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RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA ACADÊMICO: Michael Camargo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Profª Daniela Lopes dos Santos SANTA MARIA, RS, BRASIL 2016 1 Introdução A Resistência Muscular Localizada (RML) é a capacidade do músculo de exercer tensão durante um período de tempo, que pode ser constante ou variável, tentando manter o movimento por tempo prolongado ou fazendo muitas repetições. A RML para Nahas (2003), é a capacidade individual de realizar num maior tempo possível a repetição de um determinado movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. Existem diversos autores da área que subdividem a Resistência Localizada, trataremos da divisão em Aeróbica e Anaeróbica. 2 Resistência Muscular Localizada A Resistência Muscular localizada tem como objetivo desenvolver no indivíduo uma melhor aptidão cardiovascular, seja para executar as tarefas cotidianas, seja para melhorar a resistência nos esportes. Além de: Melhorar a performance em esportes; Condicionamento físico; A estética; A promoção da saúde; Melhora de Doenças Crônicas (McCartney & McKelvie.1996: McCartney et al..,1888). 3 Como treinar? O treino de resistência muscular localizada consistente em simplesmente trabalhar a resistência do músculo, ou seja, o mesmo tem que ser capaz de aguentar tal carga por mais tempo. Repetições; Carga; Intervalo; 4 SNC recruta fibras musculares que melhor respondem a resistência; Fibra vermelha, melhor resiste a esse tipo de trabalho de continuidade de contrações musculares; Consumo de glicogênio muscular por ser uma série mais longa; Consumo de glicogênio de forma anaeróbica, produção de lactato; Glicolise anaeróbica como fonte de energia; Queda do PH muscular, acidose muscular. Sensação de ardência no músculo; 5 Resistência Muscular Localizada Aeróbica É a capacidade do indivíduo em sustentar um exercício que proporcione um ajuste cardiorrespiratório e hemodinâmico global ao esforço, realizado com intensidade e duração aproximadamente longas onde a energia necessária para realização desse exercício provém principalmente do metabolismo oxidativo. 6 Benefícios do treinamento de RML Aeróbica Aumento do volume do coração; aumento do número de glóbulos vermelhos e da taxa de oxigênio transportado pelo sangue; uma capilarização melhorada nos tecidos resultando numa melhor difusão de oxigênio; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de defesa orgânica; redução da massa corporal; melhora da capacidade de absorção de oxigênio; redução da frequência cardíaca no repouso e no esforço; diminuição do tempo de recuperação; pré-disposição para um ótimo rendimento no treinamento de resistência anaeróbia; aumento na capacidade do indivíduo para superar uma maior duração nas sessões de treinamento. 7 Resistência Muscular Localizada Anaeróbica É a qualidade física que permite um indivíduo a sustentar o maior tempo possível uma atividade física numa situação de débito de oxigênio. É a capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou submáxima com insuficiente quantidade de oxigênio, durante um período de tempo inferior a três minutos. O desenvolvimento da resistência anaeróbia em atletas de alto nível possibilita o prolongamento dos esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo do movimento, mesmo com o crescente débito de oxigênio, da consequente fadiga muscular e o aparecimento de uma solicitação mental progressiva. 8 Benefícios do treinamento de RML Anaeróbica Aumento das reservas alcalinas do sangue; aumento da massa corporal; melhoria da capacidade psicológica; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de compensação; melhores possibilidades para os indivíduos apresentarem variações de ritmos durante as performances. EXEMPLO: A musculação é a atividade anaeróbica mais praticada, A musculação é uma série de exercícios de curta duração, com alta intensidade e normalmente com carga. 9 TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA NA PRIMEIRA E SEGUNDA IDADES ESCOLARES A tarefa do esporte escolar e do treinamento de crianças em clubes deve ser a de criar a resistência básica, e não a de estabelecer capacidades especiais de resistência. Devem ser evitadas as intensidades submáximas e máximas, assim como as variações de velocidade (exigência da capacidade anaeróbica) e os ''sprints'' intermediários e finais, pois exigem da criança um tempo de recuperação excessivamente longo (cf. Wasmund-Nowacki, 1978, 68). 10 TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA NA FASE PUBERTÁRIA – PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA A capacidade aeróbica de "performance" de resistência tem seu melhor momento de treinamento: nas meninas, aos 12-13 anos, nos meninos, aos 13-14 anos cf. Koinzer, 1980, 203; Koinzer-Enderlein-Herforth, 1981, 201). O treinamento de resistência deve insistir no volume e não sobre a intensidade. O treinamento de resistência deve ser aplicado em uma medida suficiente para cada aula de esporte, principalmente em jogos. 11 Resistência Muscular Ciclos de Treinamento -Micro/Meso/Macrociclo A variação do treinamento Essa resistência muscular pode variar em: Aeróbica e Anaeróbica e essas se dividem em Dinâmica e estática 12 Circuit Training Todos os Grupos Musculares Carga em torno de 60% da carga de 1RM Tempo de intervalo- 30 segundos a 2 minutos Mínimo 15 repetições De 3 a 6 voltas em circuito 48 horas de descanso ou alternar segmentos 13 Princípios do Treinamento Individualidade Biológica Adaptação Sobrecarga Continuidade Especificidade Reversibilidade 14 Conclusão Em virtude do que foi mencionado entendemos que tanto os treinamentos de RML Aeróbica, quanto a de RML Anaeróbica trazem inúmeros benefícios para a saúde, porém desde que seja orientado por profissionais da área da educação física que tenham entendimento. Em relação a sua aplicação nas idades escolares, devemos levar em conta o método que será usado, pois deve-se exigir do aluno apenas o treinamento da resistência básica e não a de capacidades especiais de resistência. 15 REFERÊNCIAS Ashlyns School – Circuit Training Exemplar Log Book Condicionamento Físico e ao Desempenho, São Paulo: Manole. 2000. Fernandes. J.L. O Treinamento Desportivo: Procedimentos, organização, Métodos. EPU, São Paulo, 1981 DAVIS et al..,1979; POOLE & GAESSER 1985; CESAR et al..,2001 MAZZETI et al..,2000; NAHAS,2001 McCartney & McKelvie.1996: McCartney et al..,1888 Weineck, J. Manual de treinamento desportivo. Porto Alegre: Aritmed, 2001 16
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