Buscar

Direito Minimo

Prévia do material em texto

FEATI – FACULDADE DE EDUCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA DE IBAITI.
DIREITO
MATHEUS CESAR SANTOS
DIREITO PENAL MÍNIMO
 
 Ibaiti - Paraná
2014
MATHEUS CESAR SANTOS
DIREITO PENAL MÍNIMO
Trabalho apresentado ao Curso de Direito, da Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti, como re
quisito parcial, para obtenção de crédito no 1º Bimestre, na disciplina de Direito Penal.
Profª. Karina Correa de Freitas Chaves
Ibaiti
2014
DIREITO PENAL MÍNIMO
Matheus Cesar Santos
PALAVRAS-CHAVE: Princípios do Direito Penal Mínimo, Jurisprudência, Intervenção do Estado.
O Direito Penal assume as funções de proteção efetiva dos cidadãos, preocupando-se com o direito à vida, à liberdade dos indivíduos e sua missão de prevenção ocorrerá na medida do necessário para aquela proteção, dentro dos limites fixados pelos princípios democráticos.
Vale estabelecer-se um Direito Penal Mínimo que acima de tudo respeite, de forma objetiva, o direito à vida e à liberdade, ou seja, um Direito Penal assentado nas máximas garantias constitucionais, sobretudo nos princípios basilares advindos, expressa ou implicitamente, da Carta Magna, as quais são: o principio da intervenção mínima, principio da insignificância, principio da fragmentariedade, principio da subsidiariedade, entre outros. 
PRINCIPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA:
O Principio da intervenção mínima surgiu por ocasião da reação da burguesia contra o sistema dominante na época, o absolutismo. Era um sistema baseado nas abrangências das legislações.
O direito penal mínimo tem como aspecto básico, a proteção dos bens jurídicos individuais contra o estado.
O direito penal deve intervir minimamente nas relações sociais, na vida do cidadão, devendo atuar o mínimo possível para dar garantia de direito, a tutela dos bens jurídicos, assim funcionando de forma estritamente necessária para proteger a sociedade, dar garantias, tutelas de bens, sendo realmente intervenção mínima na ordem e na vida social. 
A idéia da intervenção mínima, é que o direito penal deve intervir minimamente para tutelar bem jurídico, apenas quando isso for estritamente necessário.
A intervenção mínima é à base do direito penal moderno, sendo uma orientação para o nosso legislador, nossa sociedade, para a estrutura do estado de que o direito penal não deve ser vulgarizado, que o direito penal só deve ser chamado nos casos extremos, sendo realmente necessários.
Intervenção mínima é um principio voltado ao legislador, mas modernamente, de acordo com o conceito do fato típico, adotado pelo STF que tem origens na teoria da antiplicidade conglobante, embora o STF não a adote, esses princípios da intervenção mínima já esta também nas mãos do aplicador da lei.
Dentro da Intervenção mínima, surgem outros dois princípios, sendo-as:
Principio da Subsidiariedade: O direito penal é a ultima razão para que se possa proteger um bem, tutelar um bem, garantir o direito para o cidadão. 
Principio da Fragmentariedade: Ao se tutelar um determinado bem, é preciso dividi-lo, para que o direito penal incida apenas nas formas de lesão mais importantes.
PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA OU BAGATELA:
Em 2004, por um acórdão do ministro Celso De Mello, estabeleceram-se vetores de aplicação do principio da insignificância, ou seja, conforme entendimento Jurisprudencial é suficiente, para fundamentar a aplicação do direito penal mínimo, a presença dos seguintes elementos:
- Ínfima lesividade da conduta: Possuir pouco potencial lesivel.
- Nenhuma periculosidade social da ação: A conduta não pode ser considerada perigosa socialmente.
- Reduzidíssimo grau de reprovabilidade da conduta: Conduta altamente improvável. 
- Irrelevância da lesão provocada: São dependentes dos casos concretos. 
Elimina a dimensão material do crime, pois o crime deve ser formalmente típico e materialmente típico. Quando um crime ocorre formalmente típico, mas não é materialmente típico, confere então o principio da insignificância, a qual não há necessidade de impor a ela um sansão penal.
PRINCIPIO DA SUBSIDIARIEDADE:
Mesmo no ataque violento ao bem jurídico, o direito penal só pode entrar em ação, se outros ramos do direito não forem capazes de proteger o bem jurídico.
Aspecto do conflito aparente de normas penais pelo qual a norma principal afasta a incidência da norma subsidiária. A norma será principal quando previr hipótese mais grave do que outra (secundária, subsidiária), ou grau mais intenso de ofensa a mesmo bem jurídico.
A subsidiariedade é tácita quando, em virtude dos elementos das normas, se configurarem hipótese mais grave de ofensa ao mesmo bem jurídico. A constatação se torna mais complexa porque não é definida pelo legislador, mas resultante de cuidadosa análise da estrutura dos tipos.
PRINCIPIO DA FRAGMENTARIEDADE:
Nem todo bem jurídico pode ser tutelado, apenas os bens jurídicos mais importantes. Mesmo que o bem jurídico seja muito importante, não será tutelado sobre qualquer tipo de ataque.
O direito penal só pode proteger os bens jurídicos, ou seja, os bens que são fundamentais para a vida social, e com os ataques mais intoleráveis, violentos, sendo materialmente típico.
Entende-se que devem ser tidas como atípicas as ofensas mínimas ao bem jurídico. Não há tipicidade material. Há, apenas, tipicidade formal. A doutrina majoritária inclina-se no sentido de que o referido princípio (insignificância) é causa de exclusão de tipicidade material.
CONCLUSÃO:
Portanto, concluo que é necessário delimitar o âmbito de interesse do direito penal, e saber que o sucesso da intervenção mínima pressupõe, também, um mínimo de condições de aplicabilidade das normas, que se obtém por meio de uma legislação técnica coerente.
REFERENCIAS: 
http://atualidadesdodireito.com.br/
http://www.infoescola.com/direito

Continue navegando