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Pequeno Ensaio sobre Identidades

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IDENTIDADES
Ricardo Rodrigues Lima[1: Religioso da Congregação de São José / Josefinos de Murialdo. Estudante em Filosofia no Instituto São Boaventura (ISB).]
Prof. Henrique Araújo da Silva[2: Graduado em pedagogia pela AD1, graduado em Teologia pela Faculdade Unida; Graduação em Filosofia pela Faculdade Católica de Anápolis; Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior pelo CESB; Especialista em História Africana e Afrodescendente pela UFG.]
A identidade pode ser considerada algo fácil de elucidar, por dizer apenas que ela é aquilo que define um sujeito, assim me vinha apenas à identidade em seu âmbito individual. Mas ao observar melhor, percebi que ela vai muito mais além, por ser bem fragmentada, existindo com isso, uma pluralidade de identidades em um único individuo.
Macaxeira, mandioca ou aipim? Bergamota, tangerina ou mexerica? Fruta do conde, ata ou pinha? Estas são formas de se chamar três tipos de alimentos, de três formas diferentes. Não posso dizer que nem uma e nem outra palavra estará correta. Penso que a nomenclatura de cada um, se deu por meio de um processo cultural. Em cada localidade, o povo cria seus hábitos: estilos de roupas, sotaques na fala, tipos de alimentos (como exemplificado anteriormente), isso em um mesmo território nacional como o Brasil. Estes modos diferenciados que existem, os conheço como identidade cultural.
Através da identidade cultural, cada indivíduo é influenciado pelo grupo ao qual ele pertence e com isso, percebo que a identidade de uma pessoa, necessariamente, não é apenas uma identidade individual, mas também pode ser uma identidade coletiva. Nesta perspectiva de identidade coletiva com o individuo participando de determinados grupos, como classe social, gênero. Por ser de uma determinada classe social, o individuo pode agir de certa maneira, ao se referir a outrem. Por ser de um determinado gênero, pode se dizer por gostos, cores, atitudes. 
Dessa forma, compreendo que, entre suas fragmentações, a identidade pode tanto ser inata como empírica. Se uma pessoa toca algum tipo de instrumento musical, pratica algum tipo de esporte, há nela uma identidade grupal que, porventura, lhe veio com certo tempo, empiricamente. 
Um aspecto que acredito ser interessante, é que a identidade ela é uma identidade particular, algo que me identifica, mesmo sendo uma identidade grupal. Nesse processo de identidade particular, surge pelas diferenças que há entre o EU e o OUTRO. Com essa perspectiva, vejo a identidade e a diferença como aspectos inseparáveis, onde um é necessário para o outro.

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