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DAMORE, Ticiano M. Ditados um livro para 2010

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
ESCOLA DE MÚSICA 
 
 
TICIANO MACIEL DAMORE 
 
 
 
 
 
 
 
 
DITADOS: UM LIVRO PARA O AUXÍLIO DA PRÁTICA 
DE PERCEPÇÃO MUSICAL EM CASA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2010 
 
 
TICIANO MACIEL DAMORE 
 
 
 
 
 
DITADOS: UM LIVRO PARA O AUXÍLIO DA PRÁTICA 
DE PERCEPÇÃO MUSICAL EM CASA 
 
 
 
Orientador: Professor Ms. Marcus 
André Varela Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2010 
Monografia apresentada ao 
departamento de Graduação da 
Escola de Música da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, 
como exigência parcial para 
obtenção da graduação em 
Licenciatura Plena em Musica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte 
UFRN - Biblioteca Pe. Jaime Diniz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 D163m Damore, Ticiano Maciel. 
 Ditados: um livro para o auxílio da prática de percepção 
musical em casa / Ticiano Maciel Damore. – Natal, 2010. 
 
 57 f. : il. 
 Orientador: Marcus André Varela Vasconcelos. 
 Monografia (Graduação) – Escola de Música, Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, 2010. 
 
 1. Percepção Musical. 2. Ditado Melódico. 3. Ditado Rítmico. 4. 
Educação Musical. 5. Material Didático I. Título. 
RN/BS/EMUFRN CDU 781.68 
 
 
 
TICIANO MACIEL DAMORE 
 
 
 
 
 
DITADOS: UM LIVRO PARA O AUXÍLIO DA PRÁTICA 
DE PERCEPÇÃO MUSICAL EM CASA 
 
 
 
Aprovado em: ____/____/_____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
______________________________ 
Ms. Marcus André Varela Vasconcelos 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
______________________________ 
Dra. Valéria Lazaro de Carvalho 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
______________________________ 
Ms. Amélia Martins Dias Santa Rosa 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao departamento de Graduação 
da Escola de Música da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, como exigência parcial para obtenção 
da graduação em Licenciatura Plena em Musica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus por me dar condições de realizar esse trabalho, 
a meu pai pela força na revisão dos ditados, 
a minha mãe por me apoiar em quase tudo que faço, 
a Aline por me completar em todos os sentidos, 
a meus alunos por servirem de inspiração, 
ao professor Helder Alves de Oliveira pela ajuda, 
a Marcus André pela paciência, sinceridade e rigorosidade. 
 
Dedico esse trabalho especialmente a minha esposa Aline, que no auge 
 da minha tendinite, esteve sempre disposta a digitar o que eu escrevia. 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho propõe a apresentação de um livro de Percepção Musical 
intitulado “Ditados”, contendo ditados melódicos e rítmicos de diversos tipos e níveis 
de dificuldade, frutos de três anos de docência da cadeira na Escola de Música da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tal livro vem acompanhado de dois 
CDs de áudio contendo os ditados gravados. O objetivo deste material é auxiliar os 
estudantes de Percepção Musical no estudo de ditados fora de sala de aula. Em um 
primeiro momento a Percepção Musical como um todo é contextualizada, sendo 
explicados os tipos de exercícios mais comuns nessa área. No mesmo capítulo 
existe uma reflexão de como esta disciplina é vista sobre a ótica de Educação 
Musical e como os autores desta área propõem que ela seja trabalhada. O capítulo 
seguinte traz os resultados de uma pesquisa feita com alunos de Percepção Musical 
dos cursos técnico e superiores da Escola de Música da UFRN, apontando suas 
dificuldades em ditados rítmicos e melódicos e suas dúvidas sobre como estudá-los 
fora de casa. Finalmente, é explicado como o livro foi estruturado, os tipos de 
ditados propostos, os níveis de dificuldades adotados e sua formatação de maneira 
geral. 
 
Palavras-chave: Percepção Musical. Ditado Melódico. Ditado Rítmico. Educação 
Musical. Material Didático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This project proposes an Ear Training book called “Musical Dictation”, which 
contains melodic and rhythmic dictations of several kinds and skill levels, that were 
conceived during a three year experience of teaching the discipline at Escola de 
Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. This book comes with 2 
audio CDs that contain these dictations recorded. The purpose of this material is to 
help the students of Ear Training to study outside the classroom. First the Ear 
Training is contextualized, and the most used exercises are explained. Later in the 
chapter there is a reflection on how the discipline is seen by the perspective of 
Musical Education, as well as how the authors in the field proposes working with it. 
The next chapter brings the results of a research with Ear Training music students of 
Escola de Música da UFRN, pointing their difficulties at musical dictation, as well as 
their misinformation about how to study outside the classroom. Finally, it is explained 
how the book is structured, its types of dictations, its skill levels and its formulation in 
general. 
 
Keywords: Ear Training. Melodic Dictation. Rhythmic Dictation. Musical Education. 
Didactic Material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................... 
1 – CONTEXTUALIZANDO A PERCEPÇÃO MUSICAL................................... 
2 – A PERCEPÇÃO DA PERCEPÇÃO............................................................. 
3 – O LIVRO...................................................................................................... 
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 
REFERÊNCIAS................................................................................................. 
ANEXOS............................................................................................................ 
 
8 
10 
14 
18 
23 
25 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
Decepção musical: esse é o apelido que muitos estudantes de Percepção 
Musical dão para a cadeira, na maioria das vezes obrigatória nos cursos técnicos e 
superiores de música do país. A “decepção” surge quando o rendimento do aluno 
não é igual ao dos melhores da sala, geralmente estudantes com “super ouvido” que 
fazem da disciplina uma passagem feliz e sem dificuldades. Muitas vezes, o 
problema se agrava pelo fato do aluno não contar com material didático que auxilie 
seus estudos de Percepção em casa, limitando-o a fazer exercícios apenas nas 
aulas presenciais. Um ou dois encontros por semana com a disciplina não seriam 
suficientes para o aluno que não nasceu com privilégios auditivos (ou que não teve 
uma boa formação de base) e que precisa de um material de apoio. 
Para o estudo de algumas atividades inerentes à Percepção Musical, como 
identificação de intervalos musicais e identificação de acordes e solfejos (explicados 
no primeiro capítulo) ainda existem algumas formas de aprimoramentoauditivo extra 
classe, como partituras (para os solfejos) e alguns softwares (para os intervalos e 
acordes). A maior dificuldade está no estudo de ditados melódicos e rítmicos fora de 
sala de aula. O material de apoio para esse tipo de atividade é escasso. Em sua 
dissertação de mestrado, Otutumi (2008) constata que as mais extremas 
dificuldades dos alunos de Percepção estão no campo da melodia, principalmente 
com os famosos ditados, e complementa lamentando que há pequena 
movimentação na área de Percepção Musical de forma geral no Brasil. Bhering 
(2003, p.2) afirma que o material didático relativo à Percepção Musical não existe de 
maneira organizada: “O professor acaba utilizando folhas de exercícios 
fragmentados, ficando a cargo de cada um produzir o seu próprio material”. O autor 
desta monografia confirmou essa afirmação na prática, pois, na ausência de um 
material organizado de Percepção Musical, teve que produzir seus próprios ditados 
para aplicar em suas aulas junto à Escola de Música da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (EMUFRN). A experiência de quatro anos em contato com alunos 
de diversos níveis, apresentando as mais variadas dificuldades em ditados 
melódicos e rítmicos foi o principal fator motivacional dessa pesquisa. A intenção 
durante o período era a de poder fornecer um material prático que possibilitasse ao 
aluno a prática de ditados fora da sala de aula. 
9 
 
A proposta desse trabalho é apresentar um livro com ditados melódicos e 
rítmicos que possa auxiliar o estudante de Percepção Musical em seus estudos 
individuais. O material proposto viria acompanhado de dois CDs de áudio que 
conteriam os ditados em si, cada qual com um nível de dificuldade. Tais ditados 
foram concebidos pelo autor do projeto, fruto de uma compilação de três anos de 
ensino da cadeira na EMUFRN (2007 a 2009), tanto no nível técnico quanto na 
Graduação. 
O primeiro capítulo aborda os conceitos e perspectivas da Percepção Musical 
como um todo, tratando da sua importância e contribuição para o amadurecimento 
do estudante de música. Traz também uma discussão sobre a forma como a 
disciplina é vista no Brasil, e sugere a partir de propostas de autores da Educação 
Musical, um viés calcado na experiência do aluno e compreensão da linguagem 
musical ante a simples identificação correta das notas de um ditado. O capítulo 
seguinte traz o resultado de uma pesquisa feita com alunos dos cursos Técnico e 
Superiores da EMUFRN sobre suas dificuldades com a disciplina, acentuando a 
necessidade de um material didático que os acompanhe em seus estudos fora de 
sala de aula. O terceiro capítulo mostra como foi feita a distribuição dos ditados no 
livro a ser proposto, explicando seus capítulos, níveis e metodologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1 – CONTEXTUALIZANDO A PERCEPÇÃO MUSICAL 
 
A disciplina Percepção Musical, antigamente contida na cadeira de “Teoria da 
Música”, é obrigatória na maioria das universidades e conservatórios do País. De 
uma maneira geral, o estudante de Percepção Musical vivencia em sala de aula 
situações musicais que objetivam aprimorar sua percepção auditiva, e com isso, 
melhor prepará-lo para exercer sua profissão de músico. 
Essa vivência é vista como essencial para Jesus, Uriarte e Raabe (2007), que 
afirmam que o desenvolvimento da percepção auditiva é um dos pilares da 
construção do conhecimento musical. É nessa disciplina que a teoria musical 
aprendida nas aulas teóricas se conecta com a prática, pois os exercícios de 
Percepção são relacionados com as informações musicais dos livros de teoria. 
Barbosa (2009) sintetiza a Percepção Musical como um “lugar” de um treinamento 
auditivo baseado na realização de solfejos, ditados e exercícios rítmicos. 
Vemos na prática da maioria dos professores que há seis atividades vistas em 
sala de aula: 
a) Reconhecimento de intervalos musicais – intervalo musical é “a distância 
entre duas notas” (LEONARD, 1996. p. 86). Nessa atividade o aluno escuta 
duas notas (simultâneas ou não) e deve identificar que intervalo existe entre 
elas. 
Ex: 
 
 
b) Reconhecimento de acordes – Esse tipo de exercício exige que o aluno 
identifique que tipo de acorde (três ou mais notas que soam 
simultaneamente) está sendo tocado. Maior, menor, aumentado e diminuto 
são os tipos de acordes mais utilizados nas aulas de Percepção. 
Ex: 
 
 
11 
 
c) Solfejo – para Ferreira (1999) solfejar é ler ou entoar os nomes das notas de 
uma peça musical. Nesta atividade, o estudante deve solfejar trechos 
musicais nas claves mais comuns da prática musical (sol, fá e dó na terceira 
linha). 
Ex. 
 
 
d) Leitura rítmica – o aluno deverá executar com as mãos, outras partes do 
corpo ou voz um exercício rítmico. 
Ex. 
 
e) Ditado melódico (foco dessa monografia) – o professor toca em um 
instrumento (ou gravação) um trecho musical melódico, a uma ou mais vozes, 
e os alunos devem grafar o que conseguem identificar. Geralmente o docente 
anuncia o tom, o número de compassos e a primeira nota do exercício, mas, 
dependendo do nível da turma, mais ou menos informações iniciais podem 
ser passadas. O nível musical dos alunos também deve determinar o número 
de compassos dos exercícios, assim como o número de vozes simultâneas e 
de repetições do ditado. A forma como o ditado é tocado também varia de 
professor para professor, podendo ser apresentado por inteiro ou dividido por 
compassos. 
f) Ditado rítmico (foco dessa monografia) – semelhante ao ditado melódico, 
porém a melodia é substituída por sequências rítmicas, geralmente com o 
som de instrumentos de percussão, sendo, portanto mais simples que o 
ditado melódico, uma vez que não existe o compromisso em identificar a 
altura das notas (mesmo assim, na prática são vistos casos de alunos que 
têm menos dificuldades nos ditados melódicos). Nos anexos desde trabalho 
12 
 
existem vários exemplos de ditados melódicos e rítmicos escritos, que podem 
ser ouvidos nos dois CDs que acompanham a monografia. 
Existem outros exercícios que também desenvolvem a percepção musical, como 
a percepção de modos, cadências e composições de peças e trechos musicais. 
Muitas são também as variações dos exercícios supracitados que vão depender 
tanto da criatividade do professor quanto da resposta de seus alunos. 
Para Otutumi (2008), o desenvolvimento da Percepção Musical é considerado 
pela grande maioria dos educadores como de fundamental importância, pois dá um 
significativo suporte para a carreira do músico além de anteceder sua formação 
profissional, participando no processo de educação musical de base. 
Campolina e Bernardes (2001) também consideram o desenvolvimento da 
Percepção Musical essencial e indispensável na formação de qualquer músico. 
Porém Bernardes (2001) propõe uma discussão sobre a forma como a disciplina é 
lecionada no Brasil. Alega que o método tradicional é calcado nas escolas de música 
da Europa e América do Norte, onde os alunos têm uma diferente cultura e 
formação, e têm o estudo da música incorporado ao seu cotidiano e ao seu processo 
escolar, realidade ainda inexistente no Brasil. De acordo com tal método, o 
treinamento auditivo é visto como "ginástica auditiva", na qual o ouvido musical é 
formado a partir do adestramento para ouvir, reconhecer e reproduzir, podendo não 
formar músicos conscientes da linguagem musical. 
Os exercícios de Percepção deveriam, para a autora, obedecer ao tempo do 
ouvinte, respeitar e direcionar o processo de escuta de acordo com a demanda de 
quem ouve e validá-Io da forma como ele acontece. Barbosa (2005,p.2) concorda 
com a necessidade de uma proposta que deveria tratar a música como linguagem 
e conseqüentemente a “percepção musical como percepção do discurso musical 
e não percepção de elementos musicais, e considerar a experiência musical 
anterior dos alunos”. Grossi (2001) acrescenta que os exercícios tradicionais são 
“formas restritivas de avaliação porque, ao limitar o conhecimento musical a apenas 
uma dimensão da música, desconsidera a natureza diversificada da própria 
experiência musical”. Aborda que os testes atuais de percepção se baseiam em 
formulações como “compare, reconheça e classifique”, e que em sua visão são 
limitados por não levar em consideração a forma como as pessoas vivenciam a 
música de maneira geral. Grossi ainda relata em seu artigo o sucesso alcançado em 
13 
 
um processo seletivo onde o teste de Percepção se baseava na vivência da música 
em vários níveis de aprofundamento, dentre eles, ouvir uma música e escrever 
comentários sobre a mesma, tentar identificar a forma da canção, comentar texturas 
e timbres, identificar a relação entre os acordes da música, identificar a quantidade 
de vozes ouvidas, entre outros procedimentos. Essas técnicas promovem uma 
abertura para uma percepção mais abrangente da linguagem musical. 
As práticas propostas por Campolina e Bernardes (2001) sugerem experiências 
baseadas na compreensão e criação. Ambas são autoras de um livro com ditados 
gravados entitulado “Ouvir para entender ou compreender para criar?”. Tais ditados 
contidos em um CD apresentam coerência melódica e sentido musical. Os alunos, 
antes de tentarem grafar o ditado, podem fazer anotações sobre o que conseguem 
julgar como musicalmente importante, assim como escrever de modo empírico (com 
sinais, desenhos, símbolos) os movimentos melódicos e/ou rítmicos do ditado. Uma 
vez que a estrutura musical do ditado for compreendida, os alunos passam a tentar 
grafar o ditado utilizando a escrita tradicional. Após este processo, as autoras 
incentivam a criação e execução de músicas com base no que foi aprendido com o 
ditado recém ouvido. 
O livro proposto nesta monografia corrobora com as idéias recém apontadas, e 
seus ditados devem ser trabalhados sobre tais perspectivas, servindo de 
ferramentas para a ampliação do desenvolvimento auditivo do aluno e compreensão 
de uma linguagem maior da música. Acredita-se também que as contribuições dos 
autores supracitados sobre a forma de utilização da Percepção Musical, em prol da 
compreensão da linguagem musical como um todo, podem servir como modelo para 
os docentes ainda calcados no modelo ”tradicional”, nem sempre efetivo no Brasil. 
Apresentaremos a seguir, os resultados de uma pesquisa que buscou identificar, 
na opinião dos alunos, a necessidade de um material para o estudo de ditados fora 
de sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 – A PERCEPÇÃO DA PERCEPÇÃO 
 
Uma vez que na opinião dos docentes existe uma carência de material 
organizado para o estudo de Percepção Musical, buscou-se identificar através de 
uma pesquisa a mesma necessidade por parte dos estudantes. Assim, esta 
pesquisa foi feita com 71 alunos da EMUFRN, todos estudantes de Percepção 
Musical de nível técnico e superior. Foram escolhidas turmas de Percepção Musical 
II e IV com a intenção de conhecer as necessidades dos discentes que já têm 
contato com a cadeira há pelo menos um semestre. 
Para a coleta de dados utilizou-se um questionário com quatro questões de 
alternativa única. Marconi & Lakatos (2002) definem questionário como um 
instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem 
ser respondidas por escrito e sem influência do autor do mesmo. Gil (2002) 
acrescenta que em um questionário devem ser incluídas apenas as perguntas 
relacionadas com o tema proposto, com perguntas formuladas de maneira clara, 
concreta e precisa. Com o intuito de evitar distorções nas respostas foi dada 
preferência às perguntas objetivas. Mesmo assim, quando a alternativa exigia uma 
informação suplementar, existia no questionário um espaço destinado para este fim 
(vide anexo A). Durante a aplicação, os alunos receberam o questionário e foram 
informados apenas que se tratava de uma pesquisa sobre Percepção e que as 
questões só tinham uma alternativa a ser marcada, existindo a preocupação de não 
influenciar as respostas dos discentes. 
A primeira questão buscava identificar o curso dos alunos que responderam o 
questionário, com a finalidade de se chegar a possíveis perfis ou tendências de 
algum dos cursos especificamente. O resultado está no quadro abaixo: 
Quadro 01: Curso 
Entrevistados Qtde % 
Nível Técnico 38 53 
Nível Superior 33 47 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
As turmas de Nível Superior eram mistas, e continham tanto alunos do curso 
Bacharelado em Música quanto da Licenciatura em Música, que para o objetivo 
15 
 
deste trabalho serão tratados por um só perfil: Nível Superior. Importante ressaltar a 
quase igualdade entre o número de respondentes dos cursos Técnico e superiores. 
A questão número dois buscava identificar as dificuldades dos alunos em 
perceber e grafar ditados melódicos e rítmicos. 
 
Quadro 02: Dificuldades 
Entrevistados Qtde % 
Sem dificuldades nos ditados 19 26 
Com dificuldades em ditados 
melódicos 
20 28 
Com dificuldades em ditados 
rítmicos 
12 18 
Com dificuldades em ambos 20 28 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Nota-se que a grande maioria dos respondentes (74%) tem dificuldades em 
ditados em geral. Isso fundamenta a preocupação docente em haver material de 
auxílio para alunos de percepção. 
Abordando o foco do trabalho, a próxima questão buscava saber como os 
alunos estão estudando/praticando ditados fora da sala de aula: 
Quadro 03: Estudo fora de sala 
Entrevistados Qtde % 
Não estudam 21 30 
Não sabem como estudar 11 15 
Alguém toca para eles 8 11 
Utilizam softwares 13 18 
Outros 18 25 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Analisando o quadro acima, algumas considerações podem ser feitas. A 
primeira delas é que 45% dos alunos não estudam ou não sabem como estudar 
ditados fora de sala de aula. 11% precisam de terceiros para poder praticar, o que 
dificulta o processo de aprendizagem por depender da disponibilidade desses 
ajudantes. Dos softwares apontados como material de estudo, os mais citados foram 
o Earmaster e o Finale. O primeiro é um complexo programa de treinamento auditivo 
16 
 
que tem a desvantagem de ser pago, e suas opções de preços variam entre U$ 70 a 
U$ 1250. A versão grátis expira em menos de dois meses e tem poucos recursos de 
aprendizagem. Já o Finale não tem como ser utilizado como ferramenta de estudo 
de ditado a não ser que alguém escreva algum exercício nele, o que novamente 
insere o aluno no problema de “depender de terceiros”. Os entrevistados que 
marcaram a opção outros utilizam métodos mais informais como “tirar música de 
ouvido”. Desta forma, entende-se que é real a necessidade de se buscar novas e 
mais acessíveis maneiras de se estudar os ditados, já que os recursos utilizados 
pelos alunos apresentam restrições. 
A questão final tenta descobrir na opinião dos discentes o que poderia lhes 
ser mais útil no estudo de ditados fora de sala de aula. Para isso, foram 
apresentadas alternativas neutras como possíveis soluções para suas dificuldades 
de maneira a não induzir as respostas em direção ao propósito deste trabalho. Os 
resultados: 
Quadro 04: Material de Apoio 
Entrevistados Qtde % 
Livro de ditados com CD 47 66 
Mais aulas e atenção individualizada 15 21 
Vídeo-aulas 3 4 
Maior aprofundamento teórico 6 9 
Fonte: Dados dapesquisa 
 
Dos 71 entrevistados, 47 (66%) e, portanto, sólida maioria, se beneficiaria 
com o produto proposto pelo trabalho, o considerando o mais útil entre as 
alternativas propostas. É importante destacar também a vontade dos alunos em ter 
mais encontros por semana, possivelmente desejando vivenciar a disciplina de 
forma mais intensiva. 
Duas correlações também puderam ser feitas combinando os resultados 
tabulados: mais alunos do nível superior disseram ter dificuldades em ditados – 82% 
contra apenas 66% dos alunos de nível técnico; 74% dos alunos sem dificuldades 
em ditados apontaram que mesmo assim, se beneficiariam do livro proposto. 
Através desta pesquisa, buscamos justificar a importância da criação deste 
material didático para a aprendizagem dos estudantes desta disciplina. Acreditamos 
17 
 
que os dados coletados revelam que existe a necessidade da criação de um material 
desta natureza. A seguir, apresentamos a proposta do livro e a sua respectiva 
estruturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3 – O LIVRO 
 
O livro proposto é por si só, um material didático. Para Santos et all (2006 
p.3), antes da escolha e/ou produção de qualquer material didático, é imprescindível 
que se questione: “que conteúdos vão ser trabalhados no curso, que visões e 
representações serão privilegiadas? Como o conteúdo vai ser organizado? Como é 
o modo e a forma desse conteúdo?”. Considerando importantes tais considerações, 
o presente capítulo busca respondê-las, assim como especificar os conteúdos 
musicais aos quais o material se propõe. 
“Ditados” foi pensado para alunos de Percepção Musical dos cursos Técnico 
e superiores (Bacharelado e Licenciatura) de Música. Portanto, espera-se que eles 
já tenham tido uma iniciação musical básica de percepção de graus conjuntos, 
reconhecimento de fórmulas de compassos, etc. O objetivo do livro é auxiliar o aluno 
de Percepção Musical em seus estudos particulares e não dispensá-lo das aulas. É 
importante ressaltar que o produto não tem a intenção de ser seqüencial, ou seja, o 
leitor não deve segui-lo do início ao fim. A finalidade é auxiliar o aluno em diferentes 
tipos de ditados de acordo com o que estiver vivenciando em sala de aula naquele 
momento. 
O livro é dividido em dois níveis de dificuldade. O primeiro apresenta 
exercícios musicalmente mais simples. São eles: 
• Ditados melódicos a uma voz; 
• Ditados melódicos a uma voz com modulação; 
• Ditados melódicos a duas vozes; 
• Ditados melódicos a duas vozes com modulação; 
• Ditados rítmicos a uma voz; 
• Ditados rítmicos a uma voz com compassos alternados e variáveis; 
• Ditados rítmicos a duas vozes; 
• Ditados rítmicos a duas vozes com compassos alternados e variáveis. 
 
Souza (2004 p.1) aponta que como fato social, a música não pode ser tratada 
descontextualizada de sua produção sociocultural, defendendo a necessidade de se 
trabalhar “a relação que crianças e adolescentes mantêm com a música, e não se 
limitar ao estudo da prática ou do consumo musical meramente por seu conteúdo ou 
19 
 
gênero”. Para a autora, a dificuldade está em se comunicar musicalmente utilizando 
como ferramentas as relações sociais dos alunos, seus costumes, suas idéias, suas 
origens. Compactuando com tais pensamentos, os ditados rítmicos e ditados 
melódicos a uma e duas vozes (em claves de Sol e Fá, respectivamente) buscam 
muitas vezes ativar as memórias musicais dos estudantes, utilizado fórmulas 
rítmicas e melódicas mais conhecidas, às vezes com trechos de músicas que fazem 
parte dos seus cotidianos como valsas de artistas potiguares, hinos de times de 
futebol, levadas de bateria com ritmos populares, entre outros. No exemplo abaixo, 
um ditado melódico com trecho do “hino da independência do Brasil”. 
 
Figura 01: Ditado melódico a duas vozes com trechos de músicas conhecidas 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
As modulações dos ditados modulantes de nível um são fáceis de identificar, 
pois a relação sensível-tônica e cadências perfeitas são constantemente 
apresentadas e os exercícios rítmicos a uma e duas vozes têm os tempos fortes 
bem definidos nas gravações. 
 
Figura 02: Ditado melódico a uma voz de nível 1 com modulação 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Coerência musical e exercícios de fácil memorização são utilizados em maior 
quantidade nesse nível. 
O segundo nível contém ditados que desprendem o aluno das convenções 
musicais mais comuns (tonalidades com poucos acidentes, estruturas melódicas 
familiares ao ouvido, modulações de fácil identificação). São acrescentados ditados 
20 
 
melódicos com três vozes, sendo feitos também na clave de Dó, assim como ditados 
rítmicos também a três vozes. Os tipos de exercícios estão deste nível são: 
• Ditados melódicos a duas vozes; 
• Ditados melódicos a duas vozes com modulação; 
• Ditados melódicos a três vozes; 
• Ditados rítmicos a duas vozes; 
• Ditados rítmicos a uma voz com compassos alternados e variáveis; 
• Ditados rítmicos a duas vozes com compassos alternados e variáveis; 
• Ditados rítmicos a três vozes. 
 
Figura 03: Ditado melódico a duas vozes de nível 02 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Nas gravações, existe sempre a preocupação de utilizar vozes contrastantes 
nos ditados com mais de uma voz. Bumbo, caixa e condução, flauta, tuba e viola, 
são alguns dos instrumentos utilizados para esse fim. 
Os exercícios rítmicos são todos iniciados pelo pulso do compasso. Logo, nas 
partituras mostradas, o primeiro compasso corresponderá justamente a esse pulso, 
não devendo ser considerado como parte do exercício. 
 
Figura 04: Ditado rítmico a duas vozes de nível 01 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
21 
 
Notar que o “compasso do pulso” dos exercícios a duas vozes não tem 
pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não faz parte do 
ditado. Uma barra dupla é colocada logo após o “compasso do pulso” para 
assegurar que o leitor não o confunda com o ditado em si. Trabalha-se também a 
equivalência de durações. Como muitos exercícios são feitos com sons de 
percussão, apenas a acentuação será considerada. Logo, uma colcheia seguida de 
uma pausa de colcheia terá o mesmo valor que uma semínima. A acentuação dos 
compassos é amenizada nos exercícios rítmicos de nível 2. 
Nos ditados rítmicos com compassos alternados e variáveis, adota-se a 
equivalência de colcheias entre os diferentes compassos, e todas as fórmulas de 
compasso são informadas previamente. 
 
Figura 05: Ditado rítmico a duas vozes com compassos alternados e variáveis 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 49
 
Fonte: Dados da Pesquisa 
Os ditados contidos no livro são apresentados em dois CDs (um para cada 
nível) e devem ser tocados por inteiro, várias vezes, exercitando a capacidade de 
memorização e abstração de um trecho musical. 
O aluno deverá utilizar o livro acompanhado de um caderno pautado. 
Recomenda-se o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura-resposta 
do mesmo, de forma que só se possam ver as informações iniciais do exercício. 
Depois, o aluno deverá correr a folha em branco um pouco da esquerda para a 
direita com o intuito de mostrar a primeira nota dos ditados. 
Figura 06: Visualização de um ditado 
EXERCÍCIO 1 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 01 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
22 
 
 Acompanhando a figura acima, o aluno correria a folha de papel, de cima para 
baixo, de forma com que só visse a linha das instruções, sabendo então queo tom 
do ditado é Dó maior, com quatro compassos e que a faixa do CD a ser tocada é a 
primeira. Correndo a folha para a direita, o estudante visualiza a clave, logo após a 
armadura e a fórmula de compasso, finalizando com a primeira nota do ditado (ou 
quaisquer outras notas que desejar, bastando continuar a mover a folha em branco 
para a direita). 
Uma vez anotadas as informações do exercício, o aluno toca o CD com a 
faixa específica do exercício. Caso necessário, o aluno poderá executar em seu 
instrumento a escala do tom do ditado melódico. O objetivo será conseguir grafar em 
uma folha de papel pautada o que foi ouvido. 
Concordando com a proposta feita por Campolina e Bernardes (2001), os 
ditados propostos não precisam ser vistos como “ginástica auditiva”. Antes de grafar 
o que está soando no caderno pautado, o aluno pode fazer anotações 
despreendidas da escrita tradicional sobre as sensações que o ditado desperta, os 
movimentos que a melodia ou o ritmo faz e quaisquer outras impressões que 
desejar. Como exemplos, setas para cima ou para baixo podem indicar o caminho 
da melodia, e associações a adjetivos musicais ou não-musicais como “infantil”, 
“rock´n´roll” ou “me lembra Asa Branca” podem facilitar a compreensão da 
linguagem musical existente no ditado. Depois da grafia do ditado, o estudante deve 
não só executar o ditado no seu instrumento, como praticar a criação de melodias 
semelhantes, tocar tais melodias ou se utilizar de qualquer outra forma criativa que o 
ajude a internalizar a linguagem musical como um todo. 
Recomenda-se ao aluno com pouca vivência com Percepção Musical o 
estudo dos exercícios de nível um (CD 01). Os familiarizados com a prática de ditado 
podem praticar os exercícios de nível 2 (CD 02). O livro em sua totalidade encontra-
se nos anexos desse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Este estudo se propôs a refletir sobre a necessidade da criação de um 
material que pudesse auxiliar alunos de Percepção Musical na prática de ditados 
melódicos e rítmicos fora de sala de aula. De acordo com a pesquisa bibliográfica, 
foi constatada a preocupação dos docentes de Percepção Musical em se ter um 
material de apoio bem estruturado, uma vez que na maioria dos casos tal material é 
produzido informalmente, sem necessariamente passar por um crivo mais criterioso. 
 Na pesquisa realizada com alunos da UFRN, grande parte dos alunos que 
responderam o questionário mostrou ter dificuldades em ditados de maneira geral e 
não sabe como estudá-los fora de casa. A maioria apontou um livro de ditados com 
CD como a alternativa que mais lhe seria útil em seus estudos particulares. 
 Dessa forma, acredita-se que o livro “Ditados” pode servir como ferramenta 
de auxílio para os estudos de ditados musicais como um todo. Ressalta-se que o 
material não tem a intenção de solucionar de forma definitiva os problemas com 
ditados dos estudantes de Percepção. Espera-se apenas que o mesmo possa 
auxiliar os estudantes de Percepção Musical a se aperfeiçoarem na prática dos 
ditados melódicos e rítmicos, contribuindo para seus desenvolvimentos como 
músicos de maneira geral. Também se espera que o material contribua como um 
recurso didático válido para a Percepção Musical no País, seguindo o viés da 
Educação Musical atual, voltada para as necessidades do aluno. 
 A pesquisa foi de grande importância para o autor do projeto. As visões dos 
educadores musicais que trabalham com Percepção Musical contribuíram para 
formar uma nova maneira de abordar a disciplina em sala de aula. Durante os três 
anos de confecção e utilização dos ditados, existia ainda a metodologia fragmentada 
e tradicional do autor de aplicar os ditados por aplicá-los, os tratando como a 
“ginástica auditiva” tão criticada pelos autores referenciados. Depois deste estudo, 
fica a certeza de que um ditado pode ser utilizado para abranger um campo maior da 
música, significando para o aluno uma melhor compreensão da linguagem musical 
como um todo. 
 Futuramente, pretende-se tornar o livro público, assim como direcionar uma 
pesquisa sobre os resultados obtidos com essa ação, apontando a aceitação do 
produto por parte dos alunos, as dificuldades e facilidades de compreensão do 
24 
 
material, e se de fato este contribuiu para uma melhoria da relação entre os 
estudantes e os ditados de Percepção Musical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Maria Flávia Silveira. Percepção musical como compreensão da obra 
musical: compreensões a partir da perspectiva histórico cultural. 2009. 149p. 
Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São 
Paulo, São Paulo, 2009. 
 
BARBOSA, Maria Flávia Silveira. Percepção musical sob novo enfoque: a escola 
de Vigotski. Revista Música Hodie, [s.l], vol. 5, nº 2, 2005, p.91-105. 
 
BERNARDES, Virgínia. A percepção musical sob a ótica da linguagem. Revista 
da Abem, 6, set, p. 73-85, 2001. 
 
BHERING, Maria Cristina Vieira. Repensando a percepção pusical: uma proposta 
através da música popular brasileira. 105p. Dissertação (Mestrado em Música) – 
Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de 
Janeiro, 2003. 
 
CAMPOLINA, Eduardo; BERNARDES, Virgínia. Ouvir para entender ou 
compreender para criar? Uma outra concepção de percepção musical. Belo 
Horizonte: Autêntica, 2001. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 
 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
GROSSI, C. de S. Avaliação da percepção musical na perspectiva das 
dimensões da experiência musical. Revista da Abem, Porto Alegre, n. 6, p. 49-58, 
2001. 
 
JESUS, Elieser Ademir de; URIARTE, Mônica Zewe; RAABE, André Luís Alice. 
Desenvolvendo a percepção musical em crianças através de um objeto de 
aprendizagem. Santa Catarina: UNIVALI, 2007. 
 
LEONARD, Hal. Dicionário musical de bolso. Rio de Janeiro: Gryphus, 1996. 
 
MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 5a Edição São Paulo: 
Atlas, 2002. 
 
OTUTUMI, Cristiane Hatsue Vital. Percepção musical: situação atual da 
disciplina nos cursos superiores de música. 258p. Dissertação (Mestrado em 
Música) – Unicamp, São Paulo, 2008. 
 
SANTOS, Cleusa R. dos, et all. A construção do material didático para educação 
a distância: a experiência do setor de educação a distância da UNESC. 11p. 2006. 
Disponível em: 
http://www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a34_21199.pdf Acesso em: 
11 Nov. 2010. 
 
26 
 
SOUZA, Jusamara. Educação musical e práticas sociais. Revista da ABEM. Porto 
Alegre, V. 10, p. 07-11, Mar. 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
ANEXO A 
QUESTIONÁRIO SOBRE PERCEPÇÃO MUSICAL 
1) Qual o seu curso? 
( ) Curso técnico em música 
( ) Licenciatura em música 
( ) Bacharelado em música 
 
2) Você apresenta alguma dificuldade em perceber e grafar ditados melódicos e/ou 
rítmicos? 
( ) Não. 
( ) Apenas ditados melódicos. 
( ) Apenas ditados rítmicos. 
( ) Sim, em ambos os casos. 
 
3) Como você faz para estudar ditados melódicos e/ou rítmicos fora da sala de aula? 
( ) Não estudo fora de sala. 
( ) Não sei como estudá-los fora de sala. 
( ) Alguém toca para mim. 
( ) Um software toca os ditados. Qual? ________________________________ 
( ) Outros. ________________________________________________________4) Qual das opções abaixo poderia lhe ser mais útil no estudo dos ditados em 
percepção? 
( ) Livro com CD contendo ditados gravados. 
( ) Mais aulas e atenção individualizada 
( ) Vídeo-aulas 
( ) Maior aprofundamento teórico 
29 
 
ANEXO B – O LIVRO 
 
 
 
30 
 
ÍNDICE 
 
Introdução .................................................................................. 03 
 
Nível 1 04 
 Ditados Melódicos ............................................................. 04 
 1. Ditados melódicos a uma voz ...................................... 04 
 2. Ditados melódicos a uma voz com modulação ............. 05 
 3. Ditados melódicos a duas vozes .................................. 06 
 4. Ditados melódicos a duas vozes com modulação ......... 08 
 Ditados rítmicos ................................................................ 09 
 1. Ditados rítmicos a uma voz .......................................... 09 
 2. Ditados rítmicos a uma voz com compassos 
 alternados e variáveis .................................................. 10 
 3. Ditados rítmicos a duas vozes ....................................... 11 
 4. Ditados rítmicos a duas vozes com compassos 
 alternados e variáveis .................................................. 12 
 
Nível 2 14 
 Ditados Melódicos ............................................................. 14 
 1. Ditados melódicos a duas vozes ................................... 14 
 2. Ditados melódicos a duas vozes com modulação .......... 17 
 3. Ditados melódicos a três vozes .................................... 19 
 Ditados rítmicos ................................................................. 20 
 1. Ditados rítmicos a duas vozes ...................................... 21 
 2. Ditados rítmicos a uma voz com compassos 
 alternados e variáveis .................................................. 23 
 3. Ditados rítmicos a duas vozes com compassos 
 alternados e variáveis .................................................. 24 
 4. Ditados rítmicos a três vozes ......................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
INTRODUÇÃO 
 
Neste livro o leitor encontrará diversos tipos de ditados melódicos e rítmicos. Tais exercícios 
abrangem tanto níveis de dificuldade fáceis quanto mais elaborados e tentam alcançar tanto 
estudantes Percepção Musical de nível técnico quanto de nível superior. Importante ressaltar que o 
material abrange tanto padrões musicais mais utilizados no cotidiano musical (aproximadamente 
noventa por cento do livro) quanto estruturas mais incomuns e desafiadoras, de forma a tentar 
alcançar os mais diversos perfis de estudantes. 
Uma vez que o material seja utilizado por alunos, busco preencher uma lacuna muito vista 
nas escolas de música que é a ausência de material auditivo para estudo de Percepção Musical em 
casa. O procedimento é muito simples: O aluno deverá utilizar o livro acompanhado de um caderno 
pautado. Recomenda-se o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura-resposta deste 
livro, de forma com que só se possam ver as informações iniciais do exercício. Depois, a folha em 
branco poderá correr um pouco da esquerda para a direita com o intuito de mostrar a primeira nota 
dos ditados. Uma vez anotadas as informações do exercício, o aluno toca o CD com a faixa específica 
do exercício. Caso necessário, o aluno poderá executar em seu instrumento a escala do tom do ditado 
melódico. O objetivo será conseguir grafar em uma folha de papel pautada o que foi ouvido. O aluno 
pode também fazer anotações depreendidas da escrita tradicional sobre as sensações que o ditado 
desperta, os movimentos que a melodia ou o ritmo faz e quaisquer outras impressões que desejar. 
Como exemplos, setas para cima ou para baixo podem indicar o caminho da melodia, e associações a 
adjetivos musicais ou não-musicais como “infantil”, “rock´n´roll” ou “me lembra Asa Branca” podem 
facilitar a compreensão da linguagem musical existente no ditado. Depois da grafia do ditado, o 
estudante pode praticar a criação de melodias semelhantes, a execução dessa melodia em seu 
instrumento ou qualquer outra forma criativa para a internalização da linguagem musical como um 
todo. 
Recomenda-se ao iniciante em Percepção Musical o estudo dos exercícios de nível um (CD 01). 
Os familiarizados com a prática de ditado podem praticar os exercícios de nível 2 (CD 02). 
A prática desses exercícios não deve isentar os alunos das aulas de Percepção. Pelo contrário, 
um professor deve acompanhar periodicamente os resultados obtidos para certificar-se que a 
progressão do estudante está de fato ocorrendo. 
Apesar do intuito inicial dos exercícios a serem apresentados nesse livro ser desenvolver a 
percepção auditiva através de ditados, nada impede os mesmos de serem usados também como 
solfejos. 
Professores de Percepção também podem se beneficiar deste material, aplicando os ditados 
contidos em sala de aula. 
 
Ticiano D´Amore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
DITADOS – NÍVEL UM (CD 1) 
 
Nesta sessão o leitor encontrará ditados melódicos e rítmicos simples, com grau de 
dificuldade baixo. 
 
DITADOS MELÓDICOS 
 
1. DITADOS MELÓDICOS A UMA VOZ 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 01 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 02 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom: G Compassos: 4 Faixa: 03 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom: E Compassos: 5 Faixa: 04 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 Tom: Bb Compassos: 5 Faixa: 05 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 Tom: A Compassos: 4 Faixa: 06 
 
 
 
 
33 
 
EXERCÍCIO 7 Tom: Am Compassos: 4 Faixa: 07 
 
 
 
2. DITADOS MELÓDICOS A UMA VOZ COM MODULAÇÃO 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom inicial: C Compassos: 8 Faixa: 08 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom inicial: D Compassos: 4 Faixa: 09 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 10 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom inicial: G Compassos: 4 Faixa: 11 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 Tom inicial: F Compassos: 6 Faixa: 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
3. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom: G Compassos: 8 Faixa: 13 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom: F Compassos: 6 Faixa: 14 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom: C Compassos: 3 Faixa: 15 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom: Bb Compassos: 6 Faixa: 16 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 Tom: G Compassos: 6 Faixa: 17 
 
 
 
 
35 
 
EXERCÍCIO 6 Tom: Bm Compassos: 6 Faixa: 18 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 Tom: F Compassos: 6 Faixa: 19 
 
 
EXERCÍCIO 8 Tom: G Compassos: 4 Faixa: 20 
 
 
 
EXERCÍCIO 9 Tom: A Compassos: 3 Faixa: 21 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 10 Tom: F Compassos: 6 Faixa: 22 
 
 
 
 
 
36 
 
4. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES COM MODULAÇÃO 
 
EXERCÍCIO 1 Tom inicial: Am Compassos: 3 Faixa: 23 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom inicial: G Compassos: 3 Faixa: 24 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom inicial: C Compassos: 3 Faixa: 25 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 26 
 
 
EXERCÍCIO 5 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 27 
 
 
 
 
 
37 
 
DITADOS RÍTMICOS 
 
Os exercícios rítmicos são todos iniciados pelo pulso do compasso. Logo, nas partituras 
mostradas, o primeiro compasso corresponderá justamente a esse pulso, não devendo ser 
considerado parte do exercício. Notar que o “compasso do pulso” dos exercícios a duas vozes não tem 
pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não faz parte do ditado. Trabalha-
se também a equivalência de durações. Como muitos exercícios são feitos com sons de percussão, 
apenas a acentuação será considerada. Logo, uma colcheia seguida de uma pausade colcheia terá o 
mesmo valor que uma semínima. A acentuação dos compassos nos exercícios é amenizada. O 
primeiro tempo de cada compasso é levemente acentuado. 
 
1. DITADOS RÍTMICOS A UMA VOZ 
 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 2/4 Compassos: 4 Faixa: 28 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4 Compassos: 4 Faixa: 29 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 30 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 4/4 Compassos: 4 Faixa: 31 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/8 Compassos: 3 Faixa: 32 
 
 
 
 
 
 
38 
 
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 33 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 F.Compasso: 2/4 Compassos: 4 Faixa: 34 
 
 
 
 
2. DITADOS RÍTMICOS A UMA VOZ COM COMPASSOS ALTERNADOS E 
VARIÁVEIS 
 
Em todos os exercícios deste capítulo, = 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 4/4, 3/8, 4/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 35 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 4/8, 4/4 Compassos: 3 Faixa: 36 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 4/4, 3/8, 4/4, 2/8 Compassos: 4 Faixa: 37 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 2/4, 5/8, 4/4 Compassos: 3 Faixa: 38 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/4, 1/8, 3/4, 1/8 Compassos: 4 Faixa: 39 
 
 
39 
 
 
3. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 4/4 Compassos: 4 Faixa: 40 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 41 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 4/4 Compassos: 2 Faixa: 42 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 3/4 Compassos: 2 Faixa: 43 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 44 
 
40 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 3/8 Compassos: 3 Faixa: 45 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 46 
 
 
 
EXERCÍCIO 8 F.Compasso: 3/4 Compassos: 2 Faixa: 47 
 
 
 
 
4. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES COM COMPASSOS ALTERNADOS E 
VARIÁVEIS 
Em todos os exercícios deste capítulo, = . 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 4/4, 3/8, 1/4 Compassos: 3 Faixa: 48 
 
41 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 49 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/16 Compassos: 3 Faixa: 50 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 4/4, 2/8, 4/4, 2/8 Compassos: 4 Faixa: 51 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/8, 2/4, 1/4 Compassos: 3 Faixa: 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
DITADOS - NÍVEL DOIS (CD 2) 
 
Nesta sessão o leitor encontrará ditados melódicos e rítmicos com um grau de dificuldade 
maior do que no primeiro. Exercícios com três vozes simultâneas são adicionados. Aos alunos, 
recomenda-se novamente o uso de uma folha de papel em branco cobrindo a partitura, de forma com 
que só se possam ver as informações iniciais do exercício. Depois, a folha poderá correr um pouco da 
esquerda para a direita com o intuito de mostrar a primeira nota dos ditados. 
 
DITADOS MELÓDICOS 
 
1. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom: Am Compassos: 5 Faixa: 01 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom: A Compassos: 8 Faixa: 02 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom: Ab Compassos: 10 Faixa: 03 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom: Am Compassos: 4 Faixa: 04 
 
 
 
 
43 
 
EXERCÍCIO 5 Tom: F Compassos: 8 Faixa: 05 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 Tom: G Compassos: 8 Faixa: 06 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 Tom: D Compassos: 6 Faixa: 07 
 
 
 
EXERCÍCIO 8 Tom: Ab Compassos: 6 Faixa: 08 
 
 
 
EXERCÍCIO 9 Tom: B Compassos: 5 Faixa: 09 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
EXERCÍCIO 10 Tom: Eb Compassos: 8 Faixa: 10 
 
 
 
EXERCÍCIO 11 Tom: D Compassos: 5 Faixa: 11 
 
 
 
EXERCÍCIO 12 Tom: F Compassos: 3 Faixa: 12 
 
 
 
EXERCÍCIO 13 Tom: Am Compassos: 5 Faixa: 13 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 14 Tom: G Compassos: 8 Faixa: 14 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
EXERCÍCIO 15 Tom: C Compassos: 4 Faixa: 15 
 
 
 
 
2. DITADOS MELÓDICOS A DUAS VOZES COM MODULAÇÃO 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 16 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom inicial: G Compassos: 5 Faixa: 17 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom inicial: G Compassos: 5 Faixa: 18 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 19 
 
 
 
 
46 
 
EXERCÍCIO 5 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 20 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 Tom inicial: C Compassos: 4 Faixa: 21 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 Tom inicial: F Compassos: 3 Faixa: 22 
 
 
 
EXERCÍCIO 8 Tom inicial: F Compassos: 4 Faixa: 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
3. DITADOS MELÓDICOS A TRÊS VOZES 
 
 
EXERCÍCIO 1 Tom: C Compassos: 6 Faixa: 24 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 Tom: C Compassos: 6 Faixa: 25 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 Tom: D Compassos: 3 Faixa: 26 
 
 
EXERCÍCIO 4 Tom: E Compassos: 5 Faixa: 27 
 
 
48 
 
EXERCÍCIO 5 Tom: Bb Compassos: 4 Faixa: 28 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 Tom: Bb Compassos: 4 Faixa: 29 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 Tom: Am Compassos: 4 Faixa: 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
DITADOS RÍTMICOS 
 
Assim como no volume anterior, os exercícios rítmicos são todos iniciados pelo pulso do 
compasso. Logo, nas partituras mostradas, o primeiro compasso corresponderá justamente a esse 
pulso, não devendo ser considerado parte do exercício. Notar que o “compasso do pulso” dos 
exercícios a duas vozes não tem pausas de preenchimento, como forma simbólica de mostrar que não 
faz parte do ditado. Novamente, a acentuação dos compassos nos exercícios é amenizada. Nos 
exercícios rítmicos deste nível não existe mais a acentuação no primeiro tempo de cada compasso. 
 
1. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 3/8 Compassos: 3 Faixa: 31 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 6/8 Compassos: 2 Faixa: 32 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 4/8 Compassos: 2 Faixa: 33 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 34 
 
 
 
 
 
50 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 4/4 Compassos: 2 Faixa: 35 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 4/4 Compassos: 4 Faixa: 36 
 
 
 
EXERCÍCIO 7 F.Compasso: 3/4 Compassos: 5 Faixa: 37 
 
 
 
EXERCÍCIO 8 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 38 
 
 
 
EXERCÍCIO 9 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 39 
 
 
 
51 
 
2. DITADOS RÍTMICOS A UMA VOZ COM COMPASSOS ALTERNADOS E 
VARIÁVEIS 
 
Em todos os exercícios deste capítulo, = 
 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 3/4, 4/8, 3/4, 4/8 Compassos: 4 Faixa: 40 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 4/4, 1/2, 4/4, 1/2, 4/4 Compassos: 5 Faixa: 41 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 4/4, 3/8, 4/4, 2/8 Compassos: 4 Faixa: 42 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 2/4, 5/8, 4/4 Compassos: 3 Faixa: 43 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/4, 1/8, 3/4, 1/8 Compassos: 4 Faixa: 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
3. DITADOS RÍTMICOS A DUAS VOZES COM COMPASSOS ALTERNADOS E 
VARIÁVEIS 
 
Em todos os exercícios deste capítulo, = 
 
 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 3/4, 3/8, 3/4, 3/8 Compassos: 4 Faixa: 45 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4, 2/4, 3/4, 2/4 Compassos: 4 Faixa: 46 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 4/4, 6/8 Compassos: 2 Faixa: 47 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 4/4, 2/8, 4/4, 2/8 Compassos: 4 Faixa: 48 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
EXERCÍCIO 5 F.Compasso: 3/8, 2/4, 1/4 Compassos: 3 Faixa: 49 
 
 
4. DITADOS RÍTMICOS A TRÊS VOZES 
 
EXERCÍCIO 1 F.Compasso: 3/4 Compassos: 4 Faixa: 50 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 51 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 F.Compasso: 5/4 Compassos: 2 Faixa: 52 
 
 
 
 
 
54 
 
 
EXERCÍCIO 4 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 53 
 
 
EXERCÍCIO5 F.Compasso: 3/4 Compassos: 6 Faixa: 54 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
EXERCÍCIO 7 F.Compasso: 4/4 Compassos: 3 Faixa: 56 
 
Obs. Apesar deste exercício conter melodias e acordes, o objetivo é identificar apenas o ritmo do 
ditado 
 
 
EXERCÍCIO 8 F.Compasso: 3/4 Compassos: 3 Faixa: 57 
 
 
 
EXERCÍCIO 9 F.Compasso: 4/4 Compassos: 2 Faixa: 58 
 
 
 
Criação: Ticiano D´Amore 
Revisão: Osvaldo D´Amore e Marcus André Varela Vasconcelos 
Arte: Aline D´Amore 
 
 
 
 
 
56 
 
ANEXO C – CDS COM DITADOS GRAVADOS (à parte)

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