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PETIÇÃO INICIAL I. FUNÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL A) INSTAURAR E IDENTIFICAR O PROCEDIMENTO – Verifica se o procedimento é COMUM OU ESPECIAL; B) IDENTIFICAR A DEMANDA – Ocorre por meio da TRÍPLICE IDENTIDADE: PARTES, PEDIDOS E CAUSA DE PEDIR. *Define a competência; *Identifica litispendência *Identifica Continência. II. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Art. 319. “A petição inicial indicará:” 1) JUÍZO – art. 319,I - “o juízo a que é dirigida”; *Identifica a competência; 2) QUALIFICAÇÃO DAS PARTES – art. 319, II - “os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu”; *Ao autor cabe a função de qualificar o réu; 3) FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS – art. 319, III - “o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;” * FATOS JURÍDICOS – Produz efeito jurídico; *FUNDAMENTO – CRFB88, CC, CDC, CLT 4) PEDIDOS – art. 319, IV - “o pedido com as suas especificações;” É o tipo de tutela jurisdicional que a parte autora deseja obter de poder judiciário. ÓTICA MATERIAL / PEDIDO MEDIATO É o bem da vida que está em disputa, podendo ser material ou imaterial Exemplo: um carro, direito de imagem. 4.1 PRESSUPOSTO DOS PEDIDOS 4A. CERTEZA – ART Art. 322. O pedido deve ser certo. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. PEDIDO CERTO= PEDIDO EXPRESSO * Não havendo pedido conterá vício; * Cada pedido feita na Petição Inicial abre uma obrigação de fazer ao juiz e este deverá analisar cada pedido. * O ordenamento jurídico condena pedido incerto; 4B. O PEDIDO DEVE SER DETERMINADO – art. 324. 'O pedido deve ser determinado.' * O PEDIDO MEDIATO – especifica a quantidade e a qualidade do bem da vida que quer receber. EXCEÇÕES: É LÍCITO FORMULAR PEDIDO GENÉRICO Art. 324,§ 1°- “O pedido é certo porém indeterminado, somente poderá fazer expresso por lei.” Entende-se por pedido genérico aquele que não vem medido, isto é, determinado por sua quantidade ou grandeza. Não estando dessa forma demonstrado por cifras ou por somas pré-fixadas. Para tanto, o objeto imediato do pedido deve ser sempre determinado, tendo por fim uma condenação, uma constituição, uma declaração, uma execução, uma medida cautelar. (Theodoro Jr., 2012) Todavia, o pedido mediato que revela o bem jurídico que o autor deseja ver tutelado poderá ser genérico no seguintes casos: 1. Art. 324, § 1°, I “- nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;” Na ação de petição de herança em que o pedido postulado busca a condenação do réu para que seja restituído os bens do acervo hereditário sem a necessidade legal de serrem discriminados na petição inicial, cada um dos bens. Também, pode ocorrer tal situação quando o objeto da ação versar sobre uma universalidade de fato, como se dá com um rebanho de bovinos; neste caso, não será fundamental descrever todos os animais que compõem essa universalidade. 2. Art. 324, § 1°, II - “quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;” Quando o autor ao postular a apreciação de seu pedido ao judiciário, não seja possível, determinar-se de modo definitivo, as consequências do ato ou do fato causador da lesão ou violação ao bem jurídico tutelado. Exemplo: DANO EMERGENTE = corresponde ao prejuízo imediato e mensurável, decorrente do acidente do trabalho, que pode ser apurado pelos documentos de pagamento de despesas hospitalares, honorários médicos, tratamentos de saúde, funeral, luto, jazigo, remoção do corpo, etc. 3. ART. 324,§ 1°, III - “quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.” Nos casos de prestação de contas em que o autor pede a apresentação das contas, a fim de delimitar o conteúdo quantitativo ou qualitativo para a determinação do objeto da lide. Sem tal possibilidade seria difícil a limitação do pedido, ou para alguns autores, impossível. Salienta-se que no pedido genérico, a demanda tem na sua petição inicial um pedido certo, isto é, a condenação do réu a prestação das contas, no qual havendo saldo monetário por exemplo ao nome do devedor, este integrará ou complementará o pedido principal, já descrito com o ingresso da ação. O valor do saldo eventual que não tem como se determinar com exatidão e, por isso, indeterminado, é que justifica essa espécie dentre os pedidos genéricos. 4C. PEDIDO IMPLÍCITO 3.1 CONCEITO É aquele que o autor está dispensado por lei de fazer mas mesmo assim poderá ser concedido pelo juiz. A) Art. 322, § 1° “ Compreendem-se no principal *os juros legais, *a correção monetária e as *verbas de sucumbência, inclusive os *honorários advocatícios.” B) Despesas e custas processuais; OBS.: SÓ É AUTORIZADO OS JUROS LEGAIS , JÁ OS JUROS CONVENCIONADOS DEVERÃO SER EXPRESSO. 4D. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS - Art. 327. “É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.” 4D.1 REQUISITOS PARA A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS - Art. 327,§ 1°” São requisitos de admissibilidade da cumulação que:” A) 327,§ 1°, I - “os pedidos sejam compatíveis entre si;” A compatibilidade dos pedidos, esses devem admitir a coexistência; sejam conciliáveis um com outro; não se exclua um em decorrência do outro. Havendo incompatibilidade nos pedidos, cabe ao juiz determinar que a parte autora faça a escolha de qual lhe seja mais conveniente B) 327,§ 1°, II - “seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;” - Cível não pode pedir criminal; C) 327,§ 1°, III - “seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.” EXCEÇÃO: Art. 327,§ 2o “Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.” - Desde que faça no procedimento comum, poderá solicitar procedimentos especiais com todas as suas especificações. Ex.: 2 sentenças no 1° grau. 4E. ESPÉCIES DE CUMULAÇÕES O autor estabelece a ordem dos pedidos. 4E.1 CUMULAÇÃO PRÓPRIA/ EM SENTIDO ESTRITO O autor formula vários pedidos e almeja que todos sejam atendidos. A) CUMULAÇÃO SIMPLES – em que o acolhimento de um pedido não depende do acolhimento ou da rejeição de outro. Exemplo: cobrança simultânea de duas dívidas oriundas de fatos ou atos diversas; B) CUMULAÇÃO SUCESSIVA – em que o acolhimento de um pedido depende do acolhimento de outro. Ex: investigação de paternidade e petição de herança 4E.2 CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA / EM SENTIDO AMPLO Há a formulação de mais de um pedido, mas somente um deles será acolhido A) CUMULAÇÃO SUBSIDIÁRIA - Art. 326. “É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.” Ocorre quando o pedido posterior somente será examinado quando o pedido anterior for rejeitado; B) CUMULAÇÃO ALTERNATIVA – art. 326, p.ú. “É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.” Quando o autor faz mais de um pedido , a obrigação estará cumprida com o acolhimento de qulquer um deles, a escolha do juiz. Ex.: O contrato tem duas hipóteses: .obrigação de fazer .indenização O juiz é quem decidirá. 5) VALOR DA CAUSA art. 291 e 292 CPC Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal,dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. § 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. § 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. § 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. O VALOR DA CAUSA * Fixa o procedimento; * Identifica a competência * Perdendo a causa , fixa os honorários; II. POSTURA DO JUIZ DIANTE DA PETIÇÃO INICIAL ANTES DE CITAR O RÉU O MAGISTRADO PODERÁ TER 4 ( QUATRO) REAÇÕES: A. REAÇÕES DO JUIZ DIANTE DA P.I. 1. DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA – art. 64 CPC A incompetência absoluta NÃO PRECLUI, podendo ser declarada a qualquer momento , pelo juiz de ofício. 2. EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão oArt. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. que deve ser corrigido ou completado. * Utiliza-se o PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS = Não havendo prejuízo as partes, utiliza-se o ato; *IMPORTANTE* *PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DAS DECISÕES DE MÉRITO Art. 6° “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.” Cria um dever para o magistrado , pois havendo defeitos na P.I., o juiz deverá intimar a parte autora para que realize a emenda que deve ser corrigido ou completado, determinando qual é a parte defeituosa. O prazo será de 15 dias para emendar. Havendo novos erros, a doutrina diverge se poderá haver novas emendas. O juiz é quem vai determinar se deve haver novas emendas pois analisará se é o caso de má-fé ou erro, pois utilizará o princípio da razoabilidade, sendo um grande escritório, evidencia má-fé com o intuito de ganhar tempo e nos casos de pessoas leigas, demostrando erro. 3. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. *A P.I. havendo vícios graves que impossibilitem o conserto, o juiz indeferirá a P.I. e o réu nem será citado; * Intimado para emendar e não corrigir o vício, o juiz indefere a P.I. *SOMETE OCORRE ATÉ A CITAÇÃO DA P.I. 3.1 HIPÓTESES DE INDEFERIMENTO A) art 330,0I - “for inepta;” ( VÍCIO INSANÁVEL) NÃO POSSIBILITA EMENDAS § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. ***** SENTENÇA DO JUIZ: INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. B) art. 330, II - “a parte for manifestamente ilegítima;” ( VÍCIO INSANÁVEL) NÃO POSSIBILITA EMENDAS Poderá ser em razão da matéria ou do territória. Ex.: Menores , empresa pública, o preso não podem entrar com ação nos Juizados Especiais , a lei proíbe. ***** SENTENÇA DO JUIZ: INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. C) art. 330, III - “o autor carecer de interesse processual;” ( VÍCIO INSANÁVEL) NÃO POSSIBILITA EMENDAS INTERESSE DE AGIR: NECESSIDADE ( POSSIBILIDADE DE MELHORA A SITUAÇÃO JURÍDICA) E ADEQUAÇÃO DO PEDIDO ( MEIO ESCOLHIDO É ADEQUADO – PROCEDIMENTO COMUM OU ESPECIAL). ***** SENTENÇA DO JUIZ: INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. D) art. 330, IV - “não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.” ( SANÁVEL ) O advogado não preenchendo os requisitos dos art. 106 ( poderes do advogado) e 321, o juiz intima para emendar e não o faz SENTENÇA DO JUIZ: INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. *PODERÁ O AUTOR NESTAS HIPÓTESES APRESENTAR RECURSO DE APELAÇÃO* Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. § 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. § 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. JUÍZ SE RETRATANDO: O JUIZ SE RETRATANDO, O RÉU SERÁ INTIMADO PARA APRESENTAR A CONTESTAÇÃO; JUIZ NÃO SE RETRATANDO: RÉU CITADO PARA CONTRARRAZÕES E VAI PARA O TRIBUNAL CONTRARRAZÕES= É A PEÇA DE DEFESA DO RÉU NA APELAÇÃO PARA ARGUIR QUE A SENTENÇA DO JUIZ ESTA CORRETA AO INDEFERIR A P.I. 1° SITUAÇÃO: PROVIMENTO DE RECURSO- O tribunal entende que a sentença não está correta. O autor tinha razão e os autos retornam para o juiz de 1° instância que indeferiu a P.I. Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos 2° SITUAÇÃO : IMPROVIMENTO DE RECURSO- O tribunal entende que a sentença de improcedência está arquivado. • JULGAMENTO DE IMPROCEDÊNCIA DE LIMINAR Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. § 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo,a ocorrência de decadência ou de prescrição. § 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241. § 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. § 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias O ACESSO À JUSTIÇA É CONSTITUCIONAL MAS BUSCANDO REDUZIR AS DEMANDAS, CRIOU-SE A EFICÁCIA VINCULANTE = VINCULA O MAGISTRADO DO 1° GRAU COM AS DECISÕES DO TRIBUNAIS, ELE DEVERÁ DECIDIR COM A TESE DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. A CRÍTICA , QUANDO SE VINCULA TIRA O MAGISTRADO DO LIVRE CONVENCIMENTO. A) REQUISITO FIXO art. 332, CAPUT :Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: NÃO PRECISA DE NOVAS PRODUÇÕES DE PROVAS, JULGARÁ IMPROCEDIMENTO A P.I. DEVIDO: 1) REQUISITOS MÓVEIS / ALTERNATIVO A) art. 332, I - “enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;” DECISÕES JÁ PACIFICADAS POR SÚMULAS B) art. 332, II - “acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;” DECISÃO QUE TORNA PADRÃO C) art. 332, III - “entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;” DEMANDAS REPETIDAS, SERÁ A EFICÁCIA VINCULANTE art. 332, IV - “enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.” SÚMULAS ESTADUAIS art. 332, § 1° “O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.” DECADÊNCIA: PERDE O DIREITO DE EXIGIR PRESCRIÇÃO: PERDE A PRETENSÃO, O DIREITO MATERIAL *JUIZ SE RETRATANDO: NÃO É O CASO DE APLICAR 0 ART 332, § 3° “ Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.” E APLICA-SE 1° PARTE § 4° “Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu,” *JUIZ NÃO SE RETRATA 2° PARTE DO § 4° “se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias” 1° SITUAÇÃO:.IMPROCEDÊNCIA DE LIMINAR CORRETA = IMPROVIMENTO DE RECURSO- 2° SITUAÇÃO : PROCEDÊNCIA DE LIMINAR- AUTOR VENCEU – PROVIMENTO DE RECURSO = OS AUTOS DESCEM PARA O JUIZ DE 1° GRAU. III. RESPOSTA DO RÉU * Contestação e *Reconvenção. 1. CONTESTAÇÃO 1.1 CONCEITO É a espécie de resposta do réu, representando a fórmula/peça processual pela qual o réu se insurge contra a pretensão do autor. O réu se defendo do conteúdo da petição inicial, caso ele se defenda de algo que não esteja na P.I. não será contestação. 1.3 PRAZO Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: A) I - “da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;” B) II - “do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;” -Ambos não querem audiência de conciliação. C) III - “prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.” -Não encontrato o réu será feito por edital D) § 2° - “Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.” art. 334, § 4o, inciso II - “quando não se admitir a autocomposição.” Conta para o prazo o ato citatório ****** Direitos envolvendo patrimônio, bens do Estado ( fazenda pública) não cabe audiência de conciliação, contando-se o prazo para contestar a partir da citação; 1.2 MATÉRIAS DE DEFESAS QUE O RÉU PODERÁ ALEGAR *Defesas Processuais e *Defesas de Mérito *DEFESAS PROCESSUAIS *Dilatórias e *Peremptórias O réu não examina os fatos mas sim alega vícios no processo e conseguindo provando o vício extingue o processo ou dilatando prazo. * CONCEITO São aquelas que tem como o objeto não a essencia do litígio, mas sim a regularidade formal do processo, estando previstas nos artigos 337 do CPC TIPOS DE DEFESAS PROCESSUAIS * DEFESAS PROCESSUAIS DILATÓRIAS Defesa em que o réu utiliza com o objetivo de ganhar prazo. *CONCEITO É a defesa processual cujo o acolhimento não põe fim o processo, tão somente aumentando o tempo de duração do procedimento. 1. “ INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DA CITAÇÃO” art. 337, I - inexistência ou nulidade da citação; O réu não foi citado, havendo prejuízo a ampla defesa. O réu descobre que existe um processo contra ele e não foi citado. Poderá o réu alegar a nulidade da citação e a contestação , o juiz o dará mais 15 dias para contestar novamente. O comparecimento do réu neste ato não o prejudicará. 2. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA OU RELATIVA art. 337, II - incompetência absoluta e relativa; c/c art. 64 --- O réu poderá alergar incompetência absoluta, o processo não será extinto, os autos serão remetidos ao juízo competente. --- A incompetência relativa somente poderá ser alegada pelo réu e não o fazendo haverá preclusão 3. CONEXÃO OU CONTINÊNCIA art. 337, VIII – conexão = ações possuem a mesma causa de pedir e pedidos Continência= --- O objetivo é deslocar o processo de um cartório para outro, ganhando mais tempo. 4. INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO NA REPRESENTAÇÃO OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO; art. 337, IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; --INCAPACIDADE DA PARTE = Não possui capacidade civil de estar em juízo praticando atos válidos; --DEFEITO NA REPRESENTAÇÃO = É a procuração possuindo seus vícios, tais como: * o advogado não possuir inscrição na OAB; --FALTA DE AUTORIZAÇÃO = Mesmo sendo capaz, estando bem representado mas a lei exige que para propositura da ação deverá ter autorização. Ex.: casados ou em comunhão estável – deverá ter autorização da outra parte. 5. FALTA DE CAUÇÃO OU OUTRA PRESTAÇÃO art. 337, XII - “falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;” O direito de ação é um direito fundamental. Sobre ser condicionado há divergência doutrinária; Exemplo: Art. 83 CPC: “O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.” > O valor do caução incidirá sobre o valor da ação para o pagamento de honorários e as custas do processo; 6. INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA art. 337, III - “incorreção do valor da causa;” O autor calculou o valor da causa de forma incorreta. Ganha-se dias para correção do valor da causa, quando o réu arguiu sobre o erro no valor da causa. 7. ILEGITIMIDADE DO RÉU art. 337, XI - “ausência de legitimidade ou de interesse processual;” O autor ajuizou ação em face de pessoa errada. Muito comum nas ações em face de CNPJ EXTROMISSÃO DE PARTE = O Réu indicado de forma errônea , ao manifestar sobre o fato, deverá indicar o verdadeiro réu. Arts. 338 c/c 339 do CPC. Art. 338. CPC: “Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entretrês e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o.” Art. 339. “Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. § 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. § 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.” 8. JUSTIÇA GRATUITA INDEVIDA XIII - “indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.” O réu questiona a gratuidade de justiça concedida de forma indevida. Havendo indícios de gratuidade indevida, solicita os últimos três anos da declaração IR e caso não declare, intima a RF para apurar a sonegação. DEFESAS PROCESSUAIS PEREMPTÓRIAS Extinguem o processo *CONCEITO São aquelas cuja o acolhimento faz com que o processo seja extinto SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 1. PETIÇÃO INICIAL INÉPTA art. 337, IV - “inépcia da petição inicial;” art. 330,§ 1° c/c art. 337, IV – Gera um vício insanável, extinguindo o processo sem resolução do mérito. 2. PEREMPÇÃO art. 337, V - “perempção;” PEREMPÇÃO : art. 386, § 3°: “Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.” > O autor nunca mais poderá entrar com ação mas poderá utilizar como defesa. 3. LIDISPENDÊNCIA art. 337, VI - “litispendência;” LIDISPENDÊNCIA = Dois processo em curso com as mesmas partes, mesma causa de pedir e pedido. Art. 337 CPC § 1° Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2° Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3° Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 4. ALEGAÇÃO DE COISA JULGADA art. 337, VII - “coisa julgada; “ A ação anterior já teve sentença, transitada e julgada. 5. CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM art. 337, X - “convenção de arbitragem;” A arbitragem é regulada pela lei 9.307/96. Nasceu fruto da incapacidade do poder judiciário de resolver o conflito em tempo necessário. Poderá ser feita de duas espécies: 1. CLÁUSULA DE ARBITRAGEN OU CCLÁUSULA COMPROMISSÓRIA; 2. COMPROMISSÓRIA ARBITRAL = O contrato não previa mas diante de uma lide voluntariamente contratam a justiça privada. A sentença é definitiva. 6. FALTA DE INTERESSE DE AGIR E LEGITIMIDADE art. 337, XI - “ausência de legitimidade ou de interesse processual; “ O ré prova que é parte ilegítima no processo DEFESA DE MÉRITO *Defesa direta e *defesa indireta DEFESA DE MÉRITO DIRETA *CONCEITO É aquela cujo o objetivo é convencer o juiz de que o direito material alegado pelo autor não existe. O objeto da defesa de mérito é o conteúdo da P.I. DEFESA DE MÉRITO INDIRETA *CONCEITO O demandado apresenta defesa indireta quando agrega ao processo fato novo, que impede, modifica ou extingue o direito do autor. Isso acontece q uando o demandado aduz uma exceção substancial (defesa indireta de mérito que não pode ser conhecida ex otficio pelo magistrado - art. 350 do CPC) ou uma objeção substancial (defesa de mérito que pode ser examinada de ofício pelo magistrado). Se houver defesa indireta, haverá necessidade de réplica, pois o autor tem o direito a manifestar-se sobre o fato novo que lhe foi deduzido. A existência de defesa indireta repercute na distribuição do ônus da prova, que é do réu em relação aos fatos novos (art. 373, 1 1, CPC), e na possibilidade decisão da confissão, que a princípio é indivisível (art. 395 do CPC - confissão complexa). FATO EXTINTIVO É aquele que ocorre necessariamente do surgimento da relação jurídica de direito material e coloca um fim a esse direito. Ex.: todas as formas de cumprimento de obrigação= o pagamento, a prescrição, a compensação. O réu confirma o pedido mas trás ao processo fato que indica a extinção daquela pretensão surgindo uma nova a favor do réu. FATO MODIFICATIVO São aqueles que nascem necessariamente após o surgimento da relação jurídica de direito material, e atuam sobre essa relação, gerando uma modificação objetiva ou subjetiva. Ex.: NOVAÇÃO DE DÍVIDA OU DE PAGAMENTO - A P.I. pede um valor e o réu contesta o valor, confirma a existência da dívida mas diverge do valor *PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FATOS ALEGADOS PELO AUTOS Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: OBJETIVO: O réu deve pegar cada fato alegado na P.I. e manifestar-se , não o fazendo preclui. Essa manifestação contrária aos fatos gera impugnação , devendo ser levado a provas. EXCEÇÕES: art. 341,p.ú: “O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.” Não precisam impugnar cada um dos fatos da P.I. * Advogado dativo; = Defesa por negativa geral *Defensoria pública; *Curador especial. Estes poderão apenas alegar que não ocorreu sem precisar provar. Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; - todos os direitos indisponíveis: paternidade, honra objetiva e subjetiva… se negá-los não é confesso, exceção ao princ. da impugnação. II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; Alguns casos o autor é quem deverá provar, como autor alegar dono de imóvel, a este é que deverá ter a prova. III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.- *PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU CONCENTRAÇÃO DA DEFESA Exige do réu a exposição de todas as matérias de defesa de forma cumulada e alternativa, sob pena de não poder alegá-las posteriormente. > o réu cumulam defesas que aparentemente parecem contraditória, negando dois fatos distintos. 2. RECONVENÇÃO Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 1° Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 2° A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3° A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4° A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. § 5° Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. § 6° O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. >>>>O réu poderá contestar e fazer um pedido, chamado de reconvensão.
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