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ENGENHARIA CIVIL CURSO DE CONCRETO ARMADO I FLEXÃO SIMPLES E VIGAS T BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, José Milton; “Curso de concreto armado”, Volumes 1 e 2 Rio Grande do Sul, Editora DUNAS, 2ª Edição, 2003. Notas de Aulas Prof. Flávio S. Silva Durabilidade das estruturas de concreto Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição As exigências relativas à durabilidade destinam-se a garantir a conservação das características das estruturas ao longo de toda a sua vida útil. Durante este período não devem ser necessárias medidas extras de manutenção ou reparo das estruturas. Geralmente, as normas de projeto estabelecem um período de vida útil de 50 anos. Durabilidade das estruturas de concreto Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição Durabilidade das estruturas de concreto Propriedades do concreto em função da agressividade do ambiente Cobrimento nominal (cm) das armaduras para concreto armado Durabilidade das estruturas de concreto Limites de fissuração para peças de edifícios usuais Desde que não ultrapasse valores da ordem de 0,3 a 0,4 mm, as fissuras não tem importância significativa na evolução da corrosão das armaduras para estruturas de concreto armado. Podem ser adotados limites para a abertura das fissuras, em função da classe de agressividade ambiental: •Classe de agressividade I – abertura máxima de 0,4mm; •Classe de agressividade II – abertura máxima de 0,3mm; •Classe de agressividade III – abertura máxima de 0,2mm Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Além dos aspectos econômicos e estéticos, uma estrutura de concreto armado deve ser projetada para atender aos seguintes requisitos de qualidade: 1. Segurança – Suportar as ações que lhe são impostas durante sua vida útil; 2. Bom desempenho em serviço – as deformações das estruturas e o grau de fissuração devem ser suficientemente pequenos para não afetar seu uso; 3. Durabilidade – As estruturas devem se manter em bom estado de conservação sob influencias ambientais previstas, sem necessidade de reparos de alto custo ao longo de sua vida útil. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Estados limite: 1. Estados limite últimos (ou de ruína) – São os relacionados ao colapso, ou qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. deve-se verificar as estruturas de concreto armado em relação: • Ruptura ou deformação plástica; • Instabilidade do equilíbrio; • Perda de equilíbrio da estrutura; • Transformação da estrutura em um sistema hipostático. • custo de manutenção ao longo de sua vida útil. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Estados limite: 2. Estados limite de utilização (ou de serviço) – Correspondem aos estados em que a utilização da estrutura torna-se prejudicada por apresentar deformações excessivas (incluindo vibrações) ou por um nível de fissuração que comprometa a sua durabilidade. No projeto de estruturas usuais de concreto armado são considerados o estado limite de deformações e o estado limite de abertura de fissuras. Observa-se que o requisito de segurança das estruturas está relacionado com os estados limites últimos, enquanto a durabilidade, a aparência e o conforto estão ligados aos estados limites de utilização. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Procedimentos da NBR-6118: 1. Em seções parcialmente comprimidas, a deformação da borda comprimida ocorre quando atinge o valor 3,5‰; 2. Em seções totalmente comprimidas, a deformação da fibra situada a 3h/7 da borda mais comprimida atinge o valor de 2‰. Estes valores limites de deformação correspondem aos valores médios das deformações e0 e eu . 3. A deformação máxima de tração das armaduras é igual a 10‰, evitando-se deformações plásticas excessivas e incompatíveis com o conjunto concreto armado. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Situações de ruptura de uma seção de concreto armado submetida à flexão simples: Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Ações nas estruturas – usualmente, as forças e as deformações são impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações. Porém, de acordo com a NBR-8681, as forças são as designadas ações diretas e as deformações impostas por ações indiretas. Em função da variabilidade com o tempo, as ações são classificadas em: Ações Permanentes – aquelas que ocorrem com valor constante ou de pequena variação durante a vida útil da construção. • Diretas – peso próprio, alvenarias, revestimentos, peso de equipamentos fixos, empuxos de solos, etc. • Indiretas – recalques de apoio, retração e fluência do concreto, protensão, e imperfeições geométricas de pilares. Ações Variáveis – São as que ocorrem com valores que sofrem significativas variações durante a vida útil da construção. Considera-se as ações variáveis normais as que ocorrem nas estruturas como o peso de pessoas, móveis, veículos, forças de frenagem, impacto, centrífugas, efeitos do vento, variações de temperatura, etc As ações variáveis especiais tem-se as ações sísmicas ou algumas cargas acidentais de natureza ou intensidade especiais. Ações Excepcionais – são aquelas que têm uma duração muito curta e uma probabilidade de ocorrência muito pequena durante a vida da construção (explosões, choques de veículos, incendios, enchentes e sismos excepcionais. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Ações de Cálculo e combinações de ações As ações de cálculo Fd são obtidas multiplicando-se os seus valores característicos pelos coeficientes de segurança gf que para identificar o tipo de ação considerada será representado: gg – coeficiente de segurança para ações permanentes; gq – coeficiente de segurança para ações variáveis diretas; ge – coeficiente de segurança para deformações; Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente sobre a estrutura durante um determinado período. Em cada combinação consideram-se os valores integrais das ações permanentes e os valores reduzidos da combinação das ações variáveis e excepcionais. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado a) Carregamento normal Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado b) Carregamento especial e de construção c) Carregamento excepcional Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Recomendações da NBR-6118 Os coeficientes de segurança gg , majoram as ações permanentes quando elas são desfavoráveis para a estrutura. Em caso contrário, eles são tomados gg = 1. A tabela abaixo apresenta os valores de gg recomendados pela NBR- 6118 para as ações permanentes de um modo geral. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Recomendações da NBR-6118 Os coeficientes de segurança ge a serem aplicados às ações permanentes indiretas (recalques de apoio e retração) são indicados na tabela abaixo. Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Recomendações da NBR-6118 A tabela abaixo apresenta os valores dos coeficientes de segurança gq que majoram os valores das ações variáveis que provocam efeitos desfavoráveis para a segurança da estrutura. Quando a ação provoca um efeito favorável na estrutura, ela não é considerada na combinação de ações. Fundamentosde segurança das estruturas de concreto armado Recomendações da NBR-6118 No caso dos edifícios residenciais, de escritório se casas comerciais não destinadas a depósitos, permite-se reduzir os efeitos das cargas acidentais nos pilares e nas fundações, para levar em conta a pequena probabilidade de todos os andares estarem totalmente carregados ao mesmo tempo. Isto pode ser feito conforme abaixo: Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Recomendações da NBR-6118 De forma geral, para a chamada subestrutura contraventada, pode- se considerar apenas as cargas permanentes e a carga acidental. Nestes casos a ação normal de cálculo é dada por: Para situações normais, os coeficientes de segurança são gg = 1,4 e gq = 1,4 , assim, quando os cálculos forem feitos para o carregamento total (sem separação das cargas permanentes das acidentais, como é usual), a ação de cálculo é dada por: Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Fundamentos de segurança das estruturas de concreto armado Simplificando o trabalho, trabalharemos com o diagrama retangular de tensões no concreto conforme indicado abaixo: Notação: b= Largura da seção; h= Altura da seção; d= Altura útil; As=Área da seção da armadura tracionada. Podemos admitir que a tensão no concreto é igual a σcd desde a borda comprimida até uma distancia 0,8x, onde x é a profundidade da linha neutra. •Para seções retangulares com largura constante temos σcd = 0,85 fcd •Para os casos contrários temos σcd = 0,8 fcd Definimos o adimensional ξlim Onde Xlim = ξlim . d Xlim = ξlim . d Dimensionamento de seção retangular com armadura dupla Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples As resistências de cálculo dos materiais (aço e concreto) são obtidas dividindo-se as resistências características por um coeficiente de segurança. Assim obtém-se: Resistência de cálculo à compressão para o concreto: Resistência de cálculo à tração para o aço: Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Roteiro para o dimensionamento de seções retangulares Dados do problema: a)Dimensões da seção retangular: b , h , d , d’ b)Propriedade dos materiais: fck , fyk c)Momento fletor de serviço: Mk (valor característico) Os valores requeridos são as áreas de aço As e A’s. Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Cálculo das resistências de cálculo dos materiais e do momento de cálculo: Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Cálculo do Momento solicitante reduzido (μ) e comparação com o Momento Reduzido (μlim): Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Cálculo do adimensional (ξ ) e das seções de armadura (As e A’s ) Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Exemplo de dimensionamento - 1 Dados do problema: a) Dimensões: b=15cm , h=40cm , d=36cm , d’=4cm b) Propriedade dos materiais: fck=20MPa , fyk = 500MPa c) Momento fletor de serviço: Mk = 30kNm Calcular os valores requeridos das áreas de aço As e A’s. Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Exemplos de dimensionamento 2 Dados do problema: a) Dimensões: b=15cm , h=40cm , d=36cm , d’=4cm b) Propriedade dos materiais: fck=20MPa , fyk = 500MPa c) Momento fletor de serviço: Mk = 70kNm Calcular os valores requeridos das áreas de aço As e A’s. Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Pk = 35kN/m Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Tabelas para dimensionamento de seções retangulares Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Cálculo da armadura mínima Dimensionamento de seções retangulares à flexão normal simples Você é um engenheiro que está calculando uma estrutura e chegou ao resultado do diagrama de momentos fletores abaixo. Defina os materiais a serem utilizados (concreto e aço), as dimensões das seções da estrutura (largura e altura dos vãos da viga) e calcule as áreas de aço necessárias para os três principais pontos notáveis do diagrama. Dimensionamento de seções “T” à flexão normal simples Dimensionamento de seções “T” à flexão normal simples Determinação do momento limite Dimensionamento de seções “T” à flexão normal simples Determinação do momento limite Dimensionamento de seções “T” Determinação do momento limite Dimensionamento de seções “T” Determinação do momento limite Dimensionamento de seções “T” Determinação do momento limite Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Roteiro de cálculo Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Dimensionamento da Armadura Dimensionamento de seções “T” Exemplos de dimensionamento Dimensionamento de seções “T” Exemplos de dimensionamento Dimensionamento de seções “T” Exemplos de dimensionamento Dimensionamento de seções “T” Exemplos de dimensionamento
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