Buscar

COMPONENTES DA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA: CONCEITOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15
Disciplina: HIGIENE ZOOTÉCNICA 
Prof. Paulo Francisco Domingues 
Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública 
FMVZ-UNESP-Botucatu 
e-mail: domingues@fmvz.unesp.br
 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE EPIDEMIOLOGIA 
 
COMPONENTES DA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA: CONCEITOS 
 
 Epidemiologia, segundo sua formação etimológica, significa: Epi = sobre, 
Demos = povo, população (humana, animal ou vegetal), e Logos = estudo. Seria, 
portanto o estudo sobre populações. Entretanto, ela deve ser entendida como a 
ciência, que estuda a ocorrência de doenças em populações, suas causas 
determinantes, medidas profiláticas para o seu controle, e até sua erradicação. 
 John Snow, considerado o “pai da epidemiologia”, por ocasião de uma 
epidemia de cólera em Londres, em 1849, concluiu que havia relação entre a 
doença e o consumo de água contaminada por fezes de pessoas doentes. Alguns 
anos após, seus estudos foram confirmados em laboratório pelo isolamento e 
identificação da bactéria Vibrio cholerae, nas fezes de doentes de cólera. 
 Se as pessoas envolvidas na criação preocuparem-se apenas com o animal 
doente, deixando de lado o restante do rebanho, não poderão avaliar o perigo que 
um único animal doente, poderá representar para todo o rebanho, principalmente 
considerando-se as enfermidades transmissíveis. Sem os conhecimentos básicos 
dos princípios epidemiológicos, o profissional não poderá ter idéia do perigo 
relativo que um caso particular possa representar para o restante do rebanho. É 
preciso considerar o meio no qual ocorre a enfermidade, o risco de que surjam 
novos casos, e as possibilidades de controlar os fatores que contribuem para a 
ocorrência desta. Deste modo o profissional poderá nortear sua prática 
assistencial com uma visão mais ampla dos problemas de sanidade animal, 
 16
lembrando-se que o técnico deverá ter em mente que ele está trabalhando com 
populações animais, e não com um único animal. 
 Para entender melhor como as ações de saneamento podem interferir na 
prevenção de doenças infecciosas, torna-se necessário o detalhamento de 
aspectos relacionados à ecologia destas. 
 
 CORTÊS (1993), revendo o conceito de cadeia epidemiológica e de seus 
componentes, caracterizou os mecanismos de propagação das doenças. A 
identificação destes mecanismos que se relacionam com o processo de 
propagação da doença, torna possível a adoção de medidas sanitárias, capazes 
de prevenir e impedir a sua disseminação. Segundo este autor, as seguintes 
questões poderiam ser formuladas e respondidas: 
 
1. Quem hospeda e elimina o agente? Fonte de infecção (FI). 
2. Como o agente deixa o hospedeiro? Via de eliminação (VE). 
3. Que recurso o agente utiliza para alcançar um novo hospedeiro? Via de 
transmissão (VT). 
4. Como o agente se hospeda no novo hospedeiro? Porta de entrada (PE). 
5. Quem pode adquirir a doença? Susceptível. 
 
Se estes conceitos forem colocados seqüencialmente tem-se, a 
caracterização da cadeia epidemiológica, que nada mais é que uma série de 
eventos, necessários para que uma doença ocorra em um indivíduo ou em um 
rebanho, ou como o conjunto de componentes do meio ou do animal, que 
favorecem a disseminação. 
 
 
 FI VE VT PE Susceptível 
 
 Se estes elos da cadeia forem combatidos conjuntamente, é possível o 
controle de enfermidades que ocorrem nas populações animais, especialmente as 
 17
transmissíveis. O saneamento procura atuar em todos os elos desta cadeia, 
principalmente na via de transmissão e fontes de infecção. 
 Pode-se então citar alguns dos objetivos da epidemiologia: estudar o 
meio no qual se desenvolve a doença, os mecanismos de transmissão, o risco de 
que surjam novos casos e as medidas preventivas, necessárias para se controlar 
os fatores que contribuem para o desenvolvimento das doenças. Conclui-se que a 
epidemiologia é o fulcro da saúde animal e da saúde pública, representando o 
lastro principal, para avaliação das medidas de prevenção, fornecendo orientação 
para o diagnóstico de doenças, sejam elas transmissíveis ou não. 
 
GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS NA INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
Agente etiológico: é o causador ou responsável pela doença. Este pode ser: 
bactéria, vírus, fungo, protozoário, rickéttsia, chlamydia, ectoparasito e 
endoparasito. 
 
Infecção: é a penetração e desenvolvimento, ou multiplicação de um agente 
infeccioso no homem ou animal. 
 
Infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na 
superfície do corpo. Pode-se dizer também que uma área ou local está infestado 
de artrópodes e roedores. 
 
Fonte de Infecção: é o animal vertebrado que alberga o agente etiológico e o 
elimina para o meio exterior. 
 
Reservatório: é um animal ou local que mantém um agente infeccioso na 
natureza. O solo, por exemplo, pode ser reservatório, como elemento abiótico, 
mantendo agentes infecciosos, ocasionando as doenças denominadas de origem 
telúrica, como as saprozoonoses, e entre elas estão a listeriose e histoplasmose. 
 
 18
Caso: é o animal infectado ou doente, como exemplo tem-se um caso de aborto 
por Listeria monocytogenes, ou um caso de manqueira, que é doença, causada 
pelo Clostridium chauvoei. O caso refere-se, portanto, à fonte de infecção. 
 
Foco: Trata-se de um ou mais animais doentes, numa área ou concentração 
pequena. Exemplo de um foco de febre aftosa, que acomete vários animais, de 
uma determinada propriedade rural. Normalmente o foco é identificado como 
rebanho afetado. 
 
Surto epidêmico: Neste caso, trata-se de vários animais doentes em regiões 
diferentes. Como exemplo ainda, um surto de febre aftosa que atinge várias 
propriedades podendo ser de diferentes regiões. O termo surto epidêmico é 
utilizado como sinônimo de epidemia ou epizootia, com a finalidade de evitar 
alarme, que o termo epidemia, pode causar especialmente na população humana. 
O surto na realidade é o grupo de focos originários de uma mesma fonte de 
infecção, em espaço e tempo determinados, por transmissão direta ou indireta por 
focos sucessivos. 
 
Enfermidade: é a etapa da doença ou agravo em nível orgânico, que se 
caracteriza pela presença de sintomatologia. 
 
Enfermidade exótica: é aquela que não existe no país ou região estudada. Como 
exemplo pode-se citar a peste bovina que ingressou no continente americano, e já 
foi erradicada na década de 1920. 
 
Comunicantes: são os indivíduos ou animais, que tiveram contato com animais 
infectados ou doentes, bem como com locais contaminados, sem que se conheça 
o seu estado sanitário. 
 
 19
Susceptibilidade: qualidade do hospedeiro em relação à infecção ou invasão de 
seu organismo pelo parasito. É utilizado, para designar a característica do 
organismo susceptível à ação do fator determinante. 
 
Susceptível: organismo ou população que apresenta susceptibilidade à ação de 
determinado fator. Pensando em agente infeccioso, seria o indivíduo que não 
possui resistência a determinado agente patogênico, podendo contrair a doença. 
 
Vetor: são animais, geralmente artrópodes, que transmitem o agente infeccioso 
ao hospedeiro susceptível. 
 
Vetor biológico: é o hospedeiro onde o parasita desenvolve parte do seu ciclo 
evolutivo, possibilitando a transmissão para novo hospedeiro. Caracteriza-se pelo 
caráter de obrigatoriedade para sua sobrevivência ou aumento da densidade 
populacional do parasito. Pode-se dizer que os microrganismos desenvolvem 
obrigatoriamente neste vetor fase do ciclo, antes de serem disseminados no 
ambiente, ou transportados para novo hospedeiro. Pode-se exemplificar, o caso 
da Anaplasmose,onde o principal transmissor é o carrapato Boophilus microplus 
considerado então, como vetor biológico e transmissor do agente, que é o 
Anaplasma marginale. 
 
Vetor mecânico: é o organismo que pode se contaminar com formas infectantes 
do parasito, transportando-os mecanicamente para determinado hospedeiro. 
Neste caso o vetor participa apenas como carreador de agentes infecciosos, 
sendo que estes não sofrem qualquer modificação no interior do seu organismo. 
Podem ser exemplos, as moscas hematófagas como Stomoxys calcitrans e os 
tabanídeos, que pode vetoriar agentes após sugar animal portador da rickéttsia 
Anaplasma marginale, que ficam em sua tromba, infectando então animal 
susceptível, se a seguir sugarem o seu sangue. 
 
 20
Veículo: é qualquer elemento que transporte determinado agente infeccioso. Este 
veículo pode ser animado, definindo-se como qualquer ser vivo que possa 
transportar passivamente o agente infeccioso. Os veículos inanimados são os 
elementos capazes de transportar o agente infeccioso. Neste último incluem-se a 
água, alimentos e objetos contaminados como as agulhas, seringas, panos, 
arreios, escovas, entre outros. 
 
Fômites: para esta definição pode-se utilizar o próprio conceito de veículo 
inanimado, pois são os objetos inanimados, contaminados que podem transportar 
agentes infecciosos para os animais ou homem, como baldes, toalhas, seringas, 
entre outros. 
 
Portador: são os animais ou pessoas que havendo ou não manifestado os sinais 
clínicos de determinada enfermidade continuam eliminando o agente por algum 
tempo. Pode ser portador são, o animal que já teve ou poderá vir a ter 
sintomatologia clinicamente detectável; portador em incubação é aquele que 
está infectado, mas não mostra alterações; e portador convalescente, que é 
aquele que embora tenha apresentado cura clínica, ainda pode eliminar o agente 
infeccioso. 
 
RELAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA COM OUTRAS ÁREAS 
 
A epidemiologia considera como sua unidade de interesse, portanto, o 
indivíduo, um grupo de indivíduos, seja de uma população constituída de pessoas, 
ou de animais; incluindo-se os sadios, doentes e mortos. 
Na investigação epidemiológica, são utilizadas ciências e disciplinas 
consideradas correlatas, ou de apoio, tais como: a bioestatística, para medir as 
situações na fase de observação e posteriormente em nível de avaliação; a 
clínica, como ponto de partida para o diagnóstico individual da enfermidade, a 
partir do qual se estabelecerá a orientação a se tomar; a patologia, a 
microbiologia, a parasitologia, a imunologia, a toxicologia, entre outras. Estas 
 21
fornecem à epidemiologia o diagnóstico da situação. As ciências do 
comportamento humano, como a sociologia, antropologia, psicologia, a economia 
e a ecologia, entre outras, assumem também papéis de grande importância. 
Mostrando a relação da epidemiologia com outras áreas do conhecimento 
FORATTINI (1992), argumenta sobre alguns dos princípios que regem a 
unificação da epidemiologia e da sua indissociabilidade da ecologia. Enfatiza 
ainda que a sociedade nada mais é do que o fenômeno ecológico, cujos 
fundamentos devem ser procurados na própria característica da vida. Os 
componentes físicos e biológicos do ambiente onde vivem o homem e também os 
animais, somam-se aos da sociedade que se estabelecem, na determinação do 
seu estado de saúde e da qualidade de vida. De acordo com os conhecimentos 
atuais, ecologia e ambiente são termos usados quando o tema se refere ao bem-
estar e à sobrevivência. A ecologia deve compreender o estudo de todos fatores 
físicos e biológicos, e da sua interação no meio em que vivem os organismos. O 
ambiente inclui desde a energia solar até o substrato representado pelo sol e os 
organismos que sobre ele vivem. 
 
SAÚDE E DOENÇA 
 
A saúde e doença são idéias relativas e convencionais, e representam 
estados absolutamente opostos. O limite entre o estado de saúde e doença é 
difícil de ser estabelecido. O indivíduo pode se manter entre eles, durante toda sua 
vida. A saúde é um estado de relativo equilíbrio da forma e da função do 
organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças que tendem a 
perturbá-lo. Não se trata de uma aceitação passiva, dessas, por parte do 
organismo, mas de sua resposta ativa, para o seu reajustamento. 
A Organização Mundial da Saúde define como saúde: “o estado de 
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de 
doença”. É evidente a falta da precisão, em especial no que se refere ao 
significado da expressão “completo bem-estar”. Este pode variar de acordo, com o 
indivíduo, tempo e espaço. Do ponto de vista médico, o que é bom para um não é 
 22
obrigatoriamente para outro, e nem a presença de bem-estar significa a ausência 
de doença (FORATTINI, 1992). 
A doença por sua vez, pode ser definida como um desajustamento ou falha 
nos mecanismos de adaptação do organismo, ou ainda, como a ausência de 
reação aos estímulos que ele está exposto. O processo conduz a uma 
perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o 
organismo, interferindo em suas funções vitais. Pode significar ainda o conjunto 
combinado de sintomas, manifestação associada à determinada desordem 
estrutural e/ou funcional, ou então caracterizar fenômeno decorrente da ação de 
um ou mais agentes específicos. 
Sob o ponto de vista etiológico, as doenças podem ser classificadas em: 
infecciosas e não infecciosas. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (1973), doença infecciosa do 
homem ou dos animais, é aquela resultante de uma infecção. Entende-se por 
infecção a penetração, desenvolvimento, multiplicação ou replicação de um 
agente infeccioso, incluindo-se os helmintos; no organismo do homem ou de 
animais. Estas podem ser aguda, subaguda e crônica. As crônicas são aquelas 
que se desenvolvem em longo prazo; e as subagudas e agudas são de curta 
duração. 
Deve-se levar em consideração ainda, as doenças nutricionais e 
metabólicas, as parasitárias de forma geral, as tóxicas e ainda aquelas 
hereditárias, e outras que se devem a malformações, desenvolvidas durante os 
períodos embrionário e fetal, mas não herdáveis, sendo denominadas de doenças 
congênitas. 
Com os avanços alcançados em biologia, microbiologia, entre outras áreas 
do conhecimento, estabeleceu-se o conceito ecológico de doença. Do ponto de 
vista ecológico, denomina-se biocenose a coabitação e interferência dos seres 
vivos em determinada área física, incluindo os microrganismos que determinam o 
ecossistema, com a inclusão de fatores em interação e associações ambientais, 
como o solo, água, clima e a presença do homem, considerando-se, portanto, o 
conjunto constituído pela comunidade e o ambiente onde se vive (FORATTINI, 
 23
1992). O equilíbrio que vem a se estabelecer entre as diversas espécies animais 
e/ou vegetais em uma determinada região, caracteriza o fenômeno ecológico 
denominado clímax, que nada mais é do que a etapa do processo de sucessão 
ecológica, representadas pelo equilíbrio e estabilidade atingidas pela comunidade. 
Um desequilíbrio ou conseqüência deste provocam um jogo de influências 
mútuas entre diversas variáveis ecológicas, que poderão resultar no 
estabelecimento do estado de doença. É importante, entretanto, considerar que a 
doença não é determinada única e exclusivamente pela presença de um agente 
infeccioso, mas sim pela interação entre o agente, hospedeiro e meio ambiente, 
que pode ser representada graficamente por um triângulo eqüilátero, onde a 
ocorrência de qualquer modificação em um lado, necessariamente implicará na 
modificação dos demais. Nenhum dos fatores poderá atuar de maneira isolada,ocorrendo, portanto, uma interação constante e dinâmica entre eles (MARTINS, 
1975). 
Agente
fatores
variáveis
Hospedeiro
fatores
variáveis
EQUILÍBRIO
SAÚDE
Físico
Biológico
Econômico
Social
Ambiente
Variação do
EquilíbrioV
ari
aç
ão
 do
Eq
uil
íbr
io
Fonte: Dias (1984)
 
 Os agentes causais podem ser biológicos, químicos e físicos. Os 
hospedeiros apresentam variáveis que se relacionam com o estado fisiológico, 
nutricional, defesas orgânicas, espécie, idade, sexo e raça. O meio ambiente 
apresenta fatores que influenciam e estão relacionados com o clima, água, solo, 
topografia, presença de insetos, densidade populacional e manejo. 
Estes três elementos fundamentais que constituem o processo epidêmico, 
bem como suas variáveis, se relacionam com qualquer tipo de doença, quando se 
 24
estuda este fenômeno em populações. É importante considerá-los em conjunto, 
para se estabelecer os níveis em que deverão ser adotadas as medidas 
objetivando-se o controle e erradicação de determinada doença que esteja 
ocorrendo em dada população animal. 
 
CARACTERÍSTICAS DO AGENTE 
 
Descreve-se a seguir as principais características dos agentes biológicos, e 
em particular os de caráter infecto-contagiosos. Os conhecimentos das 
características são fundamentais, para se compreender suas inter-relações com o 
desenvolvimento da infecção, pois são elas que contribuem para que o agente 
infeccioso possa persistir em determinado sistema ecológico. 
 
a) Infecciosidade: é a característica do agente de penetrar, alojar e multiplicar-se 
no organismo do hospedeiro, ou seja, a sua capacidade de causar infecção. 
Esta característica é fundamental, na previsão da propagação de dada doença. 
São considerados de alta infecciosidade o vírus da febre aftosa para os 
animais, e o vírus da raiva para os animais e o homem. Considera-se de baixa 
infecciosidade o vírus da febre aftosa para o homem. 
 
b) Patogenicidade: é a capacidade do agente, em produzir lesões específicas no 
organismo hospedeiro. Agentes dotados de alta patogenicidade determinam 
incidência maior da doença na população. Ela é traduzida, portanto, pela 
frequência de casos clínicos no rebanho. São considerados de alta 
patogenicidade os agentes da raiva, aftosa, anemia infecciosa eqüina, e 
manqueira; e de baixa patogenicidade os da brucelose e tricomonose nos 
machos. 
 
c) Virulência: caracteriza-se pela capacidade do agente de produzir lesões de 
maior ou menor gravidade, determinando o grau de severidade da infecção. 
Ela se traduz pela intensidade da ação do agente no hospedeiro. São de alta 
 25
virulência os agentes da raiva, tétano, entre outros; e de baixa virulência, o 
agente da brucelose. 
 
d) Variabilidade: é a capacidade de mudanças de características genéticas do 
agente, originando mutantes, como ocorre com o vírus da febre aftosa. 
 
e) Antigenicidade: conhecida também como imunogenicidade. É a capacidade 
do agente etiológico em induzir no hospedeiro a formação de anticorpos, 
produzindo desta maneira imunidade, ou seja, resposta imunológica. São 
considerados de alta antigenicidade o vírus do sarampo, varíola e cinomose e 
de baixa antigenicidade os agentes da febre aftosa e salmonelose. 
 
f) Resistência: é a característica que o agente apresenta em resistir ao meio 
ambiente em condições naturais, e aos produtos químicos como os anti-
sépticos e desinfetantes, por determinados períodos de tempo, na ausência de 
parasitismo. São altamente resistentes no ambiente as bactérias dos gêneros 
Clostridium spp e Bacillus spp, que causam doenças conhecidas como de 
origem telúrica. 
 
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO 
 
 Em um sentido amplo, o hospedeiro pode ser considerado como todo e 
qualquer ser vivo que albergue um agente em seu organismo, ou ainda o 
organismo que propicia alimento ou abrigo a organismo de outra espécie. São 
conhecidos três tipos de hospedeiros: 
Hospedeiro definitivo: é aquele onde o parasito atinge a maturidade, 
reproduzindo-se sexuadamente. 
Hospedeiro intermediário: é o hospedeiro, no qual o parasito desenvolve 
suas formas imaturas ou, para alguns, se reproduz assexuadamente. 
 Os fatores relativos ao hospedeiro, dentro do sistema ecológico, se 
relacionam às suas características, como a espécie, raça, sexo, estado fisiológico, 
 26
entre outros, e aquelas que dependem do agente e do meio ambiente, como a 
densidade populacional, manejo e susceptibilidade. 
 
a) Espécie: a susceptibilidade de uma espécie animal a um determinado agente 
etiológico, de maneira geral, é determinada por suas próprias características 
genéticas. Sendo assim, exemplificando: os eqüídeos são os únicos 
susceptíveis à anemia infecciosa eqüina, as aves à doença de Newcastle, os 
animais biungulados à febre aftosa e os canídeos, os únicos susceptíveis a 
cinomose. 
 
b) Raça: algumas raças de animais são mais susceptíveis que outras, frente a um 
mesmo agente etiológico, isto também se deve às características genéticas da 
própria raça. Como exemplo, podemos citar as raças zebuínas que se mostram 
mais resistentes à “piroplasmose” (tristeza parasitária), em relação a outras, 
principalmente as raças leiteiras. 
 
c) Sexo: observa-se que ocorre um distinto comportamento de ambos os sexos 
para um mesmo agente etiológico, isto se deve às características anatômicas, 
o que permitirá ou não o desenvolvimento de uma infecção. A brucelose afeta 
mais comumente as fêmeas do que os machos. 
 
d) Idade: existem doenças que incidem mais em animais jovens, enquanto outras 
em adultos. Para a maioria das doenças infecto-contagiosas, a susceptibilidade 
do hospedeiro está em função da idade. A salmonelose, em bovinos, ocorre 
geralmente entre o 3o e 12o mês de vida do animal, podendo ocorrer também, 
entretanto, com menor frequência, na primeira semana de vida. As diarréias 
por rotavírus são mais freqüentes em animais neonatos, ou seja, recém-
nascidos, bem como nas primeiras semanas de vida. A brucelose é uma 
doença de animais púberes (sexualmente maduros), sendo autolimitante em 
animais jovens, e a manqueira, conhecida também como carbúnculo 
 27
sintomático, em bovinos, acomete mais freqüentemente animais jovens, até os 
dois anos de idade. 
 
e) Estado fisiológico: pode influenciar na susceptibilidade dos animais. As 
deficiências nutricionais, fadiga, estresse e gestação, podem diminuir a 
resistência dos animais, tornando-os mais predispostos às enfermidades. 
 
f) Densidade populacional ou lotação: está intimamente relacionada ao 
manejo. A densidade dos animais em uma determinada área constitui um dos 
fatores principais para o desenvolvimento e propagação das doenças. A 
superlotação com excesso de animais/área determinam em grande parte maior 
risco de contaminação entre os animais, pelas maiores chances de contato 
efetivo entre os hospedeiros. 
 
g) Resistência dos animais: define-se como o conjunto de defesa específica e 
inespecíficas que o animal possui. A resistência natural ou inespecíficas é 
aquela em que o organismo independe do estímulo específico, e que, portanto, 
existe previamente ao contato com o agente. Essa ocorre por características 
anatômicas e fisiológicas do animal. Não depende de reações teciduais ou de 
anticorpos. Por exemplo, a galinha é refratária ao carbúnculo, e os urubus ao 
botulismo. 
A resistência específica designa a resistência do organismo contra 
determinado agente específico. Ela pode ser passiva quando resultante da 
transferência de anticorpos produzidos em outro organismo, ou ativa quando for 
elaborada pelo próprio organismo. Estes dois casos referem-se à imunidade que 
podeser ativa e passiva. 
É denominada imunidade passiva quando o organismo hospedeiro recebe 
os anticorpos já elaborados passivamente. Pode ser natural (congênita) como no 
caso do colostro, transuterino e gema de ovos, nas aves; e artificial (soroterapia) 
para os anti-soros específicos, como soro antiofídico e antitetânico. 
 28
A imunidade ativa é aquela que ocorre quando o organismo hospedeiro 
participa ativamente na formação dos anticorpos. Pode ser natural (pós-infecção), 
pelo contato com determinado antígeno e desenvolvimento de infecção ou doença 
havendo a formação de anticorpos específicos, e artificial (vacinação), pela 
utilização de vacinas, que da mesma forma eliciará imunidade, pela sensibilização 
do organismo, frente à ação antigênica. 
 
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE 
 
 O meio ambiente pode favorecer a evolução ou declínio de uma 
determinada doença na população animal. Consideram-se três fatores ou 
elementos do meio ambiente, que são, os fatores físicos, biológicos e sócio-
econômicos. Tanto o ambiente físico como o biológico, e em particular o sócio-
econômico, possuem características críticas para o desenvolvimento epidêmico de 
algumas doenças. Estes fatores encontram-se em permanente intercâmbio, de 
forma dinâmica, sendo seus efeitos sobre o agente e/ou sobre o hospedeiro, 
variáveis a cada instante. 
 Dentre os fatores físicos relevantes, do meio ambiente, e que devem ser 
considerados, estão: 
 
a) Temperatura: nas épocas frias do ano, a incidência de enfermidades do 
sistema respiratório dos animais é maior; pois a instalação, e propagação das 
doenças são facilitadas pela baixa temperatura, e pela aglomeração dos 
animais. Por outro lado, no verão, com temperatura mais alta, observa-se uma 
ocorrência maior de afecções gastroentéricas, normalmente traduzidas por 
diarréias. 
 
b) Calor e umidade: favorecem a manutenção e propagação de doenças, cujos 
agentes etiológicos necessitem de tais condições para sua proliferação e 
sobrevivência. A incidência de helmintos é maior nos animais criados em 
terrenos alagadiços, com umidade excessiva. A ocorrência de doenças 
 29
veiculadas por vetores, como a anaplasmose e babesiose, transmitidas pelos 
carrapatos é maior nas épocas quentes do ano, como na primavera e verão, 
em função das condições favoráveis ao desenvolvimento dos carrapatos. 
 
c) Topografia: a topografia do solo poderá predispor ao acúmulo de água 
estagnada tornando-o úmido, mantendo o local adequado, para o 
desenvolvimento de ovos e larvas de helmintos, ou de outros agentes 
causadores de doenças. 
 
d) Composição do solo: os solos deficientes em elementos minerais podem 
influenciar a qualidade das gramíneas ou leguminosas cultivadas nestes locais, 
tornando-as deficientes em seus elementos minerais, podendo causar nos 
animais as chamadas doenças carenciais e metabólicas, como: o raquitismo, 
osteomalácia, marasmo enzoótico, entre outras. 
 
Com relação aos fatores biológicos destacam-se: 
 
a) Artrópodes: encontrando condições adequadas para a sua multiplicação e 
desenvolvimento no meio ambiente, serão maiores as possibilidades de 
transmissão de doenças aos animais, como a babesiose, anaplasmose, e 
encefalites. 
 
b) Roedores: a existência de ambientes propícios e não higiênicos, com abrigo e 
alimentos à disposição, favorecem a proliferação de ratos, aumentando as 
possibilidades de transmissão de doenças veiculadas por estes animais, tais 
como: a leptospirose e salmonelose. 
 
c) Reservatórios: quanto maior o número de reservatórios no meio ambiente, 
maior a probabilidade de propagação de determinadas doenças, como é o 
caso da raiva rural, raiva urbana, doença de Aujeszky, sendo os principais 
reservatórios para estas doenças, o morcego, cão e suíno, respectivamente. 
 30
 
d) Animais susceptíveis: existindo um maior número de hospedeiros 
susceptíveis no local, serão maiores as chances de propagação de doenças. 
 
e) Hospedeiros intermediários: da mesma forma que para os animais 
susceptíveis, quanto maior o número de hospedeiros intermediários numa 
região, maior a possibilidade de disseminação de doenças. É o caso da 
cisticercose nos suínos, e da hidatidose nos ovinos. 
 
Os fatores sócio-econômicos do ambiente apresentam grande importância 
no estudo epidemiológico, pois mesmo usando os métodos disponíveis mais 
sofisticados, de prevenção de doenças, se as pessoas envolvidas, por exemplo, 
em determinado programa de controle, não os entendem, os métodos ou técnicas 
utilizadas estarão prejudicados. Portanto, no controle e prevenção de doenças, a 
educação sanitária, é um fator importante a ser considerado. O grau de 
participação da comunidade nas campanhas sanitárias é fator decisivo no êxito 
das mesmas. 
Na implantação de um programa de saúde animal, é importante que se 
considere: 
- O nível cultural e econômico do criador ou da comunidade. 
- As condições higiênico-sanitárias da propriedade. 
- O tamanho e distribuição das propriedades. 
- O manejo e tipo de sistema de produção. 
- O nível de tecnificação agropecuária. 
 
COMPONENTES DA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Fontes de infecção: Pode-se considerar como fonte de infecção os animais 
vertebrados nos quais o agente etiológico se aloja, sobrevive e se multiplica, 
sendo posteriormente, eliminado para o meio ambiente, transmitindo-o para outro 
 31
hospedeiro. Existem dois elementos fundamentais, que funcionam como fontes de 
infecção: os animais doentes e portadores. 
 
1. Doentes: são os animais que apresentam sintomas de alguma 
doença, atribuídos aos efeitos do agente etiológico que albergam em seu 
organismo. Podem ser, doentes típicos, aqueles que apresentam os sintomas 
característicos da doença, conhecido ainda por sintoma patognomônico, sendo 
assim, facilmente reconhecidos. Os doentes atípicos são os animais que 
apresentam sintomatologia diferente daquela que realmente caracteriza a doença, 
dificultam o diagnóstico, podendo postergar a adoção de medidas de controle. 
 
2. Animais portadores: são os animais que não apresentam sintomas 
da doença, mas albergam, e eliminam o agente etiológico no ambiente. São 
conhecidos: o portador sadio, que são os animais de maior importância 
epidemiológica, pois além de serem de difícil diagnóstico, circulam livremente pelo 
rebanho; o portador em incubação, que não apresentam sintomas, mas já 
eliminam o agente etiológico no ambiente. Estes apresentarão os sintomas após o 
final do período de incubação, o que caracteriza o período de estado da doença. O 
tempo de incubação será maior ou menor, dependendo da doença. Na raiva, por 
exemplo, o cão, pode eliminar o vírus pela saliva de 5 a 13 dias antes do 
aparecimento dos sintomas (NILSSON, 1969, 1970, FEDAKU et al., 1982). Os 
portadores convalescentes são animais que já apresentaram sintomas, com 
cura clínica, entretanto, podem ainda eliminar o agente etiológico. Isto ocorre, por 
exemplo, na leptospirose e salmonelose. 
 
Vias de eliminação: é o conjunto de vias no animal, pelas quais, o agente 
etiológico é eliminado para o meio ambiente. Este pode ser eliminado por 
diferentes vias, entretanto, de acordo com a doença, uma delas poderá ser a mais 
importante. Um agente que produza lesões entéricas terá geralmente, as fezes 
como a via mais importante de eliminação do agente. Em caso de doença, que 
produza lesões no sistema respiratório, as excreções oro-nasais, serão as 
 32
principais vias de eliminação. Este fenômeno de especificidade de eliminação é de 
grande importância no estudo epidemiológico, na medida em que fornece 
indicação, dos mecanismos de transmissão da doença. 
A seguir, exemplo de algumas doençascom as principais vias de 
eliminação de seus agentes. Na tuberculose, garrotilho, raiva e febre aftosa são as 
secreções oro-nasais; na brucelose, as descargas vaginais e placenta; na 
leptospirose, principalmente a urina; nas micoses, sarnas e ectima contagioso, as 
descamações cutâneas; nas verminoses, coccidiose, salmonelose e colibacilose, 
as fezes; nas mastites, o leite; na anemia infecciosa eqüina e leucose, o sangue. 
 
Vias de transmissão: são os mecanismos pelos quais a doença chega da fonte 
de infecção ao susceptível. Esta pode ocorrer sob forma vertical, de geração a 
geração, sendo considerada ainda como congênita, e sob a forma horizontal, que 
ocorre de animal a animal, pelo contato direto ou indireto por meio de insetos, 
fômites, entre outros. Pode-se dizer ainda que a transmissão ocorre pelo contágio, 
transmissão aerógena, pelo solo, água, alimentos, vetores, fômites, e por veículos 
animados. 
Diz-se que a transmissão é direta quando ocorre o contato entre a fonte de 
infecção e o animal susceptível, sem a interferência de veículos. Esta pode ser 
direta imediata, quando há o contato físico entre a fonte de infecção, e o animal. 
É o caso da mordedura, ou o ato de lamber, na raiva, e a cópula, na tricomonose e 
brucelose. Pode ser ainda direta mediata, quando não há o contato físico, entre a 
fonte de infecção e o animal, e como exemplo, estão as doenças respiratórias, 
transmitidas pelos aerossóis. 
É considerada indireta quando a transferência do agente se dá por meio de 
veículos, ocorrendo intervalos maiores, entre a eliminação, e penetração do 
agente. A água é o principal veículo de transmissão de agentes infecciosos 
causadores de doenças entéricas. Os alimentos e a água, quando contaminados, 
constituem-se em importantes veículos de transmissão de doenças. O solo pode 
veicular agente infeccioso como no caso do tétano, botulismo e verminoses. É 
indireta ainda quando há a participação de vetores e fômites. 
 33
 
Portas de entrada: são consideradas como as vias, pelas quais o agente 
infeccioso, consegue penetrar no organismo animal. As principais portas de 
entrada, são: a via respiratória, digestiva, conjuntival, galactófora, onfaloflébica, 
cutânea e genito-urinária. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BIER, O., MOTA, I., DA SILVA, W.D., VAZ, N.M. Imunologia básica e aplicada. 3a. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982. 465p. 
 
CAMPBELL, J.M., SCAPING, J.G., ROBERTS, R.S. The concept of disease. Brit. 
med. J., v.2, p.757-62, 1979. 
 
CORREA, W.M., CORREA, C.N.M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos 
domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1992. 843p. 
 
CÔRTÊS, J.A. Epidemiologia: Conceitos e princípios fundamentais. São Paulo: 
Varela, 1993. 227p. 
 
DIAS, J.C.A. Epidemiologia geral. In: GUERREIRO, M.G. et al. Bacteriologia 
especial: com interesse em saúde animal e saúde pública. Porto Alegre: Sulina, 
cap. 7, p.102-116, 1984. 492p. 
 
FORATTINI, O.P. Epidemiologia geral. São Paulo: Artes Médicas, 1980, 259p. 
 
FORATTINI, O.P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. São Paulo: Artes Médicas, 
Editora da Universidade de São Paulo-EDUSP, 1992. 529p. 
 
HALLIWELL, R.E.W., GORMAN, N.T. Veterinary clinical immunology.1a ed. 
Philadelphia. W. B. Saunders Company, 1989. 548p. 
 34
 
LESER, W., BARBOSA, V., BARUZZI, R., RIBEIRO M., FRANCO, L. Elementos 
de epidemiologia geral. Rio de Janeiro: Atheneu, Cap. 7, p.102-116, 1985. 178p. 
 
MARTINS, F.A. Aspectos epidemiológicos do combate à febre aftosa. Ministério 
da Agricultura, 1975, 68p. 
 
ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia e saúde. 3a ed., Rio de Janeiro: MEDSI, 
1994. 492p. 
 
SCHWABE, C.W. Veterinary medicine and human health. Baltimore: William & 
Wilkins C., 1969.

Outros materiais