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Tecidos vegetais Carolina Riviera Duarte Maluche Baretta Dra. Agronomia – ESALQ/USP – Univ.Coimbra/PT Morfofisiologia Vegetal carolmaluche@bol.com.br INTRODUÇÃO EMBRIOGÊNESE DIVISÃO CELULAR Figura 1- Meristemas apicais. FOSKET, D.E. (1994). Plant Growth and Development. O meristema é um tecido formado por células com características embrionárias, isto é, não estão especializadas e têm grande capacidade de divisão, podendo dar origem a qualquer outro tipo de tecido (totipotente). Divide-se em dois tipos: Meristema apical ou primário. Meristema lateral ou secundário. Meristemas Intensa divisão celular; Tamanho reduzido de suas células; Parede celular primária - delgada; Citoplasma denso ; Núcleo volumoso ; Vacúolos minúsculos ou maiores; Ausência de plastos (proplastídeos). Características das células meristemáticas Figura 2- Allium sp. Detalhe do meristema apical de raiz. Foto de Mauseth, J.D. Células - Tecidos - Órgãos Meristemas e Origens dos Tecidos DIVISÕES CELULARES Tecidos formadores - Tecidos permanentes Célula Mãe Meristemas e Origens dos Tecidos Células Filhas INICIAL DERIVADA Diferenciação Especializada Figura 3 - Ápice da raiz de Allium cepa. Área marcada - promeristema- células iniciais e suas derivadas mais recentes. Foto Depto. de Botânica da USP. CRESCIMENTO: Crescimento é um aumento irreversível de tamanho que ocorre nos seres vivos. DESENVOLVIMENTO: O desenvolvimento ocorre ao mesmo tempo que o crescimento, e se constitui em uma série de fenômenos que vão acontecendo enquanto a planta cresce e que culminam com a sua maturidade sexual. Crescimento + desenvolvimento = ontogênese DIFERENCIAÇÃO: célula que não está mais se dividindo mas que ainda podem estar em crescimento. Figura 4 – Desenvolvimento dos callus por atividade de divisão celular de células parenquimáticas. Foto retirada de internet. Figura 4 – Desenvolvimento dos callus por atividade de divisão celular de células parenquimáticas. Foto retirada de internet. Figura 4 – Desenvolvimento dos callus por atividade de divisão celular de células parenquimáticas. Foto retirada de internet. Classificação dos meristemas 1. Posição na planta: • Meristemas apicais ou pontos vegetativos; • Meristemas intercalares: recebem este nome porque se localizam entre tecidos maduros ,como por exemplo, na base dos entrenós dos caules das gramíneas, bainha das folhas de monocotiledôneas; • Meristemas laterais: aqueles que localizam-se em posição paralela ao maior eixo do órgão da planta onde ocorrem e suas células se dividem periclinalmente, ou seja paralelamente à superfície do órgão, como o câmbio vascular e o felogênio. Classificação dos meristemas 1. Origem: • Meristemas primários: quando suas células derivam diretamente de células embrionárias. • Meristemas secundários: células maduras que voltaram ao seu estado embrionário, transformando-se em células meristemáticas. Figura 5 - Meristema apical caulinar em corte longitudinal (Coleus) Figura 6 - Meristema apical radicular (Allium sp.) Figura 7 - Esquema tridimensional do caule em estrutura secundária, mostrando a posição dos meristemas laterais. Foto Amabis & Martho (2002). Figura 8 - Esquema mostrando meristemas intercalares. Capturado da internet. Meristema apical • Meristema primário ou apical localizado na ponta do caule e da raiz, provoca o crescimento em comprimento da planta. • No caule, o meristema apical forma pequenos brotos, as gemas apicais (na ponta do caule) e as gemas laterais ou axilares (nas ramificações do caule). Figura 9 – Capturado da Internet. Quanto a diferenciação da célula: Meristema apical Promeristema Meristema primário Protoderme Procâmbio Meristema Fundamental Protoderme ou protoderma: Origina o tecido protetor: a epiderme que reveste o vegetal. Procâmbio : vai se diferenciar no tecidos vascular primários, localizados no interior da raiz e do caule. Meristema fundamental: meristema produtor dos demais tecidos da planta, responsáveis pela sustentação, fotossíntese, armazenamento de substâncias e preenchimento. Quanto a diferenciação da célula: Meristema apical Figura 10 – Detalhe do ápice caulinar de uma pteridófita evidenciando a célula apical piramidal. Foto capturada da internet. Promeristema Figura 3 - Ápice da raiz de Allium cepa. Área marcada - promeristema- células iniciais e suas derivadas mais recentes. Foto Depto. de Botânica da USP. Ápice Radicular Figura 10 – Meristema apical radicular de Elodea. Capturado da Internet. Figura 11 – Detalhe do centro quiescente do meristema apical da raiz de Allium sp. Foto de Peterson, L. (www.uoguelp.ca/botany/courses/BOT 3410). Figura 6 - Meristema apical radicular (Allium sp.) Caliptrogênio Ápice Caulinar Figura 12- Meristema apical de Coleus - organização túnica -corpo. www.ualr.edu/~botany/meristems Figura 13- Meristema caulinar de Coleus sp - www.ualr.edu/~botany/meristems Meristema secundário ou lateral Meristema secundário ou lateral: são aqueles que se originam por desdiferenciação. É o meristema responsável pelo crescimento em espessura do caule e da raiz. Exemplos: Felogênio e câmbio. Meristema secundário ou lateral • Felogênio : Localizado na parte mais externa do caule e da raiz. O crescimento interno resulta o feloderme (células de preenchimento e reserva) e o crescimento externo resulta na formação do súber (células de proteção). O conjunto formado pelo felogênio, feloderme e súber é chamado de periderme. Meristema secundário ou lateral • Câmbio : Localizado mais internamente no caule e na raiz, irá produzir novos vasos condutores de seiva, à medida que o vegetal aumenta de espessura. Meristema em gramíneas Nas extremidades das gemas axilares – perfilhos “Durante a fase vegetativa, as gramíneas mantém esse tecido próximo ao nível do solo... Na fase reprodutiva ocorre a expansão dos nós e entrenós recém formados resultando na elevação do meristema apical, expondo-o à eliminação através do corte ou pastejo” (Botrel, 1990) Meristema em gramíneas Figura 1 - Diagrama de um perfilho em fase de crescimento inicial, apresentando folhas completamente expandidas (a), folhas emergentes (b), folhas em expansão (c), meristema apical (d) e gema basilar (e) (GOMIDE, 1988). Meristema em gramíneas Recuperação das forrageiras e o crescimento foliar estão relacionados: • Fatores ambientais; • Índice de área foliar remascente; • Posição dos meristemas em relação à altura da desfoliação; • Número de gemas (perfilhamento). Perfilhamento (Temperatura, água e sais, número de gemas, hormônios, reserva de carboidratos).
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