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01-Estratégia-Empresarial-na-Construção-de-Projetos

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2 
 
 
O QUE É ESTRATÉGIA? 
 
 
Fonte: www.pt.slideshare.net 
 
Estratégia é o programa geral para a consecução dos objetivos de uma 
organização e, portanto, para o desempenho de sua missão. A palavra "programa" 
implica, em nossa definição, um papel ativo, consciente e racional desempenhado por 
administradores na formulação da Estratégia da organização. Uma Estratégia 
estabelece uma mesma direção para a organização em termos de seus diversos 
objetivos e orienta o aproveitamento dos recursos usados para a organização seguir 
em direção a estes objetivos. 
Também se pode definir Estratégia como o padrão de resposta da organização 
ao seu ambiente no tempo. Estratégia associa os recursos humanos e outros recursos 
de uma organização aos desafios e riscos apresentados pelo mundo exterior. 
Toda a organização tem uma Estratégia – não necessariamente boa -, mesmo 
que esta nunca tenha sido formulada explicitamente. Quer dizer, toda organização 
tem uma relação com seu ambiente, que pode ser estudada e descrita. Esta visão de 
Estratégia inclui organizações onde o comportamento dos administradores é de 
reação - de resposta e ajustamento ao ambiente sempre que necessário. 
 
3 
 
 
O QUE É ESTRATÉGIA EMPRESARIAL? 
 
Estratégia Empresarial pode ser caracterizada pela conjugação 
produto/mercado, isto é, a especificação dos produtos com os quais a empresa 
pretende atingir seus objetivos e dos mercados onde ela pretende operar para coloca-
los ou vendê-los. 
Também pode-se entender a Estratégia Empresarial pela escolha dos vetores 
de crescimento que indicam qual direção a empresa seguirá, tendo por base sua 
conjugação produto/mercado escolhida, ou sua "vantagem competitiva", ou seja, o 
perfil de competência da empresa em relação aos seus concorrentes. 
 
Fonte: www.atelieoca.com.br 
 
Portanto se Estratégia é a mobilização de todos os recursos da empresa no 
âmbito global, visando atingir objetivos a longo prazo, Estratégia Empresarial é o 
conjunto dos objetivos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e os planos para 
atingir esses objetivos, postulados de forma a definir em que atividades se encontra a 
empresa (negócio) que tipo de empresa ele é ou deseja ser (missão). 
 
 
 
4 
 
 
O QUE É PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO? 
 
Fonte: www.litterisconsulting.com.br 
 
Planejamento estratégico é o processo de seleção dos objetivos de uma 
organização. É a determinação das políticas e dos programas estratégicos 
necessários para se atingir objetivos específicos rumo à consecução das metas: e o 
estabelecimento dos métodos necessários para assegurar a execução das políticas e 
dos programas estratégicos. 
Planejamento estratégico é o processo de planejamento formalizado e de longo 
alcance empregado para se definir e atingir os objetivos organizacionais. 
Planejamento estratégico é o processo através do qual a empresa se mobiliza 
para atingir o sucesso e construir o seu futuro, por meio de um comportamento 
proativo, considerando seu ambiente atual e futuro. 
Planejamento é um processo, sendo, portanto, permanente, vivo, dinâmico, 
capaz de incorporar as mudanças do ambiente. Deve durar enquanto a empresa 
existir. 
Este processo aglutina forças e mobiliza a empresa como um todo, em direção 
ao sucesso. 
 
 
5 
 
Planejar não é prever ou adivinhar o futuro, mas sim construí-lo. A empresa, 
mais do que o direito, tem o dever de escolher seu futuro e mobilizar suas forças para 
construí-lo. 
Para a empresa construir o futuro desejado, não basta reagir. É fundamental 
proagir (ato de antecipar, fazer acontecer, em vez de esperar que aconteça). 
O ambiente é a principal fonte de vida para uma empresa, portanto o 
planejamento estratégico deve enfatizar a sintonia entre a empresa e seu ambiente. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
Fonte: www.sebrae.ms (2014) 
 
 
Não existe uma definição universalmente aceita de Planejamento Estratégico e 
muitos autores e administradores não concordariam inteiramente com o que 
acabamos de dar. Entretanto, provavelmente haveria mais acordo quanto a cinco 
importantes atributos do planejamento estratégico: 
 
1. O planejamento estratégico lida com questões fundamentais ou básicas. 
Dá resposta a perguntas como, por exemplo: " Em que ramo estamos e em 
 
6 
 
que ramo deveríamos estar?" e "Quem são nossos clientes e quem 
deveriam ser eles? " 
2. O planejamento estabelece um quadro de referência para o 
planejamento mais detalhado e para as decisões administrativas do dia-a-
dia. Diante destas decisões, o administrador pode indagar: "Qual dos 
caminhos possíveis será mais compatível com nossa estratégia?" 
3. O planejamento estratégico envolve um prazo maior que outros tipos de 
planejamento 
4. O planejamento estratégico dá um sentido de coerência e força aos atos 
e decisões da organização no tempo 
5. O planejamento estratégico é uma atividade de nível superior no sentido 
de que a direção tem que ter uma participação ativa nele. Isto ocorre 
porque, em primeiro lugar, só a direção tem acesso às informações 
necessárias para se levar em consideração todos os aspectos da 
organização; e, em segundo lugar, porque o compromisso da direção é 
necessário afim de se conseguir o compromisso dos níveis mais baixos 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 
 
Fonte: www.mediaycom.es (2015) 
 
7 
 
 
Através da aplicação do nosso framework exclusivo de Execução Ágil da 
Estratégia e Processos, auxiliamos nossos clientes a implantarem suas estratégias de 
maneira alinhada aos seus processos de negócio, contemplando os três pilares para 
uma execução eficiente: elaboração do modelo de valor de processos de acordo o 
mapa estratégico corporativo, elaboração de planos de ação integrados para 
execução da estratégia e das melhorias em processos e o alinhamento dos 
indicadores de performance dos processos com os indicadores estratégicos. 
 
EXECUÇÃO ÁGIL DA ESTRATÉGIA E PROCESSOS 
O nosso framework para Execução Ágil da Estratégia e Processos foi 
construído com base nas experiências passadas em projetos de estratégia e/ou 
processos e tem como finalidade garantir que uma empresa possa planejar e executar 
de forma efetiva tanto o planejamento estratégico como também as inovações e 
melhorias dos processos de negócio. O framework está fundamentado em cinco 
disciplinas de trabalho, executadas de forma sequencial para cada ciclo anual de 
trabalho. 
 
Fonte: www.luminamind.com.br 
 
 
 
8 
 
1.ARQUITETURA: Tem como foco a definição do modelo de processos e das 
iniciativas estratégicas para o ano, bem como a priorização dos ciclos de trabalho e 
execução. 
 
2.PLANEJAMENTO: Tem como objetivo a análise e planejamento das ações 
para implantação das iniciativas estratégicas e processos de negócio. Elaboração dos 
painéis de indicadores. 
 
3.IMPLANTAÇÃO: Tem como foco a execução e acompanhamento das ações 
estratégicas e operacionais planejadas. Implantação dos indicadores de desempenho. 
 
4.AVALIAÇÃO: Tem como foco a análise periódica dos resultados dos 
indicadores e análise crítica da implantação da estratégia e dos processos definidos. 
 
5.GOVERNANÇA: Tem como foco o estabelecimento de papéis e 
responsabilidades pela execução dos trabalhos, bem como garantir a disciplina em 
todas as rotinas de planejamento e análise planejadas. 
Para cada uma destas disciplinas, existem processos que devem ser 
executados de forma disciplinada a fim de gerar os resultados que toda empresa 
espera, isto é, que as ações saiam do papel e a estratégia seja implementada, 
alcançando consequentemente as metas definidas. 
DEFINIÇÃO, ELABORAÇÃO, E ETAPAS DE UM PROJETO 
 
Fonte: www.weeke.com.br 
 
9 
 
Definição de projeto 
Para se definir projeto, bastaria incluir um dos tantos conceitos elaborados por 
autores tão qualificados, quanto Heloísa Lück (2003, p. 27): 
“Entende-se por projeto, neste contexto,como um conjunto organizado e 
encadeado de ações de abrangência e escopo definidos, que focaliza 
aspectos específicos a serem abordados num período de tempo, por pessoas 
associadas e articuladoras das condições promotoras de resultados, com um 
determinado custo”. 
Sua clareza e objetividade bem expressam o cotidiano de quem já está 
disciplinado a pensar de forma empreendedora, ou seja, de quem sabe o que quer, 
estabelece metas para consegui-lo, seleciona meios e recursos para serem as 
possibilidades de execução, determina prazos e constitui parâmetros de qualidade 
para avaliar os resultados. Esse é o conteúdo básico da elaboração de um projeto. 
 
Fonte: www.mediamuse.org (2016) 
 
À feição dos jornalistas, podem-se estabelecer questões, cujas respostas 
facilitam os alicerces de um projeto, senão, observe-se: 
 
 O que se deseja? Definir o objeto almejado. 
 Por que? Justificar o empreendimento. 
 Para que? Definir os objetivos a serem atingidos. 
 
10 
 
 Como? Selecionar pessoas capazes de empreender e 
realizar; estabelecer formas de trabalho, das atividades 
necessárias, de escolha e utilização dos recursos. 
 Quando? Determinar prazos para cada etapa de execução 
cuja flexibilidade viabilize sua execução sem comprometer os 
resultados. 
 Onde? Definir locais adequados e necessários. 
 Valeu a pena? Realizar avaliação criteriosa dos erros e 
acertos para se garantir resultados profícuos e positivos. 
Assim descrito pode parecer simples, no entanto, as tarefas vão assumindo 
características cada vez mais complexas e amplitudes muitas vezes inesperadas 
diante do novo, que vai se configurando. Podem demandar adaptações e correções 
de rumo, porque podem surgir eventos de maiores proporções e esse é o maior 
desafio das inovações: lidar com o desconhecido que vai se apresentando e 
concretizá-lo com habilidade e qualidade nesse processo criativo que produz o novo. 
 
Fonte: www.inovaraconsultoria.com.br 
 
As etapas do ciclo vital de um projeto podem ser representadas por suas 
principais atividades (grupos de processos): 
 
 
11 
 
Iniciação/Concepção: 
a. identificação de necessidades e/ou oportunidades; 
b. caracterização e definição da situação-problema; 
c. determinação dos objetivos e metas a serem alcançados; 
d. análise do ambiente do problema; 
e. definição do escopo (produto ou subproduto do projeto); 
f. análise dos recursos disponíveis; 
g. avaliação da viabilidade dos objetivos; 
h. estimativa dos recursos necessários; 
i. elaboração da proposta do projeto. 
 
Fonte: www.masterhouse.com.br 
Planejamento, Execução, Controle e Conclusão: 
Planejamento: Fase de estruturação e viabilização operacional do projeto; 
garantia da consistência entre os objetivos estabelecidos e os recursos disponíveis. 
Destacam-se como atividades pertinentes: 
 
a. detalhamento das metas e objetivos a serem alcançados; 
b. definição do gerente do projeto; 
 
12 
 
c. programação das atividades e elaboração de cronograma para a execução 
das atividades previstas; 
d. determinação dos resultados tangíveis a serem alcançados durante a 
execução do projeto; 
e. programação dos recursos financeiros, humanos e materiais; 
f. delineamento dos procedimentos de acompanhamento e controle do projeto; 
g. estruturação do sistema de comunicação. 
 
Fonte: www.planejamentoestrategicoadm.wordpress.com (2014) 
 
Execução: Fase de realização de todas as projeções contidas no documento 
denominado projeto, cujas principais ações a serem efetivadas se apontam: 
 
a. verificação do escopo; 
b. comunicação entre os participantes do projeto; 
c. disponibilidade de recursos; 
d. mobilização das equipes, materiais e equipamentos; 
e. controle da qualidade dos procedimentos; 
f. monitoramento do emprego dos recursos; g. geração e reprogramação de 
atividades necessárias. 
 
Controle: As ações desta fase devem garantir de forma proativa às ações 
previstas acontecerem como projetado; e às imprevistas serem avaliadas e incluídas, 
 
13 
 
ou não, ao projeto permitindo correções e redefinição de rotas. (Menezes, 2003, p. 
196), por meio de: 
a. monitoramento dos processos, ou seja, acompanhamento físico de sua 
execução; 
b. análise das distorções, 
c. apresentação de soluções; 
d. replanejamento do projeto, se necessário. 
 
Conclusão: Fase final do projeto, que consiste na certeza de que todas as 
metas foram atingidas; momento da avaliação do desempenho final, com base nos 
indicadores estabelecidos. 
Características 
 
Fonte: www.logosassessoria.com.br 
 
Os projetos podem ser elaborados para se solucionar uma situação-problema, 
consistindo basicamente em transformar ideias em ações, de imediato, a curto, médio 
ou a longo prazo. Dessa forma, torna-se um documento em que se descreve tudo que 
é necessário para o desenvolvimento de atividades a serem executadas com o fim de 
se alcançar objetivos num determinado tempo. 
 
14 
 
O conhecimento técnico da elaboração de um projeto tem sido exaustivamente 
estimulado pelas escolas do SENAI, refletindo-se em toda atividade empreendedora 
fomentada na atualidade nacional e globalizada, exemplificadas pelos hotéis 
inovadores, pelas incubadoras, pelas redes e parques tecnológicos, pelo estímulo ao 
empreendedorismo. 
As principais características de um projeto, segundo Vargas (2003, p. 15), são 
a temporalidade (início, meio e fim), individualidade do produto ou serviço a ser 
desenvolvido (garantia de inovação), complexidade (clareza dos objetivos, condução 
das atividades, emprego dos recursos) e acrescente-se a mobilidade de certos 
parâmetros (prazos, custos, pessoal, material e equipamento e qualidade), 
constantemente revisados. 
 
Fonte: www.hablamosdeemprender.com (2016) 
 
 
Para Lück (2003, p.70/80), projetos que funcionam apresentam características 
importantes para os resultados finais, tais como: 
 
 Clareza: percepção clara do foco do projeto; linguagem simples; não detalhar 
mais do que o necessário. 
 Objetividade: percepção e descrição da realidade. 
 Especificidade: delimitação do foco sem utilizar questões genéricas. 
 Visão estratégica: previsão de fatos; busca de resultados positivos e não 
apenas de possíveis. 
 Aplicabilidade: condições de viabilidade; projetos executáveis. 
 Criatividade: olhar novo sobre a realidade; atribuição de diferencial competitivo. 
 
15 
 
 Flexibilidade: capacidade de lidar com imprevistos e de realizar adaptações e 
redirecionamentos. 
 Consistência: boa fundamentação, aprofundamento teórico-conceitual dos 
componentes. 
 Coerência: estabelecimento de unidade temática em todos os segmentos do 
projeto; objetivos coerentes ao problema, à metodologia e às demais etapas. 
 Globalidade: relação equilibrada entre o todo e as partes. 
 Unidade: vínculo entre os elementos conceituais; superação de dicotomias, 
fragmentações; 
 Responsabilização: estabelecimento de responsabilidades dos participantes, 
orientando suas ações para o foco principal. 
 
 
Fonte: www.stefanini.com (2014) 
Limites entre rotina e projeto 
Segundo Menezes (2003), no caso de uma solução-padrão, a empresa utiliza 
abordagens metodológicas e ferramentas específicas para sua implantação e, no caso 
de uma solução inovadora, procede-se a uma análise como se a solução a ser 
implementada fosse por meio de um projeto. 
Vargas (2003, p.16), contudo, é incisivo e claro: todo projeto tem início, meio e 
fim; um projeto que não tem término não passa de uma rotina. 
 
16 
 
O ambiente global e competitivo em que as organizações se encontram 
caracteriza-se por forte dinamismo e, em decorrência, torna-se necessário que as 
empresas desenvolvam capacidade de mudança para adaptar-se a esse cenário, bem 
como de adotar postura estratégica de alteração de seus processos, padrões 
administrativos, habilidades de negociação,entre outros. 
O continuum característico da existência dos homens e das empresas (estas, 
justamente, para atenderem às necessidades constantemente emergentes dos 
homens) demanda inovação, e, como os projetos se demonstram estratégias vitais 
para esse processo, requerem, portanto, projetos inovadores em todos os setores 
vivenciais humanos; o fulcro da própria educação deveria contemplar também o 
futuro, em vez de privilegiar tanto o passado. 
 
Fonte: www.linkedin.com 
 
O gerenciamento de projetos se confirma como chave para o crescimento e o 
sucesso organizacional, configurando-se ferramenta gerencial, por meio da qual a 
empresa desenvolve o conjunto de habilidades destinado ao controle de seus 
projetos, obedecendo aos fatores predeterminados como tempo, custo, qualidade e 
demais inerências. 
De acordo com o texto A Guide to the Project Management Body of Knowledge 
(Edition, 2000), o gerenciamento de projetos é composto por cinco grupos de 
processos: iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento e em nove 
áreas do conhecimento, todas decorrentes do Gerenciamento da Integração; do 
 
17 
 
Escopo; do Tempo; dos Custos; da Qualidade; dos Recursos Humanos; da 
Comunicação; dos Riscos e dos Fornecimentos de Bens e Serviços do Projeto. 
Finalidades, utilidades e benefícios 
Os projetos podem ser utilizados em toda e qualquer área do conhecimento, 
bem como no cotidiano pessoal de cada indivíduo. Sua utilidade está exatamente no 
planejamento de ações de forma sistemática e útil em busca da excelência em um 
ramo de atividade, em um setor educacional, em um evento simples e cotidiano. 
Para citar um expoente, eis o que Perrenoud (1994) afirma: A competência não 
pertence ao mundo empresarial, nem ao mundo do trabalho, mas se faz presente em 
toda ação humana, seja individual ou coletiva. 
 
Fonte: www.maisqsolucoes.com.br (2016) 
 
A disciplina de execução de um projeto leva a quem dele se serve a racionalizar 
a própria vida em termos de identificar tarefas para a obtenção do objeto almejado; de 
estabelecer limites para as próprias pretensões; de autoconhecimento das reais 
possibilidades e, principalmente, de estímulo para buscar soluções viáveis e para a 
diversidade situacional encontrada no âmbito vivencial relativa à conflitante relação 
entre interesses e poder. Portanto, ensinar a empreender é ensinar não apenas a 
viver, mas, principalmente, a conviver. 
 
18 
 
Na área educacional, os projetos constituem não apenas referencial para o 
desenvolvimento de competências, mas um instrumento de trabalho necessário e 
organizador das atividades dos professores, sejam de perspectiva anual, mensal ou 
até mesmo diária. 
Nas empresas, os projetos marcam um referencial competitivo, uma procura de 
produtos e serviços marcados pela qualidade e eficiência. Para atender às exigências 
da clientela são necessários profissionais com capacidade de prever prazos e custos 
das atividades, bem como os riscos inerentes e, muito mais, capazes de tomar 
decisões de amplitudes ecológicas e humanísticas em busca do melhor para o ser 
humano, do justo e do ético. 
Nas escolas de objetivos profissionalizantes muito mais se faz sentir a 
premência desses objetivos, pois, ensinam os alunos a pensarem, a agirem e 
decidirem, além de promover a mobilização de saberes e conhecimentos adquiridos, 
desenvolver a cooperação, a inteligência coletiva, a autonomia, a capacidade de fazer 
escolhas e de negociá-las. 
 
Fonte: www.imagenslivres.com 
 
Os projetos têm sido utilizados como referencial, tanto nas escolas, como nas 
empresas. Projetar e realizar (empreender, enfim) constituem-se atividades que 
expressam a razão de ser da vida, porque esta é a obra máxima dos homens no 
âmbito planetário e, quiçá, galáctico. 
 
19 
 
A segunda parte deste livro é exemplo concreto de que a pedagogia de Projeto 
promove a interação do aluno com o meio, possibilitando oportunidades de 
experiências nas diversas áreas do conhecimento e de promover o desenvolvimento 
das múltiplas inteligências. 
 
Fonte: www.sp.senac.br (2015) 
 
A sobrevivência dos profissionais e de uma empresa na atualidade está 
intimamente vinculada à capacidade de produzir o novo e de com ele conviver, como 
na experiência dos instantes da vida em constante mutação e infinita criação. 
Ao organizar ideias, projetando-as num papel e transformando-as em um 
projeto, estar-se-á sistematizando todo o trabalho em objetivos a alcançar, em etapas 
a serem cumpridas, em meios a serem utilizados, em recursos necessários e, 
principalmente, em avaliação dos resultados. Com isso, as pessoas vão 
desenvolvendo habilidades e atributos que igualmente vão transformando-as em 
seres cada vez mais evoluídos e preparados para a grandeza da vida. E assim 
também serão suas criações. 
Dessa forma, ensinando a acompanhar os passos principais da elaboração e 
da execução de um projeto, como tantos outros próprios da vida comum (projetos de 
estudo, de uma viagem, de trabalho e assim por diante), a educação oferecerá à 
sociedade profissionais de alto gabarito e pessoas de magnitude existencial. 
Essas pessoas, sendo capazes de viver com dignidade situações políticas, 
culturais, associativas, econômicas, profissionais, demonstrarão a formação ética de 
verdadeiros cidadãos, de seres universais e fraternos. 
 
20 
 
Importância da Gestão 
 
Fonte: www.escoladestartup.com.br 
 
Ao se falar sobre gestão de projetos ou gerenciamento de projetos, pretende-
se enfatizar a importância desses instrumentos dentro das organizações, a 
necessidade deles e suas características. 
A globalização exige potencial competitivo e para que uma organização 
mantenha sua expressividade no mercado, ela necessita de ser vista como detentora 
dessa vantagem competitiva. Isso está em sua capacidade de formular e implementar 
estratégias em concorrências que permitam sua atuação e sustentabilidade no 
mercado (Coutinho, apud Gomes; Braga, 2001). 
A estratégia empresarial deve ser entendida como um conjunto de diretrizes 
utilizadas para o alcance de seus objetivos, o que consequentemente gera o 
planejamento estratégico, por antecipar acontecimentos permitindo que sejam 
implementadas ações destinadas a obter os resultados almejados em relação aos 
objetivos organizacionais. 
Os projetos, segundo Esteves (2005, p. 47), são parte integrante do processo 
decisório do planejamento organizacional, pois atuam como realimentadores e, assim, 
devem estar vinculados aos objetivos e metas da empresa. Ao verificar viabilidades, 
passa a ser um modelo da realidade. 
 
21 
 
Como as organizações se encontram cada vez mais orientadas ao 
melhoramento contínuo de seus processos, sempre visando ao empreendedorismo e 
consequente competitividade, o planejamento estratégico deve ser permanentemente 
acompanhado e revisado. 
 
Fonte: www.projetaty.com.br 
 
Demanda, portanto, sua composição por inúmeros projetos como: melhoria de 
produtos, criação e desenvolvimento de produtos, melhorias internas, mudanças 
organizacionais, gestão estratégica, entre outros. Ou seja, fica explicitado que a 
utilização de projetos se torna útil estratégia de transformação da realidade. 
As práticas embasadas no habitual, apegadas ao modo vigente e costumeiro 
de fazer as coisas (à semelhança do prejudicial comodismo), evidenciam-se 
extremamente limitadas, pobres, conservadoras e caracterizadas pelo desperdício. 
A perspectiva da realidade dinâmica, marcada pelas constantes 
transformações das instituições, das empresas e das pessoas, em busca do novo e 
do diferencial competitivo gera propulsão e energia. 
A ótica futurista focaliza, portanto, de forma prospectiva e estratégica, a 
possibilidade de criação de uma nova realidade pela realização de projetos inovadores 
e, por isso, empreendedores. 
 
22 
 
Papel do Gerente de Projetos 
 
 
Fonte:www.webinsider.com.br (2010) 
 
Fundamental em todo o ciclo de vida do projeto, é seu acompanhamento pela 
gerência ativa, cujo objetivo, segundo Menezes (2003), é estabelecer o seu controle, 
assegurando o cumprimento dos prazos e orçamento determinados, conduzindo à sua 
conclusão com a qualidade almejada. 
A principal responsabilidade do gerente do projeto, segundo Esteves (2005), é 
fazer com que o projeto alcance a meta para a qual foi proposto, apresentando as 
seguintes habilidades de: 
 
 Boa comunicação: saber ouvir e persuadir; 
 Organização: planejar, estabelecer metas, analisar; 
 Formação de equipes: demonstrar empatia, criar motivação; 
 Liderança: estabelecer exemplos positivos, evidenciar energia, ser 
proativo, saber delegar; 
 Convivência: ser flexível, criativo, paciente, persistente; 
 Aptidão técnica: possuir experiência e conhecimento em projetos. 
 
 
23 
 
Para desempenhar o papel de gerente, ou de integrante de equipes de projeto, 
as pessoas devem assimilar compreensão básica dos processos e das áreas de 
conhecimento comuns a todos os tipos de planejamentos. 
 
Fonte: www.blogdaqualidade.com.br (2015) 
Benefícios do gerenciamento de projetos 
Desde que bem planejados, controlados e geridos de forma adequada, os 
projetos proporcionam às empresas e respectivos empreendedores obter os 
resultados almejados. Assim, o gerenciamento de projetos não é restrito a projetos 
gigantescos, complexos e de alto custo, ele pode e deve ser aplicado em 
empreendimentos de qualquer complexidade, tamanho, orçamento e linha de 
negócios. 
Ao utilizar metodologias estruturadas, permite-se, ainda, desenvolver 
diferenciais competitivos e novas técnicas e adaptar os trabalhos ao mercado 
consumidor e aos clientes. A proatividade emerge como fundamental para essa 
atuação do gerente e depende da estruturação do projeto permitir ações preventivas 
e corretivas antes que essas situações se tornem um problema. 
 
24 
 
 
Fonte: www.salpinx.com.br 
 
 
Alguns projetos podem não obter sucesso e as principais causas, segundo 
Vargas (2003), podem decorrer do mau estabelecimento de metas e objetivos. Podem 
ser essas causas: a inclusão de muitas atividades e pouco tempo para sua realização, 
sistema de controle inadequado, estimativas financeiras pobres e incompletas, dados 
insuficientes e inadequados, falta de integração dos agentes do projeto, falta de 
conhecimento necessário para a execução das atividades planejadas, gerenciamento 
inadequado ou inexistente. Uma das fases cruciais, portanto, de um projeto, além de 
seu planejamento, é o seu controle. 
Conforme afirmação de Verzuh (1998, p. 107.) “O maior desafio da gestão de 
projeto é fazer a coisa certa no tempo certo. ” 
Tipos de projeto 
Em Esteves (2005, p.17), encontra-se uma lista adaptada de projetos, baseada 
em Casarotto Filho (1999), que classifica projetos em três áreas: prestação de 
serviços, industrial e de infraestrutura, apresentadas a seguir. 
 
a. Projetos da área de prestações de serviços, que são associados: 
 Assistência técnica: à solução de problemas de engenharia que compreendem 
coleta, interpretação e análise de dados e informações, seguidos de 
preparação de relatório conclusivo e com recomendações. 
 
25 
 
 Estudos técnicos: ao aperfeiçoamento e/ou desenvolvimento de tecnologias ou 
de outros estudos, inclusive os de natureza multidisciplinar, cuja finalidade seja 
definir a viabilidade técnica e/ou econômica de uma tecnologia ou de um 
empreendimento. 
 Projetos de engenharia: à elaboração de um conjunto de documentos, 
constituído de especificações, lista de materiais e desenho de detalhes. Esses 
indicam, esclarecem e justificam todos os critérios de dimensionamento, 
hipóteses de cálculos técnicos, de execução e custos de uma utilidade física 
(unidade ou sistema). 
 Compras técnicas: ao cadastramento de fabricantes; seleção de 
equipamentos, máquinas, componentes, materiais de construção, etc.; 
preparação de documentos de licitação; coleta e avaliação de propostas; 
contratação e efetivação de compras; expedição e armazenamento no canteiro; 
obtenção, registro e recuperação de catálogos, desenhos, dados de 
desempenho e demais. 
 
Fonte: www.adexperts.com.br 
 
 Construção e montagem: à execução propriamente dita de obras civis, 
instalações e montagem industrial. 
 Gerência de projetos: ao planejamento e controle efetivos, permitindo que 
todas as fases de execução do empreendimento sejam realizadas de modo a 
 
26 
 
se atingir os objetivos quanto à qualidade, funcionalidade e segurança dos 
respectivos projetos, dentro do cronograma e orçamento previstos. 
 Serviços especiais: à aerofotogrametria, geomorfologia e geodésia1, topografia 
e batimetria, oceanografia, geotecnia2, hidrotecnia3 e outros. 
 Desenvolvimento de software: à análise, projeto (design) codificação e teste de 
programas e tecnologias de computador. 
 Pesquisa e desenvolvimento: à pesquisa e tecnologias em instituições públicas 
ou privadas. 
 Pesquisas de mercado: à determinação da demanda de um produto por 
segmentos do mercado. 
 Campanhas publicitárias: à elaboração, desenvolvimento e execução de 
campanhas publicitárias de lançamento de um produto ou serviço, em agências 
de publicidade, explorando o segmento de mercado a que se destina. 
 
 
Fonte: www.artia.com 
b. Projetos da área de indústria, referentes a: 
 
 
1 É, ao mesmo tempo, um ramo das Geociências e uma Engenharia, que trata do levantamento 
e da representação da forma e da superfície da terra, global e parcial, com as suas feições naturais e 
artificiais e o campo gravitacional da Terra. 
2 É a aplicação de métodos científicos e princípios de engenharia para a aquisição, 
interpretação e uso do conhecimento dos materiais da crosta terrestre e materiais terrestres para a 
solução de problemas de engenharia. 
3 Parte da mecânica relativa à distribuição e à condução das águas. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geoci%C3%AAncias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Figura_da_Terra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
 
27 
 
 Implantação, reforma e ampliação: projetos de engenharia, compras técnicas, 
construção e montagem, gerenciamentos de projetos e outros. 
 Manutenção de máquinas, equipamentos e sistemas: manutenção corretiva ou 
preventiva, efetuadas de maneira programada. 
 Lançamento de novos produtos: pesquisa de mercado, estudos de engenharia, 
projeto de produtos, compras técnicas, campanha publicitária, fabricação e 
montagem e demais. 
 Produção sob encomenda: compras técnicas, fabricação e montagem de 
produtos, conforme especificações, prazo e preço previamente determinados. 
 Desenvolvimento e implantação de sistemas computacionais: de análise, 
design, codificação, testes e implantação de sistemas computacionais. 
 Pesquisa e desenvolvimento: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, 
processos e tecnologias, executadas em departamentos de Pesquisa e 
Desenvolvimento (P&D). 
 
Fonte: www.projectlab.com.br 
 
c. Projetos de infraestrutura, destinados a: 
 
 Saneamento: distribuição ou captação, estações de tratamento, estações de 
recalque, emissários oceânicos e demais. 
 Edificações: hospitais, terminais de transporte, silos de armazenagem, 
conjuntos habitacionais e outros. 
 
28 
 
 Transporte: aeroportos, portos, terminais, rodovias, ferrovias, túneis, pontes e 
outros. 
 Planejamento urbano e regional: estudos locais, sistemas de transporte, 
recursos naturais, distritos industriais, núcleos habitacionais e outros. 
 Energia: geração convencional (hidro, termo e nuclear); geração não 
convencional (biomassa, solar, eólica), subestações, transmissão, distribuição 
e demais. 
 Comunicações: sistemas de transmissão (rádio, tv, dados), centrais de 
comutação(telefone, dados), redes telefônicas (cabos e dutos), etc. 
 
 
Fonte: www.netproject.com.br 
 
Encontram-se, na literatura pertinente, outras classificações, que incluem, ou 
excluem, ou ainda complementam os anteriormente citados e pode-se afirmar que 
todos os tipos de projetos são destinados a uma finalidade, ou seja, algum tipo de 
implementação, adaptação, inovação, construção, pesquisa, desenvolvimento e 
assim por diante. 
Deve-se ressaltar que um projeto se destina a solucionar algum tipo de 
necessidade, problemática ou não, o que equivale a dizer que alguém necessita de 
algum produto ou serviço e que deve e pode ser atendido. 
 
29 
 
Cabe aos especialistas em geração, elaboração, execução e gerenciamento de 
projetos buscar esse atendimento obtendo-se, na maioria das vezes, a solução ideal 
decorrente de propostas inovadoras. 
Projetos Inovadores 
 
Fonte: www.ifnmg.edu.br (2014) 
 
Diferente dos tradicionalmente formais, elaborados somente para legitimar 
decisões já tomadas, os projetos inovadores estão, no bom sentido, revolucionando a 
área de empreendedorismo, encontrando na inovação o estímulo para a criação, 
desenvolvimento e obtenção dos benefícios advindos da inteligência do homem e das 
suas competências na construção de uma humanidade cada vez mais centrada no 
ecológico, no ético e no saudável, em prol do bem comum de seus membros. 
Heloísa Lück (2003, p. 26.) Faz na obra citada uma abordagem sobre projetos, 
como orientação articulada de inovação, melhoria e transformação: 
“Considerando que toda situação de trabalho e dinâmica é inter-relacionada 
a múltiplos fatores, deve-se entender a elaboração de projetos como um 
processo de resolução de problemas e criação de novas e melhores 
situações, processo esse igualmente complexo, dinâmico e interativo e que 
envolve atores, como agentes transformadores.” 
Com base nessa abordagem de Lück, obtêm-se algumas palavras-chave para 
caracterizar projetos inovadores: 
 
30 
 
 Criação; 
 Nova; 
 Dinâmico; 
 Interativo; 
 Transformadores. 
 
Portanto, pode-se concluir que projeto inovador é aquele capaz de transformar, 
inovar, causar algum tipo de impacto, proporcionar soluções ainda não pensadas. 
Frente à multiplicidade de fenômenos sociais que vêm redefinindo as relações 
internacionais promovendo crescente globalização no âmbito da economia, cultura, 
religião, tecnologia, educação, acaba-se assumindo inovação como sinônimo de 
competitividade. 
Dessa capacidade de lançar novos produtos e serviços com maior velocidade, 
menor custo e com maior segurança no atendimento às necessidades do mercado, 
as empresas são lançadas no rol da competitividade e no alcance do mercado externo 
cada vez mais amplo. 
 
Fonte: www.innoscience.com.br 
 
Observa-se que a conceituação dessa competitividade se desvia do embate 
entre pessoas, empresas, países para se localizar no diferencial inovador da 
capacidade empreendedora do ser humano. Assim, a aquisição de novos 
 
31 
 
conhecimentos, a busca permanente de atualizações, os processos de aprendizagem 
continuada contribuem para o pensar inovador, para gerar ideias, para o ser criativo. 
Segundo Bastos (1991, p.74.), a aprendizagem é “um meio de preparar o 
indivíduo para enfrentar situações novas e é requisito indispensável para a solução 
de problemas globais”. 
As instituições de ensino, tanto regulamentares, como profissionalizantes, ao 
compreenderem o processo de inovação necessário no contexto globalizado e 
competitivo, estão repensando sua organização curricular. 
Por possibilitar que o processo ensino-aprendizagem se torne mais dinâmico, 
interdisciplinar, flexível, atualizado constantemente e apresente concentração de 
atividades que estimulam a criatividade e o empreendedorismo, a aprendizagem por 
projetos tem sido excelente opção para a organização curricular. 
As empresas já se conscientizaram de que promover a inovação tornou-se 
imprescindível para aumentarem sua competitividade e rentabilidade, mas que ainda 
precisam ter competência para inovar. Isto exige qualificação de seus recursos 
humanos, planejamento, equipes multidisciplinares, ferramentas diferenciadas de 
gestão, entre outros fatores. 
Mochkalev e Pimenta (2001, p. 49.) Consideram alguns aspectos importantes 
para criar condições necessárias para inovação em uma empresa: 
O primeiro é o clima organizacional, compreendendo o ambiente de trabalho 
e a motivação da equipe; O segundo trata das recompensas adequadas, as 
quais estimulam a criatividade individual e coletiva. 
Por fim, a seleção de pessoal, o treinamento do potencial criativo, da iniciativa, 
da autonomia e da capacidade de trabalhar em equipe. Apresentam-se, também 
(idem, p.56), alguns fatores condicionantes de clima favorável à inovação numa 
empresa, quais sejam: 
a) tolerância: para as ideias e as atitudes novas (mesmo ainda não bem 
formuladas) e para os possíveis erros; 
b) estímulos: para desenvolvimento de flexibilidade intelectual e liberdade na 
busca de soluções novas; 
c) para a propagação de ideias novas dentro das empresas, mediante vários 
canais de comunicação, voltados para a interação dos funcionários (especialmente, 
pessoas com acentuado potencial criativo); 
 
32 
 
d) incentivos e treinamentos para trabalhar eficientemente em equipes. 
 
Outros autores se pronunciam a respeito, evidenciando as vantagens advindas. 
Para Staub (2001, p.5), “não resta dúvida de que a economia contemporânea se move 
em função da geração e incorporação de inovações. Com efeito, inovar tornou-se a 
principal arma de competição entre empresas e entre países”. 
Logo, ao se ter em mãos todo trabalho que vem sendo desenvolvido, pode-se 
verificar que a formação desses profissionais não compete somente às instituições de 
ensino profissionalizante, ou de ensino superior. 
Trata- se da formação holística do indivíduo nos níveis pessoal, social e 
profissional. Assim, a responsabilidade por sua formação é da escola, desde as séries 
iniciais, priorizando o desenvolvimento da criatividade, com vistas a estimular a 
habilidade de inovação. 
 
O PROJETO NA VISÃO DO PLANEJAMENTO 
 
 
Fonte: www.competengenharia.com.br 
 
 
33 
 
Conceitos 
O processo de criação de uma empresa, pressupõe a necessidade de 
investimento e, independentemente do tamanho e da finalidade, é uma tarefa árdua. 
Não apenas por causa de sua complexidade, mas por causa do trabalho duro no 
desenvolvimento das etapas que você precisa realizar. 
Como conceito de projeto, podemos dizer que é um processo gerencial que 
busca a transformação, das entradas (mão de obra, matéria-prima, energia, etc.) em 
saídas, que significam produtos ou serviços, para atender determinado mercado 
consumidor. 
 
Fonte: www.ft.unicamp.br 
 
Sob o ponto de vista do interesse social, considera-se projeto como sendo o 
conjunto de informações, sistematicamente ordenadas, que nos permite estimar os 
custos e benefícios sociais de um determinado investimento, o que implica em dizer, 
as vantagens e desvantagens de utilizar os recursos de um país na produção de 
determinados bens e serviços. Ou ainda, de forma resumida, que é a racionalização 
do processo decisório, na escolha entre alternativas de investimento. E, como projeto 
de investimento, entendemos como sendo um conjunto de gastos em itens de 
investimento como, máquinas e equipamentos, obras civis destinadas a construções 
e reformas, instalações, aquisição e desenvolvimento de tecnologias, etc. 
Além dos investimentos fixos, o projeto também deve contemplar uma parcela 
de recursos destinada a suprir eventuais necessidades do fluxo de caixa, denominado 
 
34 
 
capital de giro associado. Identifica-se três finalidades básicas nos projetos de 
investimento: a implantação de um novo negócio; a ampliação e/ou, a modernização 
de um negócio existente. 
Desde o início dasatividades do projeto, é necessário levar em conta o 
planejamento global, a curto, médio e longo prazo, a definição do negócio a 
desenvolver, a avaliação de riscos envolvidos, a capacidade financeira, estudo de 
mercado, viabilidade, etc. Todavia, a própria globalização dos mercados visivelmente 
afeta o meio ambiente das organizações. Torna-se dinâmico, turbulento e em rápida 
mutação. 
 
Fonte: www.pmkb.com.br 
 
A empresa cooperativa, por sua vez, deve aumentar a capacidade de 
aprendizagem para se adaptar aos novos ambientes, incluindo a internet, usando 
softwares e ferramentas de inteligência competitiva. Isso requer a consideração de 
um plano para a cooperativa, como um documento formal, escrito, preparado para 
seguir um processo realista e lógico, coerente e orientado para as ações futuras a 
serem executadas, tanto pelo proprietário do negócio, como também os funcionários 
da empresa, utilizando os recursos disponíveis da organização para alcançar certos 
resultados (metas e objetivos) e, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismos que 
monitorem estes avanços. 
Portanto, podemos dizer que a criação de um negócio cooperativo é o resultado 
de um processo de gestão estratégica que visa projetar e implementar uma estratégia 
de sobrevivência, a médio prazo, com revisão das ações, posteriormente. 
Esta ideia é seguida por diversos autores e instituições, que têm lidado com o 
tema de forma frequente. E, através da criação de novos negócios, determinar os 
cinco elementos essenciais de qualquer estratégia: recursos, ações, pessoas, 
controles e resultados. 
 
35 
 
As técnicas de elaboração e avaliação de projetos também tem sua justificativa 
existencial sob o ponto de vista social para as cooperativas, porque considera os 
custos e benefícios sociais da utilização de recursos da comunidade na produção de 
determinados bens e/ou serviços. E, sob o ponto de vista empresarial, porque permite 
avaliar as vantagens relativas de um determinado uso dos recursos do empresário 
(capital e capacidade empresarial) face a possibilidades alternativas de investimento. 
Por um lado, também serve como justificativa de um programa de produção e, de um 
outro lado, como um mecanismo técnico-administrativo que permite minimizar os 
riscos inerentes à decisão de investir. 
 
Fonte: www.youwilldobetter.com 
 
Portanto, essas técnicas têm grande importância como instrumental técnico 
administrativo e de avaliação econômica, permitindo dinamizar o processo pelo qual 
as poupanças se transformam em investimentos efetivos, a fim de estimular a 
elevação geral das economias das comunidades, apresentando-lhe de forma racional 
e convincente, oportunidades de investimento rentável. Permite, também, assegurar 
e viabilizar a concretização das metas ou diretrizes estabelecidas no plano de 
desenvolvimento. 
 
36 
 
A DECISÃO DE INVESTIR DA COOPERATIVA 
 
Fonte: www.aondeinvestir.com 
As cooperativas deparam-se com frequentes demandas e necessidades de 
investimentos. Cientes da responsabilidade, os gestores devem incluir o projeto como 
parte integrante do processo de planejamento e decisão, visto que as decisões de 
investimento, em geral, envolvem grandes volumes de recursos, são de longa 
duração, e, consequentemente, exercem um impacto profundo na empresa. Além 
disso, o risco envolvido na decisão pode ser muito grande para a empresa, sendo 
necessário ter-se uma medida do mesmo e do seu impacto. Logo, o projeto se traduz 
em um forte instrumento, refletindo cenários qualitativos e quantitativos do ambiente 
do negócio que a cooperativa avalia. 
Os objetivos que resultarem deste processo nortearão o planejamento 
estratégico da cooperativa. Neste ponto, e antes que as decisões estratégicas sejam 
operacionalizadas, tem-se o processo de elaboração e análise de projetos, como um 
simulador e realimentador das decisões estratégicas, particularmente das decisões 
de investimento. 
Antes que, do planejamento estratégico, resultem as decisões de investimento 
e antes que estas sejam implementadas, é necessário testar sua viabilidade e verificar 
se são compatíveis com os objetivos. Esta verificação de viabilidade é feita utilizando-
se os passos sequenciais de um projeto. 
 
37 
 
Observa-se que à medida que o tempo passa, o processo de planejamento 
estratégico passa para planejamento tático. Assim, quando a empresa constata a 
viabilidade de determinada decisão de investimento e decide pela sua implementação, 
tem-se que o planejamento passa de estratégico para tático e o projeto de viabilidade 
cede seu lugar para o projeto final. Neste ponto o projeto já deve estar definido em 
seus pontos principais, começando o trabalho de detalhamento de engenharia e de 
implantação. 
O projeto pode não ser aceito em qualquer ponto da fase em que se analisa 
sua viabilidade. Porém, isto vai se tornando cada vez mais difícil à medida que se 
avança na sua implementação, até que se chegue à constatação que não haverá 
retorno. 
A partir deste ponto, os custos associados à desistência são maiores do que 
aqueles que se incorre continuando a implantação, mesmo que as condições tenham 
mudado. Em seguindo a implantação, o projeto entra na fase de testes de operação 
e, finalmente, de operação. 
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 
 
Fonte: www.sec.org.br 
 
No que se refere aos custos com o projeto, constata-se que os gastos com os 
estudos de viabilidade, normalmente são os menores de todos os custos de 
 
38 
 
investimento. No entanto, o estudo de viabilidade é de vital importância para a decisão 
de investir. Isto ocorre não só para se analisar e selecionar as oportunidades de 
investimento que sejam mais convenientes, como também ao se evitarem 
investimentos que gerarão resultados negativos e ou mal dimensionados. Além disso, 
como já se observou, a decisão estratégica de investimento apresenta-se como pouco 
flexível, de difícil reversão (por exemplo, construção de prédios), de impacto 
demorado no tempo, e, normalmente, requerendo grandes volumes de recursos. 
Devemos considerar que as decisões tomadas nesta fase de viabilidade irão 
influir sobre toda a vida útil da empresa, de modo que o grau de liberdade operacional 
tende a ser muito menor. Este fato tende a ser mais importante em função de setores 
que exigem grandes investimentos de capital, como as grandes indústrias de 
siderurgia, papel e celulose, cimento, química, etc. 
Apesar do que dissemos sobre a importância de elaborar um projeto prévio, 
sabemos que em muitas cooperativas a análise de viabilidade não é feito ou só é 
realizado um projeto de financiamento que é assumido como se fosse o projeto de 
viabilidade. Um dos motivos que pode explicar isso é que a análise de viabilidade 
requer tempo e recursos e estes fatores podem ser escassos ou caros, quando a 
empresa não tem tradição de planejamento. 
 
Fonte: www.projetosecultura.com.br 
 
É preciso, então, que o processo de elaboração e análise de projetos seja 
realizado levando-se em conta alguns fatores básicos. Inicialmente, devemos 
considerar o fato de que uma análise de viabilidade é feita com base em projeções. 
 
39 
 
Além disso, é frequente que cada fase de verificação da viabilidade 
corresponda a um processo de decisão aplicada a um problema que contempla muitas 
variáveis, com limites não muito bem definidos e com informações muitas vezes 
incompletas. Isso significa a existência de riscos consideráveis. Por isso, é importante 
a cooperativa considerar dispender recursos e tempo na análise de viabilidade de 
modo proporcional ao risco que o projeto apresenta. 
Assim, se a opção de investimento colocar em risco a sobrevivência e a 
rentabilidade do negócio na cooperativa, e apresentar um grau de risco elevado disto 
acontecer, então quantias maiores de recursos devem ser gastas para a análise de 
viabilidade. 
É importante observar queo risco pode estar associado a uma diversificação 
de projetos que requerem um volume elevado de recursos para a cooperativa. Por 
outro lado, a experiência diz que os processos de busca, coleta e processamento de 
informações ficam longe da certeza absoluta. Como se sabe, isto decorre, em parte, 
da incerteza inerente a qualquer processo de projeção de períodos futuros em 
negócios. 
DEFINIÇÃO E TIPOS DE PROJETOS, ROTEIROS, ELABORAÇÃO E 
ESTRUTURAS 
 
Fonte: www.hmdoctors.com 
 
40 
 
Definição e tipos de projetos O planejamento e a execução de qualquer 
investimento público ou privado deve ser realizado a partir de um projeto. 
Com o entendimento de que um projeto é o conjunto de informações internas 
e/ou externas à empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar, e se 
for viável, implantar uma decisão de investimento. 
Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações, pois ele 
significa um modelo que incorpora informações qualitativas e quantitativas, e simula a 
decisão de investir e suas implicações. 
A classificação do projeto por tipo dependerá do objetivo. Se o objetivo for o de 
classificar o tipo de projeto em função do setor econômico, onde se processa o 
investimento, têm-se os seguintes, considerando os três grandes setores de atividade 
econômica (classificação macroeconômica): 
 
a) Agrícolas (inclusive pecuários). 
 
b) Industriais. 
 
c) De serviços, que incluem: 
• Serviços básicos (saneamento, usinas hidrelétricas, estradas, ferrovias, 
portos, etc.). • Serviços sociais (creches, hospitais, habitações, etc.). 
• Outros serviços (hotéis, restaurantes, assessoramento técnico, etc.). 
 
Os projetos, dentro de cada setor, podem ser classificados em função de sua 
finalidade, quer seja de criar novos meios de produção ou ampliar a capacidade ou 
ainda, aumentar a produtividade de meios de produção existentes. 
No entanto, se for o caso de classificar o projeto do ponto de vista 
microeconômico (ou seja, de impacto na empresa), então a classificação do projeto 
pode ser: implantação, expansão ou de ampliação, modernização, relocalização, 
diversificação e redução de custos. 
Pode ser, também, que se queira classificar o projeto em função do uso que o 
mesmo terá para a empresa ao longo do processo decisório e até à implantação do 
mesmo. Neste caso, teremos a seguinte classificação dos projetos: pré-viabilidade, 
viabilidade final e de financiamento. 
 
41 
 
• Projeto de pré-viabilidade – serve para determinar uma ação hipotética e 
consistente de mercado e inclui os estudos e diagnósticos iniciais e análise de 
mercado, a fim de definir localização e tamanho do novo negócio. Esta fase é 
importante para identificar a factibilidade da proposta, e se serão possíveis de serem 
coletados dados suficientes para análise. 
 
Fonte: www.lhassociados.com.br 
 
• Projeto de viabilidade – é um projeto que procura verificar a viabilidade a nível 
interno da própria empresa. Quando surge a ideia (ou a oportunidade) de investir, 
inicia o processo de coleta e processamento de informações que, devidamente 
analisadas, permitirão testar a sua viabilidade. Fica claro então que a empresa deve 
elaborar vários projetos de viabilidade desde a ideia inicial, buscando identificar a 
melhor alternativa, até à decisão de investir. O que se observa normalmente, é que 
este tipo de procedimento, às vezes, não é executado pelas empresas nacionais, que 
supõe a viabilidade por antecipação. Isto é, quando uma empresa resolve executar 
determinado investimento, raramente faz a verificação de sua viabilidade de modo 
formal e explícito. Em geral, a verificação da viabilidade acaba sendo relegada a 
segundo plano (ou então nem é feita) dentro do processo decisório, porque exige um 
nível de informações que, muitas vezes, não está disponível e necessita pesquisa 
qualificada para oferecer segurança mínima, nos dados levantados. E isto pode 
motivar a ausência de um processo de planejamento formal nas empresas. 
 
42 
 
• Projeto final – constitui-se no conjunto de informações em que a grande 
maioria dos parâmetros mais importantes para a fase de implantação já se encontra 
definida (tais como identificação de mercado, investimentos necessários, custos, 
despesas, receitas, cronograma, etc.). Neste sentido, o projeto é algo mais que um 
orçamento: é um documento auxiliar ao próprio processo de acompanhamento do 
projeto. Mais uma vez é preciso dizer que este tipo de projeto raramente é feito nas 
empresas nacionais. Às vezes, inclusive, o projeto continua a ser modificado 
profundamente durante a própria fase de implantação. Não é de se estranhar, 
portanto, a virtual impossibilidade de se comparar o projeto de viabilidade com o que 
foi implantado. 
 
• Projeto de financiamento – é um projeto feito para atender às exigências e 
quesitos dos órgãos financiadores (como os bancos de investimento) e/ ou os órgãos 
que concedem incentivos (a nível federal, regional, estadual e municipal). Este tipo de 
projeto, via de regra, resulta do preenchimento de formulários padronizados que são 
distribuídos pelos órgãos que darão os financiamentos e/ou incentivos. É comum a 
confusão deste tipo de projeto, com o projeto de viabilidade e com o projeto final. O 
que se constata é que, às vezes, o projeto de financiamento é feito de modo muito 
otimista, com o objetivo de sensibilizar os órgãos que darão os incentivos e/ou os 
financiamentos. 
ROTEIROS, ELABORAÇÃO E ESTRUTURAS DE PROJETO 
O ponto de partida ou de origem do plano de viabilidade é a descrição de uma 
ideia de negócio. Neste sentido, uma das questões críticas para o sucesso e, portanto, 
a viabilidade do projeto é o fato de que a ideia, que irá apoiar todas as decisões 
tomadas, seja realmente uma oportunidade de negócio. 
Uma boa ideia se faz necessária para o sucesso do negócio, no entanto, não 
é, por si só, condição suficiente. Para alcançar o sucesso empresarial também se faz 
necessária a realização de ações estratégicas que permitam a sua correta aplicação. 
Então, sua descrição, explicação e justificação constitui um dos aspectos mais 
importantes e decisivos do plano de viabilidade, especialmente para os investidores. 
 
43 
 
O resultado do investimento vai depender muito das qualidades e 
características da ideia de negócio, então esta ideia será o cartão de visitas de todo o 
projeto, que é razão suficiente para especificar em detalhes os fatores que a 
originaram e a justificativa de por que se espera que seja bem-sucedida. Portanto, não 
se deve poupar tempo, busca por informação e esforços para sustentá-la 
adequadamente. 
 
Fonte: www.vanzolini.org.br 
 
Quanto à origem de ideias de negócio, a principal fonte de onde se coloca é a 
observação de uma situação real. É sobre encontrar necessidades dos consumidores 
que são ou não atendidos em um determinado segmento de mercado e podem ser 
melhoradas a fim de satisfazer ou superar suas expectativas. 
Outra possível fonte de ideias de negócio é simplesmente a de pensar sobre a 
possibilidade de concessão de uso ou usos alternativos de algum produto ou serviço 
existente no mercado. Portanto, sempre que há uma necessidade percebida entre os 
consumidores em um determinado mercado, há uma oportunidade de negócio para 
uma empresa. 
Para capturar essa necessidade, o gestor da cooperativa pode utilizar 
diferentes fontes de informação, tais como associações empresariais, leitura de 
jornais e revistas, entrando em contato com pessoas criativas, conhecimento de 
políticas públicas ou alterações da legislação, e também, experiências de ideias 
apresentadas em feiras, franquias, dentro e fora do país, etc. 
 
44 
 
Além destas, também se pode considerar como fontes de ideias, planos de 
desenvolvimento e de estudos de mercado, de pressões políticas ou de considerações 
de natureza estratégica ou militar e de estímulos financeiros,fiscais e cambiais criados 
pelo governo e da abertura de oportunidades para a exploração de recursos ociosos 
ou pela descoberta de novos recursos naturais e de inovações tecnológicas. 
Ao projetar uma ideia de negócio, sempre é conveniente adotar uma 
mentalidade de cliente, não de fabricante. 
O design do produto e apresentação dos benefícios deve ser percebida pelo 
consumidor, como capaz de satisfazer as necessidades e superar as expectativas de 
uma forma simples e conveniente. 
Adotando esta mentalidade de consumidor será mais fácil de adaptar o produto 
ou serviço para que seja aceito na mente dos clientes potenciais. 
Antes de escolher a ideia que pode se traduzir em uma oportunidade de 
negócio, é preciso executar uma série de etapas preliminares para garantir que, na 
medida do possível, o projeto seja bem-sucedido. 
 
Fonte: www.pmkb.com.br 
 
Neste sentido, é importante: 
• recolher todas as informações úteis e interessantes sobre o tipo de negócio e 
produto que se pretende implementar. 
• estabelecer explicitamente se o que irá ser feito, satisfará nossos negócios 
futuros. 
 
45 
 
• verificar se é uma ideia existente ou que tenha sido utilizada por outras 
empresas, ou se existem empresas que estão considerando a sua implementação. 
• testar possíveis defeitos e dificuldades que podem surgir quanto a sua 
aplicação. 
 
A ideia do negócio precede o plano de viabilidade, que é feita para aceitar ou 
rejeitar um projeto. 
O plano vai girar em torno dele, que destaca a importância e significado que 
tem a sua construção, inclusive quanto às necessidades de recursos da empresa. 
Nesse sentido, a ideia do negócio deve estimular aqueles que têm de decidir se 
implementam ou não um novo negócio, e em outra situação, se continuam ou não 
com o negócio existente. 
Em outras palavras, trata-se de vender a ideia do negócio como se 
estivéssemos diante de um produto principal. Logo, para isso, é necessário que se 
estruture a ideia do projeto em etapas. 
Na conclusão do projeto, o produto é apresentado e as atividades 
administrativas são encerradas. Um novo ciclo de vida pode ter início. 
De um modo geral, podemos distinguir quatro etapas principais: 
• Anteprojeto (preparação). 
• Projeto final ou definitivo (estruturação). 
• Montagem e execução (execução). 
• Funcionamento normal (conclusão). 
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO 
A elaboração de projetos tem maior evidência nas considerações de natureza 
microeconômica. A avaliação por sua vez tem maior ênfase nas considerações de 
natureza macroeconômica (sistema como um todo). Pode-se dizer que, a avaliação 
liga os projetos aos programas. 
 
46 
 
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 
 
Fonte: www.nossacausa.com 
 
Apresentamos, a seguir, dois modelos de roteiros para elaboração de 
projetos. 
No primeiro, em um roteiro simplificado, podemos dividir a proposta formal 
do plano de negócios, em três partes: 
Roteiro 1 
I - A empresa: 
• Denominação ou razão social; forma jurídica. 
• Capital atual (subscrito e integralizado) e aumentos previstos. 
• Principais acionistas, controle acionário, relação com outras empresas ou 
grupos financeiros. 
• Dirigentes e administradores principais. 
• Histórico das atividades da empresa e evolução da produção, vendas, capital 
e resultados financeiros (nos casos de ampliação de empresas existentes). 
 
II – Projeto: 
 
47 
 
• Apresentação: descrição sumária dos objetivos e características principais do 
projeto, com indicação dos seus promotores ou responsáveis por sua execução, do 
programa de produção, investimentos necessários, esquema de financiamento e 
resultados esperados. 
• Mercado. 
• Tamanho. 
• Localização. 
• Engenharia/produção. 
• Investimento. • Financiamento. 
• Custos e receitas anuais. 
• Organização e administração. 
• Justificativa econômica. 
• Conclusões. 
 
III – Anexos: 
 Estudos complementares, plantas, catálogos, desenhos, e demais 
documentos que tenham sido utilizados para elaboração do projeto. 
 
Roteiro 2 
Apresentamos abaixo, outro exemplo de roteiro de plano de negócios: 
 
I – Resumo: 
 É apresentado um breve resumo da cooperativa, suas atividades, 
organização, objetivos, metas e produtos. 
 
II - Apresentação do projeto: 
Descrever detalhadamente os tópicos abaixo: 
• quem são os interessados/responsáveis pela implementação (qualificação, 
formação, experiências profissionais, etc.). 
• quais serão os produtos, serviços e a tecnologia trabalhados (descrição do 
produto, tecnologia utilizada, etc.). 
 
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• O mercado potencial (a quem se destina, estudo criterioso do mercado). 
• Elementos de diferenciação (diferenciais do produto, qualidade, preços, 
distribuição, etc.). 
• Projeção de vendas (explicar como devem acontecer os volumes de vendas, 
de forma qualitativa e quantitativa). 
• Rentabilidade e projeções financeiras (identificar os custos, considerando as 
projeções de vendas, a serem incidentes sobre os produtos). 
• Necessidades de financiamento (apurado o valor do investimento inicial, 
verificar a necessidade de buscar alguma fonte de financiamento para adquirir as 
máquinas, equipamentos, veículos, imóveis outros que serão necessárias ao pleno 
fluxo de produção). 
 
Fonte: www.hinc.com.br 
 
 
III - A Empresa: 
a) Produtos e serviços existentes – (se a cooperativa já existe, expor os produtos 
e aspectos importantes deste, como qualidade, aceitação do mercado, etc.). 
b) Planejamento estratégico – identificar, se existente, caso contrário, trabalhar 
na construção dos seguintes itens: 
• Missão. 
• Foco. 
• Objetivos (geração de renda, empregos, renda, etc.). 
 
49 
 
• Desafios. 
• Descrição legal – o regime jurídico de enquadramento da cooperativa. 
• Estrutura organizacional. 
• Fluxo de produção (descrição de etapas, como por exemplo, recebimento da 
matéria-prima: pesagem, lavagem, seleção da matéria-prima, tratamento térmico 
(cozimento), resfriamento, rotulagem, estocagem, expedição, etc.). 
• Plano financeiro. 
• Planilhas de investimentos, receitas, custos, despesas projetadas, relatórios 
de fluxo de caixa, demonstrativos de resultados, balanço patrimonial, análise da 
viabilidade (TIR, Payback, VPL, etc.). 
• Descrição da análise da viabilidade e parecer final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
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contingencial. 3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1994. 742p. 
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2001. 
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Estratégias Sociais. Rio de Janeiro: 2000. 
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ideias em resultados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
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ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2003. 
VASCONCELLOS, EDUARDO. Estrutura das organizações: Estruturas Tradicionais, 
Estruturas para Inovação e Estrutura Matricial. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1989. 208p. 
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