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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS UNIDADE DE ENSINO 16 ENSAIOS ELÉTRICOS NOS EQUIPAMENTOS DO SEP CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS CONSIDERAÇÕES GERAIS Os ensaios elétricos são a melhor forma de se comprovar o desempenho de todos os componentes dos sistemas elétricos em suas diversas etapas (projeto, fabricação, posta-em- marcha, após energização e manutenção). No caso específico desta unidade de ensino, serão abordados especificamente os ensaios elétricos aplicáveis aos equipamentos do SEP. ETAPAS EM QUE SÃO EFETUADOS OS ENSAIOS ELÉTRICOS Após concluído o projeto Efetuados em laboratório, tendo por finalidade comprovar a eficácia do projeto, a partir de um protótipo. No processo de fabricação Efetuados em fábrica, de modo a se determinar a concordância com os dados de projeto e com a qualidade do processo produtivo. No campo, durante o comissionamento e a posta- em-marcha Efetuados imediatamente após a montagem do equipamento (instalação), porém antes de sua energização (colocação em serviço ou posta-em-marcha). Após a energização do sistema elétrico Efetuados após sua colocação em serviço, considerado o período de garantia dado pelo fabricante por ocasião do seu fornecimento. Ao longo da vida útil do equipamento Efetuados periodicamente, em atendimento ao plano de manutenção estabelecidos pelo fabricante. CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS ELÉTRICOS CONCEITUANDO OS PRINCIPAIS ASPECTOS ENSAIO ELÉTRICO DE FABRICAÇÃO DE CAMPO DE ROTINA DE TIPO DE SUPORTABILIDADE DE CONFORMIDADE DE COMISSIONAMENTO DE MANUTENÇÃO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS ENSAIOS ELÉTRICOS: Procedimentos a que são submetidos os componentes do sistema elétrico para determinação de uma ou mais de suas características. Podem ser efetuados no local onde serão instalados em definitivo, em laboratório ou em fábrica. ENSAIOS ELÉTRICOS DE FABRICAÇÃO: Também designados “ensaios de aceitação” ou “ensaios de recebimento” são os ensaios contratuais para demonstrar ao comprador que o produto ensaiado satisfaz a certas condições de sua especificação. ENSAIOS DE ROTINA: Tratam-se de ensaios realizados para verificar se o item ensaiado está em condições adequadas de funcionamento ou de utilização, de acordo com a respectiva especificação. ENSAIOS DE TIPO: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS Tratam-se de ensaios realizados em uma ou mais unidades fabricadas segundo um certo projeto com a finalidade de demonstrar que este projeto satisfaz a certas condições especificadas. Caso seja combinado entre as partes, estes ensaios poderão ser substituídos por um ensaio efetuado em um protótipo similar ao equipamento a ser ensaiado. Se o comprador optar pela execução do ensaio, será responsabilizado pelos custos correspondentes. ENSAIOS DE SUPORTABILIDADE: Tratam-se de ensaios realizados em condições especiais que incluem situações particulares durante um determinado tempo, para verificar se o item ensaiado é capaz de suportar a solicitação que lhe é imposta. Essas situações podem incluir repetições e condições especialmente severas (impulsos, curtos- circuitos, sobretensões, vibrações, choques etc.) ENSAIOS DE CAMPO: Tratam-se de ensaios realizados em um equipamento elétrico no local de sua instalação, com a finalidade de demonstrar que ele foi instalado e ligado corretamente e que se encontra em condições adequadas de funcionamento. ENSAIOS DE CONFORMIDADE: Tratam-se de ensaios utilizados para demonstrar se uma característica ou propriedade de um item está em conformidade com os requisitos estabelecidos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS São exemplos de ensaios de conformidade: a) ensaios de determinação feitos no local de utilização, registrando as condições de operação ambientais, de medidas e de manutenção; b) ensaios efetuados em laboratório, sob condições prescritas e controladas, que podem ou não simular condições de campo. ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO: Tratam-se de ensaios onde se procura confirmar que, mesmo após as etapas de transporte e montagem, o equipamento se mantém em condições satisfatórias, confirmando seu desempenho apresentado durante os ensaios de fabricação. Incluem-se ainda nesta etapa, os ajustes finais dos parâmetros operacionais (relés, instrumentos etc.). RESUMO DOS ENSAIOS DE ROTINA USUAIS NOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DO SEP CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS PARA-RAIOS ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Medição da Tensão Nominal Avaliar se o para-raios atende à tensão nominal adequada para a qual foi especificada. IEC 60099-1 / 94 Medição do Nível de Descargas Parciais Analisar a presença de possíveis níveis de descargas parciais na isolação. IEC 60270 / 2000 Tensão Aplicada (60Hz) a seco e sob chuva Avaliar as condições do isolamento mediante a medição das correntes de fuga com a aplicação de uma tensão 60Hz a um tempo pré-definido. NBR 5309 CHAVES SECCIONADORAS ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Tensão Suportável Nominal 60Hz (a seco e sob chuva) no circuito principal IEC 62271-100 / 2001 Tensão Suportável Nominal 60Hz nos circuitos auxiliares e de comando Avaliar as condições do isolamento mediante a medição das correntes de fuga com a aplicação de uma tensão 60Hz a um tempo pré-definido. Medição da resistência ôhmica entre contatos principais Verificar se a resistência ôhmica com a chave na posição fechada atende ao valor máximo normalizado. DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Medição da resistência de isolamento (MΩ) Verificar possível deterioração do isolamento, bem como detectar, diagnosticar e prevenir falhas na isolação Tensão Aplicada 60Hz a seco no circuito principal e circ. aux. Avaliar as condições do isolamento mediante a medição das correntes de fuga com a aplicação de uma tensão 60Hz a um tempo pré-definido IEC 62271-102 / 2001 Óleo Isolante Verificar as condições físico-químicas do óleo isolante Simultaneidade dos pólos (abert. / fech.) Verificar a simultaneidade com a utilização de um osciloscópio Medição da resistência ôhmica dos contatos principais Verificar se a resistência ôhmica com o disjuntor na posição fechada atende ao valor máximo normalizado. TP’s E TC’s ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS Medição do nível de descargas parciais Analisar a presença de possíveis níveis de descargas parciais na isolação. IEC 60270 / 2000 Polaridade Verificar o sentido instantâneo das correntes entrandoe saindo nos enrolamentos prim. e sec. Exatidão Verificar o erro percentual entre os valores medidos no prim. e sec. NBR 6820 (TP’s) NBR 6821 (TC’s) Tensão Aplicada 60Hz a seco e sob chuva nos enrolamentos primário e secundário Avaliar as condições do isolamento mediante a medição das correntes de fuga com a aplicação de uma tensão 60Hz a um tempo pré-definido Medição de resistência do isolamento (MΩ) Verificar possível deterioração do isolamento, bem como detectar, diagnosticar e prevenir falhas na isolação Tensão Induzida (120Hz) Verificar o estado do isolamento de um enrolamento que não foi aprovado no ensaio de tensão aplicada Relação de Transformação (TTR) Identificar a relação das espiras em transformadores. Medição de perdas Avaliar as perdas durante a operação normal do equipamento. Tensão de curto-circuito Avaliação da impedância percentual do transformador. Óleo Isolante Analisar as características físico-químicas do óleo e sua adequação para atuar como refrigerante e isolante. Levantamento da curva de saturação p/ proteção (somente p/ TC’s) Avaliação do comportamento do circuito magnético do equipamento. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS RESISTORES DE ATERRAMENTO ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Medição da Resistência de Isolamento (MΩ) Verificar possível deterioração do isolamento, bem como detectar, diagnosticar e prevenir falhas na isolação Tensão Aplicada 60Hz a Seco (kV) Avaliar as condições do isolamento mediante a medição das correntes de fuga com a aplicação de uma tensão 60Hz a um tempo pré-definido Medição da Elevação da Temperatura nos Elementos Resistivos Avaliar a temperatura máxima que pode ser atingida em função das exigências da Norma (*) Medição da resistência ôhmica (Ω) Avaliação da precisão da resistência dentro dos limites normalizados estabelecidos. ANSI / IEEE Std. 32 (*) No caso da elevação da temperatura para curto tempo (p.ex.: 10s), a Norma permite a avaliação da elevação da temperatura via cálculos analíticos. TRANSFORMADOR DE FORÇA ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Medição da Resistência dos Enrolamentos Verificação da resistência dos enrolamentos principais (prim. e sec.) Medição da Relação de Transformação (TTR) Identificar a relação das espiras em transformadores. Medição da Resistência de Isolamento (MΩ) Verificar possível deterioração do isolamento, bem como detectar, diagnosticar e prevenir falhas na isolação Polaridade Verificar o sentido instantâneo das correntes entrando / saindo dos enrolamentos primários / secundários de uma mesma fase. Deslocamento Angular Comprovar a exatidão de um diagrama vetorial c/ aplicação de uma fonte trifásica. Medição das Perdas Verificação das perdas em vazio, em carga, totais, corrente de excitação e tensão no circuito. Tensão Aplicada (60Hz) a seco Medição das correntes de fuga através do isolamento. Tensão Induzida (120Hz) Verificar o estado do isolamento de um enrolamento que não foi aprovado no ensaio de tensão aplicada. IEC 60076-3 / 2000 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS Medição da Tensão de Curto-circuito Verificar a impedância percentual do transformador referido a uma determinada temperatura. Óleo Isolante Analisar as características físico-químicas do óleo e sua adequação para atuar como refrigerante e isolante. Sequência de Fases Verificar o sentido de rotação das fases RESUMO DOS ENSAIOS DE TIPO USUAIS NOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DO SEP PARA-RAIOS ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Características (Tensão Nominal 60Hz x Tempo) O pára-raios deve ser avaliado quanto à sobretensões temporárias que suporta Tensão Suportável Nominal sob Impulso Atmosférico (TSI) Verificar a suportabilidade do isolamento às solicitações das ondas de impulso. NBR 6936 Tensão Residual sob Impulso Atmosférico Verificar a tensão nos terminais do pára- raios durante a sua operação IEC 60099-1 / 94 CHAVES SECCIONADORAS ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Tensão Suportável Nominal sob Impulso Atmosférico (TSI) Avaliar a suportabilidade do isolamento das chaves às sobretensões de impulso. IEC 62271-100 / 2001 Correntes de Curta Duração (momentâneas) Verificar a suportabilidade da chave às altas correntes de curto tempo. Elevação de Temperatura no Circuito Principal Determinar a elevação de temperatura nas partes condutoras de corrente do equipamento. Nível de Ruído (Tensão de Raio-interferência) ≥ 145kV Avaliar o nível de tensão (µV) de RI apresentado no equipamento durante sua operação. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Tensão Suportável ao Impulso Atmosférico e de Manobra Verificar a suportabilidade do equipamento às ondas de impulso e de manobra. IEC 62271-102 / 2001 Fator de Potência do Isolamento Verificar possível deterioração do isolamento. TRANSFORMADOR DE FORÇA ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Tensão Suportável Nominal ao Impulso Atmosférico e de Manobra Avaliar a suportabilidade do isolamento do equipamento às sobretensões de impulso e manobra. IEC 60076-3 / 2000 – Transf. em Óleo IEC 60726 / 82 – Transf. Secos Medição do Nível de Tensão de Descargas Parciais Analisar a presença de possíveis níveis de descargas parciais na isolação. IEC 60076-3 / 2000 IEC 60270 / 2000 Medição do Nível de Tensão de Rádio-interferência (≥145kV) Avaliar o nível de tensão (µV) de RI apresentado no equipamento durante sua operação. IEC 60-1 / 89 IEC 60-2 / 94 NEMA TR1 / 74 Medição das Correntes Harmônicas Avaliar as formas de onda presentes no transformador com frequências múltiplas da frequência nominal. IEC 61000-4-7 / 91 Medição do Fator de Potência do Isolamento (mW/mVA) referidos a 20ºC Garantir o processo de tratamento e secagem, mediante verificação da isolação elétrica ANSI C57.2 – 90 IEC Publ. 1976 Tensão Suportável ao Impulso Atmosférico e de Manobra Ensaio destrutivo objetivando avaliar a suportabilidade do equipamento às sobretensões de impulso ou manobra Elevação de Temperatura Determinar a elevação de temperatura em uma ou mais partes do equipamento Medição do Nível de Ruído (dB) Avaliação do ruído gerado no equipamento em função da passagem da corrente nos diversos níveis de tensão NEMA TR1 Medição do Nível de Tensão de Rádio-Interferência (≥145kV) Avaliação do nível de tensão (µV) apresentado no equipamento durante sua operação CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS TC’s E TP’s ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Tensão Suportável Nominal ao Impulso Atmosférico e Manobra Avaliar a suportabilidade do isolamento do equipamento às sobretensões de impulso e manobra Medição da Capacitância e Tangente Delta Determinar o ângulo de defasagem entre a corrente de fuga do isolamento em relação a uma tensão VCA aplicada.Mede as perdas dielétricas no sistema isolante. IEC 60044-1 / 96 IEC 60186 / 96 IEC 60044-2 / 97 NBR 6820 (TP’s) NBR 6821 (TC’s) Medição do Nível de Tensão de Rádio-Interferência (≥145kV) Avaliar o nível de tensão (µV) de RI apresentado no equipamento durante sua operação. NEMA TR1 IEC 62271 / 2000 CAPACITORES DE POTÊNCIA ENSAIO OBJETIVO NORMAS ADOTADAS Medição da Capacitância e Tangente Delta Determinar o ângulo de defasagem entre a corrente de fuga do isolamento em relação a uma tensão VCA aplicada. Mede as perdas dielétricas no sistema isolante. IEC 60358 / 90 RESUMO DOS ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO USUAIS NOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DO SEP PARA-RAIOS ENSAIO RESULTADO ESPERADO Medição da Resistência de Isolamento entre Fase e Terra Ref.: de 3 a 5 MΩ / kV nominais: o equipamento pode ser considerado como estando em boas condições. CHAVES SECCIONADORAS ENSAIO RESULTADO ESPERADO Medição da Resistência de Isolamento (VCC) entre Fase e Terra Os resultados não são significativos quando analisados isoladamente. Apenas deverão ser melhor avaliados se os valores apresentados forem excessivamente baixos. Resistência de Contato Emprega-se a leitura direta. Os valores deverão ser comparados com os dados fornecidos pelo fabricante (µΩ) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO ENSAIO RESULTADO ESPERADO Medição da Resist. de Isolamento (VCC) com disj. fechado: Ø-A p/ massa Ø-B p/ massa Ø-C p/ massa com disj. aberto: entre terminais de entrada e saída de corrente para cada pólo (fase) Como dado prático, considerar 1MΩ / kV o mínimo admissível. Tempo de Operação e Discordância de Pólos Mede-se o tempo decorrido entre a aplicação do impulso de abertura ou fechamento e a completa alteração de estado do disjuntor. Valores aceitáveis: Abertura: 6 ciclos; Fechamento: 15 a 20 ciclos. Fator de Potência do Isolamento (VCA) Não é possível se determinar as condições do disjuntor com apenas o ensaio da medição do fator de potência. Comparar o resultado com outros anteriores fornecidos pelo fabricante e ainda comparar com o gráfico a seguir apresentado. Óleo Isolante (se aplicável ao disjuntor) • Retirar pelo menos 3 amostras do óleo, sendo uma de cada pólo; • Executar conforme roteiro específico p/ os testes com óleo; • Dispensa-se o ensaio de acidez; • Não tratar o óleo. Se for detectada má condição, substituí-lo; • Índice de Neutralização: trocar quando IN for ≥ 0,5mg de KOH/g de óleo; • Para rigidez dielétrica < 24kV, filtrar o óleo até atingir 35kV. RIGIDEZ (kV) ESTADO DO ÓLEO < 15 Rejeitar 15 a 20 Duvidoso (filtrar urgente) 20 a 25 Satisfatório (programar filtragem) 25 a 30 Bom 30 a 35 Muito Bom > 35 Excelente 4 8 1 2 3 6 % FP ºC 4 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 BOM INVESTIGAR CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO (cont.) ENSAIO RESULTADO ESPERADO Resistência de Contato Os resultados obtidos devem se aproximar daqueles fornecidos pelo fabricante, com base em ensaios anteriores. Valores de referência: 600A 100 a 300 µΩ 1200 A 50 a 150 µΩ ATÉ 15kV 2000 A 50 a 70 µΩ 23kV 500 µΩ 46kV 700 µΩ 69kV 500 a 1000 µΩ 138 a 230kV 800 µΩ TRANSFORMADOR DE FORÇA (cont.) ENSAIO RESULTADO ESPERADO Medição da Resistência de Isolamento (VCC) Primário – Secundário Primário – Secundário Aterrado Primário Aterrado – Secundário (a 20ºC) Isolamento Mín. (MΩ) para Transformador 3Ø a 20ºC Menor tensão (kV) Pot. (kVA) 13,8 69 138 750 350 1200 - 1000 300 1000 - 1500 - 850 - 2000 - 800 - 2500 - 700 - 3000 - 600 1250 4000 - 550 - 5000 - 550 1100 10000 - 400 800 15000 - 300 600 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS TRANSFORMADOR DE FORÇA (cont.) ENSAIO RESULTADO ESPERADO Absorção Dielétrica (ou índice de polarização IP) Enrol. AT - Enrol. BT aterrado Determinar a relação entre a resistência de isolamento após 10 minutos de ensaio e após 1 minuto de ensaio. ÍNDICE DE POLARIZAÇÃO IP CLASSIFICAÇÃO > 4 Excelente 3 a 4 Bom 2 a 3 Razoável 1,5 a 2 Duvidoso < 1,5 Ruim < 1 Perigoso Fator de Potência do Isolamento (VCA) a 20ºC Não é possível se determinar as condições do transformador com apenas o ensaio da medição do fator de potência. Comparar o resultado com outros anteriores fornecidos pelo fabricante e ainda comparar com o gráfico a seguir apresentado. 4 8 12 36 % FP ºC 4 10 20 30 40 50 60 70 RUIM INVESTIGAR BOM TC’s E TP’s ENSAIO RESULTADO ESPERADO Medição da Resistência de Isolamento (VCC) Primário – Secundário Secundário – Terra Ref.: 1MΩ / kV como mínimo aceitável. Óleo Isolante Analisar os resultados apresentados pelo laboratório para a rigidez e a acidez do óleo. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS TC’s E TP’s (cont.) ENSAIO RESULTADO ESPERADO Fator de Potência do Isolamento (VCA) Primário – Terra a 20ºC Não é possível se determinar as condições do transformador com apenas o ensaio da medição do fator de potência. Comparar o resultado com outros anteriores fornecidos pelo fabricante e ainda comparar com o gráfico a seguir apresentado. 2 4 6 ºC10 20 30 40 50 RUIM BOM 6 8 % FP INSTRUMENTOS USUALMENTE UTILIZADOS NOS ENSAIOS NOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DO SEP: MEGÔHMETROS: Medem a resistência de isolação (MΩ) e absorção dielétrica. Utilizam uma fonte de VCC nas escalas de 500, 1000, 2000 e 5000 volts para uma faixa de medição de 0,001 a 200 Teraohms. MULTÍMETROS: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS Instrumentos portáteis destinados à medição instantânea de parâmetros, tais como V, R, I, Temperatura etc. São especificados para as categorias I, II, III e IV de acordo com sua capacidade de suportar transitórios e ainda relacionado com o local de sua operação. HIPOT: Instrumentos utilizados para verificar a suportabilidade dos isolamentos elétricos à aplicação de tensões, mediante a medição da corrente de fuga ou disrupção, podendo ser utilizadas tensões VCA e VCC. São fabricados para os diversos níveis de tensão. MICROHMIMETROS (Ponte Kelvin) – DUCTER: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS Instrumentos utilizados na medição de pequenas resistências, com resoluções a partir de 0,1µΩ, como por exemplo resistências de contato em chaves seccionadoras, disjuntores etc. MEDIDORES DE RELAÇÃO DE TRANSFORMADORES (TTR): Instrumentos utilizados na medição da relação de espiras de transformadores monofásicos ou polifásicos. FONTES DE ALTA TENSÃO:Fornecem tensões VCA ou VCC da ordem de 5 a 200 kV com potência da ordem de até 300 kVA. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS FONTES DE ALTAS CORRENTES: Fornecem correntes VCA (da ordem de até 20.000A) e VCC (da ordem de até 5.000A). Disponibilizam também tensões para ensaio de excitação, ensaios de polaridade, continuidade de tensão e corrente. PONTES DOBLE (MEU): Executam a medição do fator de potência do isolamento, ou seja, verificam previamente o estado da isolação interna dos equipamentos. DÉCADAS DE RESISTÊNCIA: Executam a medição de valores de resistências ôhmicas com precisão (p.ex.: em resistores de aterramento). CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS ENSAIOS DE ÓLEO ISOLANTE: Avaliam em laboratório, a partir de amostras, o estado físico-químico dos óleos isolantes (p.ex.: rigidez dielétrica e acidez do óleo). ENSAIOS DE DESCARGAS PARCIAIS: As descargas parciais (DP) são descargas elétricas resultantes da presença do campo elétrico atuando CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS no sistema de isolação. A princípio, as descargas parciais não causam uma disrupção (rompimento) completa da isolação e seus efeitos a curto prazo podem não ser considerados catastróficos. Caso, no entanto, o campo elétrico sobre o dielétrico seja intenso durante um longo período, essas descargas podem deteriorar lentamente a qualidade da isolação. As DP podem ocorrer onde existam bolhas de ar ou descontinuidades no dielétrico. Devido à modificação das características do dielétrico nos espaços com ar ou gás, o stress elétrico localizado nestes locais pode ser suficiente para causar descargas. Estas resultam de impulsos de corrente de alta freqüência, os quais podem ser detectados utilizando-se um instrumento adequado, designado “medidor de descargas parciais”. As descargas parciais são medidas em picocoulombs (pC), unidade de carga elétrica. O ensaio deve ser realizado antes e depois do ensaio de tensão no dielétrico. Deve ser aplicada uma tensão de frequência 60 Hz, com valor de 120% da tensão máxima de operação, sendo que os valores obtidos não devem ultrapassar aqueles estabelecidos pelas normas técnicas, a exemplo da ABNT NBR 8017/83. OSCILÓGRAFOS: Destinam-se a analisar e registrar as formas de onda presentes nos circuitos durante os ensaios. GERADOR DE IMPULSOS: Entre as diversas técnicas utilizadas para a geração de impulsos de tensão, a mais prática e eficiente é a que utiliza uma associação de capacitores em um circuito desenvolvido por Marx no início do século, podendo ser utilizado tanto para a geração de impulsos atmosféricos quanto os de manobra. O circuito multiplicador de Marx está apresentado na figura abaixo, CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS constituído por apenas 4 estágios, onde RL é denominada resistência de carga, RS a resistência de frente, Rp a resistência de cauda e Cs a capacitância de cada estágio, sendo o objeto de ensaio representado somente por sua capacitância Cb, em relação à terra. O princípio de funcionamento do gerador de impulso consiste em carregar os capacitores Cs de todos os estágios em paralelo, através de uma fonte de corrente contínua usualmente com tensão máxima da ordem de 50 kV a 200 kV, e, terminado o período de carga, a energia armazenada no gerador de impulso é descarregada no terminal de alta tensão do objeto sob ensaio, pela disrupção intencional dos centelhadores de esfera SG, conectando, assim, todos os estágios em série. A tensão máxima a ser aplicada ao objeto sob ensaio será, então, a soma das tensões de carga armazenadas nos estágios individuais. Considerando-se, por exemplo, um gerador de impulso formado por 16 estágios, sua tensão máxima de carga será equivalente a 3.200 kV, quando todos os estágios tiverem sido individualmente carregados com a tensão de 200 kV. DIVISORES RESITIVO E CAPACITIVO: Os divisores resistivo e capacitivo fazem parte integrante do kit de instrumentos utilizados nos circuitos e testes nos laboratórios de EAT. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS CENTELHADORES DE ESFERA: Os centelhadores de esfera se prestam para promover a disrupção do isolamento nos ensaios de aplicação de tensão. 10 DICAS DE SEGURANÇA PESSOAL PARA A REALIZAÇÃO DOS ENSAIOS ELÉTRICOS CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS 1 Sinalize adequadamente o local dos ensaios (delimitando sua área de trabalho e de passagens), bem como o equipamento em teste; 2 Utilize equipamentos de testes dentro do prazo de validade de sua aferição e adequados a cada ensaio que for efetuar; 3 Nunca efetue ensaios sozinho; 4 Certifique-se que o equipamento a ser ensaiado está desenergizado e em condições de ser submetido aos testes; 5 Use sempre todos os EPI’s que forem recomendados; 6 Confirme que todos os componentes da equipe de testes destacada para os trabalhos conhece e domina as técnicas dos ensaios; 7 Impeça a presença de estranhos; 8 Avalie previamente se todas as facilidades foram previamente disponibilizadas; 9 Avalie se as condições atmosféricas / ambientais são adequadas antes de se iniciarem os ensaios; 10 Nunca improvise. Use apenas fiação, conexões, instrumentos etc. em perfeitas condições de trabalho. IMAGENS DE ENSAIOS DE IMPULSO EM LABORATÓRIO DE A.T. IMAGENS DE ENSAIOS DE FLASHOVER EM COLUNAS DE ISOLADORES. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA EQUIPAMENTOS DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – NOTAS DE AULAS ALGUNS LABORATÓRIOS DE EAT NO BRASIL LEAT UFMG; CEPEL; USP; TRANSFORMADORES TOSHIBA; UNICAMP; INSTITUTO DE ELETROTÉCNICA – USP; EFEI (ITAJUBÁ)
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