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RESPOSTAS DOS CASOS 2 E 3 DE CONSTITUCIONAL I (RESPOSTAS DO PROF)

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CASO CONCRETO SEMANA 2
1: Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da empresa demandada, com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a extinção do processo sem apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não tendo formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a possibilidade de postular em juízo sem assistência de defensor técnico. Diante de tal hipótese, considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de inconstitucionalidade?
R: O artigo 133 da CF que assegura prerrogativa e a indispensabilidade do advogado, estabelece que tudo se dará nos limites da lei. Sendo assim, trata-se de norma de eficácia contida e aplicação imediata. Portanto, admite-se que o legislador restrinja a garantia constitucional assegurada aos advogados. Logo a lei em comento não viola a Constituição Federal.
2: A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei infraconstitucional, de monopólios estatais. Com o advento da Constituição da República de 1988, a possibilidade de criação de monopólios por lei não foi mais contemplada. À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela Constituição de 1988?
R: Sim. A teoria da recepção estabelece como requisito a existência de compatibilidade material. Sendo assim, na hipótese de a Constituição permitir um monopólio estatal e, mesmo que este monopólio tenha sido regulado em lei anterior à Constituição, haverá recepção, posto que o que importa é a compatibilidade do conteúdo e não a forma. 
CASO CONCRETO SEMANA 3
1: Diante da situação acima descrita, questiona-se: qual a interpretação constitucional mais adequada para a solução deste conflito?
R: A transferência do militar de uma instituição privada para uma instituição pública coloca em risco a segurança jurídica de alguns princípios constitucionais. É certo que o militar tem o direito constitucional assegurado de continuidade do ensino e deverá fazê-lo em instituição de ensino do mesmo gênero, sob pena de violação do princípio do mérito no acesso as universidades públicas, corolário da isonomia e também, violação do princípio impessoalidade. Logo o ato do sub-reitor está amparado na Constituição Federal. 
2: A quem assiste razão no caso? Dê os fundamentos jurídicos cabíveis (fundamentos normativos, jurisprudenciais e doutrinários).
R: Assiste razão ao Estado. O caso apresenta como fundamento o erro material na redação do edital e que foi sanado com a devida publicação da errata. No caso a correção do edital não implica em mudança de critério da avaliação. A alegação dos candidatos de surpresa na modificação do edital após a abertura das inscrições não deve prosperar. Verifica-se no caso que as medidas tomadas pelo Estado de Tocantins atendem ao princípio da razoabilidade.

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