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Apostila de Oremecom - 2013 Curso de Publicidade Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Definição de empresa: Unidade produtora ou organismo econômico através do qual são reunidos e combinados os fatores da produção, tendo em vista o desenvolvimento de um determinado ramo de atividade econômica, para obtenção de bens e ou serviços, objetivando o lucro. Ramo de atividade econômica. 1. Empresas extrativas: extraem e coletam os recursos naturais, sejam minerais, vegetais ou animais (a caça, a pesca, a mineração, etc.). 2. Empresas agropecuárias: compreendendo, agricultura e pecuárias. 3. Empresas industriais: realizam a transformação de bens, dando-lhes novas formas. 4. Empresas de Serviços: Comerciais: lojas, bares, magazines, butiques, feiras, armazéns, farmácia, etc... Financeiras: bancos, companhias de seguros, financiadoras, etc. Transportes: aéreos, marítimos, rodoviários e ferroviários. Comunicações: radio, televisão, imprensa, telegrafo, etc. Diversos: hospitais, casas de saúde, hotelaria, turismo, serviços públicos, etc. Constituição e Forma Jurídica: Pessoa física – é o individuo perante o Estado, no que diz respeito aos seus direitos e obrigações. Pessoa jurídica – perante o Estado é a associação de duas ou mais pessoas numa entidade, com direitos e deveres próprios e, portanto, distintos daqueles indivíduos que a compõem. Firma Individual Único proprietário, não exige sócio. Ideal para único de negócio. Pessoa e Empresário são os mesmos. Pessoa e Empresário respondem por todos os atos da empresa de forma ilimidata. Todos os bens pessoais pertencem à empresa. E m caso de falência ou de dividas da empresa, há risco de perda de bens pessoais do empresário. Sociedade Comercial Exige um ou mais sócios É mais indicada para micro e pequenas empresas. A pessoa física e o empresário são distintos. Bens da empresa são distintos dos bens pessoais. Os bens da empresa pertencem aos sócios, no limite das quotas estabelecido em contratos sociais. O empresário só responde por dividas da empresa, no limite de sua responsabilidade de cotas, do Contrato Social. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Sociedade Civil Exige dois ou mais sócios Objetiva mais a prestação de serviços È impedida de praticar atos de comercio. Sociedade por quotas dês responsabilidade limitada Neste caso, a responsabilidade dos sócios para com as obrigações sociais, os direitos e deveres, é limitada ao valor do capital apontado em seu contrato social, podendo funcionar sob o nome de algum dos sócios ou adotar uma denominação social. Sociedade Anônima É a famosa S.A., onde o capital social e constituído à base de subscrições, isto é, dividido em ações de um mesmo valor nominal, geralmente variando as quantidades em que são possuídas pelos diversos acionistas. Empresas Privadas O capital social que as constitui é de origem privada ou particular. Consequentemente, assim, será sua administração e gerência, arcando estes particulares com seus direitos e deveres. A empresa privada pode aparecer sob a forma de empresa individual ou sociedade. Empresas Públicas É empresa que exploram um ramo de atividade, por conveniência, segurança ou interesse social, estão confiadas ao poder público municipal, estadual ou federal, provindo do governo as verbas para seu funcionamento, assim como gerência e administração. Empresas Mistas São sociedades por ações de participação pública e privada, com a diferença de que a União, o Estado ou o Município, no caso, serão sócios majoritários. Estas empresas, em geral, executam serviços de utilidade pública. A legalização das empresas Contrato Social Contrato é o ato jurídico que se estabelece entre duas ou mais pessoas, visando adquirir, conservar, transferir, modificar ou extinguir. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Organização é o processo de dispor pessoas e outros recursos para realizar tarefas a serviço de um propósito comum. Organização só é possível se houver planejamento. Varias partes de uma organização quando ajustado é denominado estrutura. Estrutura organizacional: é o sistema de redes e tarefas, relações de quem se reportam a quem e as comunicações que inter-relacionam o trabalho de indivíduos ou grupos. (autoridade, as responsabilidades das pessoas a comunicação entre elas). Estrutura organizacional: definem a hierarquia, as responsabilidade e comunicação entre as pessoas. É representado por um desenho gráfico denominado organograma. Visão da estrutura organizacional Forma pela quais as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Funções dos executivos: Organizar toda a empresa para o seu perfeito funcionamento, além disso, três outras funções básicas fazem parte da sua competência: Planejamento da empresa – objetivos esperados. Organização – ordem nas coisas Direção da empresa – orientação, coordenação, motivação, liderança das atividades. Controle da empresa – acompanhamento, controle, avaliação dos resultados. Benefícios de uma estrutura adequada Identificação das tarefas necessárias; Organização das funções e responsabilidades; Informações, recursos, e feedback aos empregados; Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; Condições motivadoras. Estrutura: Toda empresa possui dois tipos de estrutura: Formal e informal. Formal Deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns aspectos pelo seu organograma. Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades. É estável. Está sujeita ao controle. Está na estrutura. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Líder formal. Planejamento Controle Organização Direção Estrutura Informal Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolvem espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que usualmente não aparecem no organograma. São relacionamentos não documentados e não reconhecidos oficialmente entre os membros de uma organização que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades pessoais e grupais dos empregados. Está nas pessoas. Sempre existirão. A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal. É instável. Não está sujeita a controle. Está sujeita aos sentimentos. Líder informal. Desenvolve sistemas e canais de comunicação. Vantagens da estrutura informal Proporciona maior rapidez no processo. Complementa e estrutura formal. Reduz a carga de comunicação dos chefes. Motiva e integra as pessoas na empresa. Desvantagens Desconhecimento das chefias. Dificuldade de controle. Possibilidade de atritos entre pessoas. Estrutura formal É representada pelo organograma da empresa e seus aspectos básicos. Reconhecida juridicamente de fato e de direito. É estruturada e organizada. Elaboração da estrutura organizacional É o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e. Decisões das unidades organizacionais de uma empresa. Não é estática. É representada graficamente pelo organograma. Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais. (Delinear= Criar, aprimorar). Deve ser planejada. O Planejamento deve estar voltado para os seguintes objetivos: Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas. Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua responsabilidade a pessoas ou grupos. Proporcionar aos empregados de todos os níveis: Informação. Recursos para o trabalho. Medidas de desempenho compatíveis com objetivos e metas. Motivação. TIPOS DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Funcional. Clientes. Produtos. Componentes da estrutura organizacional Sistema de responsabilidade, constituído por: - Departamentalização - Linha e assessoria - Especialização do trabalho Sistema de autoridade, constituído por: - Amplitude administrativa ou de controle - Níveis hierárquicos - Delegação; - Centralização/descentralização Sistema de comunicações (Resultado da interação das unidades organizacionais), constituída por: - O que, - Como, - Quando, - De quem, - Para quem. Sistema de responsabilidade Está relacionado à prestação de contas a quem atribuiu responsabilidade. Os aspectos básicos do sistema de responsabilidade são: Departamentalização, linha e assessoria, atribuições das unidades. Sistema de autoridade Limites de autoridade São dois os tipos de autoridade: Hierárquica Segue as linhas de comando estabelecidas pela estrutura hierárquica da empresa. Obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa Direito de fazer, tomar decisões, dar ordens, dirigir. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Organograma Representação gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma instituição, especificado os seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre elas. Representa o órgão que compõem a estrutura e não a pessoa. ___________ Linha representam as principais relações formais existentes na estrutura especificamente o fluxo de autoridade. Quanto mais importante maior é o retângulo. Comunicação e autoridade Divisão do trabalho e responsabilidade Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Fluxograma É a técnica de representação gráfica que se utiliza símbolos previamente convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo, ou sequência, de um processo, bem como sua análise e redesenho. É a representação gráfica do movimento e operação de pessoas, documentos ou materiais entre diversas unidades da organização. VANTAGENS DOS FLUXOGRAMAS Conduz a um entendimento simples e objetivo dos métodos descritivos. Visualiza, de maneira mais nítida, a sequência de operações de um sistema. Verifica se tais operações estão sendo executadas, da maneira mais eficiente, pelos órgãos e pessoas adequadas. Aplica-se a qualquer sistema. SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS Retângulo – Operação – Este símbolo representa uma mudança num item. Ele pode ocorrer pela execução de trabalho humano, atividade de uma máquina ou pela combinação de ambos. É usado para mostrar uma atividade de qualquer natureza (análises, cálculos, preenchimentos, digitações, operações de trabalho). Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Seta Grossa – Movimento/Transporte – Indica movimentação física e concreta entre localidades (mandar peças ou componentes para o almoxarifado, enviar materiais e documentos). Losango – Ponto de Decisão – Representa o ponto do processo em que uma decisão é tomada. As sequências de atividade a seguir dependem da decisão tomada neste ponto. Círculo Grande – Inspeção/Controle – Indica que p fluxo do processo é interrompido para que a qualidade de saída possa ser avaliada. Normalmente envolve uma operação de inspeção ou um controle (checagem, conferência, controle, verificação, autorização). Retângulo com fundo arredondado – Documento Impresso – Este símbolo indica que a saída de uma atividade inclui informações registradas em papel (relatórios, cartas, listagens de computador, memorandos). Retângulo de Lado Arredondado – Espera – Utilizado quando uma pessoa, um item ou uma atividade precisam esperar, ou quando um item é colocado num estoque temporário antes que a próxima atividade seja executada (esperar um avião, esperar uma assinatura, esperar um lote a ser completado). Triângulo – Armazenagem – Este símbolo indica que existe uma condição de armazenagem sob o controle e uma ordem ou requisição é necessária para remover o item para a atividade seguinte. Muitas vezes usada para representar que um produto aguarda um cliente armazenagem, arquivamento, guarda, estoque. Seta – Sentido de fluxo – Utilizada para indicar o sentido e a sequência das fases do processo. Realiza a ligação entre os diferentes símbolos. Círculo Alongado – Limites – Indica o início e o fim de um processo. Normalmente as palavras início e fim estão inscritas no símbolo. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Exemplo de Fluxograma Um exemplo bastante simples de fluxograma. Obs. Muitas vezes encontramos símbolos de um fluxograma com cores diferentes, números ou outros aspectos predominantes. Em um fluxograma sempre haverá aspectos predominantes como no caso das cores. A cor predominante mais comum em fluxogramas são as cores verde, amarelo, azul e vermelho. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza EXEMPLO DO FLUXOGRAMA DE UMA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Agências de Publicidade As agências de publicidade desempenham um importante papel na comunicação mercadológica, na condição de organização especializada na arte e na técnica da propaganda. Trabalhando para diversos clientes, as agências reúnem experiências em diversos ramos de negócios e mercados, mantendo para isso um diversificado conjunto de profissionais, aptos ao desempenho das inúmeras tarefas e atividades que nelas são realizadas. O que é uma agência de propaganda? A Lei nº4680, de 18 de junho de 1965, devidamente regulamentada pelo Decreto lei nº. 57.690, de 1º de fevereiro de 1966, diz que: “Agência de propaganda é a pessoa jurídica especializada nos métodos, na arte e na técnica publicitária, que através de profissionais a seu serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veículos de divulgação, por ordem e conta de clientes-anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir idéias ou informar o público a respeito de organizações ou instituições colocadas a serviços desse mesmo público”. Considerada empresa de prestação de serviços especializados em comunicação para clientes-anunciantes, as agências depublicidade ou propaganda têm como principais funções o planejamento da comunicação publicitária de seus clientes, a criação das mensagens e a posterior produção das peças publicitárias, o estudo e a determinação das melhores alternativas na seleção dos veículos, o encaminhamento para veiculação das peças produzidas e a aferição final dos resultados de todo esse esforço e do investimento do cliente. Segundo Pinho (2001): As agências no Brasil tiveram tradicionalmente a propaganda como negócio básico, deixando de lado as demais atividades inerentes ao complexo de comunicação, como o desing, o merchandising, a mala-direta, as relações públicas e, embora em menor grau, a promoção de venda. Mas a partir do momento em que os anunciantes passaram a exigir das agências mais serviços além do que elas prestavam, iniciou-se um grande esforço de mudar. Destas formas, uma das primeiras atitudes práticas surgiu das agências bem constituídas economicamente, que se transformaram em full-services, oferecendo aos clientes vários serviços de forma integrada, principalmente a promoção Borganeth (1985). Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Que tipo de empresa é uma agência de publicidade? A agência de publicidade ou propaganda é uma empresa estruturada organizada para prestar serviços de sua especialidade a clientes-anuciantes, e é por eles remunerada, para assim atingir seu objetivo primeiro: o lucro. Na organização geral de uma agência, devem-se observar os princípios da divisão de serviços, da hierarquia, da competência e do controle. Sant Anna (1982) explica esses princípios da seguinte forma: 1. DIVISÃO DE SERVIÇOS – Uma agência de publicidade dedica-se a operações administrativas comerciais, financeiras e técnicas de tal complexidade que muitas vezes cada grupo de operações tem que ser subdividido. 2. HIERARQUIA. 3. COMPETÊNCIAS – É essencial utilizar cada colaborador da melhor forma possível segundo suas aptidões. 4. CONTROLE – Trata-se aqui tanto do controle do pessoal como da execução do trabalho. Esses controles podem se exercidos por meio de vigilância do pessoal durante a própria execução do trabalho (ex. agrupamento de redatores sob a vigilância de um chefe de criação). Podemos separar os setores de uma agência de em básicas e opcionais. Os primeiros são aqueles imprescindíveis para que uma agência possa existir e funcionar, ou seja, gerência, administração e finanças, atendimento, planejamento, mídia, criação, diretor de arte, redação, produção gráfica e produção rtvc. Os opcionais são aqueles adotados com a finalidade de aperfeiçoar os serviços prestados pela empresa aos seus clientes e/ou com fim de se transformarem em novos centros de lucros. Neste grupo podemos citar: Pontos de venda e Merchandising, Relações Públicas, entre outros. Gerência – Administração – Finanças As agências de médio e grande porte geralmente têm uma Administração do qual fazem parte os diretores mais graduados da empresa, mais experientes e que têm a oportunidade de contribuir para as grandes decisões a serem tomadas, influindo nos destinos da Agência. Cabe à área financeira planejar o manuseio do dinheiro de forma a manter um fluxo de caixa de acordo com as necessidades da empresa, realizando aplicações no mercado financeiro e aconselhando sobre os investimentos em equipamentos. A área jurídica assessora sob uma forma ampla as questões trabalhistas, comerciais relativas ao setor. A área contábil realiza todo o sistema de cobrança e pagamentos, a fim de que haja o controle perfeito da situação, enquanto a administração das compras e o controle dos estoques dos materiais de trabalho podem contribuir para um melhor resultado, evitando desperdícios e fazendo com que as despesas se mantenham dentro dos limites necessários ao bom desempenho dos trabalhos. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza PLANEJAMENTO Responsável por direcionar a Comunicação do cliente, define junto com este a proposição básica do produto ou serviço, que é o diferencial que ele quer transmitir ao futuro consumidor. O profissional desta área deve ter conhecimento do mercado e sempre que necessário recorrem a pesquisas como apoio para seu trabalho. O elemento básico para quem faz planejamento é entender o problema do cliente para poder chegar à solução. ATENDIMENTO – Seu cúmplice dentro da agência É o setor da agência que mantém o contato permanente com o cliente, cuidando de todos os serviços. Ele é responsável pela coleta do Briefing de trabalho, em coordenar, controlar, muitas vezes planejar para que o cliente tenha um bom nível de serviços. Esse profissional precisa ter uma visão global da agência e dos negócios do cliente, além de possuir um bom conhecimento de marketing. Seu papel é duplo, sendo o “advogado” do cliente dentro da agência e o “embaixador” da agência junto ao cliente. É muito importante a sua capacidade administrativa e de organização, pois sobre ele repousam todas as informações e cronogramas de serviço. Dentro do setor, existe uma hierarquia funcional cujos títulos variam de agência para agência, mas pode se dividir estas funções em quatros níveis básicas como contato jr. ou assistente, contato ou executivo de conta, supervisor ou gerente de conta e diretor de atendimento ou vice-presidente. Muitas vezes, o profissional de Atendimento também é o responsável pelo Planejamento. Em resumo, o profissional de Atendimento é responsável pela liderança do processo de comunicação, tanto dentro da Agência, quanto dentro do Cliente. Ele é o catalisador capaz de fazer o Cliente reagir perante o mercado e a Agência agir perante o desafio. Fazer a agência agir perante o desafio, analisando os objetivos propostos, criando alternativas e opções de ação e implementando taticamente as decisões estratégicas sugeridas e aprovadas. O envolvimento, portanto, do homem de atendimento e de sua Agência nas decisões de Marketing do Cliente passa a ser cada vez mais solicitado. O Cliente espera de sua Agência uma participação efetiva na formulação de alternativas estratégicas, no acompanhamento de desenvolvimento dos produtos e na análise das oportunidades de mercado. Assumir ou não os riscos de envolvimento no Marketing do Cliente tem sido uma das questões mais discutidas pela direção das Agências de Publicidade ou Propaganda. Visto por alguns como a única maneira de desenvolver um trabalho sério e profissional em comunicação, tal fato é ainda encarado por outros como uma atitude preocupante, muito arriscada. Enquanto pelo lado do Cliente, o Atendimento é forçado a corresponder às expectativas cada vez maiores de envolvimento profundo na vida do produto desde o seu nascimento, passando pelo desenvolvimento, até seu desempenho em campo, na Agência ele é cobrado exatamente no sentido inverso, na sua capacidade de rapidamente gerar campanhas, faturar e deixar o resto com o cliente. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Cargos: Diretor de Atendimento – Planejamento; Análise de Pesquisa; gerenciamento do departamento; principal responsável pela(s) conta(s). Supervisor de Atendimento – Atendimento ao Cliente; Planejamento e Elaboração de Briefing. Contato – suporte de atendimento e briefing de manutenção de campanha. (É aqui que se começa a carreira de Atendimento) CRIAÇÃO – O princípio de tudo Na década de 50, existia o departamento de Redação e o departamento de Arte, sendo que este ilustrava o que aquele redigia. Hoje, existe o conceito da dupla de criação, onde o redator e o diretor de arte trabalhamem conjunto na criação da campanha. É um trabalho integrado de troca de ideias onde muitas vezes as ideias de ilustração podem partir do redator, assim como um bom título pode vir do diretor de arte. Esta costuma ser a cédula fundamental dos departamentos de criação. Diretor de Criação: Dirige, supervisiona e coordena todas as atividades de todos os funcionários da Área de Criação. Junto com a Direção Geral da Agência, traça a política e filosofia do Departamento de Criação. Diretor de Arte: Cuida da parte gráfica do anúncio ou peça publicitária (diagramação, fotos, escolha tipográfica). Junto com o Redator, forma a Dupla de criação que atende a determinado número de contas. Conforme a experiência pode ser Sênior, Júnior ou Assistente. Redator: Encarregado de transmitir por meio de palavra a ideia criada junto com o Diretor de Arte; seja ele anúncio, roteiro de comercial ou peça de campanha desenvolvida com base no briefing passado pelo Atendimento. Conforme a experiência pode ser Sênior, Júnior ou Assistente. Estúdio de arte/finalização Tem a função de finalizar as ideias elaboradas pela criação, para apresentação ao cliente sob a forma de lay-outs ou preparar o material aprovado pelo cliente para os processos de produção gráfica (arte-final gravada em disquete, zip ou cd.). PRODUÇÃO. Dando corpo às ideias Gráfica Normalmente chefiada por um técnico de Artes Gráficas, tem a função de orçar os trabalhos junto a fornecedores e supervisioná-los, além de negociar para que os custos sejam reduzidos até o ponto em que não prejudique a qualidade. Como o profissional deste setor possui formação técnica, ele auxilia o profissional de criação na indicação de suportes e materiais para impressão dos trabalhos. RTVC Toda a produção eletrônica passa por este departamento, seja rádio, televisão ou cinema. Sua função é semelhante à da produção gráfica, ou seja, Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza indicar as Produtoras de Rádio e TV específica, orçar os serviços e supervisionar tecnicamente a sua execução, amparando sempre o criador no desenvolvimento de ideias viáveis. MÍDIA É o departamento responsável pela correta aplicação das verbas de propaganda e respectivo controle, o que implica em um excelente planejamento e uma habilidosa negociação. A Mídia tem um responsável na figura do Diretor de Mídia, que deve reunir as habilidades de planejador, negociador, vendedor e de bom relacionamento humano. Conforme o seu tamanho, a agência pode ter mais de um grupo de Mídia, constituído pelo Gerente de Planejamento de Mídia, Coordenador e Assistente. Cabe a este grupo elaborar o Plano de Mídia em conformidade com o briefing recebido, negociá-lo e dar as instruções para veiculação. Muitas vezes, o profissional de Mídia indica oportunidades de veiculação para o cliente sem esperar a solicitação do mesmo através do atendimento. Após a veiculação, o setor de “checking” ou controle verifica se as programações autorizadas foram cumpridas integralmente. Cargos: Diretor de Mídia – responsável pelo Planejamento e as grandes negociações. Supervisor de Mídia – responsável pelo andamento do serviço e apoio ao Diretor de Mídia em planejamentos e etc. Contatos – trabalham junto aos contatos de veículos, recebendo-os e organizando o arquivo de fornecedores de veiculação. Checking – fiscaliza as veiculações impressas; eletrônicas e externas. Pesquisa – faz o levantamento do perfil do leitor; quantitativo; circulação; ibope; etc. Apoio Pesquisa: (Mercado, Comunicação, Mídia). Auxilia as áreas de Criação e Atendimento, funcionando como um centro de informações para elaboração de planos de comunicação. Como auxiliar da Criação, pode executar pesquisas exploratórias, testes de conceito, de temas de campanhas, de filmes ou anúncios, com o objetivo de trazer novas informações ou de solucionar dúvidas sobre os caminhos criativos de um determinado projeto. Como auxiliar do Atendimento, pode realizar levantamentos junto às fontes oficiais como IBGE, FGV, Secretarias, associações tipo ANFAVEA, para dimensionar mercados, apontar tendências, oferecendo uma série de outras informações. O setor de Pesquisa de Mídia geralmente fica subordinado ao Departamento de Mídia, e sua função é a de auxiliar o Planejamento de Mídia e o Atendimento a justificarem as propostas apresentadas aos clientes em bases Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza mais científicas, através da consulta de Institutos de Audiência, cruzando dados e fazendo comparações e estudos específicos. Laboratórios Dependendo do sistema de trabalho adotado, algumas agências organizam o seu estúdio fotográfico e respectivo laboratório, trabalhando para os clientes e serviços internos. TRÁFEGO. De olho em tudo. Este departamento praticamente inexiste nas Agências atualmente. O departamento de tráfego tinha a função (ou ainda tem) de coordenar e controlar o fluxo dos serviços de criação. O Atendimento, ao solicitar um serviço, enviava um pedido à Criação por intermédio do Tráfego, que registrava o trabalho e negociava o prazo entre aqueles dois departamentos para realização do mesmo. Também podiam passar pelo tráfego os serviços para o estúdio de arte, produção gráfica e eletrônica. Muitas vezes, o tráfego também cuidava de orçamentos, fazia concorrência de preços e negociava com fornecedores. Remuneração das Agências de Publicidade As formas básicas das Agências serem remuneradas pelos seus serviços são representadas pelas comissões sobre as verbas de veiculação e os serviços de terceiros pelo faturamento de gastos técnicos e pelos serviços especiais e pelos critérios que passam a privilegiar desempenho e resultados. Conforme Lupetti (2003, p.148) – a remuneração da Agencia de Publicidade ocorrem da seguinte forma: Comissões estabelecidas pela Lei nº4. 860/65 – Regulamentada pelo Decreto nº57. 690/66, que rege a profissão de publicitário e as relações entre anunciantes, agências e veiculas de comunicação, incidindo sobre a produção e a mídia. 1- TRABALHOS DE TERCEIROS Muitas vezes as agências se valem de trabalhos de terceiros para execução de peças publicitárias, como contratação de produtos para comerciais, gráficas para impressão de papéis, fotógrafos, locutores e estúdios de gravação. Nesse caso as Agências têm “honorários na base de uma porcentagem mínima de 15% (quinze por cento)”, que cobra aos clientes sobre o custo real comprovado dos trabalhos autorizados, ou seja, em todos os serviços autorizados de terceiros, a agência terá 15% de honorários. Este custo cobre as despesas de acompanhamento dos trabalhos em gráficas, verificação de provas, acompanhamento das locações dos comerciais, desempenho dos locutores e todos os demais serviços para que as peças sejam executadas exatamente como o planejado. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza EX. Produção (anúncio, comercial, fotolito etc). Preço cobrado pelo fornecedor R$10.000,00 100% Comissão ou horários da agência R$ 1.500,00 15% Total a ser pago pelo cliente R$11.500,00 115% Fonte: adaptação Lupetti, Marcelia. Administração em Publicidade: a verdadeira alma do negócio, Ed. Thomson, São Paulo, 2003. 2 – VEICULAÇÃO Sobre o custo das mensagens veiculadas por sua empresa, segundo a mesma lei, Capítulo III, as agências têm honorários na base de uma porcentagem equivalente à comissão de 20% (vinte por cento), que lhe e concedida pela imprensa falada e escrita e por outros veículos. È importante ressaltar que esta comissãoé atribuída às agências pelos veículos sobre o preço de tabela destes, determinada por uma lei. Não sai da sua verba d propaganda. EX. Spot durante um determinado período. Preço cobrado pelo veículo e pago pelo cliente R$10.000,00 100% Comissão ou horários da agência R$ 2.000,00 20% Valor pago ao veículo pela agência R$ 8.000,00 80% Fonte: adaptação Lupetti, Marcélia. Administração em Publicidade: a verdadeira alma do negócio, Ed. Thomson, São Paulo, 2003. Para que esse mecanismo seja possível, é necessário o credenciamento das agências junto aos veículos, Se o cliente for diretamente aos veículos e inserir seu comercial, deverá pagar os mesmos R$10.000,00, pois ele não está credenciado como agenciador para ter direito a comissão. 3 – FEE MENSAL FIXO Valor fixo mensal que a anunciante paga à agência. O sistema de remuneração de fee mensal e semelhante ao utilizado por consultores, em que o valor cobrado tem como base as horas trabalhadas. Pode, também, ser calculado pela média salarial das pessoas envolvidas no job. 4 – REMUNERAÇÕES POR RESULTADOS Nesse caso, a agência não cobra sua comissão de mídia nem de produção. A remuneração da agência está condicionada aos resultados positivos obtidos pelo cliente após a realização da campanha. Pode ser um porcentual ou um valor fixo previamente acordado entre as partes. 5 – FEE MENSAIS FIXOS ACRESCIDOS DE UM PORCENTUAL SOBRE OS RESULTADOS Nessa modalidade são combinados os dois itens anteriores. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza 6 - CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO As agências são remuneradas única e inclusivamente por um percentual fixo sobre as vendas do cliente. Esse porcentual deverá ser acordado previamente com cliente. Esse método difere da remuneração por resultados em dois pontos: a agência não participa do planejamento de marketing do cliente e não precisa esperar o final da campanha para aferir os resultados. Apostila de Oremecom 2013 Prof. Ms. Valdemirson Alves Barboza Referência bibliográfica BORGANETH, Luis Sérgio. Agências e anunciantes. São Paulo Meio & Mensagem, 1985. LUPETTI, Marcélia. Administração em Publicidade: a verdadeira alma do negócio, São Paulo, Ed. Thomson, 2003. PINHO, J.B. Comunicação em Marketing, 5ª Edição, São Paulo, Ed Papirus, 2001. SANT’ANNA. Arnaldo. Propaganda, Teoria, técnica e prática. 2ª Edição, São Paulo, Ed. Pioneira, 1987. De FELIPPE, Bernado Junior. Agências de Propaganda: O que são e como utilizar, Brasília, Sebrae, 1995.
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