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Lesão Medular Acadêmico: Rodolfo Cenovicz Lesão Medular Segundo o ministério da saúde é chamado de lesão medular toda injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone medular e cauda equina), podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicoafetivas. Rompimento da comunicação: encáfalo e medula A lesão medular afeta a condução de sinais motores e sensitivos através das áreas lesionadas. Epidemiologia Incidência : de 32 a 52 casos/m Nº casos/ano : 8.000 Sexo : preferencialmente masculino Faixa etária : entre 15 e 40 anos Etiologia Acidentes Automobilísticos → 45% Queda de Altura/ Mergulho → 20% Acidentes Esportivos → 15% Atos de Violência → 15% Outros → 5% Etiologia Traumática (TRM): •Fraturas de coluna • Luxações de vértebras • Compressão medular Não Traumática •Infecciosa • Vascular •Tumoral • Degenerativa Características Clinicas Acima de T1= Tetraplegia Abaixo de T1= Paraplegia Cada raiz de nervo espinhal inerva uma área especifica da pele denominada em Dermátomo, e um grupo de músculos denominado miotómo. Avaliação → identificar se a lesão é completa ou incompleta → ASIA ( Associação Norte-Americana de Lesão Raquimedular) → linguagem universal. ASIA Classificação Completa: ausência de funções motoras e sensitivas Incompleta B: preservação de funções sensitivas mas não motoras Incompleta C: força abaixo de 3 Incompleta D: força muscular acima de 3 Normal Classificação CHOQUE MEDULAR – É a perda de todas as funções neurológicas abaixo do nível da lesão medular. Caracteriza-se por paraplegia flácida e ausência de atividade reflexa. A duração não costuma ser superior a 48 horas, mas pode persistir várias semanas. Nível da Lesão O nível motor da lesão é determinado pela última raiz nervosa que inerva músculos principais para a força (F+). Desde que os músculos acima inervados apresentem força normal. O nível sensorial da lesão é determinado pela última raiz nervosa em que a sensibilidade é normal. Pacientes que sofreram lesão raquimedular podem apresentar níveis diferentes de lesão em hemídios D /E. Lesões A maioria das lesões raquimedulares classificadas como Hiperreflexas ou lesão de neurônio motor superior, apresentam quadro clínico: - Espasticidade, hipertonicidade e reflexos patológicos. Lesões com arreflexia ou de neurônio motor inferior, são observadas quando a lesão atinge nervos periféricos (ex. Cauda equina) ou após infarto da medula espinal. Arreflexia ou NMI apresentam quadro clínico: - Atrofia, hipotonia e ausência de reflexos. Exames complementares Exames Complementares Exames Complementares Alterações Respiratórias Déficit respiratório está diretamente associado a quatro fatores: - nível da lesão, - presença de trauma adicional no momento da lesão - à condição muscular respiratória residual e - do estado respiratório pré-morbido do paciente O ciclo respiratório estará dificultado Ocorrem alterações das fases inspiratória e expiratória da ventilação, → diminuição dos volumes inspiratório e de reserva expiratório → diminuição da ventilação → expansibilidade torácica → efetividade da tosse → dificuldade em eliminar secreções Síndromes medulares parciais Síndrome de Brown-Séquard É uma lesão medular incompleta caracterizada por um quadro clínico que reflete a hemi seção da medula. Ocasiona perda da função motora e proprioceptiva do lado da lesão e perda da sensibilidade a dor e a temperatura do lado oposto. Síndrome da Medula Espinhal Central Principalmente na região cervical e apresenta comprometimento maior dos membros superiores que dos inferiores. Síndrome da Medula Espinhal Anterior Ocorre preservação da propriocepção e perda da função motora e sensibilidade dolorosa (maneira variável). Síndrome da Medula Espinhal Posterior Ocorre perda da sensibilidade profunda (superficial preservada) Disfunção urinária, sexual e vesical Síndromes Medulares - Cauda Equina Lesão isolada dos nervos espinhais da cauda equina. Depende da raiz atingida: - paresia de membros inferiores - arreflexia (SNP) - distúrbio da sensibilidade - incontinência vesical e fecal - ausência de sensibilidade perineal. Siringomielia Definida como uma cavitação tubular da medula espinhal, iniciando-se geralmente na medula Cervical, estendendo-se nos segmentos. A maioria de origem congênita. Porém, processos traumáticos, tumores intravertebrais, processo inflamatório da aracnóide. Perda da sensibilidade superficial bilateral e simétrica no nível da lesão Arreflexia precedida ou não de hiperreflexia, síndrome neurovegetativa Siringomielia Poliomielite A poliomielite = paralisia infantil. É uma infecção viral causada pelo poliovírus. Sintomas parecidos c/ gripe, febre, mal-estar, sonolência, dor de cabeça, dor muscular, corpo dolorido, náusea, vômito, diarréia ou constipação, e dor de garganta. Poliomielite Penetra no organismo pela inalação ou pela boca → temporariamente nos intestinos para reproduzir-se → alcança o sistema linfático → corrente sanguínea → fixar em outros pontos do organismo, sendo os mais frequente: - bulbo, -cerebelo, -cérebro, - medula espinhal Fisioterapia Mudança de decúbitos no leito Cinesioterapia Fisioterapia respiratória Vigilância dos esfíncteres Treino para aquisição de posturas mais altas Orientação à família Fisioterapia – Metas funcionais C4: - Cadeira de rodas motorizada - Dependência em AVD’s - Dependência em transferências - Ortostatismo em prancha C5 • Cadeira de rodas motorizada • Semi-D em AVDs (com adaptações) • Dependência em transferências • Ortostatismo Fisioterapia - Metas funcionas C6 • Cadeira de rodas com pinos em planos • Semi-I nas AVDs (com adaptações) • Semi-D em transferências • Ortostatismo C7 • Cadeira de rodas com pinos • Independência nas AVDs (com adaptações) • Independência em transferências (com tábua) • Ortostatismo Fisioterapia - Metas funcionais C8 • Cadeira de rodas • I nas AVDs • I em transferências • Ortostatismo • Dirige carro adaptado T1-T10 • Cadeira de rodas • Independência nas AVDs e transferências • Dirige carro adaptado • Órtese longa com cinto= ortostatismo Fisioterapia – Metas funcionais T10 – T12 • Órtese longa com cinto + muletas = marcha pouco funcional. L1 – L2 • Órtese longa com apoio isquiático + muletas = marcha para curtas e médias distâncias. L3 – L4 • Órtese curta bilateral + muletas • Marcha funcional Fisioterapia - Metas funcionais L5 • Marcha sem órteses, com muleta ou bengala em ambiente externo.
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