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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Cacilda de Souza
Jussimara Moreira
Leonardo Cruz
Marcus Vinícius Frenzel
Tairine de Goes Soledade Silva
		Joao Hugo Santana de Jesus
POR QUE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME?
Salvador
 2016
			
Cacilda de Souza
Jussimara Moreira
Leonardo Cruz
Marcus Vinícius Frenzel
Tairine de Goes Soledade Silva
	Joao Hugo Santana de Jesus	
POR QUE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME?
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Direito da Universidade Católica do Salvador, como requisito parcial para avaliação da disciplina EAD- Iniciação ao pensar. 
 Orientador (a): Jurandí Dantas de Souza
Salvador
 2016
			
POR QUE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME?
RESUMO
Este artigo propõe o esclarecimento sobre a relação do homem e a aversão a determinados ritos religiosos, assim como o direito de não ter religião, como a influência sobre a sociedade de práticas intolerantes, partindo de um olhar jurídico de direitos e garantias fundamentais no Brasil.
Palavras-chave: intolerância religiosa. Tolerância. Liberdade de expressão
ABSTRACT
This article proposes the clarification of the relationship between man and aversion to certain religious rites , as well as the right to have no religion , the influence on society of intolerant practices , from a legal look of rights and guarantees in Brazil.
Keywords: religious, intolerance, tolerance, freedom of utterance
SUMÁRIO 
Introdução .........................................................................................................4
2. Fundamentações sobre a Intolerância religiosa
 
 2.1 A intolerância religiosa sob a ótica de Jonh Locke e Voltarie .......................4
Intolerância religiosa x Liberdade de expressão ...........................................6
 2.3Crimes contra o Sentimento Religioso ...........................................................7
 3. Considerações finais...............................................................................................8
4. Referências ..........................................................................................................4
1.Introdução
A intolerância religiosa consiste no conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.
Apesar da grande evolução social nos últimos séculos, é perceptível a ocorrência na sociedade de tratamento diferenciado às pessoas em função da crença ou religião, nos diversos setores que estão inseridos.
O crime de intolerância religiosa e perseguição tem elevadas causas na justiça, devido a sua extrema gravidade, caracterizada pelas agressões verbais de caráter ofensivo aos grupos, aos elementos, rituais e hábitos da religião; desmoralização de símbolos religiosos, destruição de imagens, roupas e objetos ritualísticos e violência física.
Como o presente trabalho tem por objetivo compreender através de estudos “Porque a Intolerância Religiosa é crime¨. Reunimos artigos de autores que trabalham com esta temática.
2. Fundamentações sobre a Intolerância religiosa
2.1 A intolerância religiosa sob a ótica de Jonh Locke e Voltarie
A prática da intolerância religiosa em um estado laico como o Brasil, pode ser considerada um crime por ferir os direitos garantidos na nossa Constituição acerca da liberdade de expressão. Seria interessante pensar sobre o termo “tolerância” e as suas repercussões dentro da liberdade de expressão e como ele resguarda a dignidade da pessoa humana, juntamente com a ética proposta no molde do comportamento correto do indivíduo para a convivência legal dentro de uma determinada sociedade.
A palavra tolerância em seu âmago remete ao ato de aceitar, suportar algo que o indivíduo não queira ou simplesmente não possa impedir de existir. Encaixando essa palavra em uma sociedade plural que indivíduos coexistem nas suas mais diversas singularidades, temos em contraposto, modelos constitucionais que resguardam direitos escritos para todos, mas foram imputados por sociedades europeias de maioria católico-evangélica. Nesse preposto, a situação da intolerância religiosa é discutida pelo pensador iluminista, John Locke, onde o mesmo trata o tema como uma busca de poder e eterna submissão daquela religião ou seita ao catolicismo territorialista, não objetivando uma busca da palavra de Cristo ou iluminação dos seus praticantes, revelando assim, uma eterna luta de homens na sua demasiada busca de poder e domínios. 
Locke também se posiciona a favor da tolerância, acreditando que essa seria a melhor forma do homem alcançar novos horizontes. A emancipação e evolução do homem seriam pautadas na liberdade individual, ideia iluminista trazida pelo mesmo pensador e contida dentro dos Evangelhos, no entanto, passada despercebida dos eclesiásticos. Em um trecho da Carta acerca da Tolerância verificamos exatamente esse mesmo pensamento do autor:
“A tolerância para os defensores de opiniões opostas acerca de temas religiosos está tão de acordo com o Evangelho, e com a razão, que parece monstruoso que os homens sejam cegos diante de uma luz tão clara (...)” (LOCKE, 1983, p.4)
O filósofo e escritor Voltarie, trata da intolerância religiosa como uma situação voltada ao obscurantismo, apesar de ser um ícone iluminista e tal período ter contribuído para o desenvolvimento da humanidade. E, assim como Jonh Locke, defende a tolerância em suas obras “Tratado sobre a Tolerância (1762),“Cartas Inglesas ou Cartas filosóficas” (1734), “O Túmulo do Fanatismo”(1736), “Dicionário Filosófico” (1752) e “O Filósofo ignorante”(1766).
Voltarie entende que a busca do poder, imposição da religião como dominante, além das superstições e preconceitos são os fundamentos para a intolerância religiosa. Logo, o mesmo acredita na inexistência de uma religião com verdades absolutas, ou seja, possui apenas verdades relativas. E tem a paz e a tolerância como as alternativas para o respeito à diversidade de crenças e religiões.
 “Se entre nós houver duas religiões, hão de cortar-se o pescoço; se houver trinta, viverão em paz” (VOLTARIE, 1978, p.291)
A indignação com as situações geradas pela intolerância, motivaram Voltarie, lutar contra o fanatismo, a intolerância e as atrocidades em nome da fé.A intolerância religiosa é uma problemática de caráter mundial, que impulsiona os homens a manterem guerras civis durante séculos impulsionadas pela “fé” durante séculos, ou seja, nota-se que se sobressaem os costumes.
Atualmente, comunidades como sunitas e xiitas onde os costumes prevalecem, mantendo muitas das vezes uma crença exagerada, uma adesão a uma doutrina, de tal modo que identifica sua crença com a verdade absoluta e detentora da verdade. Além de considerar inimigos, todos aqueles que não compartilham da mesma fé.
No decorrer dos tempos, a fé perdeu o seu real significado e foi corrompida pelo homem, tornando- a instrumento de rivalidade entre povos. Entretanto, a fé em seu real significado torna o homem um sujeito melhor e mais tolerante. 
A fé é algo universal, independente da crença e da cultura, o homem busca respostas em algo que está além da sociedade, além das regras impostas pelo cotidiano e muitas vezes, além da medicina e da ciência.
De acordo com a Bíblia Sagrada Cristã (1997) no livro do novo testamento carta aos Hebreus capítulo 11 e versículo 1º, o autor aborda a fé da seguinte maneira: 
“Ora, a fé é firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não se veem”.
2.2 Intolerância religiosa x Liberdade de expressão
 O Papa Francisco pontífice disse que tanto a liberdade de expressão como a liberdade religiosa "são direitos humanos fundamentais". 
"Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta liberdade,mas sem ofender". (Papa Francisco)
 Sobre a liberdade religiosa, destacou que "cada um tem o direito de praticar sua religião, mas sem ofender" e considerou uma "aberração" matar em nome de Deus. "Não se pode ofender, ou fazer guerra, ou assassinar em nome da própria religião ou em nome de Deus",
A liberdade de expressão e culto estão presentes na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 Mas, a crítica a religião não é igual a intolerância religiosa. Portanto, é assegurado as críticas aos dogmas e a religiões, pois são direitos garantidos pela liberdade de expressão. Entretanto, tais críticas não podem ser feitas com desrespeito e ódio ao grupo criticado.
A liberdade de expressão consiste no direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos sem medo de retaliação ou censura por parte do governo.
O Brasil é um país laico e que possui um sistema de governo democrático. Logo, a prática de crítica a religiões de forma tolerante permite um debate e exercício efetivo da democracia.
2.3 Crimes contra o Sentimento Religioso
Estabelece o Código Penal Brasileiro (CPB) em seu artigo 208:
Art. 208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena — detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada em um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.
É evidente neste artigo penal, três infrações pertinentes que ressalvam o crime acima descrito, na intenção de titularizar o que é descrito no art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal a qual dispõe que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”.
Nesse sentido, podemos refletir acerca do direito de personalidade de cada ser humano, não podendo ser transmitido ou renunciado. Esse direito, civilmente assegurado, possivelmente passível de reclamação em caso de danos morais ao indivíduo lesado, tenha sofrido qualquer ameaça à sua crença ou sofrido lesão física publicamente. O direito à liberdade de religião se encaixa perfeitamente nessa penalidade acima.
Em uma pesquisa evidenciada no texto de HENRIQUES (2009), fica evidente a crescente discussão sobre os crimes que dizem respeito à intolerância religiosa. Antigamente esses casos não eram nem discutidos na jurisprudência, mas até o referido ano do artigo, teríamos mais ou menos um número de 1.100 julgamentos. 
O Brasil como um Estado laico, preza uma boa convivência entre as religiões dentro do seu território, além de ter uma separação bem formalizada do Estado com a estrutura católica. Essa separação ocorreu imputação da Constituição de 1891, como descrita por MOREIRA (2015) em seu artigo, a partir desse ponto em nossa história, ocorreram inúmeras inovações tanto no âmbito jurídico, como na sociedade, forçando as revisões sobre esse aspecto e modificações no entendimento e estrutura do Estado laico.
3. Considerações finais
Desde o início dos tempos, o ser humano já tinha uma crença em seres infinitos e onipotentes. Os desenhos rupestres, feitos em cavernas por homens primitivos no início das eras foram achados por arqueólogos, evidenciando claramente esse valor intrínseco à nossa humanidade. Uma busca incansável pelas perguntas acerca das questões terrenas, ainda não solucionadas pela ciência, sempre apareceram e atormentam até hoje a mente do indivíduo ávido pelo saber.
Seria exatamente essa crença em algo divino, diferente de qualquer coisa explicável cientificamente, que acalenta a alma do ser humano e o faça relacionar-se melhor consigo mesmo, além de uma compreensão melhor do seu ambiente. A liberdade que possuímos de escolher uma crença que melhor se adapte aos nossos valores estaria completamente ligada aos direitos aos princípios fundamentais da dignidade humana, necessária para um bom convívio dos seres humanos em uma sociedade tão plural e diversificada como a nossa. 
A partir do estudo bibliográfico feito na redação desse tema podemos analisar que ainda muito precisa ser melhorado para uma possível compreensão dessa tolerância, mas que acreditamos em medidas que já estão em vigor para desenvolver juridicamente e humanamente questões relacionadas, como: aumento da discussão de casos específicos ou análogos na jurisprudência brasileira e mundial, questionamentos da população e indignação do cidadão sobre o tema e ações sociais divulgadas pelos meios de comunicação, protegendo a ideia da tolerância religiosa dentro da nossa sociedade.
4.Referências
•	AZEVEDO, E.P. A tutela da liberdade religiosa na legislação infra-constitucional. Disponível em: <http://www.puc-rio.br/Pibic/relatorio_resumo2008/relatorios/ccs/dir/dir_eduarda_peixoto_de_azevedo.pdf>. Acesso em: 29/05/2016;
•	BOLIVAR, R. Liberdade de expressão e intolerância religiosa. Disponível em: <https://proenem.com.br/content/temas/redacao_tema_11_liberdade_de_expressao_e_intolerancia_religiosapdf.pdf>. Acesso em: 30/05/2016.
•	Decreto-Lei Nº 2848, de 7 de Dezembro de 1940. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 29/05/2016;
•	HENRIQUES, A. 2009. Intolerância religiosa e discriminação racial ganham espaço na jurisprudência. Disponível em: <ultimainstancia.uol.com.br/conteúdo/noticiais/43323/intolerância+religiosa+e+discriminação+racial+ganham+espaço+na+jurisprudência.shtml>. Acesso em: 25/05/2016
•	LOCKE, J, 1973. Carta acerca da Tolerância. São Paulo. Abril Cultural. (Os pensadores)
•	MOREIRA, J.M.A. et.al. O direito à educação no ordenamento constitucional brasileiro. Disponível em: <www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revita_artigo_leitura&artigo_id=7368>. Acesso em 30/05/2016.
•	PEREIRA, A.M.S. Jurisprudência diante da diversidade religiosa e a liberdade de credo. Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/a-jurisprudencia-diante-da-diversidade-religiosa-e-a-liberdade-de-credo/129118/>;
•	VOLTAIRE. Cartas inglesas ou Cartas filosóficas. Trad. Marilena de Souza Chauí. Coleção Os pensadores. 2ª edição. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
•	Nova Bíblia Viva – São Paulo: Mundo Cristão,2010.

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