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Cachorros e alguns primatas podem ver campos magnéticos

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Cachorros e alguns primatas 
podem ver campos 
magnéticos, sugere estudo 
Por: George Dvorsky 
21 de março de 2016 às 9:46 
36 
Alguns animais têm um sentido adicional que os ajuda a detectar campos magnéticos, algo 
chamado de “magnetorrecepção”. E cientistas europeus descobriram que a molécula 
responsável por isto também pode ser encontrada nos olhos de cachorros e de alguns 
primatas, sugerindo que eles são capazes de ver campos magnéticos. 
Existe um tipo especial de proteína que permite a certos animais – como aves, insetos, 
peixes e répteis – regular o “relógio biológico” (ritmo circadiano) e também detectar 
campos magnéticos, percebendo sua direção, altitude e localização. Essas moléculas 
sensíveis à luz se chamam “criptocromos”. 
Humanos são incapazes de ter esse tipo de percepção, mas alguns mamíferos – como 
morcegos, toupeiras e ratos – parecem ter essa capacidade; no entanto, a extensão 
disso ainda é desconhecida. 
No primeiro estudo do tipo, pesquisadores do Instituto Max Planck e várias outras 
instituições investigaram a presença de uma versão desta molécula (chamada criptocromo 
1) em retinas de 90 espécies de mamíferos. 
 
Imagens da camada do fotorreceptor nas retinas de cachorros e orangotangos. O 
criptocromo 1 (Cry 1) pode ser visto na imunofluorescência verde. Crédito: Christine 
Niessner et al., 2016/Nature Scientific Reports 
Eles acharam esta molécula em cones sensíveis à cor azul de carnívoros como cachorros, 
lobos, ursos, raposas e texugos, mas não a encontraram nos olhos de gatos, leões e tigres 
(felinos têm uma forma diferente de olhar o mundo). 
Entre os primatas, foi descoberta a presença do criptocromo 1 em orangotangos, macacos 
Rhesus e macacos-cinomolgos. Os detalhes foram publicados na Nature Scientific Reports. 
Embora seja considerada uma espécie de sexto sentido, a magnetorrecepção é ligada ao 
sistema de visão dos animais. Os campos magnéticos ativam o criptocromo 1 na retina, 
ajudando os animais a verem como a inclinação dos campos se alinham com a superfície da 
Terra. 
Como o criptocromo 1 ativo está na parte sensível à luz das células cones dos mamíferos, os 
pesquisadores suspeitam que isso auxilia na magnetorecepção, e não no ritmo circadiano ou 
na visão em si. 
Ainda não sabemos como cachorros e primatas usam a magnetorecepção, mas as raposas 
podem dar uma pista: ao caçar, elas têm mais sucesso ao pegar ratos quando eles vão na 
direção norte. Para os primatas, isto pode ajudá-los com a orientação corporal, ou pode ser 
um vestígio evolucionário que não é usado. 
O próximo passo será provar se esses mamíferos estão influenciando o poder do 
criptocromo 1, ou se as moléculas estão agindo de outras formas na retina. 
[Nature Scientific Reports]

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