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LUDICIDADE NA EDUCAÇAO INFANTIL 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de .pedagogia ......
Orientador: Prof.Cassandra Moutinho da Rocha
Tutora Eletrônica :Tatiane Pereira Alves Marigo 
RESUMO
O projeto de ensino elaborado tem como tema a Ludicidade: o brincar na educação infantil, onde o brincar é a principal linha de pesquisa, pois a brincadeira faz parte da vida da criança, sendo parte importante da construção cognitiva da mesma. O objetivo desse projeto é fazer do brincar base para o aprendizado, desenvolver o convívio social, respeitar a natureza da criança entre outras que favoreçam a educação.
As atividades lúdicas além de serem um modelo específico da criança,e também uma maneira de melhorar a prática pedagógica ,ajudam no auxilio educacional e não apenas como atividades recreativas,pois possibilita melhoria no desenvolvimento das habilidades físicas e facilita o processo de aprendizagem.
Diante disso a escolha do tema será de fundamental importância para os educadores, conhecerem o valor das brincadeiras na educação ,e ajuda o educando para que o mesmo não sinta no ato de ensinar uma rotina em que não se tem prazer em aprender.
Assim sendo o projeto contribui para esclarecer a importância das brincadeiras onde e possível construir conhecimentos que desenvolva os aspectos cognitivos ,motor,psíquico e social da criança e do adolescente,proporcionando ao educador uma descoberta da verdadeira importância que tem o lúdico ,de geração de conhecimento para a criança em processo de aprendizagem. 
Palavras-chave: Brincadeiras.Ludico.Educaçao Infantil.Criança.
SUMÁRIO
1 Introdução....................................................................................................
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................
3.1 Tema e linha de pesquisa...........................................................................
3.2 Justificativa.................................................................................................
3.3 Problematização.........................................................................................
3.4 Objetivos....................................................................................................
3.5 Conteúdos.................................................................................................
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................
3.9 Avaliação....................................................................................................
4 Considerações Finais...................................................................................
5 Referências..................................................................................................
.......................................................................................
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de discutir sobre a importância dos jogos e brincadeiras no processo ensino aprendizagem, sobretudo na educação infantil e visa a ludicidade como caminho para a aprendizagem e a construção do conhecimento através de brincadeiras,jogos e brinquedos.
A atividade lúdica pode contribuir para a aprendizagem na educação infantil pois notamos a sensação de prazer que envolve as crianças em suas atividades lúdicas,que por sua vez ,desenvolvem maior interação entre professores e colegas.As brincadeiras e os jogos não são apenas um passatempo são formas também de despertar na criança autoconfiança,desenvolvimento psicomotor, afetividade e que são as principais formas de socialização,pois através do brincar a criança aprende regras e limites no qual usara respeitando o colega no seu dia a dia. O brincar esta presente no cotidiano da criança,pois é a fase fundamental e mais importante para o desenvolvimento.Sabendo-se que um dos principais objetivos da escola é proporcionar a socialização por esse motivo não se deve deixar as crianças presas em salas de aula com trabalhos tradicionais sem nenhuma motivação por parte do professor,mas contudo motivar os trabalhos em grupo,a troca de idéias onde a cooperação acontece através dos jogos.
É importante ressaltar que brincadeiras e jogos contribuem para o desenvolvimento da autoestima da criança podendo ser o início para se trabalhar ludicidade e também investigar como a criança vivencia atividades lúdicas na sala de aula,no seu contexto familiar,além de analisar se a criança consegue aprender um conhecimento mais rápido através das atividades lúdicas.A aprendizagem através do lúdico,a função dos jogos e brincadeiras e suas contribuições para o ensino aprendizagem na educação infantil e muito importante no cotidiano escolar onde o papel do professor frente a ludicidade se faz relevante na medida em que o mesmo possa oferecer as crianças interação ,aprendizagem e possibilidades.A brincadeira é uma rica fonte de comunicação,o jogo é uma maneira de as crianças interagirem entre si. Sneyders (1996 p.36) afirma que "Educar é ir em direção à alegria". Uma vida sem alegria se torna chata, monótona, triste; com a educação não é diferente. Educação sem ludicidade é desinteressante, é desestimulante; é ruim para o professor e pior ainda para a criança. É de fundamental importância o uso de jogos e brincadeiras ao longo do processo pedagógico porque os conteúdos podem ser ministrados de forma agradável e cativante. Por meio do método dialético pretendemos mostrar que o lúdico na educação poderá tornar a aprendizagem dos pequenos, mais interessante e eficiente.
Revisão Bibliográfica.
Atualmente as atividades lúdicas são usadas por toda sociedade porém antes do século XVI essas atividades não eram vista,logo porque a criança não era valorizada,a tinham como adulto em miniatura.Sobre isso ÁRIES(1978) enfoca que no século XVII a arte medieval não conhecia a infância,pelo fato que não existia lugar para a criança naquele período.As crianças não tinham sua própria identidade e tudo que faziam eram viver a vida de um adulto,não existiam brinquedos e nem brincadeiras a elas atribuídas.No catolicismo as atividades lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios.
Também no período revolução industrial as brincadeiras eram tidas como algo banal,mesmo porque não se tinham tempo para as brincadeiras,pois o trabalho era incessante,para as pessoas desse período o lazer,as atividades lúdicas eram uma fonte de pecado e perda de salvação.Daí se percebe a visão do ser humano na antiguidade,em relação a ludicidade.
Porém com o passar dos anos essa visão foi mudando,nasce um sentimento de infância a preocupação com o pudor e o cuidado em não corromper a ‘’inocência infantil’’,como salienta Aranha(1996 p.60).E nessa mudança os jogos e as brincadeiras,passam a fazer parte do cotidiano infantil.E no que se refere as atividades lúdicas no enfoque educacional ainda não faz jus a sua real finalidade. 
Porém a partir da Antiguidade,os educadores começaram a trabalhar com as atividades lúdicas,no entanto,apenas na recreação,pois não viam no brinquedo,um objeto educativo.Na Grécia antiga,essas atividades eram usadas pelos filósofos gregos para ajudar os seus aprendizes em suas tarefas diárias,diante disso pode-se perceber que com o lúdico é uma ferramenta importante na educação,no que se refere a criatividade que cada criança apresenta quando brinca o lúdico proporciona ao educando sentimento de satisfação,prazer,e ajuda-o no desenvolvimento do seu eu interior,na memorizaçãodos fatos,em testes cognitivos.Também,é essencial para a saúde física e mental e fundamental para na sociedade e na família.
As atividades lúdicas vem sendo usado por muitos educadores como uma forma de atividade educacional,na melhora do ensino e aprendizagem,mas qual o real significado desta palavra que ainda hoje existe pessoas que não a conhecem ?.De acordo com Johan Huizinga(2000,p.33) o jogo é:Uma atividade ou ocupação voluntária,exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço,seguindo regras livremente consentidas,mas absolutamente obrigatórias dotado de um fim em se mesmo,acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da” vida cotidiana”.
Diante dessa definição é percebido que o jogo é de livre escolha,podendo ser usado por adultos e crianças,mas com regras a serem seguidas,crianças com jogos infantis e adultos com jogos á que ele seja atribuído e sendo usados por ambos como uma fuga da realidade temporariamente,porém que traz prazer a quem joga,no entanto o jogador deve ter certos limites,não devendo usá-los de maneira inadequada,como apostas.
Na educação as atividades lúdicas facilitam o processo de ensino aprendizagem e quem aplica,no caso o educador deve-se mediar essa inclusão usando de forma adequada.Sobre este assunto, Nóvoa (1991) afirma que não e possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores,isto é,que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente.Mas isso não quer dizer que o educador seja o único responsável pelas ações educativas,no entanto,é um dos responsáveis pelo sucesso da ação.Neste sentido,Kishimoto (2008) defende a idéia de que a brincadeira é o lúdico em ação, que a brincadeira deixa de ser coisa de criança e passa a se constituir em coisa séria,digna de fazer parte dos recursos didáticos.E é nesse ponto que a escola entra como bojo,como alicerce,para a realização da ludicidade,de forma que não seja nem apenas o brincar em ação,mas passe a ser uma diretriz para a transformação do ato de brincar.
 O sentido real, verdadeiro, funcional, da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante (ALMEIDA, 2000, p.63). 
 A medida que o brinquedo se desenvolve, observamos um movimento em direção a realização consciente de seu propósito. É necessário conceber o brinquedo como atividade, com propósitos que direciona as ações da criança. As vezes, no brinquedo, a criança é livre para determinar suas próprias ações, em outra é uma liberdade ilusória, pois suas ações são de fato subordinadas ao significados dos objetivos e age de acordo com a ação intencional do educador deverá estar voltada para os objetivos pedagógicos do brincar, um vez que o ponto de vista do desenvolvimento da criança. Através das brincadeiras as crianças usa uma situação imaginaria que poderá ser considerada como um meio para desenvolver o pensamento abstrato.
Para Vygotsky (1991) o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo, o importante fonte de promoção do desenvolvimento, pela qual podemos reconhecer o valor do brincar nas atividades educativas da criança, pois o brinquedo, apesar de não ser o aspecto predominante da infância, exerce enorme influência no desenvolvimento infantil.
Vygotsky, ao empregar o termo “brinquedo”, num sentido amplo,refere principalmente á atividade ao ato de brincar. No entanto é necessário ressaltar também que embora ele analise o desenvolvimento do brinquedo e mencione outras modalidades, procura evidencia o jogo de papeis ou a brincadeiras do faz de conta, por exemplo, a amarelinha, brincadeira muito antiga, faz parte do folclore, essa brincadeira estimula o equilíbrio, agilidade, socialização,.que poderá brincar uma ou mais crianças.Tal fato explica pela importância dessas brincadeiras nas crianças que aprendem a falar e que, portanto, já são capazes de representar simbolicamente,envolvendo-se numa situação imaginaria.
Kishimoto (1999 ) observa a importância do jogo na educação infantil em suas pesquisa, procura discutir o significado atual do jogo na educação,sua função lúdica e pedagógica.
Faz uma abordagem histórica da a construção do termo jogo educativo, demonstrando suas benéficas aplicações nos brinquedos e nas brincadeiras, desde Roma e a Grécia antigas.
Kishimoto (1999 ) ressalta que os jogos foram transmitidos de geração em geração por meio de sua pratica, permanecendo na memória infantil.E que a tradicionalidade e a universalidade dos jogos são observados fato de que os povos, distintos e antigos, com os da Grécia e Oriente, brincaram de amarelinha, empinar papagaios e jogar pedrinhas.O jogo tradicional infantil é um tipo livre, espontâneo, no qual a criança brinca pelo prazer de fazê-lo.
Evidencia também os jogos tradicionais infantis, marginalizados em decorrência do acelerado processo de industrialização e urbanização.
Kishimoto ( 1999 ) apresenta que as concepções froebelianas de educação, homem e sociedade estão intimamente vinculadas ao brincar.
Brincar faz parte da vida e ao oferecermos á criança a possibilidade de brincar, reflete muito mais do que o ato em si mesmo, visível aos olhos, estendemos uma perspectiva de vida melhor. Estendemos a essa crianças um desenvolvimento natural e eficiente, uma socialização decorrente de tão somente brincar e ainda mais, a possibilidades de reconhecer como ser, de expressar e concretizar criativamente seus desejos, necessidade e fantasias na criança pequena.
O brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, especialmente para as crianças com idade entre três e quatro anos de idade, que brincam para viver, interagem com o real, descobrem o mundo que as envolve organizam-se e se socializam.Desse forma o brincar e o brinquedo já não mais, na escola e na creche aquelas atividades utilizadas pelo professor para recrear as crianças, como uma atividade em si mesma.
Quanto mais rica for experiência vivida pela criança, maior é o material disponível e acessível á sua imaginação. Assim, há necessidade de o professor ampliar, significativamente, as vivencias da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
Durante a infância, o desenvolvimento físico/motor não pode ser ignorado. Então, no ambiente escolar o educador deve se conscientizar de que por meio de muitas atividades lúdicas as crianças podem adquirir mobilidade corporal de modo orientado, calculado, podendo assim movimentar-se em diferentes espaços tendo como orientador espacial o próprio corpo. Em trabalho de campo constatamos que brincadeiras como pular corda, andar em linhas demarcadas com giz, imitar os movimentos de animais como sapo, coelho, pular com um pé só, pintar, desenhar, rasgar papéis, satisfazem os anseios dos alunos e auxiliam o desenvolvimento motor com maior satisfação. 
É importante criar uma parceria entre escola, família e criança a fim de explicitar os benefícios do ato de brincar na educação infantil, visto que além de deixar as crianças mais alegres, possibilita o desenvolvimento de habilidades físicas, motoras, cognitivas, etc. Ocorre que quando as crianças têm essa estimulação na escola e no contexto familiar, os benefícios têm um valor muito maior.
Foi refletindo acerca dessa realidade que é vivida não só no Brasil, mas em toda América, que devemos considerar necessário resgatar o brincar como elemento essencial para o desenvolvimento integral da criança em sua criatividade, aprendizagem, socialização, enfim, em todos os ambientes e circunstâncias de sua vida ,no lar,na vizinhança,na escola e na comunidade.
Hoje o tempo das crianças é habitualmente saturado por deveres e afazeres, restando muito pouco para as atividades lúdico-criativas.Assim, diminuem as possibilidades da criança descobrir sua própria maneira de ser, construir, sua afetividade e fazer suas próprias descobertas por meio da brincadeira. O lúdico facilita a aprendizagem da criança, mas o professor precisa conhecer as maneiras de aplicá-lo, pois se não procurar compreender a ludicidade seu trabalho não terá rendimentos.
Acredita-se, que para conhecer e entender os problemas que interferem na aprendizagem dos alunos, o professor deve ter uma busca constante. Para isso, ele deve refletir sobre sua prática pedagógica em sala de aula. Este aprender a refletir, está relacionado com sua formação, com sua preocupação em estar atualizado, em procurar novas metodologias em querer inovar, fazer diferente.
No mundo infantil o espaço lúdico é essencial o período em que estamos na sala de aula precisa ser mágico e nesse momento onde conseguimos criar o encantamento necessário para que a criança se sinta apaixonada pelo instante em que vive na escola estamos proporcionando um ambiente afetuoso necessário para envolvê-la.Piaget afirma que o desenvolvimento da inteligência esta voltado para o equilíbrio.
Na infância as brincadeiras e os jogos utilizados no contexto escolar devem produzir satisfação, subtraindo assim as atividades sofríveis, maçantes e repetidas que muitas vezes os alunos são submetidos a fazê-las, antes mesmo de aperfeiçoar seus movimentos motores.
 O  lúdico é tão   importante   para  o desenvolvimento da criança, que merece atenção  por  parte  de  todos  os  educadores. Cada criança  é um ser   único,com  anseios, experiências e  dificuldades  diferentes. Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia.
Para que os jogos e brincadeiras não percam a sua função de ludicidade no ato de ensinar, Antunes (2005, p.37) recomenda “jamais pense em usar jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento.” Como trabalhar na educação infantil se não dispuser de recursos pedagógicos que atendam a demanda de nossos clientes?
De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.
As  crianças  aprendem  com maior eficácia a  partir do momento que elas sentem prazer em aprender.Nesse sentido espera-se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que as atividades tem em assegurar a eficácia no processo ensino aprendizagem.
Segundo Craidy & Kaercher (2001) Vygotsky relata novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis de desenvolvimento que só as ações por motivações essenciais conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas e predispostas a aprender.
Na prática pedagógica, o lúdico modifica o ambiente à medida que o relacionamento professor/aluno ganha vida e produz conhecimento. As crianças na educação infantil descobrem que tem muito a aprender sobre ela e tudo que a cerca e que tem o professor como um aliado nesta construção que a faz sentir cada vez mais entusiasmada em aprender brincando e brincar aprendendo. Duas ações que juntas tornam o ambiente escolar um lugar diferente e ao mesmo tempo surpreendente. A construção do saber trabalhado de modo lúdico confere um novo olhar político educacional no direcionamento da educação infantil por um profissional entusiástico ( BOMTEMPO, 2003). Conhecer e explorar o conhecido são próprios do ser humano. Com a criança não é diferente. Ela é instigada a descobrir o porquê das coisas e como elas funcionam. O tempo de aprender não se mensura pela idade, mas pelo interesse que tal objeto lhe atrai. É por isso que na sala de aula o professor deve ter entusiasmo no ato de coordenar as atividades propostas aos alunos fomentando a participação, a curiosidade, enfim gerar na criança a motivação para uma construção sólida do conhecimento de suas potencialidades efetivas, física e cognitiva como fruto das experiências vividas pelas crianças em atos individuais ou sociais o (RCNEI, 1998).
Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social.  A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido.  Assim, Goés (2008, p 37), afirma ainda que:
(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.
(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica. Gonzaga (2009, p. 39)
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural
Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para a educação.
A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas,percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando. Assim, a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.
O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças.O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.
A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil.
Na formação de profissionais da educação infantil deveriam está presentes disciplinas de caráter lúdico, pois a formação do educador resultará em sua prática em sala de aula. Essas disciplinas ajudarão na formação e preparação dos educadores para trabalharem com crianças, assim: “o lúdico servirá de suporte na formação do educador, como objetivo de contribuir na sua reflexão-ação-reflexão, buscando dialetizar teoria e prática, portanto reconstruindo a práxis.” (SANTOS, 2007, p.41). O educador é o mediador entre conhecimento e saber da criança, um organizador do tempo e das atividades propostas em sala. É a partir dessa mediação que a criança passa por seu processo de construção do conhecimento, então este educador tem que ter competência técnica para fazê-la. Além de desenvolver algumas capacidades, tais como atenção, imitação, memória, imaginação entre outros aspectos relevantes.
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociáveis.
Diante de tal objetivo os jogos escolhidos pelos educadores precisam ser estudados intimamente analisados rigorosamente para serem de fato eficientes,porque os jogos que não são testados e pesquisados não terão seu exato valor tornando-se ineficazes,obviamente,uma atividade lúdica nunca deve ser aplicada sem que tenha um beneficio educativo.O professor pode criar seus próprios jogos,a partir de materiais disponíveis na instituição de ensino em que leciona ou até mesmo na sala de aula,porém precisa atentar para a forma de como serão trabalhados,não esquecendo os objetivos e o conteúdo a ser desenvolvido.O educador precisa ter muito mais força de vontade,criatividade,disponibilidade e competência para construir um jogo onde irá fazer a diferença no trabalho em sala de aula.
Infelizmente ainda há muitas escolas que tratam a criança da Educação Infantil como adulto em miniatura. Não valorizam a fantasia e as atividades motoras próprias dessa etapa da vida que é a infância. A idéia de ludicidade nessas escolas está intimamente ligada à instrumentalização apenas, pois o processo ensino aprendizagem baseado numa metodologia tradicional contribui para o desenvolvimento da “consciência bancária”, assim denominada por Paulo Freire (1983, p. 38) que consiste em: O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita. Mas o curioso é que o arquivado é o próprio homem, que perde assim seu poder de criar, se faz menos homem, é uma peça. O educador consciente de seu compromisso social e que trabalha numa escola cuja concepção de ensino priorizada é a emancipatória, planejará situações lúdicas em que a criança vivenciará experiências de construção e reconstrução de saberes existentes no seu mundo real, além de significativas interações sociais.
É essencial que o professor não confunda o lúdico com “passatempo”, pois, conforme menciona Freire (1997), isso equivale a camuflar o problema, e não a ter coragem de lidar com ele. Do ponto de vista educacional, seria como dar água a quem não tem sede. Brincar é muito mais que isso.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
O meu projeto de ensino irá abordar sobre a ludicidade na educação infantil,considero a idéia de fundamental importância pois trata-se de assuntos relacionados ao meu curso e vividos durante todo meu estagio.E esta relacionado totalmente a disciplinas estudadas por mim,sendo assim o meu crescimento profissional será de muito valor onde irei refletir sobre o assunto abordado no projeto e aplicarei cuidadosamente seguindo as orientações aqui apresentadas.
3.2 Justificativa
Escolhi o tema ludicidade pelo fato de gostar trabalhar com crianças menores e pela importância do trabalho de socialização que deve ser feito com elas pois hoje em dia o convívio social começa dentro da escola e que são fatores primordiais para se formar um cidadão consciente e formador de opnioes os jogos em grupos ajudam muito a criança se relacionar com outras pessoas e entender o direito igual pra todos na sociedade .
 
3.3 Problematização
O meu interesse pela pesquisa sobre ludicidade surgiu desde o meu primeiro estagio curricular onde pude observar que alguns educadores não se interessavam com este tipo de trabalho com as crianças e não utilizavam os brinquedos e nem os jogos principalmente que faziam parte do cotidiano dessas crianças e pude ver o quanto elas se interessavam neste tipo de aula.Vi que o teórico que aprendi não condiz com a realidade dessa escola queria aplicar o que aprendi na faculdade,mas infelizmente ainda existe professores com sistema educacional tradicionalista ,e que não aceita opiniões para o próprio crescimento profissional.
3.4 Objetivos
Incentivar o convívio social 
Incentivar o trabalho em grupo 
Buscar o direito da criança em brincar 
Explorar o trabalho com jogos pedagógicos que estimulem o raciocínio lógico,a capacidade de concentração,a criatividade,a memória e a inteligência da criança. 
Identificar através dos jogos os níveis de dificuldade da cada criança,
3.5 Conteúdos
Português,matemática,ciências,geografia,historia,artes.
3.6 Processo de desenvolvimento
Utilizarei,cadeiras,cds,anel,cartaz com figuras,
*Dança das cadeiras:crianças acima de 04 anos pode brincar,pode ser no pátio ou em sala de aula,onde ira trabalhar ,estimulo,atenção,concentração,movimento e ritmo,no máximo seis crianças
*Como brincar:coloque as cadeiras em circulo,sendo o numero de assentos seja menor do que o de participantes.Coloque uma música para tocar onde todos os jogadores dancem ao redor.Quando a musica parar cada um deve tentar ocupar um lugar.A criança que não conseguir devera sair do jogo levando consigo uma cadeira.
O vencedor será aquele que conseguir sentar na ultima cadeira.
*Passa anel:criancas acima de 06 anos,pode ser em sala de aula ou pátio,onde ira estimular a criatividade,atenção,imaginação.
*Como brincar: Antes da brincadeira começar,um dos participantes e escolhido para passar o anel.O restante do grupo forma uma fila e todos com as mãos unidas e entreabertas,como uma concha.O participante escolhido ficara com o anel dentro da mão e com o mesmo posicionamente do resto do grupo,ele deve passar a mão dele por dentro damão de cada participante.Em um determinado momento ele escolhe um dos jogadores e deixa o anel cair nas mãos dele sem que o resto do grupo perceba.Depois ele deve passar pelo menos uma vez pela fila inteira novamente para que ninguém desconfie onde esta o anel.Depois disso ele devera escolher outro participante que não esteja com o anel e este devera advinhar onde o anel esta.Se errar será eliminado do jogo e chamara outro participante do mesmo modo ate acertar.
*Contaçao de historia com cartaz:Acima de 04 anos,pode ser em sala de aula ou pátio,ira estimular a imaginação,curiosidade,e atenção.
*Como brincar:O educador colocara as crianças sentadas no chão em círculos e ele dentro começando a contar a história sendo que ao mesmo tempo usara muito a expressão facial e vocal a criatividade ficara por conta do educador. Ao mesmo tempo mostrando o cartaz com figuras sobre a historia, a cada trecho contado levantara o cartaz onde condiz com cada trecho e fará perguntas dentro das figuras mostradas,isso ajudara muito o educador no processo pedagógico em questão de memorização no texto trabalhado e também interpretação da leitura 
 
3.7 Tempo para a realização do projeto
O tempo gasto seria durante todo ano letivo pois será um projeto continuo e favorável em todas as aulas dependendo da faixa etária.Cada brincadeira citada acima usara uma aula dependendo até mais.
3.8 Recursos humanos e materiais
Usei diversas pesquisas e acervos da internet,planos de aulas meus usados durante meu estagio,materiais utilizados com ajuda da própria escola realizado o estágio e outros adquiridos com recursos próprios.
3.9 Avaliação
Avaliarei através da observação dos níveis de aprendizagem dos alunos e linha de dificuldade de cada um,buscando formas de melhor método de ensino.
4 Considerações finais
Muitos autores foram destacados neste trabalho comprovando que os jogos e brincadeiras fazem parte do processo de formação do ser humano. Tal evidência justifica as raízes da atividade lúdica e sua consistência no trabalho de alfabetização da criança. Pois se trata de uma atividade necessária, já que permite que a criança expresse seus sentimentos, sejam eles positivos ou negativos.
Deste modo, acredita-se que a utilização de jogos na alfabetização possa vir a melhorar a forma de: ensinar e aprender. Assim, o jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como importante instrumento de alfabetização, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança. Não basta levar o jogo para sala de aula, sem ter conhecimentos prévios sobre como aplicá-lo devidamente, ou seja, com seu devido planejamento voltado para a realidade do alunado, objetivos propostos, critérios avaliativos pós, durante ou após a atividade. Só assim, a atividade lúdica poderá trazer resultados positivos tanto para o professor, quanto para os demais profissionais da instituição.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
MORAIS, Ana Maria Galeazzi. A importância do brincar no desenvolvimento infantil. Disponível na Internet via: http://www.tribunaimpressa.com.br/Conteudo/A-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-infantil,771,778. Arquivo capturado 09 de outubro de 2016
Revista Maringá Ensina nº 10 –outubro/2016.A importância da formação lúdica para professores de educação infantil. Rúbia Renata das Neves Gonzaga. (p. 36-39).
SANTOS, Santa Marli Pires dos. (Org.). Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. 
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia 
maricelia batista da costa 
LUDICIDADE NA EDUCAÇAO INFANTIL 
Cidade
Ano
TEOFILO OTONI 
2016
Teófilo Otoni 
2016

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