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Princípio da responsabilidade subjetiva Para que se possa punir o fato como crime, alguém tem que ser culpado (responsável), para que haja crime, o sujeito tem que ter sido responsável por alguma coisa. No Art. 18. C.P, diz que para ser responsável o agente tem que ter cometido dolo ou culpa. Artigo 18, inciso I do Código Penal, diz o seguinte: doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; Para considerar dolo é necessário a presença desses dois fatores: vontade e consciência, caso o contrário não há crime doloso. Momento volitivo (vontade): O agente querer realizar a conduta. Consciência: O agente tem que ter a consciência que está comentando um crime. Dentro do crime doloso temos 3 teorias. Teoria da vontade: vontade livre de querer praticar a ação penal. Ex: Se o agente for coagido, sofrer uma coação física para praticar um ato criminoso, ele não comete um crime, haja vista, que não houve vontade do agente. Teoria do assentimento: O agente prevê o resultado como possível, e mesmo não querendo, não se importa com sua ocorrência assumindo o risco de produzi-lo. Ex: O agente fura o sinal vermelho, tendo consciência que pode atropelar um pedestre, mesmo assim, não se importa com o resultado. Teoria da representação: O agente prevê o resultado como possível, ainda assim opta por continuar a conduta. O dolo pode ser dividido em duas formas: direto e indireto. Direto: define-se como dolo direto em que o agente quer efetivamente cometer o crime. Ex: O agente saca seu revolver e atira em seu inimigo querendo mata-lo. O dolo direto é subdividido em duas partes: Dolo direto de 1º grau: O resultado é desejado pelo agente. Ex: O agente quer matar alguém, vai lá e mata. Dolo direto de 2º grau: o agente quer um resultado direto, mas para ser realizado naquele momento, terá vítimas como consequência necessária. Ex: O agente quer matar um motorista de ônibus, o sujeito então coloca uma bomba no ônibus, a bomba explode matando o motorista e os passageiros. Nesse caso, o motorista é configurado como dolo direto de 1º grau, e os passageiros como crime direto de 2º grau. O dolo indireto, também é subdividido em duas partes. Eventual O agente prevê o resultado e embora não o queira, não se importa com sua eventual produção, assumindo o risco de produzi-lo. Ex: O semáforo está fechado, o motorista avança o sinal vermelho, sabendo que ali poderia haver pedestres, podendo ocorrer um atropelamento. Então ele prevê o resultado, embora ele não queira atropelar ninguém, mas não se importa com a eventual produção do resultado. Alternativo A vontade do agente é direcionada de maneira em relação: (Ao resultado) alternativamente objetivo. Ex: “A” atira em “B” querendo mata-lo ou feri-lo, o resultado não faz diferença. (A pessoa): alternativamente subjetiva Ex: “A” visualiza “B” e “C” e atira contra eles, se “B” ou “C” for atingido, tanto faz para “A”. Dolo geral Quando o agente achando que obteve o resultado, pratica uma segunda ação com outra finalidade, e só então ocorre o resultado inicialmente pretendido. Ex: o agente desfere sete facadas contra a vítima, essa vítima não morre nesse exato momento, achando que tinha consumado o fato, o agente joga a vítima no rio, e ela morre por afogamento. Crime culposo O crime culposo está previsto no artigo 18, II, do Código Penal Brasileiro com a seguinte redação: II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. De fato, ocorre no crime culposo, o agente não tem a intenção de cometer o crime. Ele deixa de observar um dever de cuidado, por imprudência, negligência ou imperícia, ou seja, o resultado indesejado acaba ocorrendo não por vontade do agente, mas por uma falta de atenção deste, que poderia ter evitado o ato ilícito. Imprudência: aquele que pratica uma ação sem observar o dever de cuidado que seria normal de qualquer pessoa, como por exemplo, dar uma marcha ré no carro sem olhar para trás. Negligência: é quando o agente deixa acontecer uma situação, que se tivesse agido com a devida cautela, não aconteceria, ou seja, por descuido ou omissão não tem a atenção necessária e acaba deixando acontecer. Ex.: o pai que deixa uma arma em local acessível a uma criança. Imperícia: decorre de erro no exercício da arte, profissão ou ofício, ou seja, a pessoa age sem a aptidão e a prática necessária para a realização de determinada atividade, como por exemplo, quando um médico no exercício de sua profissão, causa dano a um paciente.
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