
 
 O último segmento do túbulo distal e o ducto coletor são compostos por dois tipos de células: 
CÉLULAS PRINCIPAIS: 
 Reabsorvem Na+ e água 
Secretam K+ 
CÉLULAS INTERCALADAS ALFA: 
Reabsorvem K+ e HCO3- 
Secretam H+ 
 
BIANCA ABREU-MD3 22 
 
 
Obs.: É importante destacar a importância da secreção de H+ e reabsorção de HCO3- nessa 
porção do túbulo, visto que a alteração de concentração desses íons promove mudanças no 
equilíbrio ácido-base. 
Local final de processamento de urina, onde age a maior parte dos hormônios que implicam na retenção 
de Na+ e, consequentemente, água pelos rins. Também ocorre a secreção e a reabsorção de algumas 
substâncias, tais quais: 
 Secreção de H+; 
 Reabsorção final de: Na+; Cl- e HCO3- 
A Urina, nada mais é, do que um Ultrafiltrado do Plasma, do qual foram Reabsorvidos Glicose, Aminoácidos, 
água e íons. A excreção de diferentes substâncias na urina representa a soma algébrica de três processos 
renais: filtração glomerular (-) reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue (+) secreção de 
substância do sangue para túbulos renais. 
 
BIANCA ABREU-MD3 23 
 
Composição da Urina: em geral, é constituída por Ureia (resíduo metabólico produzido no Fígado a partir da 
utilização da Proteínas e Aminoácidos) e outras substâncias químicas orgânicas (como a Creatinina e o Ácido 
Úrico) e inorgânicas (como o Cloreto, Sódio e Potássio)dissolvidas em água. Elementos que não fazem 
parte do Filtrado Plasmático Inicial, tais como: Células, Cristais, Muco e Bactérias, são indicativos de doenças 
renais. 
Coloração da Urina: sua cor característica se deve à presença do Urobilinogênio originado nos Pigmentos 
Biliares (Bilirrubina) formado a partir da Hemoglobina. Porém, sua coloração pode variar de intensidade de 
acordo com a concentração (osmolaridade ou densidade) da Urina, que, por sua vez, depende da resposta 
adaptativa renal frente às modificações de volemia e pressão osmótica do sangue. 
Amarelo-claro ou incolor: é encontrada em pacientes Poliúricos, Diabetes Mellitus, Diabetes Insípido, 
Insuficiência Renal Avançada, elevado consumo de líquidos, medicação diurética e ingestão de álcool; 
Amarelo-escuro ou castanho: é frequente nos estados Oligúricos, Anemia Perniciosa, Estados Febris, início 
das Icterícia (presença anormal de Bilirrubina), exercício vigoroso e ingestão de Argirol, Mepacrina, Ruibarbo e 
Furandantoínas; 
Alaranjada ou avermelhada: é comum em presença de Hematúria, Hemoglobinúria, Mioglobinúria, Icterícias 
Hemolíticas, Porfirinúrias e no emprego de Anilina, Eosina, Fenolftaleína, Rifocina, Sulfanol, Tetranol, Trional, 
Xantonina, Beterraba, Vitamina A (Ácido Retinóico), derivados de Piridina, Nitrofurantoína, Fenindiona e 
Contaminação Menstrual; 
Marrom-escuro ou enegrecida: (“Cerveja preta”) ocorre no Carcinoma de bexiga (“borra de café”), 
Glomerulonefrite Aguda, Meta-Hemoglobinúria, Alcaptonúria (Ácido Homogentísico), febres palustres, 
Melanoma Maligno e no uso de Metildopa ou Levodopa, Metronidazol, Argirol e Salicilatos; 
Azulada ou esverdeada: Deve-se a infecção por Pseudomonas, Icterícias Antigas, Tifo, Cólera e pela 
utilização de azul de Evans, azul de metileno, Riboflavina, Amitriptilina, Metocarbamol, Cloretos, Indican, Fenol 
e Santonina (em pH ácido); 
Esbranquiçada ou branco leitosa: está presente na Quilúria, Lipidúria Maciça, Hiperoxalúria Primária, 
Fosfatúria e enfermidades purulentas do Trato Urinário. 
Odor da Urina: deve-se à presença de Amônia. A produção de Amônia, denominada Amoniopoiese ocorre na 
Célula Tubular Proximal, a qual produz NH3 por desaminação do Aminoácido Glutamina mediada pela 
enzima Glutaminase, que origina o Ácido Glutâmico e NH3. À medida que a Urina se acidifica (pH de cerca de 
4,5), aumenta-se a formação de NH3 e NH4+ (Amônia). Este último, que não é difusível, é eliminado como tal e 
serve para neutralizar o Ácido Livre, permitindo que uma maior quantidade de radical ácido seja eliminada sob 
a forma de sal de amônio, como NH4Cl, por exemplo. Deste modo, o NH4+ economiza a quantidade de Na+ 
que deveria ser eliminada pela urina, acompanhando um radical ácido como Cl- (NaCl, por exemplo). 
pH da Urina: as Células Tubulares Proximais e Distais secretam íons H+. A Reação responsável pela secreção 
de H+ no Túbulo Proximal é um exemplo de Transporte Ativo Secundário, baseado na troca de Na+ por H+. A 
saída de Sódio das Células para os Espaços Intercelulares é mediada pela enzima Na+K+ATPase, que, por sua 
vez, diminui a concentração intracelular de Na+. Desse modo, promove-se a entrada de Na+ nas Células do 
Lúmen Tubular e saída de íons H+ (proveniente da dissociação intracelular do Ácido Carbônico –H2CO3). Nos 
humanos, o pH é de cerca de 4,5, o que corresponde a uma concentração de H+, na Urina, 1000 vezes a 
concentração deste íon no Plasma Sanguíneo. 
 
BIANCA ABREU-MD3 24 
 
Gravidade Específica (Densidade): é a relação entre o peso e o volume de uma substância com o peso de 
um volume igual de água destilada. Na urina, varia de 1,001 a 1,0035. Quanto maior a concentração de 
solutos, maior a Gravidade Específica. 
Cilindros: são formações dos Túbulos Renais, cuja matriz básica são as Proteínas de Tamm Horsfall, que 
têm origem a partir das Células Tubulares Renais. Sua formação depende da precipitação dessas proteínas e 
das condições locais como pH, concentrações e fluxo urinário. Os cilindros são verdadeiros moldes da luz 
tubular e dos componentes ali presentes no momento de sua formação. Sua presença está relacionada a 
Lesões do Parênquima Renal, com exceção dos Granulosos e Hialinos, que podem estar presentes em 
situações de febre ou exercício físico. 
Os Cilindros Granulares e Epiteliais estão presentes em Lesões Tubulares Inespecíficas, enquanto os 
Leucocitários estão presentes em Processos Inflamatórios e Infecciosos. Os hemáticos em 
Glomerulonefrites e Nefrite Intersticial e ainda os lipídicos nas Síndromes Nefróticas. 
Hemácias: as causas mais importantes de hematúria seriam os Tumores Renais, Urolitíase, Nefrites 
Intersticiais, Trauma, Infecções e Distúrbios da Coagulação, sendo que o exercício físico e a contaminação 
menstrual poderiam causar hematúrias e, portanto, devem ser afastadas num processo de investigação. 
Através da morfologia da Hemácia encontrada é possível realizar diagnóstico diferencial, ou seja, se o 
sangramento é de Origem Renal ou Extra-Renal. 
Origem Renal: caracteriza-se por ampla variação da forma, dimensão e conteúdo de Hemoglobinas das 
Hemácias (Hemácias Dismórficas). 
Origem Extra Renal: as hemácias conservam sua forma habitual, isomórficas, sendo muitas vezes 
acompanhadas de hemácias crenadas. 
Aceita-se como normal a presença de até duas hemácias/campo. 
Leucócitos: geralmente associados a processos infecciosos, podendo estar relacionada também à urolitíase, 
Rim Policístico e Nefrite Intersticial. Contagens superiores a 5 elementos por campo seriam consideradas 
anormais. 
URINA AMARELA ESCURA 
A cor natural da urina varia de amarelo bem claro até amarelo escuro. Quanto mais hidratada a pessoa 
estiver, mais clara a urina será. Uma urina acastanhada ou amarela escura normalmente é uma urina 
extremamente concentrada, devido a pouca quantidade de água disponibilizada pelos rins para diluí-la. 
Todavia, quando o amarelo se torna muito intenso e persistente, é possível que haja algum problema por 
trás que não só desidratação. 
Algumas doenças, como a hepatite, provocam a presença bilirrubina (pigmento natural) na urina. Quanto 
mais bilirrubina, mais escura fica urina, ao ponto dela poder ficar da cor semelhante à Coca-cola ou mate. 
https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/hepatites/
 
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Nos casos de hepatite, a urina escura costuma vir acompanhada de uma pele com coloração amarelada, 
chamada icterícia. 
CAUSAS DE URINA AMARELA 
A presença de sangue costuma deixar a urina avermelhada, mas se o sangramento for em pequena 
quantidade, a urina pode adquirir uma coloração apenas um pouco mais escura que o habitual. 
Entre os medicamentos, o antibiótico metronidazol é aquele que mais frequentemente causa 
escurecimento do amarelo da urina. 
Entre os alimentos, o aspargo é o que está mais associado ao aumento da tonalidade do amarelo na 
urina. 
URINA LARANJA 
Assim como ocorre na urina mais amarelada, a desidratação é uma das causas a se pensar quando o 
paciente tem uma urina alaranjada. Sangue ou bilirrubinas também podem ser a origem. 
Todavia, se a urina for realmente laranja a causa geralmente é outra. 
A ingestão de grandes quantidades de beterraba, cenoura ou amoras silvestres também podem levar a 
uma urina alaranjada. Na verdade, qualquer alimento contendo carotenoides, pigmentos ou corantes de 
cor laranja ou vermelha, se ingeridos em grande quantidade, podem mudar a cor da urina para algo 
próximo do laranja. 
CAUSAS DE URINA LARANJA 
Entre os medicamentos que podem causar uma urina alaranjada, os mais comuns são a rifampicina, 
pyridium e a nitrofurantoína. Ingestão de vitamina B, principalmente a riboflavina (Vitamina B2), também é 
uma causa possível. Alguns destes medicamentos podem deixar a urina bem alaranjada, com cor de 
Fanta laranja. 
URINA ROXA 
Uma urina arroxeada pode ser causada por colonização do trato urinário por bactérias que alcalinizam aurina, tais como a Providencia stuartii, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia 
coli ou Enterococcus. 
É bom destacar, porém, que uma urina roxa causada por uma infecção urinária é um fato bem incomum e 
só costuma ocorrer em pacientes acamados e que usam cateter vesical de forma prolongada. Por este 
motivo, a ocorrência de urina roxa é muito mais comum nos pacientes internados em hospitais do que na 
população sadia. 
O mecanismo é meio complexo e envolve a metabolização do triptofano, um aminoácido presente em 
alimentos como peixes, peru, ovo, arroz integral, chocolate amargo, nozes, castanhas, leguminosas e 
queijo tofu, por bactérias presentes na urina. Esta metabolização pode produzir pigmentos azuis e 
vermelhos, que ao se misturarem, produzem uma urina roxa. Geralmente, algum grau de insuficiência 
renal e uma urina com pH bem elevado também são necessários para esse fenômeno ocorrer. 
CAUSAS DE URINA ROXA 
https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/ictericia-adulto/
 
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A urina também pode apresentar um tom arroxeado se o paciente ingerir grandes quantidades de amoras 
ou beterraba, apesar disso não ser algo comum. Corantes azulados também podem ser a causa. 
URINA VERDE 
As causas de urina verde costumam ser parecidas com as da urina azul, que serão explicada mais 
abaixo. 
Uma das origens mais comuns de uma urina esverdeada é a ingestão de corantes, principalmente o azul 
de metileno, muito usado em alguns testes diagnósticos ou como tratamento de uma doença chamada 
metemoglobinemia. 
Entre os alimentos, o aspargo é quem mais frequentemente provoca esta alteração na cor. Em geral, a 
urina fica com um tom entre o amarelo e o verde. Os corantes utilizados nas cerveja de cor verde também 
podem provocar uma urina esverdeada. Alcaçuz preto também é rico em corante verde e pode alterar a 
cor da urina. 
Eventualmente, a origem de uma urina esverdeada é uma infecção urinária. A bactéria que pode deixar a 
urina verde é a Pseudomonas aeruginosa. 
CAUSAS DE URINA VERDE 
Entre os medicamentos que tornam a urina verde, os mais comuns são: amitriptilina, propofol, 
nitazoxanida, Sepurin® (Metenamina + Metiltionínio) e indometacina. 
URINA VERMELHA 
Urina vermelha, em geral, é sinal de sangramento nas vias urinárias, evento chamado hematúria. 
Doenças do trato urinário, incluindo infecção urinária, glomerulonefrites e cálculo renal são as principais 
causas de hematúria. Medicamentos anticoagulantes, tais como varfarina e a heparina, aumentam o risco 
de sangramento urinário e também podem ser a origem da urina avermelhada. 
Laxantes, principalmente os que possuem Sena em sua fórmula, Rifampicina, Pyridium, vitamina B, 
beterraba e amoras são causas descritas. 
Uma doença chamada metahemoglobinemia também pode ser a causa. 
CAUSAS DE URINA VERMELHA 
Em uma pessoa com boa hidratação, a urina vermelha pode ficar diluída pela água e se apresentar mais 
rosada ou alaranjada. Ao longo do dia, a urina pode variar entre vermelho, rosa ou laranja, dependendo 
da quantidade de água para diluí-la. 
URINA AZUL 
Normalmente a urina azulada é causada por medicamentos ou ingestão de corantes, como azul de 
metileno. Assim como na urina verde, a infecção pela bactéria Pseudomonas aeruginosa pode causar 
uma urina azulada. 
Drogas descritas como causas de urina azul incluem triantereno, amitriptilina, indometacina e o famoso 
Viagra. 
https://www.mdsaude.com/nefrologia/hematuria/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/sintomas-infeccao-urinaria/
https://www.mdsaude.com/nefrologia/glomerulonefrite/
https://www.mdsaude.com/urologia/calculo-renal/
 
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CAUSAS DE URINA AZUL 
A hipercalcemia benigna familiar, uma doença hereditária rara, é às vezes chamada de síndrome da 
fralda azul, porque as crianças com esse transtorno podem ter uma urina azul. 
URINA PRETA OU MUITO ESCURA 
Uma urina preta pode ser causada por uma doença genética rara chamada de alcaptonúria. Nesses 
pacientes, a urina inicialmente tem cor normal, mas após algumas horas exposta ao ar, ela torna-se 
preta. 
Uma urina muito concentrada, que também contenha sangue, pode adquirir uma cor bem escura. Nos 
casos de icterícia a urina pode ficar com cor bem castanha escura, semelhante à Coca-Cola. 
CAUSAS DE URINA ESCURA 
Entre os medicamentos, aqueles que podem causar uma urina preta ou marrom são: cloroquina, 
levodopa, nitrofurantoína, laxantes à base de sena, metronidazol, metildopa e hidroquinona. 
Obs.: Além da cor, outras características da urina podem ser uma dica para a identificação de doenças. 
• Urina com excesso de espuma sugere a presença de proteínas, que é um sinal de doença renal 
( Proteinúria e causas de urina espumosa). 
• Urina “leitosa” pode significar a presença de pus. 
• Urina com odor forte indica que a mesma está muito concentrada (Urina com cheiro forte). 
• Urina com jato muito fraco costuma ser sinal de doença da próstata ( Hiperplasia benigna da 
próstata). 
 Sobre a angiotensina II, ela é um peptídeo que tem papel-chave na regulação da pressão arterial e no 
balanço de sódio e água em resposta a alterações do volume extracelular ou da pressão sanguínea 
sistêmica. 
Seus efeitos fisiológicos acontecerão mediante interação com receptores de angiotensina AT1, os quais 
estão acoplados à proteína Gq, que culmina com a ativação de PKC, provocando a contração das células 
da musculatura lisa dos vasos e contração de células mesangiais. 
• Ação em vasos: vasoconstrição, fundamental para manter a homeostase da pressão sanguínea. 
• Ações renais: reduz o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular devido ao aumento 
da resistência vascular. Tanto a arteríola aferente quanto a eferente contraem-se sob a ação da 
Ang II. Entretanto, existe uma maior sensibilidade na arteríola eferente. No túbulo proximal, A 
Ang II estimula a reabsorção de sódio, água e bicarbonato. 
• Ações na suprarrenal: estimula a síntese de aldosterona na zona glomerulosa do córtex 
suprarrenal. De modo que o SRAA mantenha a homeostase do sódio, potássio e água. 
 
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• Ações no SNC: aumenta a sede e o apetite ao sal, contribuindo para o aumento do volume 
extracelular. 
O último componente desse sistema é a ALDOSTERONA a qual consiste em um hormônio secretado 
pela zona glomerulosa das glândulas adrenais. A função da aldosterona está relacionada com a 
manutenção da homeostase do sódio. Sua secreção é estimulada pela angiotensina II, concentração de 
potássio e hormônio adenocorticotrófico (ACTH). 
Por se tratar de um hormônio lipídico, ela entra na célula por difusão, migra até o núcleo e induz a síntese 
de proteínas, dentre elas a de canais de sódio, os quais deslocam-se para a membrana apical e 
aumentam a entrada de sódio do meio externo para o interior da célula. Desse modo, a aldosterona 
aumenta a permeabilidade da membrana apical ao sódio e, ao mesmo tempo, a excreção de potássio. 
Após ser absorvido, o sódio é removido para o capilar peritubular pela bomba de sódio. O transporte ao 
nível da bomba de sódio está vinculado ao de potássio, à medida que o sódio é expulso da célula, 
aumenta a concentração intracelular de potássio, o qual, devido ao gradiente químico e elétrico criado 
pela saída de sódio do lúmen, sai passivamente da célula em direção ao lúmen tubular 
 
 utilizada para obter a imagem de Cálculos Renais, Inchaços e Massas 
(Protuberâncias) no Trato Urinário (Rins, Bexiga, Uretra). Além disso, pode ser utilizada para procurar bloqueios 
nos Rins ou Bexiga, determinar se a Bexiga retém Urina depois da Micção, determinar o tamanho da Glândula 
Prostática e fornecer imagens que ajudem a guiar para onde obter amostras para Biópsias da Próstata ou Rim. 
A Ultrassonografia com Doppler forma imagens analisando ondas de som refletidas e fornece informações sobre 
o fluxo sanguíneo. 
 
 fornece imagens do Trato Urinárioe das estruturas 
que o rodeiam. A Angiografia por TC, uma alternativa menos invasiva do que a Angiografia Convencional, é útil 
para avaliar muitas doenças do Trato Urinário. Um Contraste Radiopaco é muitas vezes administrado por Via 
Intravenosa, obtendo-se imagens que são registradas imediatamente para obter mais detalhes sobre os Rins 
e, muitas vezes, 10 minutos depois, para obter mais detalhes sobre os Ureteres. As desvantagens da TC 
 
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incluem exposição a quantidades significativas de radiação ionizante e, quando Contraste Radiopaco é 
administrado, risco de lesão renal e de reações tipo alérgicas 
 
 assim como a TC, fornece imagens do Trato Urinário e 
das estruturas que o rodeiam. Ao contrário da TC, a RM não envolve a exposição à radiação ionizante. A RM 
pode ser usada para obter imagens de Veias Sanguíneas (denominada Angiografia por Ressonância Nuclear 
Magnética, ARNM). Para alguns distúrbios, a RM fornece mais detalhes do que a TC. Contudo, a RM não 
fornece muitas informações úteis sobre Cálculos no Trato Urinário. Uso de contraste radiopaco intravenoso 
fornece mais detalhes. Contudo, o Contraste Radiopaco frequentemente não pode ser usado em pessoas com 
Função Renal Deficiente; porque, apesar de raro, nessas pessoas o agente de contraste pode causar um 
distúrbio sério e irreversível chamado Fibrose Sistêmica Nefrogênica, que afeta a pele e outros órgãos. 
 o agente de Contraste Radiopaco é introduzido diretamente nos Ureteres 
ou nos Túbulos Coletores do Rim através da Bexiga. Este procedimento é geralmente realizado durante a 
Cistoscopia ou outro procedimento urológico de rotina como Ureteroscopia (inserção de um cateter nos 
ureteres) ou colocação de um Stent no Ureter ou Rim. O Trato Urinário pode ser examinado, incluindo as partes 
do rim pelas quais a urina drena. Ela pode ser feita para diagnosticar cicatrizes, tumores ou conexões anormais 
entre partes do trato urinário e outras estruturas (Fístulas). A urografia retrógrada pode ser feita se não for 
possível administrar o contraste radiopaco (por exemplo, se a função renal estiver ruim). 
 
 
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