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RESUMOCap.03 (Revisado)

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NETO, Jose Borges. O Empreendimento Gerativo. In: MUSSALIM, Fernanda, BENTES, Ana Cristina (Orgs.). Introdução à Linguística: Fundamentos Epistemológicos 3. 5ª ed. São Paulo: Cortez,2011. Págs.: 93 -129.
RESUMO DO TEXTO “O EMPREENDIMENTO GERATIVO”
Luciana Ferreira Rameiro¹
Mércia Olintha Coelho de Carvalho²
 lucianaframeiro@hotmail.com
mercia.olintha@uol.com.br
No texto “O Empreendimento Gerativo”, José Borges Neto descreve a análise da história “interna” da Gramática Gerativa. Inicialmente, o autor usa dos conceitos elaborados por Lakatos para explicar a Tenacidade e a Proliferação. Para Lakatos, a Proliferação exige que as teorias estejam em competição e na Tenacidade afirma que o cientista não pode abandonar uma teoria que foi considerada falsa, mas deve mantê-la e transformar os seus exemplos em evidências que a tornem verdadeira.
Borges Neto tenta explicar o sentido de núcleo e heurística para o melhor entendimento da metodologia de Lakatos. O núcleo de um Programa de Investigação Científica são proposições “metafísicas” e que mostram a definição do objeto de estudo.
Para explicar a heurística, o texto descreve o processo de desenvolvimento das teorias de Newton, físico que tentou definir o sistema planetário e o seu funcionamento. Newton utilizou-se de várias hipóteses e entrou em discordância com outras teorias paralelas e tentou resolver erros de seu objeto de estudo, utilizando a lógica e a matemática para saná-los. Assim, chegou a uma sofisticação da sua teoria planetária. Newton com um mesmo núcleo, simulou a realidade com estudos profundos e diferenciados e esse modelo de estudo é o produto de como realmente a heurística funciona.
Chegando na área da linguística e aos tempos mais recentes, o texto faz um relato dos primeiros modelos de Chomsky e afirma que alguns de seus escritos, datados entre 1953-1955 tiveram pouca influência no meio acadêmico e sem muita aceitação entre os linguistas. E que somente em 1957 com a publicação de Syntactic structures (SS) inicia-se a Gramática Gerativa. O SS são notas de aula de um curso que Chomsky ministrava no MIT e publicado pela iniciativa de Van Schooneveld, tal livro é considerado pelo próprio Chomsky como enganador. Entretanto, foi com a publicação de SS que as ideias de Chomsky começaram a ser conhecidas entre os linguistas.
Borges Neto relata o impacto que o SS teve no meio acadêmico e afirma que a teoria do SS diverge do estruturalismo e pontua os pontos diferentes. O autor discute e conclui que o estruturalismo era extremamente descritivo e a teoria SS tentava explicar os fenômenos com deduções gerais e logicamente derivadas.
Em seguida o texto apresenta os primeiros modelos propostos por Chomsky. O primeiro modelo mostra uma versão gerativa da gramática de constituintes imediatos desenvolvida por Rulon Wels (1947) e outro que apoia-se na noção de transformação elaborada por Zellig Harris, orientador de Chomsky.
Borges Neto apresenta outro modelo mais elaborado e esclarecedor, onde Chomsky usa marcadores (sistema L) no qual se constroem representações unidimensionais com os enunciados. Por meio de um encadeamento obtêm-se sequências de elementos marcados em cadeia. Organizando os vários níveis por hierarquia forma-se uma sequência até se chegar ao último marcador-L associado às sentenças da língua. Exemplificando, é como se uma frase direta composta em qualquer língua fosse desunida em sentenças constituídas por categorias sintáticas, revelando a sua estrutura, separadas por representação morfológica e fonológica para cada sentença, até que se forme a sentença representada em todos os seis níveis linguísticos.
O texto considera relevante e enriquecedor o estudo proposto por Chomsky, mas diz que esse modelo não muda muito do Estruturalismo, por consequência disso, esse modelo dos marcadores (sistema L) logo precisou sofrer algumas modificações. Então, surgiram novas teorias para otimizar a teoria de Chomsky.
O tópico 2.3 do texto “O Empreendimento Gerativo” é dedicado a evolução da gramática gerativa e a disputa que tem com o Empreendimento Americano na comunidade acadêmica. Nos anos de 1960, as discussões sobre o mecanismo de aquisição da linguagem ocupam grande parte do tempo dos linguistas, surgem teorias paralelas que melhoram o desempenho descritivo do programa. Enfim, por consequência disso surge a noção de estrutura profunda (EF), ocorreram grandes mudanças na teoria SS e para consertar as incoerências Chomsky desenvolve uma nova teoria conhecida por teoria-padrão.
O texto comenta como funciona a gramática na teoria-padrão. Nesta teoria a gramática é dividida em três componentes; um componente sintático e dois representativos: semântico e fonológico. Assim, fica claro o processo de geração das sentenças, sua estrutura interna e a geração das estruturas profundas(EP) e desponta um subcomponente transformacional que converte as EPs em estruturas superficiais(ES). Borges Neto desenvolve em esquemas, associações e interpretações a formulação da estrutura da gramática.
Então.com o surgimento da teoria-padrão chega-se a um bom modelo de teoria linguística que explicaria a linguagem. A partir dessa teoria, aumentou o interesse por esse novo método e incentivou-se a prática da descrição de estruturas linguísticas e assim novos fatos surgiram na língua inglesa e em outras línguas diferentes.
O texto expõe críticas à proposta de Chomsky, principalmente no espaço entre EPs e ESs e a distância entre EPs e as representações semânticas. Foi postulado uma série de argumentos empíricos e teóricos pelos linguistas chamados “abstracionistas” que se mantinham no interior da teoria-padrão e geralmente bem aceitos na comunidade gerativa.
O autor dedica parte seu texto para explicar quais as intensões dos “abstracionistas” e afirma que eles confabulavam a necessidade de postular estruturas profundas (EP) mais abstratas que representassem mais as relações semânticas nas sentenças e tentavam distorcer a ideia de Chomsky, pois os “abstracionistas” pleiteavam um novo paradigma, chamado semântica gerativa. Chomsky tentou paralisar o movimento abstracionista e em 1967 mudou um pouco a sua teoria-padrão, mas posteriormente rompeu com os abstracionistas e surgiu um novo grupo de estudo dentro da GG ao elaborar um novo modelo de estudo chamado de teoria-padrão estendida (TPE). Borges Neto classifica essa nova teoria como quase a mesma coisa da teoria-padrão, com a mudança de que algumas vias de transformações são tratados como relações lexicais.
O tópico 2.4 do texto refere-se ao confronto existente na Gramática Gerativa entre a adequação descritiva e a adequação explicativa. Segundo Chomsky a criança usaria princípios “parametrizados” para construir a gramática de sua língua, uma vez exposta aos dados. A reprodução que a criança faz da linguagem faz parte da teoria explicativa. O autor utiliza-se dos cientistas Peters e Ritchie(1969,1971,1973) e indicam os modelos propostos por eles para a resolução desse conflito dentro da Gramática Gerativa.
O autor interpreta os trabalhos de Peters e Ritchie e revela que o problema das gramáticas transformacionais era a falta de restrições contundentes sobre o funcionamento das regras. Nas regras transformacionais qualquer eliminação, criação ou alteração do elemento era inútil. Assim, poderia partir de qualquer sentença e chegar a qualquer outra. Ocorreu uma mudança criativa na heurística e com isso o foco da atenção passou a ser a adequação explicativa.
O autor fala de outros modelos propostos por Ross(1967) e Emonds (1970) sobre a aplicação das regras transformacionais. No caso apresentado, seria a possibilidade de eliminar o sujeito no português ou no italiano e a possível recuperação do termo pela flexão verbal utilizada na frase, mas a eliminação e recuperação do sujeito seria impossibilitada de ser feita na língua inglesa.
O texto dá importância ao pensamento de Chomsky que propõe a substituição das regras transformacionais para uma regra geral. Chomsky justifica tudo utilizando teoriasnovas como: a teoria do caos, a teoria Theta, a teoria dos vestígios, a teoria das categorias vazias, a teoria da ligação e a teoria X-barra, todas essas teoria que tanto forçam como impedem os movimentos.
O autor faz um breve relato das teorias utilizadas por Chomsky. Com o uso da teoria dos vestígios, restringe o número de locais para onde os movimentos podem ir, por vezes, impedindo movimentos indesejáveis e respeitando a regra geral do movimento. A teoria do Caos torna os movimentos obrigatórios para que possam evoluir. O autor conclui que as regras de movimento são livres e as condições de movimento passam a não mais existir e seus efeitos são obtidos por interpretações.
Logo depois, o autor faz uma descrição da teoria derivacional, que são elaboradas com representações rigidamente direcionadas, e afirma que até os anos de 1970, todas as gramáticas propostas no interior da GG eram derivacionais. Em seguida, fala da perspectiva representacional, que são apenas representações de estruturas que restringem a gramática e para finalizar o tópico 2.4 “Das regras aos princípios” cita a teoria de regência e ligação utilizada no início do século XXI para o estudo de sintaxe das línguas naturais.
O penúltimo tópico do texto é reservado ao Programa Minimalista(PM) e afirma que esse modelo seria uma “orientação” para eliminar o desnecessário na teoria de Princípios e Parâmetros (P& P). O autor alerta que o PM deve ser mais analisado, principalmente na sua estrutura, dentro do programa da Gramática Gerativa. Explana os resultados da evolução do PM e afirma que para uma estrutura ser bem formada gramaticalmente dependerá do grau de satisfação das condições impostas pelos sistemas externos.
Nos parágrafos finais o texto elege Chomsky como o grande líder da comunidade gerativista e o considera fundamental e com o poder de periodicamente compara as conquistas da teoria e propor as melhores e recentes tomadas de consciência da Gramática Gerativa. Finalmente, o autor afirma que a comunidade de linguistas já está amadurecida e pode seguir sem a tutela do mestre Chomsky e que mesmo assim não é possível prever o futuro do empreendimento gerativo.
¹ Aluna de Letras - Habilitação em Língua Francesa da Universidade Federal do Pará
² Aluna de Letras - Habilitação em Língua Francesa da Universidade Federal do Pará

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