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Resumo de Constitucional I

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Resumo de Constitucional I
Sentidos da Constituição
Concepção Sociológica: é concebida como fato social e não como norma, segundo Lassalle a constituição corresponde às forças sociais que imperam na sociedade em determinado momento histórico, cabendo apenas ao texto constitucional reunir e sistematizar esses valores sociais cujo grau de eficácia dependeria assim dos valores presentes na sociedade.
Concepção Política: cunhada por Carl Schimidt o momento de uma assembleia constituinte é uma decisão fundamental, porque elabora e define um projeto que vai perdurar por muito tempo, ou seja está na base de modo e forma de existência política e organização de um Estado, tais como: forma de Estado, forma de governo, regime de governo e etc.
Em relação à forma como a constituição pode ser definida, pode-se observar tanto um sentido material quanto um sentido formal em termo jurídico:
Sentido material: diz respeito às normas que tipicamente modelam e estruturam os poderes do Estado, compondo o texto constitucional. 
Sentido formal: diz respeito a todas as normas que compõem o texto constitucional.
Concepção Jurídica: Hans Kelsen, teoria pura do Direito. A constituição é puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na filosofia, política ou na sociologia, mas na própria ciência jurídica. Dessa concepção nasce a idéia de supremacia formal constitucional e controle de constitucionalidade, e de rigidez constitucional, ou seja, necessidade de proteger a norma que dá validade a todo o ordenamento. Para ele nunca se pode entender o direito como fato social, mas sim como norma, um sistema escalonado de normas estruturas e dispostas hierarquicamente, onde a norma fundamental fecha o ordenamento jurídico dando unidade ao direito.
Classificação da Constituição
Quanto á origem – Outorgada, promulgada ou cesarista: 
A constituição é chamada de promulgada, democrática ou popular quando é elaborada com a participação do povo que irá ordenar, por meio da democracia direta ou da democracia representativa.
A constituição nomeada como outorgadas ou impostas são aquelas elaboradas sem a participação popular, impostas pelos governantes ao povo.
A constituição nomeada como cesarista são frutos de uma elaboração autoritária pelo Estado, mas passam por aprovação popular posteriormente por meio de um plebiscito. 
Quanto á forma – Escritas ou não escritas:
As constituições escritas são aquelas materializadas em um documento escrito a fim de se buscar instrumentalizar e garantir obediência de suas determinações. Todas as constituições brasileiras são escritas.
As constituições não escritas não são codificadas e, portanto, não se materializam de forma específica como constituição. Essas constituições baseiam-se nos costumes.
Quanto ao modo de elaboração – Dogmáticas ou históricas:
A constituição nomeada como dogmática é aquela elaborada em um único período, de uma vez só, sofrendo influências da época e do momento em que foi elaborada.
A constituição histórica é elaborada aos poucos, pois surge com o passar do tempo e com a evolução da sociedade.
Quanto à extensão – Prolixas ou Sintéticas: 
As constituições nomeadas prolixas ou analíticas são aquelas que além de versar sobre os conteúdos básicos de uma constituição, optam por abordar outros assuntos no texto constitucional, e por isso ficam bastante estendidas.
As constituições concisas ou sintéticas possuem um conteúdo restrito ao que é estritamente necessário de ser tratado pela constituição.
Quanto à alternabilidade – refere-se ao grau de dificuldade com que a constituição é alterada:
Rígidas: são aquelas que exigem um processo legislativo mais dificultoso, para que possam ser alteradas em comparação ao processo utilizado para alteração de uma norma não constitucional.
Flexível: é aquela que o processo legislativo previsto para alteração de suas normas é idêntico ao exigido para a modificação da legislação infra constitucional. Em decorrência deste aspecto, é possível que a norma constitucional venha ser alterada ou revogada por uma norma de hierarquia inferior.
Semi-rígidas: é tanto rígida como é flexível. Ou seja, o processo legislativo mais dificultoso para eventual alteração é exigido apenas para determinadas matérias. Outras normas constitucionais no entanto, são modificáveis de forma ordinária.
Super-rígidas: são aquelas que em regra poderão ser alteradas por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável.
Poder Constituinte
Originário – é o poder constituinte que tem a capacidade de criar uma constituição, documento que organiza juridicamente um Estado.
A organização da sociedade, realizada pelo poder originário, não deriva de uma norma jurídica, mas sim de um fato social que exige elaboração de uma nova constituição. O poder constituinte é um poder fático, pois não se baseia no direito, mas em fatores político, sociais e econômicos. 
Derivado - Tal poder toma forma através da elaboração de nova constituição que substitui uma outra prévia e soberana, ou então modifica a atual por meio da Emenda Constitucional, mudando assim aquilo que, de acordo com a percepção da coletividade, não se encaixa na atual ordem social, jurídica e política daquele meio. É através deste poder que se elaboram ainda as constituições dos estados pertencentes à federação brasileira. O Poder Constituinte Derivado recebe ainda o nome de poder instituído, constituído, secundário ou poder de 2º grau.
Hermenêutica e Interpretação
A hermenêutica pode ser considerada a arte de interpretar as leis, estabelecendo princípios e conceitos, que buscam  formar uma teoria adaptada ao ato de interpretar. 
Já a interpretação é de alcance mais prático, pois, pode-se dizer, que se presta exclusivamente a entender o real sentido e significado das expressões contidas nos textos da lei, e, para que isso seja possível, é necessária a utilização dos preceitos da hermenêutica. 
A hermenêutica é de grande importância para o Direito, pois esse necessita de ser interpretado a todo o momento. O Direito não sobrevive sem um bom trabalho de interpretação, baseado numa teoria sólida como a hermenêutica, haja vista que nem sempre as leis são totalmente claras e precisas. 
Elementos Constitucionais
Elementos Orgânicos – contêm normas que regulam a estrutura do Estado e do poder;
Elementos Limitativos – objetiva restringir o exercício do poder do Estado, ao determinar a obrigação do Estado de respeitar os direitos fundamentais dos indivíduos;
Elementos Sócio-ideológicos – tratam das diferentes ideologias previstas no texto constitucional de um Estado;
Elementos de Estabilização Constitucional – estabelecem formas de se estabilizar a segurança constitucional em casos de tumulto institucional do Estado, soluciona conflitos constitucionais;
Elementos Formais de Aplicabilidade – estabelecem regras e orientam na própria aplicação do texto constitucional. Exemplo: preâmbulo da constituição, disposições constitucionais transitórias.

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