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Pratica Simulada I.doc caso 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DO RIO DE VITÓRIA/ES. AQUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO LEGAL.
MARLY, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade.../UF, CEP..., e HERON, representado pela sua genitora, ANA MARIA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade.../UF, CEP..., vem por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade/UF, CEP..., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, para propor:
AÇÃO PAULIANA,
pelo rito ordinário em face de FÁBIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., Vitória/ES, CEP..., e ANTÔNIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade.../UF, CEP..., pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor:
V- DOS FATOS
Em junho de 2013, a autora, Marly, estava dirigindo o seu veículo acompanhada de seu sobrinho, Heron, quando o veículo do réu, Fábio, colidiu com o seu.
 	O réu, Fábio, estava dirigindo o seu veículo sem habilitação e sobre efeito de álcool, que resultou no acidente cometido por ele, com culpa exclusiva sua, trazendo não só prejuízo material a autora, quando danificou o seu veículo, mas também deixou o seu sobrinho de 12 (doze) anos, Heron, gravemente ferido.
O réu, Fabio, temendo responder por uma possível ação judicial, pelos danos causados aos autores, doou seus bens a titulo gratuito ao seu amigo de longa data, também réu, Antônio, que tem pelo conhecimento do fato provocado por Fábio, agindo como cumplice da fraude praticado do réu. 
Fábio, transferiu todos os seus bens, avaliados em R$ 250.000,00, gratuitamente, a seu amigo de longa data, Antônio que, concordou em auxiliá-lo, mesmo ciente da intenção maliciosa de Fábio
VI- DO DIREITO
Conforme se apura, o contrato de doação gratuita foi feito de forma irregular, ou seja, de má-fé, o réu agiu com a intenção de ficar insolvente para se esquivar do pagamento de danos morais e materiais. Portanto, essa doação não está de acordo com o artigo 538, CC.
Os autores, com o interesse de garantir que o réu venha cumprir com suas futuras obrigações, por meio de uma ação de execução, para reparação dos danos causados, tendo como base no art. 158 do Código Civil Brasileiro, que dispõe sobre anulação do negócio jurídico praticado pelo devedor insolvente.
Diante do exposto, é anulável o negócio jurídico quando este conter vicio de dolo, conforme o art. 171 e art. 177 ambos do Código Civil Brasileiro.
Conforme César Fiuza (FIUZA, 2006, p.234).
Para a caracterização da fraude contra credores no direito em geral, é imprescindível a existência do binômio: consilium fraudis e eventus damni. O primeiro pode ser definido como o conluio de vontades no intuito de fraudar credores. O segundo propriamente define-se como a ocorrência de dano, isto é, prejuízo para credores. No entanto, o direito civil brasileiro exige tão somente a existência deste último, sendo o consilium fraudis presumível O entendimento jurisprudencial acerca da questão encontra-se pacificado.
O entendimento jurisprudencial acerca da questão encontra-se pacificado.
TJ-RS - Agravo AGV 70063471692 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 25/03/2015
Ementa: AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO PAULIANA. TUTELA ANTECIPADA. A concessão da medida em antecipação de tutela exige que os requerentes comprovem a verossimilhança do direito alegado, por meio de prova inequívoca, assim como o risco de dano irreparável ou de difícil reparação, com base no art. 273, inciso I, do CPC. In casu, está ausente a verossimilhança do direito do recorrente. Pedido de levantamento de estoque de mercadorias em empresa, com a finalidade de que esta não se desfaça do seu patrimônio, bem como para que seja oficiada a Junta Comercial para vedar qualquer alteração no seu contrato social. Alegação da parte autora que o primeiro réu, devedor, é o verdadeiro proprietário da empresa referida, embora ela esteja em nome dos demais requeridos. Todavia, dita empresa tem personalidade jurídica própria e não faz parte desta lide. Anotação na matrícula de imóveis da existência desta ação. Os bens já foram transferidos em 2011 e a presente ação ajuizada em 2015. Não verificada a urgência deste provimento. Necessidade que se proceda a angularização da relação processual. Interlocutória confirmada. Petição noticiando a emenda à inicial e um novo pedido de tutela antecipada, que também foi indeferido pelo Julgador singular. Pedido que não é conhecido. Eventual insurgência com a aludida decisão deve ser promovida pela via adequada. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, TENDO EM VISTA A AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NOVOS, CAPAZES DE ALTERAR A... CONVICÇÃO ANTES FIRMADA. NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO INTERNO. UNÂNIME. (Agravo Nº 70063471692, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Julgado em 19/03/2015).
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
g. a intimação do Ministério Público com base no art. 82, I do Código Civil;
h. a citação da ré no endereço acima citado para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
i. a anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes;
j. a condenação dos réus no pagamento dos ônus sucumbenciais .
IV - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, inclusive documental e testemunhal.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
Vitória..., ... de ... de ...
Advogado
OAB/UF

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