Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CCE 0515- Projeto de Fábrica e Layout Professor: Carlos Roberto Silva Santos Engenheiro Civil & Auditor do Estado 2016/2 Estácio de Sá – Vila Velha Noturno 0 CCE 0515- Projeto de Fábrica e Layout Contextualização: • A dinâmica empresarial exige resultados crescentes de todos os profissionais, seja em que ramo atuam ou vierem a trabalhar. Todos os segmentos econômicos em que adotam modelos de gestão baseiam-se em princípios administrativos universais. Competências e atributos inerentes a cada um há pelo menos uma característica reconhecidamente comum a qualquer profissional, eficiência e eficácia. 1 CCE 0515- Projeto de Fábrica e Layout Eficiência trata de como fazer, não do que fazer. Trata de fazer certo a coisa, e não fazer a coisa certa. Quando se fala em eficiência, está se falando em produtividade, em fazer mais com o mínimo de recursos possíveis. Já a eficácia trata do que fazer, de fazer as coisas certas, da decisão de que caminho seguir. Eficácia está relacionada à escolha e, depois de escolhido o que fazer, fazer esta coisa de forma produtiva leva à eficiência. A eficácia é o grau em que os resultados de uma organização correspondem às necessidades e aos desejos do ambiente externo. 2 CCE 0515- Projeto de Fábrica e Layout • Para fins de analogia e exemplificação, podemos dizer que a eficiência é cavar, com perfeição técnica, um poço artesiano; eficácia é encontrar a água. • Tratando-se dos níveis de decisões da empresa, a eficácia está relacionada ao nível tático (gerencial, logo abaixo do estratégico), e a eficiência ao nível operacional (como realizar as operações com menos recursos - menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima, etc.). 3 CCE 0515- Projeto de Fábrica e Layout Ementa: • Planejamento de processos produtivos e os princípios e aplicações de planejamento, programação e controle de uma fábrica. Conceitos, metodologias e ferramentas para elaboração da disposição das unidades de trabalho de modo a permitir rápida e eficiente operacionalização. 4 CCE 0515 - Projeto de Fábrica e Layout Objetivos Gerais: • Desenvolver uma visão integrada do processo de planejamento e desenvolvimento de uma estrutura de fábrica, proporcionando um fluxo de comunicação entre as unidades de maneira eficiente e efetiva. • Criar mecanismos para utilização da área disponível na empresa, com um fluxo de trabalho eficiente e de fácil coordenação, resultando na redução da fadiga do funcionário no desempenho da tarefa e do equipamento por ele utilizado. • Implantar um processo de flexibilidade nas modificações tecnológicas. 5 CCE 0515 - Projeto de Fábrica e Layout Objetivos Específicos: • Oferecer ao aluno proposta de trabalhos que impliquem em níveis adequados de desafio, ao incluírem um número dosado com certo cuidado de restrições de projeto a serem simultaneamente observadas. • Desenvolver projetos de baixa e média complexidade com relativa proficiência. • Propiciar aos alunos o conhecimento do desenvolvimento de um projeto de fábrica com todos os passos necessários para a venda deste projeto a um cliente. 6 CCE 0515 - Projeto de Fábrica e Layout Conteúdo 7 CCE 0515 - Projeto de Fábrica e Layout Conteúdo 8 CCE 0515 - Projeto de Fábrica e Layout Bibliografia 1) Harmon, Roy L.; Peterson, Leroy D. Reinventando a Fábrica. Rio de Janeiro. Campus, 1991. 2) Muther, Richard. Planejamento de Lay-out: Sistemas SLP. São Paulo. Edgard Blucher Ltda, 1970. 3) Neumann & Scalice . Projeto de Fábrica e Layout. Campus & Elsevier. 9 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Análise de Projetos - Introdução: • Mundo globalizado onde a velocidade e o impacto das mudanças é cada vez maior. (novo perfil do mercado) • Diferencial em seu produto/serviço para serem competitivas. (por custo ou diferenciação) • Plano Estratégico (diretrizes em longo prazo): determinando sua orientação e atuação frente ao mercado e seus concorrentes. “ato de pensar e fazer planos de uma maneira estratégica”. 10 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Análise de Projetos - Introdução: • Planejamento: Estratégico, Tático e Operacional. • Etapas do Planejamento Estratégico: visão (aonde vamos chegar) e missão (o que somos, identidade); análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças), análise do ambiente interno (forças e fraquezas) via SWOT; definição de objetivos e metas; formulação e implementação da estratégia e obtenção do feedback e controle. 11 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Análise de Projetos - Introdução: • Neste contexto, os projetos podem ser considerados instrumentos de execução das ações estratégicas, além das táticas e operacional. Do sucesso dos projetos depende o sucesso das estratégias da companhia. • Assim, para se iniciar a análise de Projetos de Fábrica se faz necessário, preliminarmente, expor alguns conceitos. 12 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Projetos: O que é um Projeto? • Processo único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos, conforme NBR ISO 10006 (2000)¹. • ¹Gerenciamento da Qualidade - Diretrizes para a qualidade em gerenciamento de projetos 13 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Projetos: Outra definição O que é um Projeto? • Esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo, suas metas são temporárias e únicas, possuindo início e fim definidos, assim como os recursos destinados são específicos e limitados, conforme Neumann & Scalice (2015). 14 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Projetos: Pontos Chaves Um projeto individual pode fazer parte de uma estrutura de projetos mais abrangentes; As interações entre as atividades do projeto podem ser complexas; Empreendimento não repetitivo (evento que não faz parte da rotina da empresa; “algo novo” Início, meio e fim; (Pois, um projeto que não possui término não é um projeto, mas sim uma rotina) 15 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Projetos: Pontos Chaves Objetivo claro e definido; ( aonde se quer chegar); Administração e estrutura administrativa próprias; Conduzido por pessoas; (cerne é o homem); Parâmetros pré-definidos; (valores para prazo, custos, pessoal, material e equipamentos envolvidos); 16 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Projetos: Então, mais uma vez, o que é um Projeto? • Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (entregas exclusivas), consoante PMI (2004)¹. ¹Project Management Institute. 17 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Entidades Internacionais com Destaque em Metodologias e Certificação para Gerenciamento de Projetos International Project Management Association (IPMA) – Com sede Nijkerk, na Holanda. Foi criada em 1965 e atualmente conta com membros em mais de 50 países; Project Management Institute (PMI) –Com sede na Pensilvânia, nos EUA. Foi criada em 1969, contando com mais de quinhentos mil membros em 160 países. 18 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos Associados a Processo: O que é um Processo? • Conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que transformam insumos em resultados, conforme NBR ISO 10006 (2000). • Um processo é uma série de ações que geram resultados, consoante Braga( 2003). 19 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Os Projetos Podem se Destinar a Desenvolver ou a Entregar: • Produtos Físicos: Tangíveis, ex: construção de um edifício; • Conceitos: Intangíveis, ex: ideias; e • Eventos: Realização de tarefas, serviços ou atividades; Ex: seminário, show ou curso. 20 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Incerteza do Projeto: Todo o projeto caracteriza-se por um grau de incerteza em relação às suas atividades e ao seu resultado final. Por isso, cabe destacar que essas incertezas implicam em riscos que devem ser analisados em relação a seus impactos no projeto. 21 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Complexidade do Projeto: Quantidade de variáveis que afetam o seu desenvolvimento. Exemplo: • Multidisciplinaridade das atividades do projeto;(Hospital) • Quantidade de empresas e pessoas envolvidas; • Dispersão geográfica da equipe. 22 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Complexidade do Projeto: Um projeto é planejado, financiado e administrado como uma atividade distinta e , se for tratado em separado do trabalho de rotina, é mais fácil de ser planejado, monitorado e controlado, o que evita a necessidade de sobrecarregar aqueles que respondem pelo trabalho do dia a dia. 23 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Diferença entre Projeto e Operação: PROJETO: • São temporários e exclusivos; • A finalidade é atingir o seu objetivo e, em seguida, terminar. OPERAÇÕES/ ATIVIDADES CONTÍNUAS: • São contínuas e repetitivas; • O objetivo de uma operação contínua é manter o negócio da corporação. 24 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Então, O que são operações? • Descreve o grupo de todos os processos empresariais relacionados com a produção de bens e/ou serviços, com o uso de máquinas e equipamentos. Também denomina o departamento de uma UN responsável pela gestão dos sistemas de operações empregados para transformar inputs em outputs, tanto na produção de bens físicos como na prestação de serviços, conforme Neumann & Scalice( 2015). 25 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas • Diferenças entre projetos e atividades contínuas: 26 PROJETO ATIVIDADES CONTÍNUAS Estabelecer um novo negócio. Administrar um negócio consolidado. Lançar um novo modelo de tablet. Gerenciar o fornecimento das peças para a linha de montagem do tablet. Construir um novo aeroporto. Operar um terminal aeroportuário. Introdução de um novo sistema controle de estoque. Administração rotineira de estoque. Desenvolver uma concessão para exploração de minério. Produção lucrativa de minério. Construir uma usina nucelar. Fornecer suprimento constante de energia elétrica. Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Conceitos: Gerenciamento de Projetos Gerenciar um Projeto é atuar de forma a atingir os objetivos propostos, dentro de parâmetros de qualidade determinados, obedecendo a um planejamento prévio de prazos (cronograma) e custos (orçamento). É a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas em projetos com o objetivo de atingir ou até mesmo exceder às necessidades e expectativas dos clientes e demais partes interessadas do projeto, conforme Braga (2003). 27 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Por que Gerenciar Projetos? Redução de pessoal, produtos/serviços maiores e mais complexos, aumento da necessidade de especialização técnica, competitividade mercadológica, margens de lucro cada vez menores, padrões de qualidade cada vez mais exigentes, clientes com maior percepção sobre os produtos e seus direitos, mercado dinâmico. 28 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Recursos Básicos para o Gerenciamento de Projeto: Gerente de Projetos (responsável/líder); (responsabilidade de assegurar a realização do projeto,...) Equipe (execução); Plano do Projeto (escopo, prazo, custo, risco, entre outros). 29 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas STAKEHOLDER (Parte Interessada): • É alguém cujos interesses são afetados positiva ou negativamente pelo projeto. Por exemplo, Gerente de Projeto, Cliente, Organização executora do projeto, Patrocinador, Equipe, Usuários finais, Sociedade, cidadãos etc., conforme Braga (2003). 30 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Contexto Externo do Projeto - Fonte: Jordão, Claudius et al. (2007) 31 Unidade 1 Por que os Projetos Falham? 'Fonte: PM SURVEY.ORG, Project Management Institute Chapters. 32 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Por que os Projetos Falham? Problemas de comunicação; Escopo não definido adequadamente; Recursos humanos insuficientes; Mudança na estrutura organizacional da empresa; Riscos elevados no meio ambiente; Mudanças na tecnologia; Evolução nos preços e prazos; Complexidade encontrada no projeto. 33 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Por que os Projetos Falham Decorrente de equívocos Gerenciais? (Não exaustivo) O projeto não teve uma pessoa responsável, mas sim várias, criando círculos de poder paralelos aos previamente estabelecidos; O projeto foi estimado baseado na experiência empírica ou feeling dos envolvidos, deixando em segundo plano os dados históricos de projetos similares, ou até mesmo análises estatísticas efetuadas; 34 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas Por que os Projetos Falham Decorrente de equívocos Gerenciais? (Não exaustivo) Não se conheciam as necessidades de pessoal, equipamentos e materiais; Ninguém verificou se as pessoas envolvidas nas atividades tinham conhecimento necessário para executá-las; Não se conheciam os pontos-chaves do projeto; e As pessoas não estavam trabalhando nos mesmos padrões, ou os padrões de trabalho não foram estabelecidos. 35 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas VARIÁVEIS CRÍTICAS DO PROJETO Escopo: Define aquilo que será ou não abrangido pelo projeto, isto é, as necessidades que serão ou não atendidas pelo projeto. (O trabalho a ser feito.) 36 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas VARIÁVEIS CRÍTICAS DO PROJETO Prazo: O cumprimento de um prazo previsto ou data de entrega pode ser determinante do sucesso ou fracasso de um projeto. Custo: o custo ou o orçamento de um projeto é outra variável importantíssima, pois sabe-se que os projetos sempre têm restrições orçamentárias; 37 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas VARIÁVEIS CRÍTICAS DO PROJETO Risco: os riscos a que o projeto está exposto e a forma com que estes são abordados também têm grande influência no resultado final do projeto. No caso de projetos críticos há a necessidade de realização de um gerenciamento dos riscos envolvidos nas diferentes etapas do trabalho. 38 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas VARIÁVEIS CRÍTICAS DO PROJETO O sucessoe fracasso de um projeto estão estritamente relacionados à busca de um equilíbrio dinâmico entre escopo, custo, prazo e com avaliação constante dos riscos do projeto. 39 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PRODUTO DO PROJETO Aquilo que é definido no objetivo do Projeto e entregue para o cliente, conforme NBR ISO 10006 (2000). Obs.: O objetivo pode ser atualizado durante a evolução do Projeto. 40 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PLANO DO PROJETO Conjunto de documentos para apresentação do que é necessário para alcançar o(s) objetivo(s) do Projeto, consoante NBR ISO 10006 (2000). • Obs. 1: Convém que um plano do Projeto inclua ou faça referência ao plano da qualidade do Projeto. • Obs. 2: O plano do Projeto também inclui outros planos, tais como estruturas organizacionais, recursos, cronograma e orçamento. 41 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PROJETO E OS SEUS PROCESSOS Um Projeto é um processo que pode ser dividido em muitos subprocessos interdependentes, consoante NBR ISO 10006 (2000). • Para a organização responsável pelo Projeto, a divisão em fases permite a supervisão da realização de objetivos (e determinação dos riscos relacionados), de forma a se obter um desempenho progressivo. 42 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PROJETO E OS SEUS PROCESSOS Vargas (2008): Diversas vezes, um projeto necessita ser subdividido em partes, de fácil gerenciamento e controle, chamadas subprojetos. Os subprojetos são responsáveis por uma pequena parte do projeto total ou por fases extremamente específicas do projeto que podem, na maioria das vezes, ser terceirizadas ou desenvolvidas por grupos isolados. 43 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PROJETO E OS SEUS PROCESSOS Portifólios são conjuntos de projetos e programas que podem ou não serem relacionados e que compõem a carteira de projetos da organização. 44 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas CICLO DE VIDA DO PROJETO Devem-se dividir (melhor controle e interdependência) os projetos em algumas fases, constituindo o chamado Ciclo de Vida do Projeto. Assim, o ciclo de vida do projeto define quais técnicas de trabalho serão utilizadas em cada fase e quais pessoas estarão envolvidas em cada fase. 45 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas CICLO DE VIDA DO PROJETO Cada fase do projeto é caracterizada por completar um ou mais marcos. • Então, o que são marcos? Os marcos são resultados de trabalhos que podem ser verificados e medidos, por exemplo, um estudo de viabilidade ou a elaboração de um protótipo. 46 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas CICLO DE VIDA DO PROJETO A conclusão de uma fase do projeto (marcos) é caracterizada pela revisão dos trabalhos e dos padrões de desempenhos, para determinar se o projeto terá continuidade e detectar e corrigir os desvios. 47 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Para Vargas (1998), o ciclo de vida do projeto pode ser dividido em fases características, conforme a figura a seguir: Obs: Entende-se por esforço em um projeto a quantidade de pessoas envolvidas, a quantidade de capital investido, e as horas extras. 48 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO 49 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Definição: É a fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido pelo projeto. Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos. 50 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Estratégica: É a fase responsável por identificar e selecionar as melhores formas de condução do projeto, gerando a maior quantidade possível de alternativas viáveis para o seu desenvolvimento. 51 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Planejamento Operacional: Após a escolha da forma com que o projeto será conduzido, realiza-se um detalhamento de tudo aquilo que será realizado, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos envolvidos, análise de custos etc. para que, no final da fase de planejamento operacional, o projeto esteja suficientemente detalhado para ser executado sem dificuldades e imprevistos. 52 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Execução: É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. 53 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Controle: É a fase que acontece paralelamente ao planejamento operacional e à execução do projeto. O objetivo do controle é comparar o status atual do projeto com o status previsto pelo planejamento, tomando ações corretivas em caso de desvio no menor espaço de tempo possível, após a detecção da anormalidade. 54 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas FASES E PROCESSOS DO PROJETO Finalização: É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos (aprendizado). 55 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES ESTRATÉGIAS PARA INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS • Para Zaccarelli (1990) uma fábrica concebida considerando-se um projeto cuidadosamente detalhado apresenta várias vantagens. Uma das questões mais importantes é a definição do Layout Industrial, que deve ser permanentemente adequado à estratégia de produção. 56 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES SISTEMÁTICA COM OS PRINCIPAIS ITENS QUE INFLUENCIAM NAS INTALAÇÕES INDUSTRIAIS Problemas Gerais: o Fixar a capacidade máxima de cada fábrica e a quantidade de fábricas similares; o Decidir a localização das fábricas; o Decidir sobre a ampliação das fábricas existentes x construção de novas. (Dependem diretamente da estratégia da companhia.) 57 Unidade 1 Conceitos Gerais e Problemas PLANEJAMENTO DE INSTALAÇÕES SISTEMÁTICA COM OS PRINCIPAIS ITENS QUE INFLUENCIAM NAS INTALAÇÕES INDUSTRIAIS Problemas Intermediários: o Decidir o tipo de layout e seus parâmetros. Problemas de Detalhes: o Definir o layout e os postos de trabalho. 58 Unidade 2 Localização de Empresas INTRODUÇÃO Local para a implantação: Decisão ligada à estratégia empresarial; Modelo conceitual para localização; Fatores que influenciam essa escolha; 59 Unidade 2 Localização de Empresas INTRODUÇÃO Método para que a localização possa ser avaliada; Discussão a localização de unidades de serviços; 60 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia • Histórico Multinacionais (1960): geração de lucros para a matriz da empresa; Transnacionais: o que importava era o lucro para e empresa, e não para o país de origem de empresa; 61 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia • Histórico Concorrência acirrada x Mercado cativo (mercado estávelcom baixa competitividade); Globalização: fábricas são dimensionadas/projetadas em centros de excelência (locais que detêm o conhecimento técnico); 62 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia • Histórico Regionalização de produtos ou “tropicalização” de produtos: consiste em adaptar os produtos ou serviços às condições específicas dos mercados locais, como meio ambiente, cultura, ergonomia, legislação, entre outros. Em Serviços, também: McDonald`s, 5àSec, Pizza Hut, Carrefour, ..... Têm levado o conceitos de seus serviços, produtos (devidamente regionalizados), layout de suas lojas para diversos pontos do mundo. 63 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia Cenário da localização • Medida da capacidade; • Demanda para os próximos anos; • Capacidade a instalar 64 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia Medida da capacidade Nível máximo de atividade de valor adicionado que pode ser conseguido, em condições normais de operação e por um determinado período de tempo; Capacidade do projeto (teórica): aquela que o fornecedor ou fabricante dos equipamentos apresentam para o produto; 65 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia Capacidade efetiva (real): a que o equipamento apresenta após o desconto de todos os tempos de parada tecnicamente necessários para o equipamento ou o sistema implantado funcione adequadamente. (Volume de produção é o que se produz atualmente, enquanto a capacidade é o máximo que pode ser produzido.) 66 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia Empresas multiprodutos: produção simultânea de mais de um tipo de produto. (medir modelo A e modelo B; capacidade em termos do valor das vendas); Capacidade, então, medida em: funcionamento de pico ou funcionamento normal ou nominal (ex: 5000 t/dia); Foco/definição: empresa de produtos (capacidade de volume de produção) ou de serviços (por insumo); 67 Unidade 2 Localização de Empresas O Fator Globalização da Economia 68 Unidade 2 Localização de Empresas Determinação da capacidade a instalar A decisão da implantação de uma empresa repercute na operação da empresa durante um longo período de tempo, sendo necessário um estudo adequado da demanda para o futuro. 69 Unidade 2 Localização de Empresas Determinação da capacidade instalada A capacidade a ser instalada dependerá da estimativa da demanda e da parcela de mercado (share); Avaliação econômico-financeira do mercado; 70 Unidade 2 Localização de Empresas Determinação da capacidade instalada Ex: Vamos imaginar que a demanda projetada para todo o mercado seja: 71 ANO 1 2 3 4 5 PRODUTO (und) 100.000 110.000 123.000 138.000 155.000 Unidade 2 Localização de Empresas Determinação da capacidade instalada Sabe-se que a precisão da estimativa é de ± 10% para os anos 1 e 2, e de 20% para os demais anos. A empresa decide que vai abranger uma participação de mercado de 35%. 72 ANO 1 2 3 4 5 Capac. Máx. 38.500 42.350 51.660 57.960 65.100 Capac. Min. 31.500 34.650 34.440 38.640 43.400 Unidade 2 Localização de Empresas Determinação da capacidade instalada Qual a capacidade que a empresa vai considerar? R: Decisão complexa e envolve aspecto econômico- financeiro, além da questão da demanda do produto e da possibilidade que a empresa tem de abranger a parcela de mercado estipulada. 73 ANO 1 2 3 4 5 Capac. Máx. 38.500 42.350 51.660 57.960 65.100 Capac. Min. 31.500 34.650 34.440 38.640 43.400 Unidade 2 Localização de Empresas Seleção da alternativa mais adequada Para que o modelo de decisão seja consistente, é importante que sejam identificados os objetivos obrigatórios e os objetivos desejáveis a que cada alternativa deve obedecer. Ou seja, 100% dos objetivos obrigatórios e o melhor modelo comparando as possibilidades quanto aos objetivos desejáveis. 74 Unidade 2 Localização de Empresas Seleção da alternativa mais adequada Fatores subjetivos ou de difícil quantificação devem ser buscados e incorporados ao modelo decisório. Ex: Caso o mercado aumente acima do previsto, poderemos ainda ampliar a empresa no local escolhido? Continuaremos a contar com facilidades fiscais? Haverá implantação de uma nova malha de transportes na região? Poderão ocorrer problemas sindicais? 75 Unidade 2 Localização de Empresas Fatores que influem na localização Depender da localização: A existência de cursos de engenharia é relevante para a empresa? Ser importante para os objetivos da empresa: Pessoal: disponibilidade? Localização dos mercados consumidores/ fornecedores/ qualidade da rede de transportes; 76 Unidade 2 Localização de Empresas Fatores que influem na localização Ser importante para os objetivos da empresa(cont.): • Facilidades oferecidas, como : isenção de taxas e impostos, água tratada, estação coletiva para tratamento de esgotos industriais, energia elétrica, linhas digitais para telecomunicações, escolas técnicas especializadas, hospitais, entre outros. • Qualidade de vida, aspectos culturais da região, clima, proximidade de empresas do mesmo tipo, custo do terreno e da construção, regulamentos ambientais e as atitudes da comunidades. 77 Unidade 2 Localização de Empresas Fatores que influem na localização para Empresas de Serviço rede de transporte e comunicações; proximidades com o mercado e com os concorrentes; facilidade de comunicação com os clientes e aspectos locais; existências do estacionamento para clientes? (consultório odontológico.) 78 Unidade 2 Localização de Empresas Cluster • É um nome utilizado para caracterizar um agrupamento natural de empresas similares em determinada região geográfica, com as mesmas características econômicas e com objetivo comum de competitividade. • Ex: Cluster de oficinas mecânicas na rua Santa Efigênia; Cluster de lojas de produtos eletrônicos. 79 Unidade 2 Localização de Empresas Cluster (Vantagens) • Sistema logístico bem estruturado; • Realização de pesquisas com participação de universidades e centro tecnológico; • Fornecedores qualificados; • Cultura local adaptada às atividades do cluster; • Cooperação entre empresas; • Reciclagem em conjunto com outros empresas. 80 Unidade 2 Cluster Completo (sinergia entre características) 81 Unidade 2 Localização de Empresas Pólos • Agrupamento de empresas em determinada região, mais direcionados às potencialidades de mercado e/ou logística. • Menos organizados do que cluster. 82 Unidade 2 Outros tipos de Localização • A localização das empresas pode influir decisivamente na sua competitividade. Assim, surgiram outros tipos de agrupamento de empresas, tais como: CONDOMÍNIO INDUSTRIAL Muito utilizado no Brasil na implantação das montadoras de automóveis na década de 1990. Caracteriza-se pela localizaçãodos fornecedores dentro da planta da montadora ou adjacente a ela. 83 Unidade 2 Outros tipos de Localização CONDOMÍNIO INDUSTRIAL Os produtos fornecidos são normalmente conjuntos montados, geralmente fabricados por join ventures (junção de empresas). Possuem elevado custo logístico para o transporte, devido ao volume, como a suspensão dianteira. Fornecimento de peças just-in-time sequenciado. Prestação de serviços pelo fornecedor, sobretudo na área de assistência técnica. 84 Unidade 2 Outros tipos de Localização CONSÓRCIO MODULAR Também surgiu em 1990 com a indústria automotiva; É uma ampliação do conceito de condomínio industrial; O fornecedor também se localiza dentro da planta da montadora, no entanto, é responsável por todas etapas de montagem de seus itens no veículo; 85 Unidade 2 Outros tipos de Localização CONSÓRCIO MODULAR O fornecedor é visto como parceiro da montadora, ajudando a reduzir custo e investimento, pois as instalações de montagem são de responsabilidade do fornecedor; A montadora fica responsável pela engenharia, controle da qualidade, comercialização e logística do produto final. 86 Unidade 2 Outros tipos de Localização KEIRETSU Palavra japonesa que designa a articulação efetuada por alguns conglomerados a fim de combinar suas estratégias de marketing, finanças e produção com o objetivo de obter maior poder de competição nos mercados domésticos e internacional; Essencialmente é um cartel com a benção governamental. Assim, caracteriza-se por uma aliança de empresas na qual cada uma mantém sua independência operacional, apesar de terem relações permanentes umas com as outras para lutar por uma participação de mercado.( ex: Mitsubishi no Japão; Chrysler nos EUA.) 87 Unidade 2 Outros tipos de Localização KEIRETSU Norte Americano Se difere do Japonês em dois aspectos maiores: 1 – As industrias japonesas como a Toyota e a Nissan, são donas de 20% a 50% dos maiores fornecedores; 2 – 20% dos executivos dos maiores fornecedores da Toyota e Nissan, são colaboradores formais dessas indústrias. 88 Unidade 2 Outros tipos de Localização KEIRETSU Brasileiro O modelo aplicado no Brasil é o originado do modelo Norte Americano, pois não é usual as montadoras terem participação societária nos seus fornecedores, mas cada vez mais, se esta estreitando o relacionamento entre elas, até como uma ferramenta de sobrevivência. • Ex: Polo Automotivo da Região Metropolitana de Curitiba (Volkswagen/Audi, Renault, Volvo e New Holland). • Maioria das multinacionais, pois as mesmas o trazem na sua bagagem dos seus países de origem. 89 Unidade 2 Outros tipos de Localização COOPERATIVAS É a união de diversas propriedades da mesma região geográficas para um objetivo comum, como a distribuição da produção agrícola, negociação de financiamento e insumos. Algumas etapas de processamento da produção, que necessitam de um investimento elevado, são realizadas pela cooperativa. E no caso do leite, a cooperativa garante a compra da produção diária do produtor. 90 Unidade 2 Outros tipos de Localização EMPRESA VIRTUAL Modelo que se adaptasse às mudanças constantes dos mercados muito dinâmicos, tendo em vista à atual competição crescente e pelo nível de exigência cada vez mais elevado por parte dos consumidores. Essa empresa tem estrutura diferenciada e nova que permite uma rápida adaptação a esses mercados voláteis e altamente competitivos . Alguns termos associados em inglês: cyberwork, homework, nonterritorial workplace, virtual workplace, entre outros. 91 Unidade 2 Outros tipos de Localização EMPRESA VIRTUAL É uma rede temporária, geralmente sem escritório central e sem organograma, e é composta por outras empresas, instituições e pessoas. Sua grande vantagem é o compartilhamento do conhecimento (tecnologia específica de produção até o conhecimento estratégico do mercado). É comum empresas concorrentes participarem de uma empresa virtual para satisfazer rapidamente uma necessidade do mercado.(ex: processador Power PC lançado pela IBM, Aplle e Motorola). 92 Unidade 2 Localização da Empresa Industrial Custos medidos ou quantificados x custos não quantificáveis, e deverão ser avaliados qualitativamente em conjunto com os outros fatores. Fatores quantificáveis ou objetivos, devem-se analisar os principais custos envolvidos: custos de pessoal, terreno e construção, equipamentos, transportes, água, luz, gás, taxas e impostos. 93 Unidade 2 Localização da Empresa Industrial Fatores não quantificáveis ou subjetivos são: atitude do pessoal, dos sindicatos e da comunidade, restrições ambientais e governamentais, qualidade de vida, entre outros, para esses fatores, deve-se montar um modelo de avaliação considerando o peso que cada fator deve ter e a avaliação que a empresa atribui a cada um dos fatores em cada local. 94 Unidade 2 Localização da Empresa Industrial Atualmente, os administradores dispõem de várias ferramentas de auxílio no processo decisório, como modelos matemáticos de simulação altamente sofisticados, que podem considerar milhares de variáveis, permitindo a análise de variados cenários possíveis, com cálculos de taxas internas de retorno e outros métodos de uso corrente na engenharia econômica. 95 Unidade 2 Localização da Empresa Industrial Assim, para problemas mais simples, envolvendo menor número de variáveis, há alguns métodos quantitativos que podem auxiliar o gerente neste tipo de decisão. Os mais usuais são: centro de gravidade, métodos dos momentos, ponderação dos fatores e ponto de equilíbrio. Dependendo do tipo de problema a resolver, existirá sempre um método que melhor se adapte, cabendo ao gerente a escolha. 96 Unidade 2 Método do Centro de Gravidade Procura-se avaliar o local de menor custo para a instalação da empresa, considerando o fornecimento de matérias-primas (MP) e os mercados consumidores (PA). A seguir um exemplo a fim de consolidar o método. 97 Unidade 2 Método do Centro de Gravidade 98 Unidade 2 Método do Centro de Gravidade ( Pto onde aplico a força da gravid.) 99 Unidade 2 Método do Momentos É semelhante ao método anterior, com a seguinte particularidade: a ponderação de um determinado centro (cidade) contra os demais centros existentes em uma determinada região geográfica.Para cada centro, calcula-se o momento que as demais cidades somadas possuem. Assim, o momento (M) é = (custo unitário de transporte x quantidade x distância). O centro que tiver a menor soma de momentos será o escolhido. Objetivo: Determinar a localização do mínimo custo de transporte. 100 Unidade 2 Método dos Momentos - Exemplo 101 Unidade 2 Método dos Momentos – Exemplo Mͣa= Mͣb + Mͣc +Mͣd 102 Unidade 2 Método do Ponto de Equilíbrio • Nesse método são comparadas diferentes localidades em função dos custos totais de operação (custos fixos + custos variáveis). 103 Unidade 2 Método do Ponto de Equilíbrio- Exemplo 104Unidade 2 Método do Ponto de Equilíbrio- Exemplo 105 Unidade 2 Método do Ponto de Equilíbrio- Exemplo 106 Unidade 2 Método do Ponto de Equilíbrio- Exemplo 107 Unidade 2 Avaliação de Fatores Qualitativos (Ponderar) 108 Unidade 2 Avaliação de Fatores Qualitativos A= ∑ peso x nota 109 Unidade 2 Vamos Praticar? Método Centro de Gravidade 110 Unidade 2 Localização de lojas 111 O critério de localização visa, na maioria das vezes, maximizar a receita. Assume-se, no ramo comercial, que a receita é diretamente proporcional à dimensão da loja (área ocupada) e inversamente proporcional à distância que o cliente deve percorrer até a loja (dificuldade ou facilidade de chegada). Unidade 2 Localização de lojas 112 Assim, para realizar a avaliação, deve-se calcular o número de clientes (Nij) da região considerada que irão até aquela localização, através do modelo abaixo: Unidade 2 Localização de lojas 113 Unidade 2 Localização de lojas 114 Unidade 2 Localização de lojas 115 Unidade 2 Localização de lojas 116
Compartilhar