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COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 70 g(t) = Ac ejq(t) = x(t) + j y(t) (5-91) onde os valores permitidos de x e y são: xi = Ac cosqi (5-92) yi = Ac senqi (5-93) para os ângulos de fase permitidos qi, i = 1, 2, ..., M, do sinal MPSK. Isto está ilustrado pela figura 5-31, onde o circuito de processamento de sinal implementa (5-92) e (5-93). A figura 5–30 nos dá a relação entre os ângulos de fase permitidos qi e as componentes(xi, yi) para duas constelações de sinal QPSK. Observe que isto é idêntico ao método em quadratura de geração de sinais modulados apresentado na figura 4-28. Modulação em Amplitude em Quadratura (QAM) Figura 5-31 – Geração de sinais QAM. COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 71 Sinalização de portadora em quadratura, como ilustrado na figura 5-31, é chamada de modulação em amplitude em quadratura (QAM). Constelações de sinais QAM não estão restritas a terem pontos de sinalização permitidos somente em um círculo (de raio Ac, como é o caso para MPSK). O sinal QAM geral é s(t) = x(t) cos wct – y(t) senwct (5-94) onde g(t) = x(t) + j y(t) = R(t) ejq(t) (5-95) Por exemplo, uma constelação QAM popular de 16 símbolos (M = 16 níveis) está ilustrada na figura 5-32, onde a relação entre (Ri, qi) e (xi, yi) podem ser prontamente avaliadas para cada um dos 16 valores de sinal permitidos. Este tipo de sinalização é usado pelos modems de computador V.22 bis de 2400 bits/s (ver tabela C-7). Aqui para cada xi e yi são permitidos quatro níveis por dimensão. Este sinal QAM de 16 símbolos pode ser gerado usando-se conversores digital para analógico de l/2 = 2 bit e moduladores balanceados em quadratura, como ilustrado pela figura 5- 31b. As formas de onda de x e y são representadas por x(t) = (5-96) e y(t) = å ÷ ø ö ç è æ - n 1n D n thy (5-97) å ÷ ø ö ç è æ - n 1n D n thx COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 72 Figura 5-32 – Constelação QAM de 16 símbolos (quatro níveis por dimensão) onde D = R/l e (xn, yn) denota um dos valros (xi, yi) permitidos durante o tempo do símbolo que está centrado em t = n/D segundos. (Leva Ts segundos para o envio de cada símbolo) h1(t) é a forma do pulso que é usada para cada símbolo. Se a largura de faixa do sinal QAM não for restrita, a forma de onda será retangular de duração Ts segundos. Em algumas aplicações o tempo entre as componentes x(t) e y(t) é intercalado (offset) em Ts/2 = 1/(2D) segundos. Isto é, x(t) deve ser descrito por (5-96), e o y(t) correspondente deve ser descrito por y(t) = å ÷ ø ö ç è æ -- n 1n D2 1 D n thy (5-98) Um tipo popular de sinalização “offset” é o OQPSK (offset QPSK), que é um QAM tipo “offset”, quando M = 4. Um caso especial de OQPSK, quando h1(t) tem um tipod e forma de pulso senoidal é chamado de MSK (minimum-shift keying). Este tipo será estudado na seção seguinte. Além disto, um sinal QPSK é dito ser desbalanceado se as componentes x(t) e y(t) tiverem potências desiguais e/ou taxas de dados desiguais. COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 73 Densidade Espectral de Potência para MPSK e QAM A PSD para os sinais MPSK e QAM são relativamente fáceis de serem avaliadas para o caso de sinalização de forma de bit retangular. Neste caso, a PSD tem a mesma forma espectral que foi obtida para BPSK, cuidando-se que seja usado um fator de escala de frequência adequado. A PSD para a envoltória complexa, g(t), do sinal MPSK ou QAM pode ser obtida usando-se (6-70d). Sabemos que: g(t) = å ¥ -¥= - n sn )nTt(fc (5-99) onde cn é uma variável aleatória de valor complexo representando o valor multinível durante o n-ésimo pulso de símbolo, f(t) = P(t/To) é o pulso de símbolo retangular com duração de símbolo Ts. D = 1/Ts é a taxa de símbolo (ou baud). O pulso retangular tem a transformada de Fourier. F(f) = Ts ÷÷ ø ö çç è æ p p =÷÷ ø ö çç è æ p p b b b s s fT fTsen T fT fTsen l ll (5-100) onde Ts = l Tb. Isto é, há l bits representando cada valor multinível permitido. Para sinalização simétrica (tipo polar) – por exemplo, como ilustrado na figura 5-32 para o caso de M = 16 – com multiníveis equiprováveis, o valor médio de cn é mc = nc = 0 (5-101a) e a variância é 2 n 2 nn 2 c ccc ==s = C (5.101b) onde C é uam constante positiva real. Substituindo-se (5-100) e (5-101) em (6-70d), a PSD para a envoltória complexa dos sinais MPSK ou QAM com modulação de dados com forma de bit retangular é COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 74 rg(f) = K 2 b b Tf Tfsen ÷÷ ø ö çç è æ p p l l para MPSK e QAM (5.102) onde K = ClTb, M = 2l é o número de pontos na constelação, e a taxa de bit é R = 1/Tb. Para uma potência transmitida total de P watts o valor de K é K = 2PlTb, uma vez que ò ¥ ¥- =r Pdf)f(s . Esta PSD para a envoltória complexa está plotada na figura 5-33. A PSD do sinal MPSK ou QAM é obtida simplesmente transladando-se a PSD da figura 5-33 até a frequência da portadora, como descrito por (5-2b). Para l = 1, a figura fornece a PSD para BPSK (isto é, compare a figura 5-33, l = 1, com figura 5-20b). Também chegamos que a PSD para a envoltória complexa dos sinais multinível passa-faixa, como descrito por (5-102), é essencialmente a mesma PSD para sinais multinível banda-básica que foi obtida em (3-53). Figura 5-33 – PSD para a envoltória complexa de MPSK e QAM, onde M = 2ll, R é a taxa de bit, e R/ll é a taxa de baud A partir da figura 5-33 vemos que a largura de faixa de transmissão nulo-a- nulo do MPSK ou QAM é COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 75 BT = 2R/l (5-103) Quando usamos (3-55), a eficiência espectral da sinalização MPSK ou QAM com pulsos de dados retangulares é h = Hz s/bits 2B R T l = (5-104) onde M = 2l é o número de pontos na constelação do sinal. Por exemplo, para o sinal QAM M = 16, a eficiência de largura de faixa é h = 2 bits/s por hertz de largura de faixa. Para um modem de 2400 bits/s V.22 bis (M = 16, QAM, ver tabela C-7), a largura de faixa de transmissão nulo-a-nulo é BT = 1200 Hz). Quando QAM (ou o QAM equivalente do MPSK) com uma forma de pulso h1(t), ver (5-96) e (5-97), for transmitida através de um canal limitado em faixa, a característica do filtro total necessita ser selecionada tal que a interferência intersímbolo seja desprezível. h1(t) = h(t)*hT(t) corresponde a forma do pulso no transmissor, como descrito na seção 3-6. Se a forma de pulso total satisfizer a característica de filtro cosseno levantado, então, pelo uso de (3-74), a largura de faixa absoluta do sinal de modulação de nível M é B = D)r1( 2 1 + (5-105) onde D = R/l, a partir da figura 5-31, e r é o fator de “rolloff” da característica do filtro. Além disso, a partir de nosso estudo de AM (especificamente do DSB-SC) sabemos que a largura de faixa está relacionada à largura de faixa de modulação por BT = 2B, tal que a largura de faixa de transmissão absoluta total do sinal QAM é BT = R r1 ÷ ø ö ç è æ + l (5-106) Devido a M = 2l, o que implica que l = log2M = lnM/ln2, a eficiência espectral da sinalização tipo QAM, com filtragem cosseno levantado é COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 76 h = Hz s/bits 2n)r1( nM B R T l l + = (5-107) Este resultado é extremamente importante uma vez que nos diz o quãorápido pode ser o sinal para uma dada largura de faixa. Naturalmente este resultado é válido para MPSK, já que este é um caso especial de QAM. Esta expressão é usada para gerar a tabela 5-6, que ilustra a taxa de bit permitida por hertz de largura de faixa de transmissão para sinalização QAM. Por exemplo, suponha que queríamos sinalizar através de uma linha telefônica que tenha uma largura de faixa disponível de 2,4 kHz. Se usarmos BPSK (M = 2) com um fator de “rolloff” de 50%, podemos sinalizar à uma taxa de BT x h = 2,4 x 0,677 = 1,60 kbit/s; mas se usarmos QPSK (M=4) com um fator de “rolloff” de 25%, podemos sinalizar a uma taxa de 2,4 x 1,6 = 3,84 kbits/s. Tabela 5-6 – Eficiência espectral para sinalização QAM com formato de pulso cosseno levantado. Para conservar a largura de faixa, o número de níveis M em (5-107) não pode ser aumentado muito uma vez que, para um dado valor de pico da potência de envoltória (PEP), o espaçamento entre os pontos do sinal na constelação do sinal diminuirá e o ruído no sinal recebido causará erros já que o ruído move o vetor do sinal recebido para um novo local que pode corresponder a um nível de sinal diferente. Todavia sabemos que R deve ser menor do que C, a capacidade do canal (seção 1-9) se os erros forem mantidos pequenos. Consequentemente, usando (1-10), requeremos h < hmáx (5-108a) onde COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 77 hmáx = log2 ÷ ø ö ç è æ + N S 1 (5-108b) 5-11 Chaveamento de Deslocamento Mínimo (MSK) Chaveamento de deslocamento mínimo, MSK, é outra técnica de preservação da largura de faixa que foi desenvolvida. Ela tem a vantagem de, sendo um sinal de amplitude constante, poder ser amplificada com amplificadores Classe C sem apresentar distorção. Como veremos, MSK é equivalente a OQPSK com formato de pulso senoidal [para hi(t)]. Definição: Chaveamento de deslocamento mínimo (MSK) é um FSK de fase contínua com um índice de modulação mínimo (h = 0,5) que produzirá sinalização ortogonal. Primeiro vamos mostrar que h = 0,5 é o índice mínimo permitido para FSK de fase contínua ortogonal. Para um binário 1 ser transmitido durante o intervalo de bit 0 < t < Tb, o sinal FSK deve ser s1(t) = Ac cos(w1t + q1), e para um binário 0 ser transmitido, o sinal FSK deve ser s2(t) = Ac cos(w2t + q2), onde q1 = q2 para a condição de fase contínua no tempo de chavemaneto t = 0. Para sinalização ortogonal, a partir de (2-77), requer-se que a integral do produto dos dois sinais, durante o intervalo de bit, seja zero. Portanto requeremos que: ò ò =q+wq+w= bT 0 bT 0 2211 2 c21 0dt)tcos()tcos(Adt)t(s)t(s (5.109a) Isto se reduz ao requisito ú û ù ê ë é w-w q-q-q-q+w-w 21 2121b21 2 c )sen()](T)sen[( 2 A + 0 )sen()](T)sen[( 2 A 21 2121b21 2 c =ú û ù ê ë é w+w q+q+q+q+w+w (5-109b) O segundo termo é desprezível porque w1 + w2 é grande, tal que o requisito é que COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 78 0 h2 )sen()](h2sen[ 2121 = p q-q-q-q+p (5-110) onde (w1 - w2)Tb = 2p(2DF)Tb e, a partir de (5-82), h = 2DF Tb. Para o caso de fase contínua q1 = q2, e (5-110) é satisfeita para um valor mínimo de h = 0,5 ou um valor de pico do desvio de frequência de DF = R 4 1 T4 1 b = para MSK (5-111) Observe que para FSK de fase descontínua q1 ¹ q2 e o valor mínimo para ortogonalidade passa a ser h = 1,0. Agora demonstraremos que o sinal MSK (que é FSK de fase contínua, h = 0,5) é uma forma de sinalização OQPSK com forma de pulso senoidal. Primeiro considere o sinal FSK durante o intervalo de sinalização (0, Tb). Quando usamos (5-81), a envoltória complexa é g(t) = Acejq(t) = ò llDp t0 d)(mF2j ceA onde m(t) = +1,0 < t < Tb. Usando (5-111), encontramos que a envoltória complexa fica g(t) = )bT2/(tjceA p± = x(t) + j y(t), 0 < t < Tb onde o sinal + denota os possíveis dados durante o intervalo (0, Tb). Portanto x(t) = Ac cos b b Tt0, T2 t 1 <<÷÷ ø ö çç è æ p ± (5-112a) y(t) = Ac sen , T2 t 1 b ÷÷ ø ö çç è æ p ± 0 < t < Tb (5-112b) e o sinal MSK é s(t) = x(t) coswct – y(t) senwct (5-112c) COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 79 Uma forma de onda de dados de entrada típica, m(t), e as formas de onda de modulação em quadratura x(t) e y(t) resultantes, estão representadas na figura 5-34. Figura 5-34 – Formas de onda das componentes em quadratura do MSK (MSK tipo 2) COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 80 De (5-112a) e (5-112b), e sabendo-se que cos[+pt/(2Tb)] = cos[pt/(2Tb)] e sen[+pt/(2Tb)], vemos que sinal +1 de m(t) durante o intervalo (0, Tb) afeta somente y(t) e não x(t) no intervalo de sinalização de (0,2Tb). Também concluímos que o pulso sem[pt/(2Tb)] de y(t) dura 2Tb segundos. Similarmente, pode ser visto que o sinal +1 de m(t) no intervalo (Tb, 2Tb) afeta somente x(t) e não y(t), no intervalo (Tb, 3Tb). Em outras palavras, os dados binários de m(t) modulam alternadamente as componentes x(t) e y(t), e a forma do pulso para os símbolos x(t) e y(t) (que têm duração 2Tb, ao invés de Tb) é senoidal, como ilustrado na figura. Portanto MSK é equivalente à OQPSK com formato de pulso senoidal. As formas de onda x(t) e y(t) apresentados na figura 5-34 ilustram o chamado MSK tipo II [Bhargava, Haccoun, Matyas e Nuspl, 1981], onde a forma de pulso básica é sempre uma semi-cossenóide positiva. Para os dois tipos de MSK Tipo I e Tipo II, pode-se mostrar que não existe uma relação um-para-um entre os dados de entrada m(t) e as frequências de marca e espaço resultantes, f1 e f2, no sinal MSK. Isto pode ser demonstrado avaliando-se a frequência instantânea, fi, como uma função dos dados apresntados por m(t) durante os diferentes intervalos de bit. A frequência instantânea é fi = fc + (1/2p)[dq(t)/dt] = fc+ DF, onde q(t) = tan-1[y(t)/x(t)]. O sinal + é determinado pela técnica de codificação (Tipo I ou II) que foi usada para se obter as formas de onda x(t) e y(t) em cada intervalo de bit, Tb, assim como o sinal do dado em m(t). Para dar uma relação de frequência um-para-um entre um sinal MSK tipo I e o sinal FSK com h = 0,5 correspondente, chamado sinal FFSK (“fast frequency-shift keyed”), chaveamento de deslocamento de frequência rápido, a entrada de dados do modulador FSK tipo I é primeiro codificado diferencialmente. Exemplos de formas de onda para MSK tipo I e II, e para FFSK podem ser encontrados nas soluções MATLAB para os problemas P5-69 e P5-70. Independentemente das diferenças observadas, FFSK, MSK Tipo I e MSK Tipo II são todos sinais FSK de fase contínua, com amplitude constante, com um índice de modulação de h = 0,5. A PSD para MSK (Tipo I e Tipo II) pode ser avaliada do seguinte modo. Devido a x(t) e y(t) terem dados independentes e seus valores DC serem zero, e uma vez que g(t) = x(t) + j y(t), a PSD para a envoltória complexa é rg(f) = rx(f) + ry(f) = 2rx(f) COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 81 onde rx(f) = ry(f) porque x(t) e y(t) tem o mesmo tipo de forma de pulso. Quando usamos (3-40) em (3-36a) com uma largura de pulso de 2Tb, esta PSD fica rg(f) = 2 b )f(F T 2 (5-113) onde F(f) = Á[f(t)] e f(t) é a forma do pulso. Para o MSK com forma de pulso semi-cossenoidal, temos: f(t) = ï ï ï î ï ï ï í ì <÷÷ ø ö çç è æ p fora,0 Tt, T2 t cosA b b c (5-114a) e a transformada de Fourier é: F(f) = ])fT4(1[ fT2cosTA4 2 b bbc -p p (5-114b) Portanto, a PSD para a envoltória complexa de um sinalMSK é 2/A 2c . A PSD para MSK é prontamente obtida pela translação do espectro até a frequência portadora, como descrito por (5-2b). Esta PSD da envoltória complexa para MSK está ilustrada pela curva sólida na figura 5-35. COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 82 Figura 5-35 – PSD para a envoltória complexa do MPSK, QPSK e OQPSK, onde R é a taxa de bit (estão apresentadas as frequências positivas). Para comparação, as PSD correspondentes para as envoltórias complexas de OQPSK e QPSK estão ilustradas pelas curvas tracejadas. Existem outras técnicas de modulação digital, tal como a TFM (tamed frequency modulation) que possui melhores características espectrais do que o MSK (DeJager and Dekker, 1978, Pettit, 1982; Taub and Schilling, 1986]. Além disso a forma de pulso ótimo para ocupação espectral mínima dos sinais tipo FSK foi determinada. [Campanella, Lo Faso and Mamola, 1984]. Os sinais MSK podem ser gerados usando-se qualquer um dos vários métodos, como ilustrado na figura 5-36. Figura 5-36 – Geração de Sinais MSK COMUNICAÇÃO ANALÓGICA E DIGITAL 2 Universidade Federal de Uberlândia Departamento Engenharia Elétrica 83 A figura 5-36a ilustra a geração do FFSK (que é equivalente ao MSK tipo I com codificação diferencial dos dados de entrada). Aqui é usado um simples modulador tipo FM tendo um pico de desvio de DF = 1/(4Tb) = R 4 1 ÷ ø ö ç è æ . A figura 5-36b ilustra um modulador MSK tipo I que é uma implementação de (5-112). Este é o chamado método paralelo de geração MSK uma vez que são usados canais em fase (I) e em quadratura de fase (Q) paralelos. A figura 5-36c ilustra o método serial de geração MSK. Nesta solução, primeiro é gerado BPSK numa frequência portadora de f2 = fc - DF que, após a filtragem passa-faixa em torno de f1 = fc + DF, produz um sinal MSK com uma frequência portadora de fc. (ver problema 5-72 para demonstração que esta técnica é correta). Mais propriedades do MSK são dadas por Leib and Pasupathy, 1993. As seções 5-9, 5-10 e 5-11 a respeito de técnicas de sinalização passa-faixa estão resumidas na Tabela 5-7. Aqui as eficiências espectrais de vários tipos de sinais digitais estão apresentadas usando-se dois critérios de largura de faixa diferentes, a largura de faixa nulo-a-nulo e a largura de faixa de 30 dB. Evidentemente, um maior valor de h indica uma melhor eficiência espectral. Pode-se ver que o MSK se classifica melhor ou pior do que o QPSK e do que o QAM 64, dependendo do critério de largura de faixa usado. Quando do projeto de sistemas de comunicação, cuida-se do custo e desempenho quanto ao erro, assim como da ocupação espectral do sinal. O tópico de desempenho quanto ao erro é muito grande para ser discutido nesta seção, ele está discutido na Capítulo 7. Tabela 5-7 – Eficiência espectral de sinais digitais
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