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PROINTER III - PPA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
POLO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
NOME: ANA PAULA SANTANA DE ANDRADE
RA - 1935893288
PROINTER
Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública (PROINTER III)
TUTORA EaD: CAMILA BUBA NAHAS
São José dos Campos/SP
2016
PROINTER
Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública (PROINTER III)
Tutora EAD: Camila Buba Nahas
Trabalho desenvolvido para o Curso de Tecnologia em Gestão Pública, disciplinas norteadoras: Administração Pública, Contabilidade Básica, Teoria Política, Matemática Financeira, Finanças Públicas e Orçamento Municipal, apresentado à Anhanguera Educacional como requisito para a avaliação na Atividade PROINTER III, sob orientação da tutora EAD Camila Buba Nahas.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2016
SUMÁRIO
Introdução											04
Objetivos 											04
Objetivo Específico										05
Um breve panorama do município de Paraibuna					05
Raízes histórico-culturais de Paraibuna							05
Economia Paraibunense									07
Paço												07
O Plano Plurianual Municipal – PPA							08
Situação Atual do Município								09
Considerações Finais 									14
Referências 											17
Introdução	
O PPA, como requisito de responsabilidade fiscal, é um tema inovador, que tem gerado grande polêmica e angariado inúmeras iniciativas entre os administradores/planejadores das administrações municipais, no sentido de se adequarem a esta realidade, sempre no propósito de alcançar o bem-estar dos cidadãos. Em se tratando de gestão pública, este caráter inovador do planejamento municipal suscita a necessidade de uma avaliação contínua dos resultados alcançados pelos administradores, no que diz respeito à eficácia dos projetos e ao encaminhamento das ações de acordo com o previsto. E é esta avaliação que proporciona ao planejador a possibilidade de detectar falhas em suas ações, permitindo o redirecionamento de suas diretrizes e servindo como aprendizado para projetos futuros. 
As dificuldades encontradas por inúmeras administrações municipais, principalmente as de pequeno porte, em elaborar um PPA cujas ações propostas reflitam o verdadeiro diagnóstico da situação do município, seja pela ortodoxia dos planejadores ou pela inexistência de um corpo de profissionais responsáveis pelo planejamento, têm conferido a estes planos um caráter “simbólico, decorativo”, podendo em muitos casos, comprometer o bom desempenho das administrações.
Contemplando essas questões, o objeto do presente estudo consiste na análise de um Plano Plurianual Municipal, enfatizando aspectos pertinentes à sua elaboração, implementação e principalmente avaliação dos resultados alcançados, ressaltando o caráter de planejamento em nível local. O PPA utilizado para este estudo será o implementado no município de Paraibuna/SP, nos anos de 2013 e 2016.
OJETIVOS
Objetivo Geral
Descrever e analisar o processo de planejamento implementado no município de Paraibuna, no período 2013-2016, destacando-se os aspectos financeiros e orçamentários, bem como o cumprimento das metas programadas.
Objetivos Específicos
Identificar de que forma as ações do planejamento interferem no desenvolvimento local, destacando os aspectos políticos e estratégicos;
Analisar a eficiência do planejamento/orçamento de Paraibuna (2013- 2016) através da confrontação dos valores estimados no planejamento (orçado) com os balancetes (consolidado);
Efetuar um balanço geral do planejamento paraibunense, destacando-se o diagnóstico e a vocação do município, apontando falhas e fazendo sugestões.
Um breve panorama do município de Paraibuna
Para entender melhor o processo de planejamento no município de Paraibuna, faz-se necessário uma referência aos aspectos relacionados à sociedade, economia, história, cultura e política.
Paraibuna é considerada o “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois, em sua represa ocorre à junção das águas do Rio Paraitinga e do Rio Paraibuna que dão origem ao Rio Paraíba.
 Em toda a sua extensão, o município possui cerca de 4.780 nascentes que formam mais de vinte córregos e riachos.
Temos em nosso município 17.384 habitantes, sendo 5.240 e 12.144 rurais (Fonte: IBGE - Censo 2010), distribuídos em uma área total: 811,7 Km².
Raízes histórico-culturais de Paraibuna
O nome PARAHYBUNA é de origem indígena, formado por PARA (água), HYB (rio) e UNA (preta). Logo, a palavra PARAIBUNA significa "Rio de Água Escura".
A história de Paraibuna inicia-se em 13 de junho de 1666, quando um grupo de homens, vindos de Taubaté, seguiam pelo Rio Paraíba e resolveram parar próximos à junção dos Rios Paraibuna e Paraitinga para descansar.
Ali, ergueram uma capela em honra ao santo do dia, Santo Antônio – e em ação de graças pela boa viagem que fizeram – e alguns homens se fixaram, dando início a uma povoação.
A fama do local correu atraindo mais pessoas – muitas com o ideal patriótico de povoar novas terras – e tornou-se um ponto estratégico para o pouso de tropeiros e viajantes que iam para o litoral.
Em 07 de dezembro de 1812, Paraibuna é elevada à categoria de Distrito de Paz, em 10 de julho de 1832, à Vila de Santo Antônio de Paraibuna, e finalmente, em 30 de abril de 1857, à cidade.
No princípio, sua economia estava voltada, sobretudo, para a agricultura de subsistência. Mas, esta situação começa a mudar com o surgimento de alguns engenhos de cana-de-açúcar e principalmente, com a introdução da lavoura cafeeira.
Paraibuna viveu o seu auge neste período. Sob forte influência do ciclo do café (1830 – 1870), o município se desenvolveu. A área rural se expandiu, diversas e grandes fazendas foram construídas, assim como, casarões no centro da cidade, que chamam a atenção pela beleza e tamanho.
Em 1835, Paraibuna já registrava cerca de 34 fazendas cafeeiras e 87 sítios de culturas diversas.
Com o declínio do café, diversas fazendas passaram por dificuldades. Foi então, que o cultivo do algodão foi introduzido, como uma alternativa de renda.
Paraibuna viveu um período de crise, declínio financeiro e pouca evolução (1890 – 1920).
A situação começou a mudar com a implantação do Porto de São Sebastião e a construção da estrada ligando São José dos Campos ao Litoral Norte, e passando por Paraibuna.
A economia voltou-se para a pecuária leiteira – sobretudo, por causa das diversas famílias mineiras que se mudaram para o município. A produção de leite se torna forte, chegando por volta de 1960, aos 50 mil litros por dia.
Mas, a construção da represa de Paraibuna e Paraitinga, neste mesmo ano, traria grandes mudanças para o município. Boa parte das terras baixas, as várzeas, foram alagadas, prejudicando de maneira significativa a produção de diversos produtos, inclusive, o leite.
Sem muitas perspectivas de crescimento, uma parcela considerável da população rural deixa o campo em busca de trabalho e melhores condições de vida. Muitos encontram emprego na construção civil, diversos deles, na própria obra da represa – no auge da construção, a obra chegou a empregar cerca de 5 mil pessoas.
O êxodo rural torna-se fato que se comprova pelo número de habitantes na zona rural, que em 1950 era de 15.112 e cai em 1960 para 13.031.
Na década seguinte, as obras da represa são concluídas gerando um problema maior ainda. Pois, o que fariam os milhares de homens que perderam seus empregos com o fim da construção? 
Muitos retornaram ao campo e buscaram uma alternativa na agricultura. A lavoura de feijão foi a principal, tornando Paraibuna, em 1980, como a maior produtora no Vale do Paraíba.
O tomate e o milho também foram outras opções de investimento.
Na pecuária, os produtores preferiram apostar no gado de corte, que necessita de menos mão-de-obra e aplicação financeira.
Houve um aumento das atividades terciárias – prestaçãode serviços. O ramo imobiliário teve um grande crescimento, como afirma Celenrozi Santos, em sua dissertação: 
“os produtores que não se adaptaram aos novos usos do solo, viram no setor imobiliário uma nova forma de recursos, muitos dividiram suas propriedades em chácaras que foram vendidas a outros que viam no ambiente tranquilo do município uma forma de obter o sossego que não encontram nos grandes centros urbanos”.
As atividades turísticas ganham impulso e passam a ser a grande aposta de desenvolvimento.
Cenário este, que pouco mudou até hoje. A economia atual baseia-se na agropecuária, no beneficiamento de seus produtos, no artesanato e no turismo.
Economia paraibunense
A economia do município caracteriza-se pelas atividades da agricultura familiar, pecuária, turismo e comércio.
Paço
Prefeitura Municipal de Paraibuna, situada à Rua Dez de Julho, inscrito no CNPJ sob nº 46.643.474/0001-52, dispõe de 920 servidores, dividida em 5 Diretorias, que são: Obras e Serviços Públicos, Saúde, Educação, Bem Estar Social e Agricultura.
Obras e Serviços Públicos, subdividido nos setores: Administração, Engenharia e Projetos, Fiscalização, Almoxarifado, Coleta de Lixo e Aterro Sanitário, Elétrica, Cemitério e Velório, Varrição Urbana, Oficina, Carpintaria, Estradas Rurais, Manutenção Urbana, Segurança Patrimonial, Estação de Tratamento de Água, Manutenção de Redes de Água e Esgoto e Defesa Civil;
Bem Estar Social, subdividido nos setores: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Centro de Atendimento e Assistência à Melhor Idade – CAAMI, Casa Abrigo “Nossa Senhora das Graças”, Órgão Gestor, Velório Municipal, Banco do Povo Paulista (Setor), Detran.
Esporte, subdividido em Turismo e Lazer.
Educação e Saúde não são subdivididos em setores.
O Plano Plurianual Municipal – PPA
O Plano Plurianual Municipal consiste num documento, a ser elaborado a cada quatro anos, sempre no primeiro ano do mandato do prefeito, contemplando o planejamento dos três anos restantes do seu mandato e o primeiro ano da administração subsequente. O primeiro PPA municipal que atende às exigências da LRF foi elaborado no ano de 2001, com vigência para os anos de 2002 a 2005.
O caráter plurianual dos planos tem sua origem na Constituição Federal de 1988, que reza no seu artigo 165º , parágrafo 1º, sobre o PPA:
“A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” (Constituição Federal 1988 p.99)
A LRF, em complemento à Constituição Federal tem o objetivo de reforçar os vínculos específicos de integração do PPA com as LDOs e as LOAs, da mesma forma que deve servir como parâmetro norteador da elaboração destas últimas (LDO e LOA).
De uma forma bem sintetizada, PEREIRA(1999) diz que:
“O plano plurianual tem como objetivo formular as diretrizes para as finanças no período do plano, incluindo a política de fomento e o programa de aplicações das agências financeiras de crédito; identificar e avaliar os recursos disponíveis para o desenvolvimento de ações a cargo da administração pública, incluindo aqueles provenientes de financiamento, estabelecer as despesas, segundo função, subfunção e programa de governo, entre outras definições.” (PEREIRA,1999 p.143)
As ações a serem desenvolvidas pelo executivo devem ser organizadas no PPA sob a forma de programas, de modo a garantir uma orientação estratégica de acordo com as previsões de recursos a serem distribuídos pelos setores da administração municipal.
Um requisito fundamental a ser observado no PPA é a transparência, sendo obrigatório ao executivo a publicação das informações referentes aos programas, o que facilita o controle da aplicação dos recursos e a mensuração dos resultados obtidos, não só por parte do legislativo, mas também pela população local.
A elaboração do PPA municipal deve estar orientada para o estabelecimento de parcerias com as demais esferas do governo (Estado e União) e a iniciativa privada, buscando-se assim, absorver o máximo de recursos para o financiamento dos programas. Para isto é fundamental que haja uma integração do PPA municipal com o orçamento das esferas administrativas superiores, visto que o mesmo, para atingir maior eficiência, deve orientar programas que estejam em sintonia com o leque de prioridades de investimento do estado e União, responsáveis pelos repasses de recursos. Este aspecto do PPA revela um componente altamente estratégico a ser observado pelo administrador/planejador, que deve buscar, primeiramente, a satisfação das prioridades locais, porém dentro de uma determinada coerência no que tange à dotação de recursos. Este caráter estratégico que o PPA assume encontra suas razões óbvias na própria Constituição Federal, a qual estipula que as despesas de caráter continuado e de duração superior a um exercício (um ano) devem obrigatoriamente constar no Plano Plurianual, ou se isto não ocorrer, deverá ser elaborado projeto de lei que regulamente a criação de um crédito adicional suplementar a ser apreciado pelo poder legislativo.
O Município
Cabe informar que, apesar das dificuldades suportadas pelo Município de Paraibuna, esta cidade vem cumprindo as Ações e os Programas estabelecidos nas peças de planejamento e tem projetado o devido cumprimento dessas Ações e Programas já existentes no próximo semestre, não criando novas Ações e novos Programas de Governo e que diante das dificuldades econômicas pela qual passamos, temos uma projeção de situação estável ao final do período anual.
O período de abrangência do PPA é de 4 anos, bem como a Lei Orçamentária é prevista para ser executada anualmente, Legislação aplicada pela Lei Nº 2816, de 23 de outubro de 2013 e o seu conteúdo básico também e previsto em Lei.
Secretarias
Secretaria de Esportes, Turismo e Lazer
Esporte
Função: Colaborar para a qualidade de vida da população por meio da promoção da atividade física, esporte e lazer; bem como, promover o acesso da população às diferentes modalidades e apoiar atletas, entidades e atividades recreativas.
Serviços Prestados:
-Promoção de Campeonatos para as diversas modalidades;
-Treinamentos;
- Incentivo e apoio à participação em campeonatos regionais.
Turismo
Função: Visa desenvolver políticas públicas de fomento ao turismo local. 
Serviços Prestados: 
- Cumprir uma agenda de reuniões locais e fora do município, com organizações e instituições que buscam o desenvolvimento do turismo;
- Participações em Feiras de Turismo;
- Visitações aos empreendedores locais;
- Orientações ao turista;
- Organização de eventos referente ao turismo.
Objetivos Futuros: Ações voltadas para a divulgação dos atrativos turísticos, festas, manifestações culturais, esportes e recreação a todos os membros do município e possíveis visitantes, proporcionando, assim, lazer, esporte e cultura à população em geral.
Secretaria de Saúde
Função: Oferecer boa qualidade de serviço no atendimento médico à população.
Serviços Prestados: Condução dos doentes em consultas/exames fora do município; Atendimento médico; Atendimento Domiciliar (Programa ESF); Entrega de remédios gratuita ou a preço ínfimo (Programa Saúde Não Tem Preço/Farmácia Popular), Raio X, Odontologia, 
Objetivos Futuros: Melhoria nos prédios e equipamentos, inclusive frota veicular, prevendo um avanço no atendimento.
Secretaria da Educação
Função: Oferecer aos alunos da rede municipal de Educação condições de participação completa nas atividades curriculares e extracurriculares.
Serviços Prestados: Aula, transporte, material escolar aos mais necessitados, merenda escolar.
Objetivos Futuros: Proporcionar o acompanhamento educacional aos alunos de todos os níveis, visando melhores condições de permanência dos alunos nas escolas e, consequentemente, redução na evasãoescolar, retirando crianças da rua e da exploração de mão de obra infantil.
Secretaria da Agricultura
Função: Prestar Assistência Técnica ao Produtor Rural
Serviços prestados: Vacinação (veterinário) dos gados do município contra brucelose, Aluguel dos tratores agrícola subsidiado pela Prefeitura, Projeto de silagem de milho, Recomendação de análise de solo por agrônomo, Assistência em processos ambientais, Projeto de pecuária de leite (Projeto Paraibuna Mais Leite).
Objetivos Futuros: Aquisição de veículos de equipamentos, elaboração de projetos e obras de interesse da população rural produtora, propiciando agilização das ações voltadas à produção e distribuição dos produtos agrícolas.
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A base territorial do município compõe toda a área, abrangendo todos os bairros pertencentes ao município. As ações setoriais (educação, saúde, etc), visando integrar o município, deverá ser feita de forma centralizada pelas diversas diretorias e executadas de maneira descentralizada, sendo revisadas anualmente.
Os recursos Orçamentários disponíveis por órgão/entidade no quadriênio são:
Poder Legislativo – R$ 1.807.000,00
Câmara Municipal 
Poder Executivo – 
Gabinete do Prefeito – R$ 1.310.000,00
Assessoria Técnica e Jurídica
Junta do Serviço Militar
Fundo Social de Solidariedade
Serviços de Administração e Finanças – R$ 5.597.000,00
Setor de Administração Geral
Setor de Defesa Civil
Setor de Finanças
Setor da Dívida Pública
Setor Consórcio Público Três Rios
Serviços de Educação – R$ 17.935.000,00
Setor de Ensino Fundamental
Setor do FUNDEB
Setor de Ensino Infantil e Creche
Setor de Ensino Especial
Setor de Merenda Escolar
Serviços de Saúde e Saneamento – R$ 13.600.000,00
Fundo Municipal de Saúde
Setor de Água e Esgoto
Fundo Municipal de Assistência Social – R$ 1.666.900,00
Fundo Municipal de Assistência Social
Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Centro de Referência de Assistência Social
Serviços de Estradas Municipais – R$ 530.000,00
S.E.R.M. e Oficinas
Serviços Municipais – R$ 5.608.500,00
Setor de Serviços Urbanos
Serviços de Agricultura – R$ 1.520.000,00
Setor de Abastecimento e Extensão Rural
Serviços de Turismo, Cultura, Esporte e Recreação – R$ 1.832.000,00
Setor de Turismo
Setor de Cultura
Setor de Esportes Comunitários e Recreação
Reserva de Contingência – R$ 2.128.800,00
Fundação Cultural – R$ 920.000,00
Fundação Cultural Benedicto Siqueira Silva 
Instituto de Previdência – R$ 6.400.000,00
Instituto de Previdência do Município de Paraibuna
O planejamento participativo é uma demonstração pura da democracia, da cidadania e da soberania exercida pela população, que deve ser entendida como parte integrante da administração. Para HADDAD(1980) o planejamento deve representar um processo de negociação permanente entre o ente público (a prefeitura) e a comunidade, fazendo-se valer, num primeiro momento, pela mobilização dos representantes políticos (os vereadores) e num estágio mais avançado, pela criação de mecanismos de participação efetiva de toda população. Portanto, quanto maior for o leque de propostas e de projetos que representem os interesses em nível local, mais importante se torna a participação com a discussão entre as partes. 
Ter Diretores em que se possa confiar, para que cada problema indicado seja sanado com economia e seriedade, ajudando a investir o dinheiro onde realmente é necessário, uma vez que em relação ao financeiro nada se há de fazer, por causa da crise política e financeira em que estamos vivendo hoje.
Considerações Finais
A principal dificuldade encontrada no decorrer da elaboração do estudo foi a interpretação dos balancetes e a comparação dos mesmos com os documentos do planejamento/orçamento. A classificação das despesas e receitas da lei orçamentária diferem da classificação utilizada no balancete, dificultando portanto, o trabalho de avaliação através da aplicação dos índices de eficiência. 
Os demonstrativos da administração municipal deveriam ser mais simplificados e concisos, de modo que a sua compreensão fosse acessível aos cidadãos e não somente para alguns, com um razoável conhecimento de contabilidade pública.
Um outro problema que existe no seio do processo de planejamento, não só no âmbito municipal, mas estadual e nacional, é a falta de definição clara dos papéis e das responsabilidades de cada unidade do poder público (município, estado e União). Por isso é necessário definir com clareza o verdadeiro papel da administração municipal, determinando-se o que de fato cabe e o que não cabe à sua alçada. Para tanto, seria necessário uma reforma administrativa, reestruturando e distribuindo papéis de maneira precisa. Por exemplo: transporte escolar é atribuição do estado; saneamento básico é atribuição do município, e assim por diante.
Às vezes, o que a população deseja que seja realizado, não é uma grande obra que envolva altas cifras, mas uma coisa simples, que interfira diretamente no seu dia-a-dia. Daí a importância da interação da unidade administrativa com a população, no ensejo de conferir legitimidade e transparência à atividade pública. Para tanto, os administradores devem ter clareza da importância da participação popular no processo de planejamento.
E se a legislação, apesar de pregar rigor em seu disposto, abre uma série de espaços para que o processo de planejamento adequado não se concretize, quem deve tomar a iniciativa para se coibir este tipo de atitude é a população. Trata-se de uma questão de cultura popular e que, em Paraibuna, ainda tem muito a avançar. A partir do momento em que as comunidades passarem a participar mais ativamente do processo de planejamento, cobrando as realizações por parte do ente público, esta passa a sentir-se parte integrante e decisiva no processo de desenvolvimento do município.
O processo de planejamento desenvolvido em Paraibuna é tido por seus responsáveis como participativo. No entanto, o que se percebe é uma participação pouco intensa e de maneira superficial por parte da população. A inexistência de um diagnóstico do município revela a fraca participação e envolvimento das bases comunitárias no planejamento, o que vem a ser confirmado pelo grande número de ajustes implementados no orçamento no decorrer dos exercícios, através dos créditos adicionais.
A partir da análise do processo de planejamento de Paraibuna é possível fazer sugestões, que consideramos de grande valia para o amadurecimento da questão, as quais se encaixam na maioria das administrações municipais de pequeno porte.
Primeiro: anterior ao processo de planejamento participativo, deve ser desenvolvido um trabalho de conscientização da população sobre a importância deste mecanismo. Este trabalho deve começar com a familiarização dos munícipes com os documentos de planejamento, tendo em vista que a maioria esmagadora da população sequer sabe o que é o PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias ou a Lei do Orçamento anual. Para que se confira transparência às ações da administração municipal é necessário que as bases comunitárias tenham clareza sobre o processo
de planejamento.
Segundo: o Plano Plurianual deve ser mais específico, delimitando metas físicas (números de escolas a serem construídas, veículos a serem adquiridos, e assim por diante), o que facilita a avaliação, não somente do planejamento, mas da administração municipal como um todo. Neste sentido pode-se montar uma planilha
e apresentá-la à população, demonstrando a disponibilidade de recursos para cada programa, as realizações nas referidas áreas e a posterior prestação de contas pública. É este o nível de transparência que se espera de um processo de planejamento participativo e acima de tudo democrático, no qual a população tem o direito de ser informada sobre o uso dos recursos públicos.
Terceiro: Para que as ações acima citadas sejam executadas com seriedade e atinjam seus objetivos, deve ser criado nas administrações municipais, uma unidade de planejamento. Estaunidade deve ser responsável pelo trabalho de levantamento constante do diagnóstico das diversas áreas da administração, bem como pelo estabelecimento de relações intra-secretarias e destas com a comunidade. Trata-se de um trabalho contínuo, uma vez que o planejamento deve ser contínuo e permanente.
Referências:
http://www.paraibuna.sp.gov.br/
http://www.cepam.sp.gov.br
http://www.ibam.org.br/estudos
http://www.planejamento.org.br
Lei Municipal 2816/2013 (Paraibuna)
http://www.paraibuna.sp.gov.br/
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