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RESPOSTAS G2

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RESPOSTAS G2 – ANTROPOLOGIA
1)	Antes de responder tal questão, é preciso entender que isso é um movimento conhecido como “transformar o familiar em exótico”, ou seja, consiste em ter um “estranhamento” diante de algo do nosso cotidiano e transformá-lo em “desconhecido” para estudar. Quando isso acontece, o etnólogo se vê um tanto “desorientado”, visto que está pronto academicamente para analisar o outro e não a própria sociedade.
	O principal limite deste “auto-exorcismo”, como diz Roberto DaMatta, talvez seja a questão emocional, pois ao estudar a própria sociedade é difícil, diria quase impossível, abrir mão de seu repertório cultural transmitido por ela. Além disso, tem a questão do medo de cometer erros e precisar corrigir publicações, visto que os integrantes da sociedade do etnólogo podem contestar os dados presentes no resultado final da pesquisa.
	Uma possibilidade interessante no estudo da própria sociedade está na facilidade de não precisar de um informante nativo, visto que o etnólogo já é um nativo. Dessa maneira, o etnólogo não precisa “comprar” a lealdade de um informante e muito menos ter que se adaptar aos costumes locais. Ora... Nesse caso, os costumes locais são seus costumes também.
4)	A principal vantagem da interpretação relativista sobre as outras residiria em evitar a arbitrariedade "universalista", cultivando o entendimento de cada cultura na sua particularidade, sua estrutura própria. Resumindo: não é necessário abrir mão de todo seu repertório cultural para entender o repertório do outro. Pelo contrário, a análise antropológica depende de um ponto de referência, que no caso seria o repertório cultural do estudioso. Geertz fala que não podemos ter um etnocentrismo, considerando nossa cultura como a correta. Exemplo: quando os antropólogos ocidentais vão analisar de perto o povo chinês não podem criticar e rotular de bárbaro só porque comem cachorro. É preciso entender por qual motivo eles fazem aquilo, mesmo que para o Ocidente cachorro seja membro da família.
5)	A expressão “mundo de etnografia generalizada” significa que no mundo de hoje com a globalização, qualquer um pode interpretar o outro e a si mesmo. No entanto, essa interpretação deve ser feita através da reflexão, levando em consideração aspectos históricos. A autoridade etnográfica é importante, pois o estudioso está munido de todo os conceitos acadêmicos para realizar as devidas análises etnográficas. Dessa forma, o resultado final de suas pesquisas passa a ter validade, já que foi um especialista, um profissional capacitado e imparcial que fez as observações descritas no relatório.

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