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UNIDADE I. PARTE II. CONTROLE CONCENTRADO.

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UNIDADE I. PARTE II. CONTROLE CONCENTRADO.
1.8. CONTROLE CONCENTRADO.
Concentra-se em um único Tribunal.
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1.8.1. Ação Direta de Inconstitucionalidade: ADIN Genérica.
Previsão legal: artigo 102, I, a, CF/88.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
Definição: busca o controle de constitucionalidade de ato normativo em tese, abstrato.
Ato normativo marcado por:
Generalidade.
Impessoalidade.
Abstração.
Atenção: diferente da via de exceção ou de defesa, onde o controle exercido é na forma DIFUSA.
Objetivo: declarar a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo (federal ou estadual) para conseguir a invalidação da lei ou ato normativo.
Objeto da ADI:
Lei.
Ato normativo.
Bom saber: Leis = todas as espécies normativas do artigo 59 da CF/88.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Atos normativos:
Resolução administrativa do TJ.
Ato estatal revestido de conteúdo meramente derrogatório.
Qualquer ato de caráter normativo (como por exemplo, regimento interno do TJ).
Competência: artigo 103 da CF.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:  
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;  
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Bom saber: Súmula não pode ser objeto de Adin.
Apenas lei ou ato normativo – federal ou estadual – é que podem.
Súmula Vinculante.
Não admite o controle concentrado.
Conforme EC nº45 de 2004 o STF pode:
Aprovar + revisar + cancelar a súmula mediante provocação daqueles que podem propor a Adin.
Problema: súmula não é marcada pela generalidade e abstração, que são características da lei e do ato normativo.
Conclusão: não cabe Adin.
Cabe procedimento de revisão e de cancelamento.
Previsão legal: artigo 103 – A, CF.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.  
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.  
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. 
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
DO CABIMENTO DA ADIN em sede de: normas constitucionais originárias, emenda a Constituição Federal, Medida Provisória, Fenômeno da Recepção, atos estatais de efeito concreto, ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida, lei revogada, divergência entre a ementa da lei e o seu conteúdo, regulamento na forma do artigo 84, IV e, tratado internacional.
Normas Constitucionais Originárias.
Adin: não admitida.
Cuida-se de norma produzida pelo poder constituinte originário.
Princípio da unidade hierárquica normativa + Constituição Rígida.
Eventual conflito: deve ser harmonizado com interpretação.
Emendas a Constituição Federal.
Adin.
Artigo 59 da Constituição Federal.
Medida Provisória.
Adin.
Força de lei.
Artigo 59 da CF.
Bom saber: Medida Provisória convertida em lei = aditar a Adin.
Fenômeno da recepção.
Não cabe Adin para questionar a validade da lei revogada na vigência do regime constitucional anterior.
Polêmica:é possível verificar a constitucionalidade de norma anterior a CF?
Não pode ser objeto de controle.
O fenômeno a ser estudado é: recepção ou não recepção da norma pela CF.
Conclusão: não se pode falar em constitucionalidade superveniente.
Somente os atos editados após a CF é que poderão ser questionados por meio de Adin.
Bom saber: se a norma foi produzida antes da CF a ação de controle concentrado cabível é ADPF, mas o STF entende que em tais casos não será possível realizar a modulação dos efeitos.
Atos estatais de efeito concreto e ato estatal de efeito concreto editado sob a forma de lei (exclusivamente formal).
Se de efeito concreto não estão sujeitos ao controle abstrato, logo, não cabe Adin.
Efeito concreto = espécies jurídicas, que tendo como objeto determinado e destinatário certo, não veiculam em seu conteúdo, normas que disciplinem relações jurídicas em abstrato.
Exemplo: trazem em si o resultado específico pretendido; lei que cria Município; que fixa limite territorial; que aprova plano de urbanização.
Justificativa: para ser possível o ajuizamento da Adin, temos que ter o “coeficiente” mínimo de abstração e generalidade.
Polêmica: mudança de entendimento do STF, que passou a diferenciar os atos de efeito concreto.
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Conclusão: se de efeito concreto e materializado por lei, caberá controle abstrato, hipótese em que a CF exige que seja editado sob a forma de lei.
Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida.
Não será possível realizar controle concentrado na forma de Adin.
Justificativa: paradigma meramente histórico.
Lei revogada ou que tenha perdido a sua vigência após a propositura da Adin.
Regra geral: prejudicada a ação + perda do objeto.
Bom saber: entendimento do STF:
Perder o objeto e continuar com a Adin seria = proteção de uma situação jurídica pessoal e concreta, o que é característica do controle difuso e não do concentrado.
Bom saber: que Gilmar Mendes não concorda com o entendimento majoritário do STF e propõe a revisão da jurisprudência.
Defende que deve continuar com o julgamento da Adin, pois, remeter para a via ordinária é incompatível com os princípios da máxima efetividade e da força normativa da CF.
Para prova da OAB e de concurso: adotar a regra geral = prejudicialidade.
Atenção: na hipótese de fraude processual = afastamento da prejudicialidade.
O que demonstra uma tendência do STF para a análise de caso concreto.
Divergência entre a ementa da lei e o seu conteúdo.
Não cabe controle concentrado na modalidade de Adin.
Não é afronta a Constituição Federal.
Regulamento da forma do artigo 84, IV, CF.
Inconstitucionalidade indireta, logo, não cabe a propositura de Adin.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos parasua fiel execução;
Tratado Internacional.
Até 2004 era possível o ajuizamento da Adin.
EC nº 45/2005 = artigo 5º, §3º, CF.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.  
DO CABIMENTO DA ADIN: resumo.
	Elemento
	Cabimento
	Normas constitucionais originárias
	Não cabe controle concentrado – Adin.
	Emenda a Constituição Federal
	Adin
	Medida Provisória
	Adin
	Fenômeno da Recepção.
	Não cabe controle concentrado - Adin
	Atos estatais de efeito concreto
	Em regra não cabe controle concentrado, mas existe exceção, em decorrência do novo entendimento do STF.
	Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida
	Não cabe controle concentrado – Adin.
	Lei revogada
	Não cabe controle concentrado, atenção para a exceção na hipótese de fraude processual.
	Divergência entre a lei e o seu conteúdo.
	Não cabe controle concentrado.
Início da eficácia da decisão que reconhece a inconstitucionalidade da lei.
A partir da publicação da ata no Diário Oficial.
Não precisa aguardar o transito em julgado.
Competência da Adin.
A competência será definida conforme o objeto: lei ou ato normativo, que poderá ser:
Federal;
Estadual;
Municipal.
	Divergência entre Lei ou ato normativo – federal ou estadual – em face da CF.
	Competência do STF.
Artigo 102, I, a, CF.
	Divergência entre lei ou ato normativo – estadual ou municipal – em face da Constituição Estadual.
	Competência dos Estados.
Vedada a atribuição a um único órgão, ou seja, cada estado terá o seu.
Competência do TJ local.
Artigo 125, §2º, CF.
	Divergência entre lei ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal.
	Não cabe Adin: falta de previsão legal.
Solução: controle difuso ou ADPF.
	Divergência entre lei ou ato normativo distrital em face da CF.
	Se de natureza estadual: competência do STF.
Se de natureza municipal: não caberá Adin.
	Divergência entre lei municipal em face de Lei Orgânica do Município.
	É hipótese de controle de legalidade e não de constitucionalidade.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
Legitimados para Adin Genérica.
Previsão legal: artigo 103 da CF.
Legitimados neutros ou universais:
Presidente.
Mesa do Senado.
Câmara dos Deputados.
Procurador Geral da República.
Conselho da OAB.
Partido Político.
Legitimados Interessados ou especiais: devem demonstrar a pertinência temática (interesse da ação x finalidade institucional).
Assembléia.
Governador.
Confederação Sindical.
Perda de representação do partido político no Congresso.
Se após o ajuizamento da Adin, não interfere.
A legitimidade é verificada no momento da propositura da Adin.
1.8.2. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF).
Considerações iniciais:
É hipótese de cisão vertical.
Pode analisar atos anteriores a CF de 1988.
Previsão legal: artigo 102, §1º da CF.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
Previsão legal: Lei 9882/1999.
Cuida-se de norma de eficácia limitada.
Objeto e hipótese de cabimento.
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Arguição Autônoma.
Previsão legal: artigo 1º da lei 9.882/199.
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Atenção: evitar ou reparar lesão = caráter preventivo e repressivo.
Requer nexo de causalidade entre a lesão do preceito e o ato do poder público.
A lesão pode decorrer de qualquer ato administrativo, inclusive decreto.
Arguição Incidental.
Previsão legal: artigo 1º, I, lei 9882 de 1999.
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;  
Procedimento: demonstrar a divergência jurisdicional (comprovar a controvérsia judicial) relevante na aplicação do ato normativo violador do preceito fundamental.
Conclusão sobre arguição incidental:
Se restringe ao ato normativo.
Pressupõe a existência de controvérsia judicial relevante (parte do princípio de que existe uma demanda concreta).
Buscar antecipar o entendimento do STF.
Do preceito fundamental.
Não é conceituado pela CF e nem pela lei.
STF ainda não entrou em consenso sobre o que é preceito fundamental.
Definição doutrinária:
São normas qualificadas que veiculam princípios e servem de vetores de interpretação das demais normas.
Exemplo: princípios fundamentais do artigo 1º ao 4º da CF; cláusulas pétreas e princípios constitucionais sensíveis.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Consenso na doutrina:
São grandes preceitos que informam o sistema constitucional.
Estabelecem comandos basilares e imprescindíveis à defesa dos pilares da manifestação do constituinte originário.
Competência para apreciar a ADPF:
Previsão legal: artigo 102, §1º da CF.
Competência originária: STF.
Legitimidade para propor:
Artigo 103 da CF.
Cidadão poderá solicitar ao P.G.R.
Procedimento para propor ADPF:
Proposta a ação por um dos legitimados no STF, o relator deverá analisar a regularidade formal.
A petição deverá conter:
Cópia do ato questionado e dos demais documentos necessários para comprovar a impugnação.
Se não for caso de ADPF ou, quando a petiçãofor inepta = o relator indefere a inicial e cabe agravo no prazo de 5 dias.
Atenção.
Não será admitida a APDF quando houver qualquer outro meio eficaz para sanar a lesividade.
Princípio da subsidiariedade.
Caráter residual.
Importante:
Havendo pedido de liminar e apreciado pelo relator, este solicitará as informações necessárias as autoridades no prazo de 10 dias.
Lembrando que na arguição incidental é possível ainda ouvir as partes.
Para julgamento: quorum com maioria absoluta (artigo 97 da CF), devendo estar presente pelo menos 2/3.
A decisão da ADPF é irrecorrível.
... mas contra seu descumprimento cabe reclamação.
Efeitos da decisão.
É imediatamente auto aplicável.
Em 10 dias do transito em julgado é publicada no Diário Oficial.
Regra geral: erga omnes + efeito vinculante.
Exceção: segurança jurídica + interesse social = maioria qualificada de 2/3 para restringir os efeitos.
Polêmica: arguição incidental é inconstitucional?.
Arguição incidental está prevista no artigo 1º da lei 9882/99:
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Constituição Federal: somente autoriza a apreciação pelo STF, da arguição de preceito fundamental, na forma da lei.
Gilmar Mendes: defende que surge como instrumento adequado ao combate da chamada “guerra de liminares”, introduzindo profundas alterações no sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, pois:
Permite a antecipação de decisões sobre controvérsias constitucionais relevantes, evitando que elas venham a ter um desfecho definitivo após longos anos.
Poderá ser utilizado para – de forma definitiva e com eficácia geral – solver controvérsia relevante sobre a legitimidade do direito ordinário pré constitucional.
Fornece diretriz para lei municipal e atos anteriores a CF de 1988.
Pedido de liminar na ADPF.
Previsão legal: artigo 5º da lei 9882/99.
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada.  
Conclusão:
Possível liminar requer maioria absoluta (6 ministros.
Exceção: ad referendum (por ratificação), nas hipóteses de:
Extrema urgência.
Perigo de lesão grave.
Período de recesso.
Bom saber: não é alcançado por força de liminar: transito em julgado e elementos convalidados em lei.
ADPF pode ser conhecida como ADI e vice versa?
Sim, natureza ambivalente.
ADPF tem caráter subsidiário, o que permite ser conhecida como ADIN.
Da mesma forma, ADIN pode ser conhecida como ADPF.
Na hipótese de inadmissibilidade da ADIN c/c existência de todos os requisitos da ADPF.
1.8.3. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO.
Previsão legal: artigo 103, §2º, CF.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:  
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
Lei da ADO: Lei 12.063 de 2009.
Objetivo: tornar eficaz norma de eficácia limitada.
Procedimento: declarada a inconstitucionalidade por omissão ...
Ciência ao poder competente para as providências necessárias.
Se órgão administrativo = 30 dias para resolver.
Bom saber: Adin por Omissão é diferente de Mandado de Injunção.
Mandado de injunção = controle difuso e via de exceção.
Espécies de Omissão.
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Omissão total: a lei não existe.
Exemplo: artigo 37, VII, CF. (greve do servidor público).
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
Omissão parcial propriamente dita: a lei existe, mas regula de forma deficitária.
Exemplo: artigo 7º, IV, CF (salário mínimo).
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Omissão parcial relativa: a lei outorga benefício a uma categoria e esquece da outra.
Exemplo: Súmula 339 do STF.
SÚMULA 339
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
Objeto da ADO.
Omissão de qualquer dos Poderes ou de órgão administrativo.
Bom saber: se a norma não tinha sido regulamentada e é extinta = ADO extinta por perda do objeto.
Polêmica: e se encaminhar projeto de lei no curso da ADO?
Regra geral perde o objeto.
Se demorar no julgamento = cabe ADO.
Fungibilidade para Mandado de Injunção?
STF: não! Os pedidos são diferentes.
Competência.
Originária do STF.
Previsão legal: artigo 103, §2º c/c artigo 102, I, “a”, CF.
Legitimidade.
Rol do artigo 103 da CF c/c pertinência temática.
Rol não é expresso da CF.
Princípio da hermenêutica.
Maior eficácia possível da norma constitucional.
Natureza jurídica dos legitimados.
Advogados de interesse público.
Advogados da Constituição.
Procedimento da ADO.
Comprovar a omissão.
Pedido com especificações.
Petição inepta = indeferida, hipótese em que caberá agravo.
Poderá ser solicitada a manifestação da AGU no prazo de 15 dias.
Apenas quando a AGU não for parte.
Medida cautelar na ADO.
É admissível.
Hipóteses:
Excepcional interesse público.
Relevância da matéria.
Requisitos: maioria absoluta APÓS audiência dos órgãos/autoridades, que deverão se pronunciar em 05 dias.
Oitiva da PGR: facultativa, mas se optar por ouvir, o prazo será de 3 dias.
Concedida a cautelar: prazo de 10 dias para publicação no D.O.U.
Efeitos da decisão.
Declarada a inconstitucionalidade por omissão o STF não pode suprir a demanda.
Justificativa: Tripartição de Poder.
Conseqüências são diferentes:
Poder competente: ciência para adoção das providências necessárias.
Órgão administrativo: regra geral, prazo de 30 dias para suprir a omissão sob pena de responsabilidade. Excepcionalmente, considerando circunstâncias específicas + interesse público, poderá estabelecer prazo razoável.
Bom saber: não está excluída a possibilidade do STF fixar prazo para o Poder Legislativo.
Exemplo de flagrante omissão: artigo 18, §4º da CF.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Cuida-se de inércia legislativa.
Hipótese de negligência + desídia.
Decisão do STF: Câmara dos Deputados criar norma no prazo de 24 meses.Fungibilidade entre ADI e ADO.
Sim, conforme jurisprudência do STF.
1.8.4. REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA.
Definição:
Artigo 18 da CF.
Entes autônomos.
Nenhum ente deve intervir no outro.
Características da Organização Política Administrativa.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Exceções para intervenção:
União => Estado (artigo 34 da CF) / Município (artigo 35 da CF).
Estado => Município (artigo 35 da CF).
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;  
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Representação Interventiva.
É pressuposto para intervenção federal ou estadual.
Quem decreta é o chefe do executivo.
Cuida-se de “controle da ordem constitucional no caso concreto”.
É hipótese de litígio constitucional.
Papel do Judiciário.
Verifica se estão presentes os pressupostos para a futura decretação de intervenção pelo chefe do executivo.
Procedimentos e fases.
Fase 1: fase jurisdicional:
STF ou TJ analisam os pressupostos.
Se procedente requisitam intervenção do chefe do executivo.
Fase 2: intervenção branda.
Chefe do executivo, por meio de DECRETO, limita-se a suspender a execução do ato.
Fase 3: intervenção efetiva.
Se a fase 2 não funcionar, o chefe do executivo decreta a intervenção efetiva.
Deve especificar: amplitude, prazo e as condições de execução.
Bom saber: jamais passamos da fase 1.
Representação interventiva Federal.
Previsão legal: artigo 36, III, CF.
A decretação da intervenção dependerá de:
Provimento do STF e de representação do P.G.R.
Na hipótese do artigo 34, VII, CF, c/c recusa à execução de lei federal.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
III. de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. 
Objeto da intervenção:
Ato normativo e/ou violação a princípio sensível (artigo 34, VII, CF).
Logo, qualquer lei ou ato normativo que viole princípio sensível pode ser objeto de intervenção.
Bom saber:
A fase judicial da ADI Representação Interventiva é diferente, pois, o TJ não nulificará o ato normativo.
No caso de omissão, com violação de princípio sensível (como no caso de preso) também caberá...
Para caso de corrupção: também será cabível, pois, viola Princípio Republicano Democrático e sistema representativo.
Competência.
Originária no STF.
Artigo 36, III, CF.
Legitimidade.
O único com legitimidade é o P.G.R., que tem autonomia e discricionariedade.
Cuida-se de equilíbrio federativo.
Legitimado passivo: ente federativo.
Procedimento.
Proposta a petição inicial pelo P.G.R. no STF, deverá conter:
Indicação do princípio constitucional violado.
Indicação do ato questionado.
Prova da violação do princípio.
Pedido.
O relator poderá indeferir: hipótese em caberá agravo no prazo de 5 dias.
Recebida a petição, o relator deve tentar resolver o conflito de forma administrativa.
Se não conseguir solucionar de forma administrativa:
Solicitará informações as autoridades no prazo de 10 dias.
Passado este prazo manifestar-se-á AGU e PGR, no prazo de 10 dias cada.
Possibilidade manifestação do amicus Curie.
Decisão.
Mínimo de 08 ministros na sessão, com voto de maioria absoluta (06 ministros).
Julgado procedente; após publicação do acórdão será levado ao conhecimento do Presidente da República no prazo de 15 dias.
Por se tratar de “requisição” o presidente não poderá descumprir a ordem constitucional.
Ou seja, tem que decretar a intervenção branda.
Artigo 36, §3, CF/88: o presidente, por meio de decreto, suspende a execução do ato.
Se não adiantar, passar-se-á para a fase 3, que é a intervenção efetiva.
Bom saber:
A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido da representação é: irrecorrível e não cabe ação rescisória.
Medida liminar na Intervenção Federal.
Cabe, mas apenas por decisão da maioria absoluta.
Para a concessão da liminar o relator pode, no prazo comum de 5 dias:
Ouvir os responsáveis pelo ato.
Ouvir a AGU
Ouvir a P.G.R.
Representação interventiva no caso de recusa à execução de lei federal.
Competência do STF.
Representação interventiva Estadual.
Artigo 35, IV, CF: será decretada pelo governador e dependerá de provimento do TJ local.
1.8.5. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE.
Objetivo: declarar a constitucionalidade da lei ou ato normativo federal.
Transformar presunção relativa em absoluta.
Isto é, não se admite prova em contrário.
Atenção:
Se julgada procedente: vincula todos os órgãos da Administração e do Poder Público.
Objeto:
Lei ou ato normativo federal.
Competência:
Artigo 102, I, “a”, CF.
STF.
Legitimidade:
Artigo 103 da CF.
Procedimento:
O mesmo da ADIN Genérica.
Se indeferida cabe agravo.
Indispensável a oitiva do P.G.R.
Efeito da decisão.
Erga omnes.
Ex tunc.
Vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal.
Medida Cautelar.
Admitida desde que pode decisão da maioria absoluta.
Suspensão durará no máximo 180 dias.
Arguição incidental
Arguição Autônoma (direta)
ADPF: modalidades
Não editado sob a forma de lei.
Editado pelo poder público sob a forma de lei
Ato de efeito concreto
Controle Concentrado.
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF.
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – Adin Omissiva
Ação Declaratória de Constitucionalidade - ADC
Representação Interventiva.
Omissão Normativa
Total ou absoluta
Parcial
Propriamente dita
Relativa.

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