Buscar

Direito Administrativo - ADM Direta/Indireta e Licitação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito administrativo II
Administração pública direta e indireta 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
 Centralizada ou diretamente, – o ente centraliza todas as atividades.Ocorre quando a função administrativa é exercida pelo próprio Estado, por meio das pessoas políticas: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
 Descentralização ou indiretamente – quando um ente cria uma entidade específica para descentralizar. É o exercício de atividade administrativa por meio de pessoas jurídicas distintas da pessoa política. Nessa hipótese, há a transferência da titularidade do serviço para uma nova pessoa jurídica ou para empresas particulares. Ex.: Aneel (agência fiscalizadora de eletricidade).
 Desconcentração – é um mecanismo interno. não cria entidade, não delega serviço à particular, ela ocorre dentro da administração pública direta. É uma divisão dentro da administração, cria-se repartições visando desconcentrar as atividades.Consiste na distribuição de competências entre os diversos órgãos da Administração Pública. NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA.
Administração Direta – função centralizada -> todas as atividades são centralizadas dentro de um ente da federação.
Estado liberal– Estado negativo, Estado não presente. 
Crise do Estado Liberal: a omissão do Estado e a falta de prestação de serviços pelo Estado.
Estado social – Estado presente, de forma centralizada, intervindo na economia, sem delegações.
Crise do Estado Social: o Estado não consegue agir de forma eficiente em todas as suas prestações de serviço para a coletividade.
Estado regulatório – diminuir a máquina estatal delegando serviços a particulares. Porém a união continua fiscalizando, realizando licitações e etc.
	Esse é o momento atual.
POSSIBILIDADE DE DESCENTRALIZAÇÃO
FORMAS:
Por outorga ou institucional – ocorrera a criação da administração pública indireta. Quando há a transferência da titularidade do serviço público para uma nova entidade administrativa (pessoa jurídica) -> a instituição ou autorização de criação da entidade ésempre através de lei, e normalmente seu prazo é indeterminado. Ex.: autarquia (administração pública indireta).
Por delegacia ou por colaboração – poder público delega o serviço a um particular por meio de contrato e mantém fiscalizando esse particular, ou seja, se verifica quando é repassada para determinado particular somente a execução de certo serviço, sem a transferência da titularidade deste, que permanece nas mãos do Estado. Nessa hipótese, a transferência dá-se por contrato ou ato unilateral. É o caso da concessão e permissão de serviço público, em que o particular presta o serviço por sua conta e risco.Ex.: Light(Energia elétrica).
Administração indireta – D.L. 200/67 - art. 37, XIX, CRFB/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
A BUSCA PELA EFICIÊNCIA – Administração de resultado: serviço de boa qualidade, agentes capacitados. É delegada a particulares, pois eles possuem um serviço especializado. 
Art. 4, II, D.L 200/67 – autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas. Todas Possuem personalidade jurídica própria.
Art. 4° A Administração Federal compreende:
        II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
        a) Autarquias;
        b) Empresas Públicas;
        c) Sociedades de Economia Mista.
        d) fundações públicas.
Princípios:
Reserva Legal – uma lei irá criar ou autorizar a criação. Caso precise criar uma autarquia será através de um projeto de lei ao congresso e posterior a votação será criada a autarquia, sociedade de economia mista, etc.
Especialidade – todas as entidades terão uma função específica. Ex.: Aneel, trata de funções específicas sobre a energia elétrica, assim como: padrões, multas, etc. busca a eficiência através da especialidade da autarquia.
Controle / Tutela administrativa (art. 4, PÚ, D.L. 200/67) – A autarquia está vinculada a uma entidade pública que a criou, porém não está subordinada à um ente público, qualquer problema quem responde e a autarquia. A união não intervém nas decisões da autarquia e nem a autarquia precisa pedir autorização pra união, as autarquias tem autonomias: financeiras, administrativas. Porém essas autarquias possuem cargos de confiança que somente o governo pode indicar. A união poderá fiscalizar pra ver se a autarquia está realizando a atividade específica (ex.: atividade financeira sofrerá fiscalização do tribunal de contas), porém não pode se meter.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA:
AUTARQUIAS (art. 5, D.L. 200/67)
Tem personalidade jurídica, terão as mesmas prerrogativas de uma entidade da federação.
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”
Conceito – pessoa jurídica de direito público, integrante da administração indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do estado.
EXEMPLO: INSS, INCRA, Banco Central do Brasil, IBAMA
Obs.: Não existe hierarquia ou subordinação entre as autarquias e a administração direta, mas mera vinculação que justifica um controle de legalidade, ou seja, a administração direta controla os atos das autarquias para observar se estão dentro da finalidade e dos limites legais.
. Referências normativas – art. 37, XIX, CRFB/88; art. 109, I, CRFB/88; art. 144, $1, I, CRFB/88; art. 4, II, “a” e art. 5, I, D.L. 200/67.
. Personalidade jurídica – pessoas jurídicas de direito público (art. 41, IV, CC). Essa personalidade surge quando a lei criadora entra em vigor:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei n. 11.107, de 2005)
Criação – princípio da reserva legal: iniciativa privativa do chefe do estado (art. 61, €1, II, “b”, CRFB/88);
§ 1. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
Extinção – por meio de lei.
Organização (art. 84, VI, “a”, CRFB/88) – ato administrativo, normalmente por decreto.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 32, de 2001)
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 32, de 2001)
Objeto – atividades típicas, serviço público de natureza social e atividades administrativas, com exclusão dos serviços e atividades de cunho econômico e mercantil.
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto a pessoa federativa– Federal, Estadual, Distrital e Municipal.
Obs.: O foro competente para as demandas ajuizadas pelas autarquias ou em face delas é o da Justiça Federal para as autarquias federais, consoante o art. 109 da CRFB/88. No caso de autarquias estaduais, distritais e municipais, o foro competente é o da Justiça Estadual em varas especializadas da Fazenda Pública, onde houver.
Art. 109. Aos juízesfederais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Objeto:
Autarquias assistenciais – têm como objetivo reduzir as desigualdades regionais e sociais. Ex.: SUDENE E SUDAM
Autarquias previdenciárias – visam ao atendimento das atividades de previdência social. Ex.: INSS
Autarquias culturais – são relacionadas à educação e ao ensino. Ex.: UFRJ
Autarquias profissionais – são aquelas que fiscalizam determinadas categorias profissionais. Ex.: CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura); CRM
Autarquias administrativas – são aquelas que desenvolvem as várias atividades administrativas do Estado com poder fiscalizatório. Assumem um caráter residual. Ex.: INMETRO, BACEN, IBAMA e PROCON
Autarquias de controle – são as agências reguladoras, que serão estudadas como categoria à parte mais adiante. EX.: ANP (Agência Nacional do Petróleo), ANS (Agência Nacional de Saúde).
Obs.: o STF, no julgamento da ADIN 3.026/2006, decidiu que a OAB é uma entidade sui generis, não pertencente à Administração Pública indireta, cujos objetivos transcendem o mero atingimento de finalidades corporativas.
Regime jurídico:
Comum – normas típicas que são cabíveis a todas as autarquias (tratamento igualitário).
Especial: 
Poder normativo técnico – podem crias leis referentes aquele assunto que lhe compete, porém somente leis de ordem técnica, nada com relação à obrigações e etc.
Autonomia decisória – podem decidir quem está certo ou errado nas questões de ordem técnica que lhes compete.
ATENÇÃO: 
Todo o patrimônio das autarquias são bens públicos, portanto, impenhoráveis e etc.
Pessoal – os trabalhadores chamam-se servidores estatutários (concursados).
Foro dos litígios judiciais - Art. 109, I, CRFB/88
Prerrogativas das autarquias:
As mesmas dos entes da federação (públicos):
Imunidade tributária–Art. 150, §2, CRFB/88-> somente exercendo a atividade que lhe compete, caso contrário, não terá imunidade.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 2. A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Impenhorabilidade de bens– por serem bens públicos não recai penhora.
Imprescritibilidade dos bens– Súmula 340, STF - não pode recair usucapião em bens da autarquia.
Súmula 340, STF
Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
Prescrição quinquenal– prescreve em cinco anos.
Créditos sujeitos a execução fiscal– indivíduos que devem as autarquias caem em dívida ativa, podendo ser executados.
Situações processuais:
Art. 183, NCPC (prazos)– o prazo dos atos processuais serão sempre o dobro.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Art. 496, NCPC– duplo grau de jurisdição obrigatório, mesmo que não haja recurso (1 e 2 instância).
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
São diferentes de autarquias pois tem personalidade jurídica de direito privado, o Estado pode atuar na seara econômica (podem objetivar o lucro), não podem ter benefícios fiscais.
Conceitos:
Empresas Públicas (art. 5, II, D.L. 200/67) – Pessoa Jurídica de direito privado, integrante da administração indireta do Estado, criada por autorização legal, sobe qualquer forma jurídica adequada a sua natureza para que o Estado exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos.
Ex.: correios; Casa da Moeda; Caixa Econômica Federal; BNDS.
Sociedade de economia mista (art. 5, III, D.L. 200/67) – pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta do Estado, criada por autorização legal, sobe a forma de sociedade anônima, cujo o controle acionário pertença ao poder público tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões a prestação de serviços públicos.
Ex.: Banco do Brasil; Petrobras.
Referências normativas: art. 173, €€ 1 – 5, CRFB; art. 37, XIX, XX, CRFB;art. 5, II e III, Decreto lei 200/67.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1.A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
§ 2. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3. A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4. - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5. A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
XIX - somente por lei específicapoderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
Personalidade jurídica – Pessoa Jurídica de direito privado (Obs.: são entidades e não órgãos).
- Criação– lei irá autorizar, e a criação se processa por atos constitutivos do Poder Executivo no registro público – art. 45, CC/02.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Extinção – lei autorizando, procedida com a baixa no registro (a mesma maneira que se cria é a mesma maneira que se extingue).
Subsidiárias – art. 37, XX, CRFB – geram funções específicas para auxiliar a principal.Dependem de autorização legislativa para serem criadas.
Obs.: STF – caso na criação já se deslumbrar uma possível criação de uma subsidiária é autorizada a possibilidade da criação da subsidiária na mesma lei que autoriza a criação da principal.
Objeto: desempenho de atividades de caráter econômico -> podem também desempenhar serviços públicos. 
Regime Jurídico – natureza híbrida, no qual prevalecem as regras de direito privado (em sua criação), sendo derrogadas pelas normas de direito público naquilo que a lei e a Constituição Federal dispuserem.
Desse modo, quanto à necessidade de licitação, contratos, concursopúblico, controle do Tribunal de Contas, incidência da Lei de Improbidade Administrativa, dentre outros já citados, as regras serão as de direito público.
Diferenças entre as entidades:
Constituição do capital:
Empresas Públicas – constituída de capital público.
Sociedade de economia mista – é constituída de dinheiro público e privado, no entanto, o poder público sempre tem a maioria das ações com direito a voto.
Forma jurídica de organização:
Empresas Públicas–pode se organizar por qualquer forma jurídica que a lei autorizar.Ex.: S.A., LTDA, etc.
Sociedade de economia mista– só pode ser sociedade anônima (S.A.)
Foro dos litígios judiciais:
Empresas Públicas– empresa pública federal -> justiça federal (art. 109, I, CRFB/88); empresa pública estadual e municipal -> justiça estadual.
Sociedade de economia mista– justiça comum (súmula 556, STF; súmula 42, STJ).
SÚMULA 556 - É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.
SÚMULA 42 - Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que e parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
Patrimônio– bens privados art. 98, CC/02
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Divergências– STF (entende que essas empresas em regra tem bens privados, no entanto, quando utilizam seus bens para desempenhar serviços públicos não podem recair nenhuma tributação nesses bens. 
Ex.: impressão de moeda feita pela casa da moeda).
Pessoal:
Em regra a admissão de pessoal é por meio deconcurso público, mas regidos pela CLT, regras trabalhistas de direito privado. Mas também irão ser submetidos a regras do direito público, assim,sendo vistos como funcionário público no âmbito penal, ser submetido a improbidade administrativa, etc.
Falência – não estão sujeitas a falência (art. 2, I, lei 11.101/05). Caso ocorra algum problema financeiro uma lei autoriza a extinçãoda entidade, tendo baixa no registro e o poder público que o criou será responsabilizado diretamentepelospassivos.
Art. 2o Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
FUNDAÇÕES PÚBLICAS (art. 37, CRFB/88)
É uma forma de descentralização do poder público. Os artigos expressos no CC/02 são usados apenas para fundações privadas e não para fundações públicas, com a exceção do registro da pessoa jurídica. Quem tem poder de criar as fundações são os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios).
Ex.: biblioteca nacional, museus.
Conceito (art. 5, IV, D.L. 200/67)
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes 
Natureza Jurídica –divergências:
Primeira corrente (Maria Sylvia Di Pietro) – essa corrente defende que as Fundações Públicas não necessariamente serão de personalidade jurídica de direito privado, entende-se que quando as Fundações Públicassão criadas o Poder Público que irá dizer se a Fundação terá personalidade jurídica de direito público ou privado que em determinadas situações, em que essas fundações não recebem dinheiro de fontes extras (fontes particulares), isto é, instituídas e mantidas pelo dinheiro público, essas fundações teriam personalidade jurídica de direito público. Entretanto, quando essas Fundações são instituídas por dinheiro público e também arrecadam dinheiro de fontes extras do âmbito privado, essa fundação terá personalidade jurídica de direito privado, assim, existindo uma dualidade de personalidade jurídica. Defendem também que quando as Fundações tiverem personalidade jurídica de direito público devem ser chamadas de fundações autárquicas.
Obs.: O STF vem para o lado da primeira corrente, no entanto, não está pacificado.
Segunda corrente (Carvalhinho) – em regra, pelo art. 5, IV, D.L. 200/67, assim fundações devem ter personalidade jurídica de direito privado. Essa corrente também defende que não existe a nomenclatura Fundações Autárquicas, pois Fundações não sai iguais a Autarquias.
Terceira corrente (Celso Antônio de Melo)– que as Fundações Públicas são inconstitucionais, pois não caberia ao legislador trazer uma nova entidade que tenham a mesmas características de uma Autarquia, modificando apenas o seu critério de criação, no mais, o desempenho e suas atividades são as mesmas da Autarquia.
Personalidade jurídica de direito privado (Art. 5,§3, D.L. 200/67) – em regra mediante lei, as fundações tem personalidade jurídica de direito privado para se diferenciar das autarquias. 
Desempenho de ações sociais – ações sem finalidade de lucro.
Criação (art. 37, XIX, CRFB e art. 5, €3, D.L. 200/67) – lei autoriza, após a autorização a personalidade é obtida com a inscrição da escritura pública no Registro Civil de PessoasJurídicas (art. 45, CC/02).
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
Extinção – Princípio da simetria das formas, da mesma maneira que será criada, será extinta.
Imunidade tributária (Art. 150, §2, CRFB/88)– A imunidade tributária se refere aopatrimônio, renda e serviços das fundações públicas. 
Ex.: não cabe imposto de renda, IPTU, ISS no âmbito das fundações Públicas.
LICITAÇÃO PÚBLICA (lei 8.666/93)
Conceito – procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da administração pública e aqueles por ela controlados, selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos: a celebração do contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico.
Natureza jurídica – Procedimento administrativo com fim seletivo. Dotado de várias etapas, fases, atos administrativos com a finalidade de selecionar a melhor proposta.
Legislação–art. 22, XXVII, CRFB; art. 37, XXI, CRFB; lei 8.666/93 (Lei das Licitações).
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1. , III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
Competência privativade legislar sobre a Licitação é da União.
Art. 37, CRFB/88
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Necessidades pelo qual o poder público utiliza a licitação pública. 
Destinatários (Art. 1 e PÚ;Arts. 117 e 118, lei 8.666/93) – pessoas que são obrigadas a utilizar o procedimento de licitação.
Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafoúnico.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
.
Art. 117.  As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que couber, nas três esferas administrativas.
Art. 118.  Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta deverão adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei.
Fundamentos:
Moralidade administrativa–relação direta com a própria conduta dos administradores, fazendo com que alguns administradores não ofereçam benefícios a terceiros, contratando um parente ou amigo, assim, a contratação optando pela a melhor oferta. 
Igualdade de oportunidades - igualdade entre os candidatos. Mesmas garantias e benefícios.
Objeto: 
Imediato – imediatamente será aseleção da proposta mais vantajosa para a Administração Pública.
Mediato – realização do objeto do contrato.
Caráter instrumental – Serve de instrumento para a realização de um futuro contrato administrativo. Sem a licitação não poderá existir os contratos administrativos que por lei precisam passar por licitação.
Objetivos (Art. 3, lei 8.666/93
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
PRINCÍPIOS ACERCA DA LICITAÇÃO (Art. 3, lei 8.666/93)
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
 
Princípios correlatos:
Competitividade (art. 3, §1, I, lei 8.666/93) – ideia de gerar competição entre os participantes. Se não houver competição, não ocorrerá licitação.
§ 1o  É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; 
Obrigatoriedade (art. 37, XXI, CRFB/88 e art. 2, lei 8.666/93) – obrigatoriamente antes de qualquer contrato administrativo deve-se realizar ato de licitação para não ocorrer subjetivismo, imoralidade administrativa, impessoalidade administrativa.
Obs.: Porém salvo casos trazidos pela Lei, alguns casos o administrador público poderá dispensar a licitação justificando a dispensa, casos que será inexigíveluma licitação pois não terá uma competição (art. 24, lei 8.666/93) e quando um órgão público compra um bem de outro órgão público não necessita de licitação.
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
DISPENSA DA LICITAÇÃO:
Licitação dispensável (art. 24, lei 8.666/93)–Cabe a administração pública optar se cabe ou não a realização da licitação, porém é obrigada ajustificaropção de não realização da licitação. Ex.: contratos de valores baixos.
Licitação dispensada (art. 17, I e II, lei 8.666/93)– são casos em que a licitação é dispensada, essa dispensa é expressa em lei. Ex.: quando um órgão ou entidade da administração pública vende um imóvel a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo(art. 17, I, e, lei 8.666/93).
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
Inexigibilidade de licitação (art. 25, lei 8.666/93)- éimpossível a realização da licitação pois só existe um candidato que oferece aquele tipo de serviço, ou seja, não há como ter competitividade.Ex.: contratação de um artista especifico, que tem reconhecimento pela mídia e consagrado pela mídia (art. 25, III, lei 8.666/93).
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO:
 
Concorrência (art. 22, €1, lei 8666/93) – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.Utilizada paracontratações de grande vulto.
Valores (art. 23, I, c, e II, c, lei 8666/93)
I - para obras e serviços de engenharia:
 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).  (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Obrigatoriedade (art. 23, €3, lei 8666/93):
§ 3o  A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.  
Características – formalismo mais acentuado (existe uma burocracia muito maior) e publicidade mais ampla (art. 21, lei 8666/93)
Tomada de preços (art. 22, €2, lei 8666/93) – é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.Osinteressados previamente cadastrados. Utilizada para contratações de médio valor.O cadastro demostrada que a empresa está habilitadaa ser contratada (apta a ser contratada se for escolhida no final da licitação).
Valores (art. 23, I, ‘b’, e II, ‘b’, lei 8666/93)
I - para obras e serviços de engenharia: 
b)tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);   
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);  
art. 22, €9, lei8666/93 – documentos para cadastro(Art. 27 – 31, lei 8666/93)
§ 9o  Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital.
 
Obs.: Parágrafo 2° diz respeito a modalidade tomada de preços.
Habilitação é prévia – a empresa só será contratada se for habilitada previamente antes da licitação, prazo de 3 dias antes a data do recebimento da proposta.
Possibilidade de substituição(art. 23, €4, lei 8666/93)– a substituição só pode ser feita para uma modalidade superior, na modalidade de tomada de preços só pode ser substituída para a concorrência.
§ 4o  Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.
Convite (art. 22, €3) – é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.Tem ummenor formalismo.
Valores (art. 23, I, a e II, a, lei 8666/93)
I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);  (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Carta– convite para no mínimo 3 interessados, não existe um edital, ocorre um convite para três interessados.
Obs.: não é publicada em diário oficial e sim, fixada na partição que utilizou esse tipo de modalidade.
Substituição –o convite pode ser substituído pela tomada de preço ou concorrência.
Art. 22, €€6 e 7, lei 8666/93 – exceções de somente 3 interessados participando da modalidade de licitação.
§ 6o  Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. 
Possibilidade de convidar mais de três interessados.
§ 7o  Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Possibilidade de convidar menos de três interessados, devendo ser justificado no processo o motivo de está sendo convidado menos de três interessados. 
Concurso (art. 22, €4, lei 8666/93) –é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. A administração pública não quer contratar ninguém, ou seja, só uma escolhade trabalho técnico, artístico ou científico. Aferição de caráter eminentemente intelectual. 
art. 111, lei 8666/93–pagamento do prêmio ou remuneração.A pessoa escolhida deverá ceder os direitos patrimoniais sobre o seu trabalho (Regulamento art. 52, lei 8.666/93).
Art. 111.  A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.
Leilão (art. 22, €5, lei 8666/93)–é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. O candidato que oferecer o maior lance ou igual da avaliação será o vencedor.
Requisitos – Grande publicidade (art. 53, €4, lei 8666/93) e preservação patrimonial (todos os bens devem passar por uma avaliação para ter um preço mínimo, art. 53, €1, lei 8666/93.
Art. 53.  O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1o  Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de arrematação.
§ 4o  O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se realizará. 
Procedimento (art. 38 – 53):
Formalização (primeiro passo para iniciar o ato licitatório):
Instauração de uma processo administrativo devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta do seu objeto e do recurso próprio (art. 38).
Art. 38.  O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
Comissão de licitação (art. 51) – irá atuarvinculada restritamente ao edital da licitação. Os membros responderão solidariamente a todos os atos respectivos pela comissão (art. 51, $3); possibilidade de diminuição dos membros da comissão (art. 51, $1). Pode existir uma comissão permanente com duração de 1 ano(art. 51, $4) ou comissão especial quando for uma licitação de modalidade concurso (art. 51, $5).
Art. 51.  A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
§ 1o  No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente.
§ 2o  A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.
§ 3o  Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
§ 4o  A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente.
§ 5o  No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
Licitações simultâneas e sucessivas – audiências públicas (art. 39), são licitações que irão ocorrer para umaproposta devalor muito vultoso, mostrando a coletividade o porque desse contrato muito vultoso. Essa audiência não é obrigatória, só nas hipóteses expressas no art. 39, lei 8.666/93.
Art. 39.  Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência públicaconcedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.
Edital:
É o ato pelo qual a administraçãodivulga as regras a serem aplicadas em determinado procedimento de licitação.
O edital é um ato vinculado – Princípio da vinculação ao instrumento convocatório (art. 41). 
No âmbito da licitação não ocorrerá atos discricionário, assim, as comissões segue estritamente o que consta no edital.
Art. 41.  A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
Art. 40, lei 8.666/93– o que deverá conter no edital.
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
Publicação (art. 21):
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez. 
Impugnação – caso se verifique qualquer irregularidades existentes, qualquer cidadão poderá impugnar (parágrafos do art. 41), pois a licitação é uma peça pública, ou seja, qualquer um tem acesso.
§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.
Habilitação–é a fase do procedimento que a administração verifica a aptidão do candidato para a futura contratação. Não será analisada a proposta do candidato e sim analisar a capacitação técnica, econômica, financeira e jurídica do participante, ou seja, a vida do participante para saber se o participante tem aptidão para realizar e manter o contrato com a Administração, de forma eficiente ,feita na modalidade concorrência.
Art. 37, XXI, CRFB/88 – qualificação técnica e econômica (art. 27 – documentos):
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
 
Cabe recurso administrativo(art. 109, I, a)
Art. 109.  Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
habilitação ou inabilitação do licitante;
Efeito suspensivo($2, art. 109)– com efeito suspensivo, paralisando todo processo até finalizar o julgamento do recurso.
§ 2o  O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
Análise das propostas – etapa de verificar a proposta mais vantajosa para a Administração para a celebração ao futuro contrato, onde se verifica a: razoabilidade dos preços e a compatibilidade das propostas com as exigências do edital.
Julgamento – deve ser feito de maneira objetiva (arts. 44 e 45) – não existe nenhum subjetivismo ou discricionariedade no julgamento das propostas.
Art. 44.  No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.
Art. 45.  O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

Continue navegando