Buscar

AD1 Hist Antiga

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ
PRIMEIRA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA - 2016.2
DISCIPLINA: HISTÓRIA ANTIGA
	Nome: JULIO CESAR DE ALMEIDA DUARTE
	Matrícula: 16116090109
	Pólo: DUQUE DE CAXIAS
	
A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR HISTÓRIA ANTIGA NO BRASIL
		O estudo da História Antiga é uma volta às origens da humanidade. É uma maneira de, através do estudo das civilizações do passado, das suas culturas, da estrutura social e política, ter uma interpretação de quem somos hoje, do que nos tornamos e, mais importante, no que podemos vir a ser, enquanto indivíduos e membros da família global.
		Estudar e pesquisar a história de civilizações de tempos tão remotos, quanto àquelas que ocuparam a Mesopotâmia há 3.000 anos antes da era Cristã (3.000 a.C.), ou seja, há 5.000 anos atrás, pode parecer utópico. Doutores em história, como a Dra. Renata S. Garraffoni e o Dr. Pedro Paulo Funari1GARRAFFONI, R. S. ; FUNARI, P. P. A. ; FUNARI, P. P. A. ; Pinto, R. . O estudo da antiguidade no Brasil: as contribuições teóricas recentes. In: Pedro Paulo Abreu Funari; Richard Hingley; Renata Senna Garraffoni; Renato Pinto. (Org.). O imperialismo romano. 1ed.São Paulo: Annablume, 2010, v. 1, p. 9-25. (Disponivel em: https://scholar.google.com.br/citations?view_op=view_citation&hl=pt-BR&user=gJk-TAcAAAAJ&citft=1&citft=2&email_for_op=julioduarte.jd%40gmail.com&citation_for_view=gJk-TAcAAAAJ:4JMBOYKVnBMC. Acesso em 09/08/2016)
, da UNICAMP, afirmam que estudar história antiga pode parecer algo bem exótico, levando-nos a refletir sobre a forma como é realizado o estudo historiográfico das civilizações da Antiguidade Clássica e, também, como estes estudos se desenvolveram nas academias brasileiras. 
	Não podemos limitar a pesquisa do passado apenas ao que foi escrito. A escola dos Annales incorporou às pesquisas dos historiadores contribuições de outras disciplinas, tais como a Antropologia, a Geografia, e a Filosofia. Com a multidisciplinaridade nossa compreensão do passado se amplia com as descobertas da Arqueologia, e com as técnicas de datação por Carbono 14, oferecendo maior precisão aos fatos históricos. Com a tendência de as ciências interagirem cada vez mais, podemos afirmar que não será possível produzir história sem o auxílio de outras disciplinas. A Dra. Semíramis Corsi Silva em seu artigo ASPECTOS DO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA NO BRASIL: ALGUMAS OBSERVAÇÕES, ressalta as contribuições de outras disciplinas no estudo da antiguidade, citando o Prof. Dr. Pedro Paulo Funari, da UNICAMP, que utiliza as contribuições da arquelogia histórica e o estudo sobre política no século IV, aliado ao estudo da retórica, do discurso e da linguagem, da Profa. Dra. Margarida Maria de Carvalho, da UNESP, em Franca, São Paulo.
	Durante a ditadura militar, no Brasil, o estudo da História Antiga era superficial, eram poucos os especialistas nessa área do conhecimento, e os estudos historiográficos adotavam a corrente positivista, privilegiando a cronologia dos fatos históricos, sem nenhuma análise crítica. Após 1980, com a abertura política em nosso país, as produções tenderam para o materialismo histórico de Karl Marx, sendo, posteriormente, substituído pela abordagem weberiana. 
	Cita-se as tendências historiográficas, marxista e weberiana, para mostrar que, após 1980, muito se discutiu a respeito da história antiga em nosso país: Quais eram as dificuldades e quais seriam as soluções, para a produção do conhecimento sobre história antiga no Brasil? Tais questionamentos levaram a organização de sociedades de estudo, como a Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos – SBEC2SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos – http://www.classica.org.br.
, fundada em 13 de julho de 1985, com objetivo de reunir pessoas, do país e do exterior, interessadas em estudar a Antiguidade Clássica. Com isso a produção de teses, mestrados e livros aumentou quantitativa e qualitativamente, bem como o número de especialistas, mestres e doutores nesse campo do conhecimento, elevando o estudo e a pesquisa, no Brasil, a nível internacional. 
	Piletti3PILETTI, Claudino. História da Educação: de Confúcio a Paulo Freire / Claudino Piletti e Nelson Piletti. – 1.ed., 2ͣ  reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2014
 (2014, p. 14) afirma que Grécia e Roma são consideradas o berço da cultura ocidental – a primeira, notadamente por ter dado origem à filosofia e à democracia e a segunda por suas importantes contribuições às ciências jurídicas. A história da antiguidade, mesmo que em um tempo e espaço longínquos, faz parte da nossa história presente, somos herdeiros das tradições, das culturas e da religiosidade dessas civilizações, que ao longo dos milênios se transformaram na mesma medida em que o homem transformava a si mesmo e a sociedade em que vivia. 
	Estudar o passado nos ajuda a entender quem somos e as nossas relações sociais, no presente. Cláudia Beltrão4BELTRÃO, Claudia; DAVIDSON, Jorge. História Antiga. Vol. 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009. 276 p.; ISBN: 978-85-7648-591-9
 (História Antiga. Vol. 1, 2009, p.13) afirma que: 
O mundo antigo está ao nosso redor, mesmo que não tenhamos consciência disso. Constitui a base da nossa cultura, e o seu aprendizado é uma base muito rica para a compreensão das principais questões modernas e para a compreensão de nós mesmos.
	Pelo estudo do passado, buscamos respostas para questões que nos são intrínsecas: De onde Viemos? Quem somos? Para onde iremos? Que podem ser respondidas pelo estudo da História Antiga. Somos o resultado dos erros e acertos de nossos antepassados; somos a miscigenação de diversas culturas, em períodos históricos diferentes: babilônica, egípcia, greco-romana, tupi-guarani, nagô e bantu, para citar algumas. Somos uma sociedade virtualmente conectada, globalizada, caminhando para um futuro sem barreiras, sem fronteiras, buscando, sempre, pelo novo. Mas só podemos entender o que buscamos (no presente), e como fazer para alcançá-lo (no futuro), se refletirmos e compreendermos o passado.
REFERÊNCIAS
	BELTRÃO, Claudia; DAVIDSON, Jorge. História Antiga. Vol. 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009. 276 p.; ISBN: 978-85-7648-591-9.
	GARRAFFONI, R. S.; FUNARI, P. P. A.; PINTO, Renato. O estudo da antiguidade no Brasil: as contribuições teóricas recentes. In: Pedro Paulo Abreu Funari; Richard Hingley; Renata Senna Garraffoni; Renato Pinto. (Org.). O imperialismo romano. 1ed.São Paulo: Annablume, 2010, v. 1, p. 9-25. Disponível em: https://scholar.google.com.br/citations?view_op=view_citation&hl=pt-BR&user=gJk-%20TAcAAAAJ&citft=1&citft=2&email_for_op=julioduarte.jd%40gmail.com&citation_for_view=gJk-TAcAAAAJ:4JMBOYKVnBMC (Acesso em 09/08/2016);
	GUARINELLO, Norberto Luiz. UMA MORFOLOGIA DA HISTÓRIA: As formas da História Antiga. Politeia: História e Sociedade, Vol. 3, No 1 (2003). Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/politeia/article/view/167. (Acesso em 11/08/2016).
	HARTOG, Fançois. REGIMES DE HISTORICIDADE: PRESENTISMO E EXPERIÊNCIAS DO TEMPO. Tradução de Andrea S. de Menezes, Bruna Beffart, Camila R. Moraes, Maria Cristina de A Silva e Maria Helena Martins. Resenha de João Paulo Pimenta. Belo Horizonte. Autentica, 2014. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-83092015000100399. (Acesso em 10/08/2016).
	HARTOG, François. Regime de Historicidade [Time, History and the writing of History: the Order of Time. Disponível em: https://pos.historia.ufg.br/up/113/o/Fran%C3%A7ois_Hartog_-_Regime_de_Historicidade_(1).pdf. (Acesso em 10/072016).
	PILETTI, Claudino. História da Educação: de Confúcio a Paulo Freire / Claudino Piletti e Nelson Piletti. – 1.ed., 2ͣ  reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2014.
	SILVA, Semíramis Corsi. ASPECTOS DO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA NO BRASIL: ALGUMAS OBSERVAÇÕES. Alétheia: Revista de estudos sobre Antigüidade e Medievo, Volume 1, Janeiro a Julho
de 2010. ISSN: 1983–2087. Disponível em http://revistaale.dominiotemporario.com/doc/SILVA,_Semiramis_Corsi.pdf. (Acesso em 10/08/206).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais