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“Anualmente, 3 milhões de mulheres dão a luz no Brasil. E aproximadamente 49 mil gestantes e 12 mil bebês nascidos vivos são infectados com a sífilis”, afirma a OMS ( ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) . Com base na estimativa fornecida pela OMS, a sífilis possui uma incidência em parturientes quatro vezes maior do que a infecção do HIV. Mostrando-se ainda muito presente no Brasil. Sífilis Congênita Definição A Sífilis Congênita é uma doença infecciosa sexualmente transmissível que tem importância para a grávida por que é transmitida para o bebê verticalmente. É o resultado da transmissão através do sangue pela bactéria Treponema pallidum, da gestante infectada ou inadequadamente tratada para o seu filho, por via placentária. Esta transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação. ( No momento da gravidez até o parto). Diagnóstico Para diagnosticar a doença é necessário a realização do exame VDRL que é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde. Na primeira consulta do pré- natal A partir do 7 mês Antes do parto na maternidade ou também depois de um abortamento. Sinais e Sintomas Gerais Sífilis Primária Sífilis Secundária Sífilis Terciária Feridas nos órgãos genitais Manchas na pele , mãos e pés Paralisia Ínguas na virilha Febre Lesões na pele e ossos Gânglios aumentados Dor de cabeça Cegueira Podem aparecer aproximadamente 90 dias após a exposição, muitas vezes indolor , podendo sumir ias depois Mal estar Doença Cerebral Alopecia Problemascardíacos Podemsurgir ate dois anos após exposição Sinais e Sintomas RN A sífilis congênita (transmitida pela mãe) apresenta, para efeito de classificação, dois estágios: precoce, diagnosticada até dois anos de vida e tardia, após esse período. Sífilis Congênita Precoce A síndrome clínica da sífilis congênita precoce surge até o segundo ano de vida. Nesta idade mais da metade de todas as crianças são assintomáticas ao nascimento e, naquelas com expressão clínica, os sinais podem ser discretos ou pouco específicos. As principais características da síndrome são: Prematuridade; Baixo peso ao nascimento; Aumento abdominal por aumento do fígado; Múltiplas lesões bolhosas cercadas com halo avermelhado (Pênfigo palmo-plantar); ceguera, etc. Sífilis Congênita Tardia A síndrome clínica da sífilis congênita tardia surge após o 2º ano de vida. As principais características dessa síndrome incluem: 1 – Alterações ósseas; 2 – Surdez neurológica; 3 – Dificuldade no aprendizado; 4 – Retardo mental. Sífilis secundária ou sífilis assintomática com menos de um ano de evolução: duas séries de penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (1.200.000 UI aplicados em cada glúteo), com intervalo de uma semana entre cada série. • Sífilis terciária ou sífilis assintomática com mais de um ano de evolução (latente tardia) ou com duração ignorada: três séries de penicilina G benzatina 2.400.00 UI IM (1.200.000 UI aplicados em cada glúteo), com intervalo de uma semana entre cada série. Dose total: 7.200.000 UI. ( Importante evitar relações sexuais até o final do tratamento, ou utilizar camisinha nas relações sexuais) Complicações Tratamento Da Gestante Após o diagnóstico da doença, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, o parceiro também precisa fazer o teste e ser tratado, para evitar uma nova infecção da mulher. Sífilis primária: penicilina benzatina (famosa bezetacil) 2.400.000 UI por via intra-muscular (IM) (1.200.000 UI aplicados em cada glúteo), em dose única; Sífilis primária é quando a mãe apresenta a lesão ativa na região genital (é raro de ser achado neste estágio) Tratamento RN O tratamento do recém-nascido irá depender do tratamento ou não tratamento realizado pela mãe, resultado do VDRL do sangue e do líquido, alterações ósseas e/ou oftalmológicas e condições clínicas do recém-nascidos. Dependendo destes acima o tratamento será realizado ou com penicilina cristalina (endovenosa – na veia) por 10 dias com internação do bebê ou com penicilina benzatina (bezetacil) dose única ou sem tratamento. Cuidados de Enfermagem Acompanhamento O Recém-nascido considerado com sífilis congênita deve ser avaliado com consultas ambulatoriais mensais até o 6o mês de vida e bimensais do 6o ao 12o mês; Deverá realizar: VDRL com 1 mês, 3, 6, 12 e 18 meses de idade, interrompendo o seguimento com dois exames consecutivos de VDRL negativos; Realizar TPHA ou FTA-ABS para sífilis após os 18 meses de idade para a confirmação do caso; Recomenda-se o acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral por dois anos; Nos casos em que o LCR mostrou-se alterado, deve ser realizada uma reavaliação liquórica a cada 6 meses até a normalização do mesmo; Nos casos de crianças tratadas de forma inadequada, na dose e/ou tempo do tratamento preconizado, deve-se convocar a criança para reavaliação clínico-laboratorial, e reiniciar o tratamento da criança, obedecendo aos esquemas anteriormente descritos.
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