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� EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ÍNDICE 1 – RELÉS DE PROTEÇÃO ............................................................ 01 2 – CURTO-CIRCUITO..................................................................... 06 3 – PROTEÇÃO DE REDES............................................................. 11 4 – PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES................................... 20 5 – COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO............................................. 27 6 – PROTEÇÃO DE LINHAS............................................................ 31 ANEXOS .................................................................................... 42 � 01 – RELÉS DE PROTEÇÃO – INTRODUÇÃO Quando se fala em proteção de uma rede elétrica, de um gerador, de um transformador ou de uma linha de transmissão, ocorre-nos de imediato a imagem de um relé de proteção. Quando entramos em uma sala de comando vemos, juntamente com os Amperímetros, Voltímetros, medidores, etc., diversos tipos de relés. – O PAPEL DO RELÉ O relé é instalado para proteger um determinado circuito (equipamento) contra condições anormais (defeitos). Para proteger um circuito (ou um equipamento) o relé deve: Ficar sentindo a grandeza que sofrerá alteração com o defeito. Por ex.: um curto-circuito é percebido pelo aumento de corrente. Ficar comparando o valor desta grandeza com um valor de ajuste. Comandar se este valor ultrapassar o valor de ajuste*, as operações de: Desligamento de disjuntores; Sinalização acústica e ótica (visual); Acionamento de dispositivos contra incêndios; etc. O relé poderá fazer um, alguns ou todos estes comandos, conforme seja o caso. * Para um relé de sobre, sub (subtensão por exemplo) a grandeza controlada deve ficar abaixo do valor de ajuste para que haja comandos. – CONSTITUIÇÃO BÁSICA DO RELÉ Basicamente todos relés têm 3 elementos: Elemento sensível: fica “sentindo” a grandeza controlada; Elemento de comparação: compara a grandeza controlada com o valor de ajuste; Elemento de comando: executa os comandos citados na página anterior: abertura de disjuntores, sinalizações, etc. Observações: Os elementos (ou órgãos) constituintes básicos dos relés, têm os seguintes sinônimos: Elemento sensível ou elemento motor; Elemento de comparação ou elemento antagônico; Elemento de comando ou contatos. – UM RELÉ ELEMENTAR O relé de sobretensão, no circuito acima, atua quando a tensão ultrapassa o valor de ajuste, provocando: Sinalização sonora; Sinalização luminosa. – QUESTIONÁRIO Quais são os elementos básicos de um relé? Dê a função de cada um. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Identifique na figura abaixo os elementos básicos do relé. Qual é a grandeza controlada pelo relé da fig. 4? ________________________________________________________________ Quais os comandos executados pela atuação do relé da figura 4? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ � 02 – CURTO-CIRCUITO 2.1 – INTRODUÇÃO Quase sempre quando falamos em anormalidades em um circuito ou equipamento elétrico, associamos a tais anormalidades, a existência (ou possibilidade de existir) de curto-circuito. Como exemplos comuns de anormalidades podemos citar: Ruptura de cabos com consequente quedas; Choque acidental entre duas fases; Animais (isto é bastante comum em cubículos de 13,8 kV, onde raposas, gambás, pássaros e outros, volta e meia provocam contatos entre duas fases ou entre fase e terra). As anormalidades acima citadas, bem como tantas outras, comuns na vida do operador, resultam em curto-circuito. No capítulo anterior vimos que proteção nos lembra relés, na realidade proteção lembra RELÉS e CURTO-CIRCUITO. 2.2 – CONCEITO DE CURTO-CIRCUITO Experiência Na experiência acima, temos um transformador alimentando uma carga; a bobina B representa um certo comprimento de linha. A impedância* calculada a partir dos valores de tensão e de corrente é: Z = V I * Em corrente alternada, ao quociente V/I dá-se o nome de impedância (e não resistência); sua unidade é a mesma da resistência e também representa uma “dificuldade” à passagem da corrente. Uma diminuição brusca na impedância, pela colocação de um condutor em paralelo com a carga, resulta num curto-circuito, e observamos: um aumento acentuado de corrente; uma queda de tensão. V = I = Como fica o conceito então de curto-circuito? “Curto-circuito é a diminuição brusca da impedância do circuito com conseqüente aumento de corrente e queda de tensão”. Esta corrente elevada provoca aquecimento excessivo nos condutores e equipamentos. O aquecimento poderá danificar os equipamentos. Dois fatores devem ser considerados: O valor atingido pela corrente de curto-circuito; O tempo que este curto fica alimentado (a duração do curto). Quais são os tipos de curto-circuito que podem ocorrer num sistema trifásico de neutro aterrado?* * Os sistemas elétricos trifásicos normalmente são de neutro aterrado. 2.3 – TIPOS DE CURTO-CIRCUITO NUM SISTEMA TRIFÁSICO DE NEUTRO ATERRADO Curto fase e neutro: 1º - há aumento na corrente da fase e do neutro; 2º - há corrente de terra. Curto fase e fase: 1º - há aumento nas correntes das fases envolvidas; 2º - não há corrente de terra. Curto duas fases e terra: 1º - há aumento nas correntes das fases envolvidas; 2º - há corrente de terra. Curto-circuito Trifásico balanceado* 1º - As três correntes se elevam a um mesmo valor; 2º - não há corrente de terra. * Para efeito de estudo os curtos-circuitos trifásicos são sempre considerados balanceados (equilibrados), ou seja, as três correntes são consideradas de mesmo valor. 2.4 – CAUSAS DOS CURTO-CIRCUITOS Os curtos-circuitos podem ser originados pelas mais diversas causas, dentre elas relacionamos algumas: Fogo sobre a linha de transmissão: O fogo provoca dilatação dos cabos e diminuição nas propriedades isolantes do ar. Com a dilatação a distância entre os cabos pode diminuir, isto, aliado à diminuição da resistência do ar, pode resultar em curto-circuito. Contato entre fases ou entre fase e neutro; Energização de uma linha com a chave terra fechada; Animais; Deterioração da isolação de um equipamento: devido a sobre-aquecimento ou produto químico; Descargas atmosféricas: A descarga atmosférica provoca uma sobretensão na linha, que pode vencer a isolação entre a fase e a torre (que está aterrada) caracterizando um curto-circuito fase e terra. 2.5 – QUESTIONÁRIO: Conceitue curto-circuito: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Cite dois fatores que determinarão o sobre-aquecimento sofrido por um equipamento quando de um curto-circuito, além das condições de refrigeração.* ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Quais os tipos de curtos que podem ocorrer num sistema trifásico de neutro aterrado? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Dos tipos de curto acima, quais têm corrente de terra? ________________________________________________________________________________________________________________________________ Cite quatro causas de curto-circuito? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ * Condições de refrigeração: ter ou não refrigeração forçada; estar ao ar livre ou em ambiente fechado. 03 – PROTEÇÃO DE REDES 3.1 – RELÉS SENSIBILIZADOS PELOS DIVERSOS TIPOS DE CURTOS: Curto fase e terra: Serão sensibilizados o relé da fase envolvida e o relé de terra (o relé de terra é o mais sensível). Curto fase e fase: Serão sensibilizados apenas os relés das fases envolvidas. Não há sensibilização do relé de terra. Curto 2 fases e terra: Serão sensibilizados os relés das fases envolvidas e o relé de terra (o relé de terra é o mais sensível). Curto trifásico balanceado: São sensibilizados os relés das fases envolvidas. Não há sensibilização do relé de terra. 3.2 – EXEMPLOS: 1º - Para um curto-circuito entre a fase azul e a terra serão sensibilizados os relés da fase azul e o relé de terra. 2º - Para um curto-circuito entre as fases azul, branca e terra, serão sensibilizados os relés A e N. 3º - Para um curto entre a fase branca e a terra; como não há relé na fase branca, será sensibilizado apenas o relé de terra. Obs.: a) Nos esquemas das figs. 15 e 16 as correntes primárias e secundárias têm sentidos opostos; é realmente isto o que ocorre nos TC’s, a corrente primária induz uma corrente secundária de sentido oposto. O fato de dois ou mais relés serem sensibilizados por um mesmo defeito, não significa, necessariamente, que todos atuarão. Deve ser considerado que o relé de neutro é mais sensível para defeitos à terra que os relés de fase. Os relés de fase, mesmo tendo ajustes iguais pode ser que na realidade um atua com uma corrente “uma casquinha’ acima do ajuste, e o outro com uma corrente “uma casquinha” abaixo do ajuste; este último será, portanto, um pouquinho mais sensível. Quais são os ajustes do relé de sobrecorrente? 3.3 – AJUSTES DOS RELÉS DE SOBRECORRENTE: Para calcularmos a corrente mínima necessária no primário para atuação de um relé de Fase, devemos conhecer: Os ajustes dos relés; A relação do TC que alimenta o relé. Normalmente os relés de sobrecorrente possuem dois elementos: instantâneo (50) e temporizado (51). 1º - Ajuste do temporizado: O relé possui ajuste de “tap”, que significa sua mínima corrente de atuação. Ex.: um relé que esteja ajustado no “tap” 6A, significa que qualquer valor, acima de 6 A que passar por ele provocará a partida do elemento temporizado. Se esta corrente persistir além do tempo de ajuste, o relé operará. Além do ajuste do tap, há também o ajuste da curva de tempo, que define um maior ou menor tempo de atuação do relé, para um mesmo defeito. 2º - Ajuste do instantâneo: No relé ICM o instantâneo é ajustado em função do tap. Ex.: Temos o seguinte ajuste: TAP: 6 A INST.: 4 x I Significa que o ajuste do instantâneo equivale a 4 x 6 = 24 A; ou seja, qualquer corrente acima de 24 A provocará a atuação do elemento instantâneo do relé. No relé IAC (e em outros) o ajuste do instantâneo dá diretamente, o valor mínimo de corrente que deverá passar pelo relé para sua atuação (atuação do instantâneo. Ex.: Temos o ajuste: INST.: 20 A Significa que com qualquer corrente acima de 20 A o elemento instantâneo do relé atuará, independentemente do “tap”. 3.3.1 – OUTROS TIPOS DE RELÉS PAINEL FRONTAL PARA RELÉS DO TIPO INI, IMI, IEI 3.4 – DETERMINAÇÃO DA CORRENTE MÍNIMA DE ATUAÇÃO (NA LINHA) Exemplo 1: No sistema abaixo: Dados os ajustes dos relés: FASE: TAP = 6 A INST. = 8 x I NEUTRO: TAP = 1,2 A INST. = 8 x I Qual a mínima corrente na linha para a partida do elemento temporizado do relé de fase? Qual a mínima corrente na linha para atuação do elemento instantâneo do relé de fase? Qual a mínima corrente de terra para partida do elemento temporizado do relé de terra? Qual a mínima corrente de terra para atuação do elemento instantâneo? RESOLUÇÃO Corrente mínima na linha para atuação do elemento temporizado. A relação no TC (RTC) é: RTC = 100 = 20 5 Isto significa que para cada ampére no secundário do TC, teremos 20 ampéres na linha. Como o relé está no tap 6 A, então na linha precisaremos: ILINHA = 6 x 20 = 120 A Para calcular a corrente mínima na linha para atuação do elemento temporizado basta fazermos: I = RTC x tap Corrente mínima na linha para atuação do elemento instantâneo. Sendo: TAP = 6 A INST = 8 x I Então a corrente mínima de atuação no relé é: IRELÉ = 8 x 6 = 48 A A corrente no primário do TC, será: I = RTC x IRELÉ I = 20 x 48 = 960 A (instantâneo - fase) A mínima corrente no relé é: IRELÉ = ITAP = 1,2 A A mínima corrente de terra será: ITERRA = RTC x ITAP ITERRA = 20 x 1,2 = 24 A (temporizado – neutro) Analogamente, para o instantâneo temos: IRELÉ = 8 x 1,2 = 9,6 A ITERRA = 20 x 9,6 = 192 A Os ajustes dos relés nos dão as correntes mínimas para os relés (IRELÉ) multiplicando estas correntes pela relação dos TC’s, teremos as correntes nas linhas ou de terra conforme seja o caso. ILINHA = IRELÉ X RTC 3.5 – QUESTIONÁRIO: Acrescente ao circuito abaixo, o sistema de proteção formado por 2 relés de fase e 1 relé de neutro, com elementos instantâneos e temporizados, utilizando 3 TC’s. No circuito acima, sendo A o relé da fase azul, V o da fase vermelha e N o relé de terra, colocar V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa. Para um curto-circuito entre a fase azul e terra serão sensibilizados os relés A e N. O relé mais sensível para esta falta é o relé A; ( ) Para a falta entre a fase azul e terra serão sensibilizados A e N. O relé mais sensível para esta falta é o N. ( ) Para um curto entre as fases azul e branca, sem terra, atuarão A e N; ( ) Para um curto entre as fases azul e branca, sem terra, atuará o relé A.( ) Para um curto-circuito duas fases e terra, qual o relé mais sensível? _____________________________________________________________ Para um curto trifásico balanceado, haverá ou não atuação do relé de terra? _____________________________________________________________ Com que corrente no alimentador partirá o elemento temporizado de um relé de sobrecorrente que esteja conectado ao secundário de um TC de 200/5 A, e ajustado no tap 6 A? _____________________________________________________________ Com que corrente mínima deve atuar o instantâneo de um relé ICM, ajustado no tap 8 A e inst. 4 x I, conectado a um TC de 150/5 A? _____________________________________________________________ 04 – PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES 4.1 – A PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DO TRANSFORMADOR Ocorrendo um curto-circuito internonum transformador é altamente desejável que haja desenergização do transformador o mais rápido possível. Em princípio poderíamos usar relés de sobrecorrente para proteger o transformador contra curtos-circuitos internos. Observando a figura abaixo podemos concluir que se os relés de sobrecorrente do transformador (os que atuam sobre os disjuntores 1 e 2) tiverem atuação instantânea, os disjuntores 1 e 2 poderão ser desligados para curtos-circuitos ocorridos nos alimentadores. Isto não é conveniente, conforme veremos no capítulo 05. Regra geral, estes relés não têm atuação instantânea por estarem coordenados com os relés dos alimentadores. Dizemos que os relés de sobrecorrente do transformador o protegem contra curto-circuitos externos e são retaguarda dos relés dos alimentadores. No capítulo 5 falaremos em coordenação da proteção e proteção de retaguarda. Precisamos de um relé que proteja transformador contra curtos-circuitos iternos. Este relé deverá atuar instantaneamente para curtos internos e não ser sensibilizado para curtos externos. Qual será este relé? 4.2 – A PROTEÇÃO DIFERENCIAL PARA TRANSFORMADOR Consideremos o seguinte sistema: Havendo uma corrente de, por exemplo, 2000 A no secundário, a corrente primária será de 200 A – você sabe por quê? Se a corrente secundária passar para 1000 A, a corrente primária será de 100 ª Observe que para o transformador da figura 23 a corrente secundária será sempre 10 vezes maior que a primária. “Há uma relação constante entre as correntes secundária e primária do transformador. Esta relação é inversa à (relação) existente entre as tensões primária e secundária”. Isto vale, inclusive, para situações de curtos externos ao transformador. Ainda considerando a fig. 23, ocorrendo um curto-circuito na barra de 13,8 kV que determine, por exemplo, 10.000 A no secundário do transformador, a corrente primária será de 1.000 A. Colocando TC’s de alta e TC’s de baixa com relação adequada, podemos fazer com que em situação de carga normal ou, em caso de curtos externos aos TC’s, as correntes secundárias (dos TC’s), i1 e i2 sejam iguais. Ocorrendo um curto-circuito interno ao trafo (ou em qualquer ponto entre os TC’s de AT e os TC’s de BT), i1 e i2 continuarão iguais? Ocorrendo um curto-circuito interno (qualquer ponto entre os TC’s) haverá uma diferença entre i1 e i2 , um relé colocado segundo o esquema abaixo, detetará este equilíbrio. O relé diferencial (87) deteta a diferença entre i1 e i2 (corrente diferencial). Esta diferença só ocorre quando de curtos internos. Quais as grandes vantagens da proteção diferenciada? A proteção diferencial é altamente seletiva, isto é, atua apenas para curtos internos. Quando de um curto-circuito externo, num alimentador, por exemplo, o relé 87 não será sensibilizado. Este curto será eliminado pelos relés de sobrecorrente. Já que não há risco do relé diferencial atuar para curtos externos, ele é construído de forma a ter uma atuação muito rápida para os curtos internos. Em síntese, a proteção diferencial é: Rápida e seletiva. 4.3 – PROTEÇÃO BUCHHOLZ (63): As faltas nos transformadores imersos em óleo, podem ser ocasionadas pela má conexão entre condutores, por curto-circuito entre espiras, por falha no isolamento do enrolamento para terra e por curto-circuito entre espiras de diferentes fases. Estas faltas dão origem à formação de arco voltaico sob o óleo ou uma elevação de temperatura acima da permissível por normas, mesmo que o transformador não esteja trabalhando a plena carga. Para a proteção do transformador contra estes defeitos, M. Buchholz idealizou o relé de gás. O relé possui dois flutuadores (bóias) ou um flutuador e uma lâmina de pressão, conforme o modelo. O relé é instalado entre o tanque principal do transformador e o tanque de expansão, ligados por um tubo inclinado de 1,5 a 2º, para permitir o fácil deslocamento do gás. A seta no corpo do relé deve ser dirigida para o tanque de expansão. A 350 ºC, há decomposição do óleo isolante e consequentemente, há produção de gases. Na ocorrência de faltas menores, internas ao transformador, haverá fraca formação de gases. Por efeito da gravidade, estes gases tenderão a subir no sentido do tanque de expansão, através do óleo e ocupar o topo do relé. Com isso, haverá o abaixamento do nível do óleo no relé, fazendo com que a bóia F abaixe-se e feche um contato solidário a ela; este contato fará soar o alarme. Na ocorrência de faltas mais graves, internas do transformador, haverá um intenso aquecimento e formação de gases que serão forçados para o tanque de expansão. A lâmina V (ou bóia) por pressão que depende da velocidade do óleo e gás, fecha um contato solidário a ela. O contato desliga todas as fontes de energia ligadas ao transformador. Ressaltamos a importância da atuação do relé Buchholz para faltas incipientes (defeitos iniciantes, pequenos faiscamentos). Estes defeitos não oferecem riscos imediatos mas, tendem a aumentar. O relé apenas sinalizando possibilita que se programe a desenergização do transformador em momento adequado, conforme as condições de carga. 4.4 – RELÉS TÉRMICOS: 4.4.1 – Temperatura do óleo (26): Uma sobrecarga prolongada ou defeito no sistema de refrigeração podem determinar aquecimento excessivo do transformador. Usam-se relés termoelétricos que detetam a temperatura do óleo com as funções abaixo. A título de ilustração damos valores de ajustes. Estes ajustes são exemplos podendo ser maiores ou menores, conforme o transformador em questão: Um ponteiro indica a temperatura instantânea do óleo; Um ponteiro “bobo” indica a temperatura máxima num período; Um contato ajustado em 75º sinaliza (alarme sonoro e luminoso ou apenas luminoso), quando o óleo atinge essa temperatura. É a atuação do primeiro estágio do relé; Um contato ajustado em 85º C desenergiza o transformador quando o óleo atinge essa temperatura. É a atuação do 2º estágio do relé. 4.4.2 – Temperatura do Enrolamento (49): Quando de uma sobrecarga há, primeiramente, aquecimento dos enrolamentos do transformador e isto provoca aquecimento do óleo. Observe que o aquecimento do óleo, face ao seu volume, ocorre com lentidão. Muitas vezes cessa uma sobrecarga que embora tenha causado aquecimento excessivo – dos enrolamentos não chega a aquecer em demasia o óleo. Com a finalidade principal de proteger o transformador contra sobrecargas são utilizados relés térmicos para o enrolamento. O relé térmico do transformador recebe o nome de imagem térmica pois, ele não deteta diretamente a temperatura do enrolamento e sim a temperatura determinada num bulbo de óleo, por uma resistência alimentada pelo secundário de um TC de bucha, figura 26, a temperatura do enrolamento depende da corrente de carga; logo uma “imagem” desta corrente nos fornecerá uma “imagem” da temperatura do enrolamento. � A imagem térmica possui: Um ponteiro para indicação da temperatura instantânea do enrolamento; Um ponteiro “bobo” (ponteiro de arrasto) para indicar a máxima temperatura num período; Um contato para ligar a ventilação forçada, se houver, ajustado geralmente em torno de 75º C; Um contato de primeiro estágio, ajustado geralmente em 80 ou 85º C provocando apenas sinalização; Um contato de 2º estágio geralmente ajustado em 95º C que provoca desenergização do transformador. 4.5 – QUESTIONÁRIO: Qual é a função dos relés de sobrecorrente instalados para proteção do transformador? Qual é a função da proteção diferencial dos transformadores? Dado o esquema: Ocorrendo um curto-circuito em P a proteção diferencial: a – ( ) deve operar.b – ( ) não deve operar. Qual é a proteção do transformador que deteta faltas incipientes (faltas “iniciantes”)? ________________________________________________________________________________________________________________________________ Qual é o princípio de funcionamento do relé Buchholz? ________________________________________________________________________________________________________________________________ Qual é a proteção que protege o transformador contra sobrecarga prolongada? ________________________________________________________________________________________________________________________________ Por quê o relé de temperatura do enrolamento leva o nome de relé térmico? ________________________________________________________________________________________________________________________________ 05 – COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO 5.1 – INTRODUÇÃO: Num sistema elétrico quando ocorre um curto-circuito os equipamentos são submetidos a elevadas correntes que podem danificá-los ou diminuir-lhes a vida útil. O dano para o equipamento será tanto menor quanto mais rápida for interrompida a corrente de curto-circuito. Uma característica altamente desejada no sistema de proteção é a rapidez. No sistema da figura abaixo, ocorre um curto-circuito na saída I: Qual relé deve atuar para eliminar a corrente de curto? O ajuste do R2 pode comandar um desligamento instantâneo do disjuntor para este efeito? Para um curto-circuito na saída I, deverá ser desligado o disjuntor 3, pela atuação do relé 3. Desta forma apenas os consumidores da saída I ficarão desenergizados. Num bom sistema de proteção, quando da ocorrência de um defeito, deve ser desconectado do sistema apenas o trecho (o menor possível) necessário, para a eliminação desse defeito. A essa característica chama-se seletividade. 5.2 – COORDENAÇÃO: Na figura 29, para qualquer curto em qualquer uma das saídas, o disjuntor desligado pela proteção deve ser o da saída defeituosa. Sendo assim, o R2 não terá atuação instantânea para curtos nas saídas, pois teríamos, no caso do nosso exemplo, aberturas simultâneas dos disjuntores 2 e 3, o que não seria seletivo. Chama-se coordenação o acerto das diversas proteções para se conseguir seletividade. Comentamos que o relé R2 (fig. 29) não pode ter atuação instantânea pois ficaria descoordenado com as proteções dos alimentadores. Por outro lado, se ocorrer um curto-circuito na barra, é o R2 que deve atuar. Esta atuação não será instantânea, devido a necessidade de coordenarmos este relé com os dos alimentadores. Tivemos que sacrificar o tempo. Quase sempre há sacrifício da rapidez para se conseguir seletividade. 5.3 – PROTEÇÃO PRINCIPAL: Estando as proteções coordenadas, para um curto em P1 atuará o R3 e desligar-se-á o disjuntor 3. Dizemos que o R3 é a proteção principal para defeitos no alimentador I. Da mesma forma R4 é a proteção principal para o alimentador II. Ocorrendo um curto-circuito no barramento de 13,8 kV a proteção principal é o R2, que desligará o disjuntor 2. A propósito, o R2 não pode ter atuação instantânea, você sabe por quê? Se não souber releia o capítulo 5 desde o início. 5.4 – FALHAS QUE PODEM OCORRER NA PROTEÇÃO PRINCIPAL: Consideremos, novamente a figura 30. Muitas vezes ocorre um curto-circuito no alimentador e a proteção principal não desliga o disjuntor (ou disjuntores) por ela comandado. Nesse caso, dizemos que a proteção principal falhou. Você saberia relacionar algumas possíveis causas de falhas na proteção principal? Vejamos se você lembrou destas: Defeito mecânico no relé; Defeito na fiação do relé; Falta de c.c. para comando do disjuntor; * Defeito na fiação do secundário do TC; Erro nos ajustes do relé; Defeito do disjuntor. * OBS.: 1) Nas falhas marcadas com * apesar de não serem do relé, consideramos como falhas do sistema de proteção. 2) Existem muitas outras falhas possíveis, além das listadas. Falhando a proteção principal como ficará o curto-circuito? Colocará todos os equipamentos em risco? 5.5 – PROTEÇÃO DE RETAGUARDA: Ocorrendo um curto-circuito em P1 e falhando a proteção principal R3, então a corrente de curto-circuito será mantida até que dê o tempo de atuação de R2. O relé R2 atua desligando o disjuntor 4, eliminando o curto-circuito. Para o esquema acima o relé R2 é proteção de retaguarda das proteções dos alimentadores. Notas: 1) Sempre que houver a atuação da proteção de retaguarda haverá alguma perda de seletividade e de rapidez; 2) Sempre que um defeito sensibilizar a proteção principal, a proteção de retaguarda será também sensibilizada mas, face ao tempo de atuação, será a principal que atuará eliminando o defeito. A proteção de retaguarda se rearma. 3) Na fig. 32 R2 é retaguarda para curtos nos alimentadores e é proteção principal para curtos na barra de 13,8 kV. 5.6 – QUESTIONÁRIO: No sistema acima, para defeitos nos alimentadores, R3, R4 e R5 são proteções _______________________________ e R2 é proteção ______________________________________. Para um curto no barramento de 13,8 kV, R2 é a proteção ____________________________________________________________. 06 – PROTEÇÃO DE LINHAS 6.1 – RELÉ DIRECIONAL DE SOBRECORRENTE: 6.1.1 – FILOSOFIA Para um curto em P1 devem ser desligados os disjuntores 1 e 2. Observe que os relés R1, R2, R3 e R4 são direcionais de sobrecorrente e para que atuem devem ocorrer duas condições: A corrente ultrapassar o valor de ajuste e, A corrente estar na direcionalidade correta (da barra para a linha). Assim, para um curto em P1 do lado esquerdo apenas o R1 atua; pelo lado direito: - R2 atua: há direcionalidade e sobrecorrente; R3 não atua: não há direcionalidade; R4 há direcionalidade e sobrecorrente, mas R2 atua antes eliminando o curto. 6.1.2 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO ELEMENTO DIRECIONAL 1º) Curto entre A e B: os dois “relés” (wattímetros) “vêem”; 2º) Curto à direita de B: o relé A “vê”; o relé B bloqueia (o defeito foi às suas “costas”); 3º) Curto à esquerda de A: o relé B “vê”; o relé A bloqueia. 6.2 – RELÉ DE DISTÂNCIA 6.2.1 – INTRODUÇÃO Torna-se difícil, e por muitas vezes impossível, conseguirmos coordenação apenas com relés de sobrecorrente, quando temos sistemas com diversos pontos e diversas fontes. Vimos pelos exemplos, que em sistemas relativamente simples, já era grande o sacrifício do tempo. 6.2.2 – IMPEDÂNCIAS VISTAS DE PONTOS DIFERENTES PARA UM MESMO CURTO (NUM MESMO PONTO) A tensão no ponto de curto é 0 e aumenta, conforme se aproxima da fonte; A corrente é a mesma ao longo da linha; Em cada ponto da linha a impedância será dada por: Zp = V no ponto Icc Logo Zp será máximo próximo a fonte, e zero no ponto de curto. 6.2.3 – RELÉ DE MÍNIMA IMPEDÂNCIA Para que o relé atue há necessidade de: Elevação de corrente Diminuição na Diminuição da tensão Impedância Z = V , z = V I I NOTA: Usando o princípio acima, um mesmo relé poderia atuar se estivesse na barra B, e não atuar se estivesse mais longe do curto, isto é, se estivesse em A (fig. 37). Como é que poderíamos usar o relé de mínima impedância, para uma proteção eficaz, no sistema abaixo? 6.2.4 – O ELEMENTO DIRECIONAL NO RELÉ DE DISTÂNCIA R1 – “só enxerga até B” R3 – “só enxerga até C” R2 – “só enxerga até A” R4 – “só enxergaaté B” Suponhamos um curto em P1 R1 – não atua, direcionalidade correta, mas não há subimpedância suficiente; R2 – não atua, direcionalidade oposta; R3 – atua; R4 – atua. Agora analise você um curto em P2. 6.2.5 – FILOSOFIA DA PROTEÇÃO DE DISTÂNCIA Em princípio o relé R1 deve “enxergar” apenas faltas na linha AB. Se o ajustarmos conforme a figura acima, conforme as características das faltas, o relé poderá não “ver” um curto em P2, ou poderá ver um curto em P1. De todo jeito, dois comportamentos indesejáveis. Na realidade, o relé é dotado de 4 unidades de mínima impedância, definindo o que chamamos de zona I, zona II, zona III e zona IV. Zona I – Ajustada para ver 85% da linha, com atuação instantânea; Zona II – Ajustada para cobrir parte da linha adjacente, temporizada; Zona III – Tempo maior que da zona II; Zona IV – Tempo maior que da zona III, não é direcional. 6.2.6 – ESQUEMA SIMPLIFICADO (1 FASE) I, II, III e IV: contatos dos relés de mínima impedância; TI, TII, TIII e TIV: contatos do relé de tempo (TI normalmente já fica fechado); X: relé auxiliar para desligamento; T: relé de tempo (cronométrico). 6.2.7 – VANTAGENS DA PROTEÇÃO DE DISTÂNCIA Fornece proteção de retaguarda remota; Maior sensibilidade; Maior rapidez na eliminação do defeito; Melhor seletividade. RELÉ MULTIPROCESSADO DO TIPO REF 543 APRESENTAÇÃO DO RELÉ MULTIPROCESSADO REF 543 1 - SINALIZAÇÕES 1 – Bloqueado do relé de religamento Led Verde – Religamento Ligado Led Vermelho – Religamento Desligado ( Bloqueado) 2 - Bloqueio do relé Residual Led Verde – Ligado Led Vermelho – Desligado (Bloqueado) 3 - Intertravamento Led Laranja Aceso – Relé Intertravado Led Apagado – Normal 6 - Alimentação Led Verde Aceso – Relé com Alimentação Led Verde Apagado – Relé sem Alimentação Led verde Piscando – Falha de Alimentação 7 - Partida Led Laranja Acesa – Partiu Alguma Proteção 9 -Trip Led Vermelha Acesa –Trip Led Vermelha Piscando – Falha no Disjuntor 12 - Local / Remoto Led “L” Aceso – Comando Via Relé Led “L” Aceso – Comando Via Computador OBS: Só e possivel a mudança da posição / remoto via nível Técnico 13 – Descrição do Evento Quando da ocorrência de partida e/ou Trip da proteção aparecerá no rodapé do mímico o tipo de proteção partida e/ou atuada. Exemplo: NOC3low L1, L2, L3 Sobrecorrente de fase temporizado Fases A, B e C 2 - COMANDO 14 - Seleção Seleciona o objeto a ser Comandado 15 - Comando de Abertura Envia o sinal para Abertura do objeto selecionado 16 - Comando de Fechamento Envia o sinal para fechamento do objeto selecionado 3 - COMUNICAÇÃO 5 - Conector óptico para PC / Notebook 4 – INTERFACE HOMEM – MÁQUINA (IHM) 8 -Teclas direcionais para mudança de telas: Nível operador compreende quatro modos de exibição que são acessados usando-se as setas de direção Estados dos equipamentos – Diagrama Unifilar (mímico) Medições Eventos (Registro de Comandos e atuação de proteções) Alarmes (Funções Externas) 10 - Acesso a nível Técnico para parametrização e ajustes O nível Técnico é acessado pressionando o botão por dois segundos. 11 - Clear No nível operador, no mímico, é usado para resetear a partida e o trip. No nível operador, na tela de eventos, é usado para limpar os registros dos últimos eventos. 5 – TECLA LIVREMENTE CONFIGURAVÉL 4 – Poderá ser eventualmente configurada para uma função específica. 6 – BIBLIOTECA DE PROTEÇÕES NOC3Low – Sobrecorrente de Fase Temporizado NOC3High – Sobrecorrente de Fase Instantâneo NEF1Low – Sobrecorrente de neutro Temporizado NEF1High – Sobrecorrente de Neutro Instantâneo AR5Func – Religamento UV3Low – Subtensão Temporizado OV3Low – Sobretensão Temporizado ANEXOS Características típicas tempo / corrente para relés de tempo normal inverso – Tipo IN � EMBED MSPhotoEd.3 ��� � EMBED MSPhotoEd.3 ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PBrush ��� � EMBED PI3.Image ��� � EMBED PI3.Image ��� E � EMBED PBrush ��� �PAGE �1� � Daniel Morais Luiz e-mail: � HYPERLINK "mailto:dmluiz@gmail.com" �dmluiz@gmail.com� � PAGE �1� �� _1034433225/ole-[42, 4D, FA, 0A, 02, 00, 00, 00] _1034504378/ole-[42, 4D, 5E, D3, 07, 00, 00, 00] _1034507200/ole-[42, 4D, A2, 36, 02, 00, 00, 00] _1034508608/ole-[42, 4D, A6, 45, 03, 00, 00, 00] _1034512488/ole-[42, 4D, 7E, 7B, 07, 00, 00, 00] _1034514488.bin _1035004544/ole-[42, 4D, 9E, 05, 04, 00, 00, 00] _1034832038/ole-[42, 4D, EA, CE, 22, 00, 00, 00] _1034513597.bin _1034509597/ole-[42, 4D, 26, 68, 04, 00, 00, 00] _1034509795/ole-[42, 4D, 16, 32, 03, 00, 00, 00] _1034509527/ole-[42, 4D, EA, B2, 01, 00, 00, 00] _1034507632/ole-[42, 4D, 16, DC, 01, 00, 00, 00] _1034508509/ole-[42, 4D, 8E, C8, 01, 00, 00, 00] _1034507319/ole-[42, 4D, C6, 22, 04, 00, 00, 00] _1034506214/ole-[42, 4D, D2, 99, 02, 00, 00, 00] _1034506576/ole-[42, 4D, 66, 57, 02, 00, 00, 00] _1034506713/ole-[42, 4D, 16, 23, 03, 00, 00, 00] _1034506300/ole-[42, 4D, 2E, 1D, 04, 00, 00, 00] _1034505800/ole-[42, 4D, 6E, 92, 02, 00, 00, 00] _1034505975/ole-[42, 4D, E6, 94, 02, 00, 00, 00] _1034505051/ole-[42, 4D, 92, A6, 01, 00, 00, 00] _1034498646/ole-[42, 4D, 42, C5, 02, 00, 00, 00] _1034498852/ole-[42, 4D, EE, 4F, 01, 00, 00, 00] _1034499017/ole-[42, 4D, 56, 9F, 01, 00, 00, 00] _1034498758/ole-[42, 4D, B6, FB, 01, 00, 00, 00] _1034433480/ole-[42, 4D, BE, 1A, 02, 00, 00, 00] _1034498444/ole-[42, 4D, 36, AF, 00, 00, 00, 00] _1034433372/ole-[42, 4D, 22, 6B, 03, 00, 00, 00] _1034431193/ole-[42, 4D, 86, C6, 03, 00, 00, 00] _1034432311/ole-[42, 4D, EE, 16, 02, 00, 00, 00] _1034432981/ole-[42, 4D, 76, 27, 03, 00, 00, 00] _1034433101/ole-[42, 4D, DE, 81, 01, 00, 00, 00] _1034432838/ole-[42, 4D, 76, 27, 03, 00, 00, 00] _1034431517/ole-[42, 4D, 26, AF, 01, 00, 00, 00] _1034431702/ole-[42, 4D, B2, 56, 01, 00, 00, 00] _1034431356/ole-[42, 4D, F6, 0B,01, 00, 00, 00] _1034429734/ole-[42, 4D, B6, AE, 07, 00, 00, 00] _1034430558/ole-[42, 4D, 7E, 14, 02, 00, 00, 00] _1034430838/ole-[42, 4D, FE, 17, 02, 00, 00, 00] _1034430216/ole-[42, 4D, B6, AE, 07, 00, 00, 00] _914161062.bin _1034429555/ole-[42, 4D, 36, 09, 02, 00, 00, 00] _914160843.bin
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