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EMBRAER LIDER MUNDIAL EM JATOS REGIONAIS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Alexandre Alberto Aguiar
Trabalho da Disciplina 
Estratégia Empresarial,
Rio de Janeiro
2016
Estudo de Caso
CASO: Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais
A história da Embraer caminha junto com o esforço do governo brasileiro que desejava incentivar a indústria aeronáutica, pois possui uma grande área territorial e uma infraestrutura limitada. Em 1941, o governo brasileiro cria o ministério da aeronáutica para fiscalizar o setor aeronáutico civil e defesa.
Nos meados dos anos de 40 e 50 criou o centro técnico aeronáutico (CTA), Instituto de tecnologia aeronáutica (ITA) e o instituto de pesquisa e desenvolvimento (IPD) para acolher 50 especialistas alemães em aeronáutica na cidade de São José dos campos - SP.
Em agosto de 1969, o ministério da aeronáutica criou a Embraer para fabricar aeronaves militares e civis, tendo com seu primeiro diretor o oficial da força aérea, Ozires Silva, de 51 anos, formado pelo ITA.
 	No início da sua criação a Embraer, tinha o seu capital controlados pelo governo brasileiro e com isso tinha alguns privilégios, como por exemplo, os órgãos federais brasileiros sempre que possível deveriam comprar de preferência aviões da Embraer.
Em 1971 a Embraer lança o seu primeiro avião para fins militares, o XAVANTE, construído com base em um acordo de licenciamento de uma empresa italiana.
A Embraer teve como os seus primeiros clientes internacionais o Uruguai e Chile, mas logo o sucesso dos aviões desenvolvido IPD conquistaram outros clientes, como as companhias aéreas dos EUA.
O sucesso nas exportações dos aviões bandeirantes para os estados unidos que aumentaram de três aviões bandeirantes em 1979 para trinta e nove em 1981 o que irritou a concorrência americana.
Após o sucesso a Embraer começou a desenvolver outros tipos de aviões de capacidade de 30 passageiros, um sucesso comercial, mas por vezes questionada no ponto de vista financeiro.
Algumas companhias aéreas utilizam prioritariamente aviões desenvolvidos e fabricados pela Embraer, a quantidade de pedidos aumentou que a empresa em 1988 teve que aumentar o seu ritmo de produção passando de três para cinco aviões mês.
	Nas décadas de 80 início de 90 o desempenho da empresa brasileira de aeronáutica apresentou uma queda acentuada devido a problemas econômicos internacional .
Em 1985, depois de longos período de governos militares, o Brasil e argentina, assinam um tratado de cooperação mútua (Mercosul) e decidem que a Embraer iria desenvolver e fabricar, com auxílio da argentina o avião Brasília, com 19 assentos, porém devido às restrições a um empresa estatal, o projeto não foi à frente, pois se estimava um prejuízo de mais de U$ 280 milhões.
Devido as grande crise que o Brasil passava, com inflação anual de mais de 37,000% e a pouca mobilidade da Embraer, por ser estatal, levou a empresa a uma situação devastadora, caindo o faturamento em mais de 177% em cinco anos.
Após a aprovação da privatização da Embraer pelo congresso nacional, em 1994 a empresa foi vendida para um consórcio CBS e pelo banco de investimento americano o Wasserstein Perella.
Após a privatização da empresa, foi escolhido com CEO o Sr. Maurício Botelho, engenheiro mecânico de 53 anos, que trouxe para trabalhar juntamente com ele o Sr. Antônio Manso, diretor financeiro, ambos da oriundo da CBA.
Foram encontrados muitos problemas no início gestão da Embraer, principalmente com os funcionários antigos, que devido a um acordo firmado com o governo não poderiam ser dispensados antes de seis meses.
Em 1997 após a demissão de mais de 1800 funcionários, a Embraer começou a contratar pela primeira vez, o que não ocorria há mais de 10 anos.
A Embraer tratou de instituir um programa de incentivo e que distribuía aos funcionários o equivalente a 25% dos dividendos pagos aos acionistas, como esse incentivo, a partir de 1999 estes valores pagos duas vezes por anos chegaram a três meses de salários.
A Embraer cria um departamento de informações de mercado para a área comercial, desenvolvendo a sua própria metodologia de análise, levando em consideração pontos que as consultorias independentes não consideravam.
As novas aeronaves da Embraer de maior porte de 81 a 110 assentos era competitiva e já no início tinham confirmados 30 pedidos, enquanto suas concorrentes com aviões do mesmo porte não tinham nenhum.
Para continuar competitivo a Embraer busca parcerias, o compartilhamento de risco era obrigatório e não opcional.85 Solicitações de propostas de parceria foram destes apenas 16 foram selecionados.
A participação dos parceiros com Embraer levava as empresas a fazerem parte de fornecimento do sistema inteiro, diferente do que ocorreu nos casos do ERJ145/ 135/140.
Em 1999, foi formada uma equipe de dedicada a fase de definição com Engenheiros, técnicos da Embraer e dos parceiros de risco, após grande avanços na área tecnológica, em fevereiro de 2000, o centro de realidade virtual entrou em operação, dando aos engenheiros e operadores a condição de “passear” virtualmente dentro dos protótipos, naquela ocasião só existiam 20 deste em todo o mundo.
O crescimento da Embraer no mercado internacional levou a uma disputa com a Bombardier do Canadá que foi parar na OMC ,Em 1996 o governo canadense encaminhou uma contestação contra a PROEX (programa de incentivo a exportação), por entender que os procedimentos adotados para os empréstimos feitos aos compradores de aviões da Embraer feriam as determinações OMC. 
Em 25 de outubro de 1999, a Embraer anunciou que um grupo de empresas francesas do setor aeroespacial e de defesa iria adquirir 20% das ações com direito a voto. A Aliança com a empresa francesa foi endossada pelos acionistas da Embraer, principalmente o governo brasileiro que aproveitou para reduzir ainda mais a sua pequena participação na empresa.
A Embraer hoje é reconhecida mundialmente como umas das líderes nos aviões de médio porte, e recentemente uma importante revista de brasileira de negócios elegeu a Embraer como a empresa do ano, descrevendo-a como um ícone nacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GHEMAWHAT. Pankaj, HERRERO. Gustavo A. e MONTEIRO. Luiz Felipe. Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais. Harward/Business/school, 2000. 704-P03

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