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DIREITO PENAL III PARTE ESPECIAL AULAS

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DIREITO PENAL III 
PARTE ESPECIAL
KAMILLA MEDEIROS
03-02-2014
PROFESSOR: MARIO ANGELO
BIBLIOGRAFIA:
DIREITO PENAL ESQUEMATIZADO PARTE ESPECIAL
AUTOR: CLEBER MASSON / EDITORA METADO
MANUAL DE DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL
AUTOR: ROGERIO SANCHES / EDITORA: SARAIVA
TRATADO DE DIREITO PENAL PARTE GERAL VOLUME ÚNICO
AUTOR: CESAR ROBERTO BITENCOUT/ EDITORA: SARAIVA.
SINOPSE PARA CONCURSOS(43 VOLUMES) EDITORA JUSPODIVM 
DICA: cod. Processo civil juspodium comentado AUTOR: DANIEL ASSUNÇÃO NEVES.
LEGISLAÇÃO INFRACOSTITUCIONAL ( 22 LEIS)
LEIS DE DROGAS
LEI DE TORTURA
LEI MARIA DA PENHA
LEI AMBIENTAL
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
LEI 9099/95 ( é a mais importante) JUIZADO ESPECIAL
PARTE ESPECIAL (ART. 121 Á 361)
TITULO I CAPITULO I (crimes contra a vida)
TIPO OBJETIVO:
TIPO SUBJETIVO:
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:
AÇÃO PENAL:
06-02-2014
Dos crimes contra a pessoa art. 121 a 154
DOS CRIMES CONTRA A VIDA: art. 121 a 128
1º- HOMICIDIO (doloso e culposo art. 121)
2º- PARTICIPAÇÃO EM SUICIDIO (art. 122)
3º- INFANTICIDIO (art. 123)
4º- ABORTO (Arts. 124 a 128) 	
TOPOGRAFIA DO HOMICIDIO
ART. 121 CAPUT homicídio simples (vai a júri popular)
ART. 121§ 1º homicídio privilegiado (causa de diminuição de pena) (vai a júri popular)
ART. 121§ 2º homicídio qualificado (vai a júri popular)
ART. 121§ 3º homicídio culposo (o crime culposo não vai a júri popular)
ART. 121§ 4º homicídio com causa de aumento de pena (doloso culposo)
Obs. não existe homicídio duplamente e triplamente culposo, quando ver uma questão alegando isso ela está errada.
CONCEITO DE HOMICIDIO:
É a injusta morte de uma pessoa praticada por outrem, tem que ser praticado por pessoa humana, pessoa jurídica não pratica homicídio.
O homicidio preterdoloso está tipificado em qual dos paragrafos?
R- PRETERDOLOSO é dolo na tortura e culpa na morte, ou seja ele 
está tipificado no art. 129 §3º lesão corporal seguida de morte.
HOMICIDIO DOLOSO SIMPLES (121 CAPUT)
3.1 BEM JURIDICO: vida humana extrauterina
3.2 SUJEITOS: 
A- SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa que pratica o crime, ou seja, não exige qualidade especial do agente (crime comum).
 B- SUJEITO PASSIVO: qualquer pessoa, que esteja viva, morto não é sujeito passivo de crime.
TIPO OBJETIVO (CONDUTA) é o enquadramento da conduta, todo tipo penal tem um núcleo nesse caso o núcleo é MATAR alguém.
Quem é esse alguém que é morto? 
	VIDA INTRAUTERINA
	VIDA EXTRAUTERINA
	
	
	Aborto
	Homicídio art. 121
	
	Infanticídio art. 123
Qual o marco divisorio para diferenciar a vida intrauterina da vida extrauterina?
R- o marco divisório é o PARTO, desde que o feto nasça com vida.
O crime é de execução livre:
Pode executar o crime de qualquer forma
- mediante a uma AÇÃO
- mediante a uma OMISSÃO 
- de forma DIRETA
- de forma INDIRETA
3.4 TIPO SUBJETIVO
Dolo direto pode ser dividido em:
Dolo direto de 1º grau:
Dolo direto de 2º grau:
Dolo eventual:
Obs. finalidade especifica:
Revisão do 5ºP
Art. 121 matar alguém = preceito primário incriminador
Pena 6 a 20 ano= preceito secundario incriminador
Toda qualificadora tem pena autônoma # de causa de aumento de pena 
Crime qualificado tem pena autônoma, ou seja, é um crime mais terrível 
PECULATO: art. 312 apropriar o funcionário publico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, publico ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desvia- lo em proveito próprio ou alheio.
10-02-2014
3.4 HOMICIDIO:
Espécie de dolo:
Dolo direto: 
Dolo eventual:
Obs.: o cumprimento para pena máxima no BRASIL é de 30 anos. 
Quando diz que João pegou 200 anos de pena, sabemos que ele cumpre somente 30 e a pena de 200 anos serve para o livramento condicional, e progressão de regime.
O crime de quadrilha ou bando, agora se chama associação criminosa.
Espécie de dolo direto:
Dolo direto de 1º grau: o agente tem a consciência que sua conduta causará um resultado, e vontade de praticar a conduta e produzir o resultado. Ou, seja, o agente. Quando ele quer matar determinada pessoa, ex. eu quero matar João, ai mato só João.
 Dolo direto de 2º grau: a conduta do agente é direcionada a determinado resultado com a ocorrência necessária com efeitos colaterais, esses efeitos colaterais são quando alem de matar o João mato as pessoas que estão perto dele.
Dolo eventual: o agente não quis o resultado, mas assumiu o risco de produzi-lo, ex. dirigir embriagado. 
3.5- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: 9434-87 leis dos transplantes.
 O crime se consume com a morte encefálica da pessoa, constatada por dois médicos.
Crime plurissubsistente: a execução do crime pode ser fracionada em vários atos. Ex. o agente mata a pessoa arrancando aos poucos os membros da vitima.
Crime instantâneo: é um crime em que se consume no exato momento de sua pratica não há prorrogação de tempo.
Admite tentativa?
No crime de homicídio admite tentativa.
Obs. É possível o homicídio é tentado.
O homicídio culposo não admite tentativa.
O homicídio simples é crime hediondo? 8072-90
R- será hediondo quando praticado em atividades típicas de grupos de extermínio, só nessa possibilidade ele será hediondo, sendo chamado de homicídio condicionado.
lei 8072/90 art. 1º I, para saber se o crime é hediondo tem que pegar a lei e olhar.
Obs. Não existe mais a possibilidade de decreto lei, art. 59 cf. 
HOMICIDIO DOLOSO PREVILEGIADO (ART. 121 1º CP) causa de diminuição da pena.
Circunstância que ensejam o conhecimento da causa de diminuição da pena.
Tem a pena diminuída de um terço a um sexto da pena.
SÃO 3 CIRCUSTANCIAS:
Art. 65 III a
Impelido: é uma causa de diminuição de pena do homicídio, 
Se não colocar a palavra IMPELIDO, na palavra não haverá a diminuição de pena. Vai ser um homicídio normal e não privilegiado.
IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL: desrespeito as circunstancias relacionadas a sociedade.
EX. quando alguém age só por conta própria, alguém mata um estrupador que vive estrupando e a policia não faz nada.
IMPELIDO POR MOTIVO DE RELEVANTE VALOR MORAL: 
Você atua impelido por questões individuais, com desrespeito moral. 
ex. o pai mata o estrupador, que abusou sexualmente da sua filha.
Ex. quando o agente libera a eutanásia, para o marido que pede em vida que se acontecer alguma coisa ele que haja a eutanásia. 
Em que consiste o homicídio piedoso, com passivo ou consensual?
R- consiste em praticar o homicídio doloso impelido por motivo de relevante valor moral, trata-se do homicídio eutasia.
Sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vitima.
O código penal filio-se a concepção subjetivista, ou seja leva-se em consideração os aspectos psicológicos, do agente.
Agente: é sujeito ativo, é o que pratica o ato criminoso.
Nelson Hungria:
Trifásico:
1º fase: circunstâncias judiciais: art. 59
2º fase: agravantes e atenuantes: pena intermediaria
3º fase: causas de aumento e diminuição: pena definitiva.
O homicidio doloso privilegiado, entra na 3º fase, diminuição de pena.
4º aula 13-02-2014
Homicídio doloso qualificado continuação da matéria.
Domínio de violenta emoção: a emoção deve ser violenta e imediata, ou seja, intensa, capaz de alterar o estado anímico(estado mental) do agente.
Reação imediata: não existe previsão legal do período a ser considerado para configurar uma reação imediata.
Injusta provocação da vitima: é o comportamento apto há desencadear a violenta emoção e conseqüentemente o crime.
O privilégio é comunicável aos coautores e participes?
R- o privilegio não é comunicável, pois ele é uma circunstancia subjetiva. 
Art. 30 
O homicídio privilegiado é hediondo? Está na lei 8072/90
R- ele não tem amparo legal 
Homicídio doloso qualificado (Art.121§ 2º CP)
Qualificadoras natureza:
Subjetivas: I II V são as que dependem da cabeça do agente, ligada a mente do agente.
Objetivo: III IV é o modo de execução
Qualificadoras:
Motivo torpe: é um motivo vil, é um motivo abjeto, é um motivo repugnante, moralmente reprovado,em regra vinculado a aspectos econômicos, a ganância do sujeito ativo. 
Interpretação analógica: o legislador da um exemplo de torpeza e encerra o dispositivo com outras hipóteses, ou por outro motivo torpe. Interpretação analógica não é sinônima de analogia. Eu tenho um crime plurissubjetivo, é a pluralidade de sujeitos, 
Aplica-se qualificadora ao mandante ou apenas ao executor? A qualificadora é comunicável?
Divergência doutrinaria:
1º corrente: Trata-se de uma elementar subjetiva, portanto comunicável (aplica) Nelson Hungria.
2º corrente: a qualificadora é uma circunstancia subjetiva, por tanto incomunicável, (Rogério Graco).
A vingança é motivo torpe?
A vingança e o ciúme por si só não pode ser considerado torpeza, dependerá do caso concreto.
Motivo fútil: é o motivo desproporcional, de pouca importância, insignificante, 
A ausência de motivos pode ser considerada uma qualificadora?
depende
Divergência doutrinaria:
1º corrente: a ausência de motivos equipara-se a motivo fútil, pois seria um contra senso qualificar por motivo fútil, e não qualificar pela ausência de motivo. Fernando capes. 
2º corrente: a ausência de motivos não se equipara a motivo fútil. O legislador não elencou está possibilidade. Guilherme de Souza nucci. Cesar Roberto bitencur. 
Com emprego de veneno, fogo explosivo...
Meio insidioso:
Meio cruel:
Meio que possa resultar perigo comum:
Veneno:
Emprego de veneno:
Tortura:
Homicídio qualificado pela tortura:
Crime de tortura qualificado pelo resultado morte:
Elementar: é todo dado essencial, agregado ao tipo penal 
Circunstancia: é todo dado que gravita ao redor do tipo penal, a circunstancia pode ser ampla ( privilegio/ qualificado/ causa de aumento de pena)
5º aula 17-02-2014
Meios insidioso: é um meio falso 
Meio cruel:
Meio que possa resultar perigo comum:
Veneno:
Emprego de veneno:
Tortura:
Homicídio qualificado pela tortura:
Crime de tortura qualificado com o resultado morte: 
A traição emboscada:
Traição:
Emboscada:
Dissimulação:
A premeditação qualifica o crime de hediondo.
Homicídio com conexão com outro crime.
Conexão teleológica:
Conexão conseqüencial:
Admite homicídio qualificado- privilegiado:
O homicídio qualificado privilegiado é hediondo?
Divergência doutrinaria:
Pluralidade de qualificadoras:
Homicídio culposo
Conceito:
Violação de um dever de cuidado objetivo:
Complemento 
Preceito primário: 
Simples e qualificado / Fundamental e derivado
Elementar: são dados essenciais da figura típica, integram o tipo fundamental, cuja a essência/ ausência pode produzir uma tipicidade absoluta ou relativa.
Ex. na frase matar alguém, e eu tiro a palavra alguém, a palavra alguém é uma elementar.
Circunstancia: são dados que se agregam ao tipo fundamental, para o fim de aumentar, ou diminuir a quantidade de pena. As circunstâncias podem ser legais ou judiciais, as legais estão previstas na lei, são elas: as qualificadoras, os privilégios, ou a atenuantes genérica, causas de aumento e de diminuição.
Ex. as qualificadoras são circunstancia, pois há aumento de pena. 
COMPLETAR A MATERIA 17-02-2014
 6º aula 20-02-2014
HOMICIDIO CULPOSO
CONCEITO: Ocorre o homicídio culposo quando o agente manifesta negligencia, imprudência e imperícia deixa de empregar a atenção ou diligencia de que era capaz, provocando o resultado,morte previsto (culpa consciente) ou previsível(culpa inconsciente) jamais querido ou aceito.
2-Violação de um dever de cuidado:
São as modalidades de culpa, são três: negligencia, imprudência, imperícia (art. 18 II CP).
Negligencia: deixar de fazer o que é devido 
Imprudência: ação culposa faz o indevido
Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de profissão arte ou oficio.
Causa de aumento de pena Art. 121 §4º CP 
1º parte: causas de aumento de exclusivo do homicídio culposo: 1 a 3 anos 
Majorantes:
inobservância de regra técnica de profissão arte e oficio : não se confunde com imperícia.
omissão de socorro: o agente de prestar socorro, podendo faze-la sem risco pessoal. CTB art. 302 lei especifica.
2º parte: causas de aumento exclusiva do dolo menor de 14 anos : maior de 60 anos sempre aplicada.
PERDÃO JUDICIAL ART. 121 § 5º
Conceito: trata-se de uma causa extintiva de punibilidade prevista no art. 107 IX C.P aplicável nos casos que o sujeito ativo produz culposamente a morte de alguém, mas as conseqüências desse crime Le são tão graves que a punição estatal torna-se desnecessário.
Natureza da sentença concessiva do perdão. 
É uma decisão sentença judicial declaratória a extinção de punibilidade sumula 18 STJ.
Distinção do perdão judicial e perdão do ofendido
	PERDÃO JUDICIAL
	PERDÃO DO OFENDIDO
	No caso da ação penal publica incondicionada art, 129 I CF 
Ato unilateral concedido pelo magistrado e independente de aceitação.
	No caso de ação penal privada 
Ato bilateral preciso de aceite do sujeito ativo.
Concedido pelo sujeito passivo
7º aula 24/02/2014
INFANTICIDIO
CONCEITO: O infanticídio significa matar o infante, é uma forma privilegiada de homicídio. Consiste na conduta da mãe matar o nascente ou o neonato, seu próprio filho sobre a influencia do estado puerperal. O infanticídio o é de competência do tribunal do júri. Ele trata-se de um crime próprio (só a pessoa pode cometer).
SUJEITOS: no crime de infanticídio admite concurso de pessoas (autor/co-autor/participe)
ATIVO: durante ou logo após o parto
PASSIVO: nascente ou neonato é um crime próprio 
Bi próprio: quando eu tenho sujeito ativo e passivo próprio.
O estado puerperal é uma elementar, subjetiva comunicável sendo possível o concurso de pessoas.
BEM JURIDICO: é a vida extra uterina, 
TIPO OBJETIVO: (conduta) consiste em matar o próprio filho durante ou logo após (elemento cronológico) sobre a influencia do estado puerperal (elemento etiológico).
TIPO SUBJETIVO:
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:
Parricídio: matar o pai
Matricídio: matar a mãe
Conjucidio: matar o cônjuge varão
Uxoricídio: matar o cônjuge virago
fratricídio: matar o irmão 
filicidio: matar o filho 
completar a matéria
 06/03/2014
ABORTO (art. 124 a 126 CP)
Aspectos gerais:
Conceito: é a interrupção da gravidez da qual resulta morte do produto da concepção.
Momento para considerar a concretizar da gravidez: a partir da nidação (fixação do ovulo no útero da mulher), pílula do dia seguinte não é método abortivo 
Espécie de aborto:
Natural: é o aborto espontâneo, é interrupção espontânea da gravidez, isso é um fato Atípico, pois não é considerado como crime. ex 
Acidental: é o aborto decorrente de qualquer acidente em geral, ex. a mulher caiu da escada acidentalmente, onde gera o aborto. 
Criminoso: é o aborto praticado de forma dolosa. Ex. mulher para ocultar desonra pratica o aborto, fato típico 
Legal ou permitido: é a interrupção da gravidez de forma voluntaria e aceita pela direito penal. Ex. a mulher e vitima de estupro, quando a gravidez causar risco de vida a mulher.
Miserável ou econômico: é a interrupção da gravidez praticada pela falta de recursos financeiros dos pais da criança. Esse é fato típico, ou seja, é crime.
Eugênico ou Eugenesio: é a interrupção da gravidez praticada para evitar o nascimento de uma criança com graves deformidades genéticas. Em regra é crime, pois nos temos uma exceção no nosso sistema jurídico, anencefalo. 
Feto anencefalo: vide próxima aula.
Aborto (art. 124 CP)
Bem jurídico: é a vida humana intra-uterina, podemos encontrar em alguns livros o bem jurídico como objetividade jurídica. 
Sujeitos:
Ativo: é a gestante (O aborto do art. 124 é um crime de mão própria) não é possível a coautoria.
	CRIME COMUM
	CRIME PROPRIO
	CRIME DE MÃO PROPRIA
	Não exige qualidade especifica do agente
	Exige qualidade especifica do agente 
Ex. infanticídio a mãe tem que praticar.
	Exige qualidade especifica do agente, só pode ser praticado pelo próprio agente (não admite delegação).
	Admite coautoria e participação 
	Admite coautoria e participação 
	Não admite coautoria,apenas participação. 
Passivo: predomina na doutrina moderna que o sujeito passivo é o feto. 
Tipo objetivo:
Tipo subjetivo:
Consumação e tentativa
Ação penal.
Obs. crime contra a vida é julgado pelo júri, só o homicídio culposo que não é julgado pelo júri.
O aborto é um crime de competência do júri, art. 74 CPP.
Abortamento: é a ação
Aborto: é o resultado da ação.
Fato típico:
Conduta
Resultado 
Nexo de causalidade 
Tipicidade
Filme: anjos da vida.
Filme: Gagata 
Todo crime temos que procurar o bem jurídico.ex no crime do art. 250 tem 3 tipos de bem jurídico
Direitounitri2011@gmail.com
Direitounitri.
Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante Art. 125. CP
Suspensão condicional do processo prevista no art. 89, lei 9099/95
Bem jurídico tutelado: a vida intra uterina do feto, e a integridade física da gestante.
Sujeitos: 
Ativo: é o terceiro, qualquer pessoa, trata-se de um crime comum, ou seja, não exige qualidade especifica do agente.
Passivo: É a gestante e o feto, quando o tipo penal prevê 2 sujeitos passivos denomina-se dupla subjetividade passiva. (prova).
Tipo objetivo: é a conduta, provocar o aborto sem o consentimento da gestante. 
Tipo subjetivo: puni-se a conduta dolosa, tanto dolo direto quanto o dolo eventual. Não há modalidade culposa. 
Marido sabendo que sua mulher está grávida inicia briga com a intenção de praticar o homicídio, no caso da morte da esposa e do feto responderá o agente por qual ou quais crimes?
R- o marido responderá por homicídio doloso, dolo direto e aborto sem consentimento da gestante em dolo eventual. Chamamos esse caso de concurso formal impróprio art. 70 § 2º parte CP.
Art. 121§ 2º homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa.(haverá uma agravante de pena) , art. 61 “
COMPLETAR A MATERIA DE SEGUNDA E QUINTA.
17-03-2014
ABORTO PERMITIDO OU LEGAL
Natureza jurídica:
Forma de aborto legal: 
b- aborto sentimental, humanitário ou ético, é o aborto decorrente do estupro. Art. 128 II. 
Requisitos:
O aborto seja apenas praticado por medico. 
A gestante foi vitima de crime de estupro (art. 213) se a gestante foi menor de 14 anos, ou possui alguma deficiência mental ou enfermidade, haverá estupro de invulnerável Art. 217 A.
Consentimento da gestante ou do seu representante legal, se não tiver o consentimento da gestante e de seu representante não pode fazer o aborto. Não precisa de autorização judicial, não precisa de boletim de ocorrência, a gestante vitima do estupro vai procurar um hospital credenciado ao SUS. Que possui um setor especifico para realizar este tipo de procedimento. Sendo assim ela precisa de um laudo medido assinado por dois médicos, achamos isso na portaria do conselho de medicina 10145/ 2005.
O comum de se faze o aborto é de 12º semana, 
O aborto do feto anencefálico é crime?
R- não, pois segundo o supremo tribunal federal no julgamento da ADPF nº 54 (argüição de descumprimento de preceito fundamental) lei 9882/99, decidiu que caberá a gestante escolher, se deseja ou não prossegui com essa gravidez.
Revisão:
Art. 128 II não tem crime, 
O homicídio simples está previsto no Caput. Art. 121
O homicídio simples é um crime hediondo? Não, olhar na lei 8072/
Homicídio privilegiado é uma causa de diminuição de pena, tem que está impelido por motivo de domínio de violenta emoção ou injusta provocação e relevante valor social.
É possível eu ter o homicídio privilegiado qualificado? Sim ,desde que a qualificadora seja de natureza objetiva.
Homicídio, infanticídio, aborto, são matérias da V1.
Homicídio majorante: é uma causa de aumento de pena. Art. 121 §4º
Homicídio culposo contra um menor de 14 anos é causa de aumento de pena? Não
Homicídio doloso contra menor de 14 anos é causa de aumento de pena? Sim
O infanticídio é um crime próprio,pois, exige qualidade especifica do agente, ele admite concurso de pessoas.
Sujeito passivo do infanticídio é o neonato ou nascente.
Sujeito ativo é a mãe ou terceiros, pode ter co-autoria e participe.
Auxiliada: participe
Auxiliada de forma concreta e direta: co-autoria.
20-03-2014
LESÃO CORPORAL art. 129 C.P
Lesão corporal é um crime contra a pessoa, 
Art.74 CPP lá estão os crimes dolosos contra a vida.
Topologia: são quais as estruturas do crime.
Art. 129, caput – lesão corporal leve (dolosa)
Art. 129 §1º - lesão corporal grave (tenho a figura do preterdolo, em regra ela é dolosa)
Art. 129 § 2º - lesão corporal gravíssima (tem a figura do preterdolo)
Art. 129 §3º - lesão corporal seguida de morte, a figura é unicamente preterdolosa.
Obs. A lesão corporal seguida de morte é também denominada de homicídio preterdoloso, não é da competência do tribunal do júri. Sempre será preter dolosa.
Art. 129 §4ª – lesão corporal privilegiado.
Obs. Privilegio é causa de diminuição de pena, a denominação lesão corporal privilegiada é doutrinaria.
Art. 129 § 5º - beneficio
Art. 129 § 6º - lesão corporal culposa 
Art. 129 § 7º - causa de aumento de pena, também denominada de majorante.
Obs. Circunstancias:
Legais:
 Qualificadora, privilegiado
Causa de aumento, causa de diminuição de pena
Agravantes ou atenuantes.
Judiciais; art. 59 CP
 Art. 129 § 8º - perdão judicial
Art. 129 § 9- 10- 11 – lesão corporal praticada mediante violência domestica domiciliar.
Consideração gerias
Bem jurídico: é a incolumidade pessoal do individuo, essa incolumidade tem um aspecto tridimensional, pois observamos a:
 Saúde física ou corporal: é qualquer forma de modificação anatômica no corpo da vitima. Ex. queimadura, fraturas, escoriações.
Saúde fisiológica: é o desarranjo no funcionamento de algum órgão do corpo humano. Ex. vomito paralisia momentânea.
Saúde mental: perturbação a saúde mental, é qualquer modificação ou modificação prejudicial a atividade cerebral. Ex. depressão 
Sujeitos.
Ativo: é qualquer pessoa, ou seja, não exige qualidade especial do agente.
Passivo: em regra qualquer pessoa pode ser vitima da lesão corporal, não exigindo nenhuma qualidade especial da vitima. 
Obs.Toda via temos duas exceções art. 129 § 1º IV, aceleração do parto, a segunda está prevista no Art. 129 § 2º V lesão corporal gravíssima, ocorrendo o aborto (só a gestante nas duas exceções, sendo crime próprio). PROVA
Obs. Em razão do principio da alteridade, ofensividade, não se pune a auto lesão. Art. 171 § 2º V, no entanto, se o agente se auto lesione com intuito de receber vantagem indevida, nos temos um crime autônomo. 
Tipo objetivo / conduta: ofender a incolumidade pessoal de outrem, quer causando uma enfermidade ou agravando uma enfermidade já existente.Trata-se de um crime de forma livre
Obs. Devemos sempre procurar o verbo ou o núcleo, neste caso o verbo é OFENDER.
Tipo subjetivo: puni se a conduta dolosa ( tanto dolo direto como dolo eventual). Mas existe previsão da modalidade culposa e da modalidade preterdolosa.
Consumação e tentativas: consuma-se com a ofensa a incolumidade da pessoa, trata-se de um crime natural, pois exige resultado naturalístico. Admite tentativa pois o crime é plurissubsistente. 
Em regra crime culposo não admite tentativa.
DICAS PARA PROVA:
É importante diferenciar o dolo do agente, pois havendo o dolo de matar, haverá a tipificação do homicídio. Havendo o dolo de lesionar (incolumidade) havendo o dolo de ofender, mesmo que haja o resultado morte, estará tipificado o crime de lesão corporal. 
Havendo mais de uma conduta no crime de lesão corporal, estará tipificado um único crime, mesmo que afete a saúde física, saúde mental e a saúde fisiológica. Neste caso deverá o juiz aumentar a pena, no calculo da pena base. 
2º BIMESTRE
03/04/2014 – 16ª AULA
		LESÃO CORPORAL LEVE (art. 129, caput)
Infração de menor potencial ofensivo:
O crime de lesão corporal leve é classificado como uma infração de menor potencial ofensivo, com isso admite-se a transação penal e a suspensão condicional do processo (Institutos Despenalizadores) Conforme Lei 9.099/95 – art 77, o crime de lesãocorporal leve segue o rito sumaríssimo. No art. 394, CPP é possível identificar o procedimento.
Menor potencial ofensivo: penas menores de 2 anos.
- Prova da materialidade:
O crime de lesão corporal leve é um crime que deixa vestígios, exigindo para tanto a prova da materialidade que será feita mediante o exame de corpo de delito (direto ou indireto). Conforme previsto nos artigos 158 a 184 do Código de Processo Penal.
Na ausência do exame de corpo de delito estaremos perante uma nulidade processual conforme art. 564, III, “b” do CPP.
O corpo de delito é o objeto que sofreu o dano, em caso de roubo em uma sala, o “corpo” será a própria sala.
3 – Absorção:
Diversos crimes previstos na parte especial do CP e pela legislação especial possuem a “violência” como elementar do crime. Ao ser analisado determinado tipo penal será importante observar se o crime praticado absorve (por ser mais grave) a lesão corporal. Não há concurso de crimes entre um crime “meio” e um crime “fim”, pois o resultado (o fim) é sempre mais grave. Ex: lesão corporal e homicídio.
Quando se considera uma lesão corporal de natureza leve?
A lesão corporal será leve quando não for gravíssima ou grave, portanto obtemos a classificação por exclusão.
4 - Ação Penal
No caso de lesão corporal leve a ação penal será pública condicionada à representação conforme art. 88 da Lei 9.099/95.
Ação penal: pode ser pública ou privada.
Pública: Denúncia (Ministério Público) conforme art. 129, CF.
Privada: Queixa-crime, particular por meio de advogado.
		LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE
				Art. 129, §1º, C.P.
Obs1: Trata-se de um crime de MÉDIO potencial ofensivo, não admite transação penal, mas admite a suspensão condicional do processo, conforme Lei 9.099/95.
- Reclusão: 1 a 5 anos 
* Reclusão: é espécie de pena privativa de liberdade (art.33,CP)
A pena prevista no preceito secundária incriminador é denominada de pena em abstrato.
I – Incapacitação para as ocupações habituais por mais de 30 dias
Ocupações habituais: É qualquer atividade corporal rotineira não necessariamente ligada a ocupações lucrativas devendo ser lícita, mesmo que imoral. Ex: uma prostituta.
Exame de Corpo de Delito: no caso do crime de lesão corporal grave é imprescindível a realização de 2 exames de corpo de delito.
1º Exame inicial: feito logo após a prática do crime.
2º Exame complementar: realizado 30 dias após a prática do crime (art. 168 § 2º do CPP).
II – Perigo de Vida: é a probabilidade séria, concreta, imediata do êxito letal, comprovada por perícia.
Obs¹: Assumir o risco de vida, não devemos confundir perigo de vida com a possibilidade de o agente ter assumido o risco de vida. Pois se o agente assumiu o risco de vida ele responderá por HOMICÌDIO.
Obs²: No crime de lesão corporal grave pode ser observada a conduta dolosa ou preterdolosa.
- Dolo Lesionar: perigo de vida
- Dolo Matar: risco de vida
Obs³: o bem jurídico tutelado na lesão corporal grave é a incolumidade pessoal do indivíduo, que neste caso é indisponível. Ou seja, não poderá o sujeito abrir mão de sua incolumidade.
III – Debilidade Permanente de membro, sentido ou função:
Obs: Parte Inicial de Lesão Corporal
6 – Meios de execução
O crime de lesão corporal pode ser praticado mediante uma ação ou omissão. Dessa forma trata-se de um crime de execução livre.
07/04/14 – 17ª AULA
Continuação:
 Lesão Corporal Grave
III – Debilidade permanente do membro, sentido e função.
Debilidade: diminuição ou enfraquecimento de capacidade funcional.
Permanente: não significa que será para sempre, significa que ela tem prazo incerto para finalizar.
IV – Aceleração do parto
Nessa hipótese é importante observar que a aceleração do parto acontecerá por uma conduta preterdolosa, pois se o agente queria praticar a aceleração do parto de forma dolosa responderá por outro crime. Dolo = Vontade + Consciência
Lesão Corporal Gravíssima (art. 129 §2º CP)
Obs: É uma infração de grande potencial ofensivo, não admitindo a transação penal ou a suspensão condicional do processo. Conforme previsto na Lei 9.099/95 art.60.
I – Incapacidade permanente para o trabalho
Prevalece que a incapacidade para o trabalho se limita ao trabalho ou profissão exercido pelo agente. Ou seja se o agente atualmente exerce a profissão de marceneiro e sofrendo uma lesão corporal gravíssima poderá exercer uma outra profissão, não estará tipificado a lesão corporal gravíssima.
II – Enfermidade Incurável
É a alteração permanente da saúde do agente passivo. Qualquer patologia que vai deixar o agente passivo doente para o resto da vida. Para o STJ ( AIDS). Sempre devendo observar o dolo.
III - Perda ou inutilização de membro, sentido ou função
Diferente do inciso III do § 1º, neste caso a perda ou inutilização será permanente (eterna), como o exemplo de uma amputação. É importante analisar se estamos diante de órgãos duplos, pois havendo a perda ou inutilização de apenas 1 destes órgãos caracterizará lesão corporal grave e não gravíssima.
IV – Deformidade Permanente
O inciso IV está relacionado ao dano estético, aparente de impossível recuperação. A vítima dessa lesão vai sofrer de forma vexatória ao expor essas lesões. Ex: jogar óleo quente na vítima.
V – Aborto
É imprescindível localizar o elemento subjetivo do agente, ou seja dolo ou culpa. Pois no caso do dolo de aborto deverá o agente responder pelo crime de aborto em um possível concurso formal (de crimes). Esta conduta deverá ser necessariamente preterdolosa. O agente tem que saber que a vítima está gravida.
Responsabilidade: o direito penal exige o conhecimento (a consciência) do agente na prática de sua conduta.
Lesão Corporal Seguida de Morte (art. 129 §3º)
Obs¹: estamos diante do denominado homicídio preterdoloso ou preterintencional este crime é de competência do juiz singular e não do Tribunal do Juri. 
A lesão corporal seguida de morte não é um crime contra a vida.
Obs²: trata-se de um crime genuinamente preterdoloso, onde temos dolo no antecedente e culpa no consequente.
Lesão Corporal Privilegiada
Obs: estamos diante de uma causa de diminuição de pena e não de uma privilegiadora. Vide explicações do Homicídio Privilegiado.
A lesão corporal privilegiada não é cabível no caso de lesão culposa, apenas no caso de lesão dolosa.
Lesão Corporal Culposa
Infração de menor potencial ofensivo, ou seja aplica-se os institutos despenalisadores da lei 9.099/95 (transação penal e suspensão condicional do processo).
Lesão Corporal e Causas de Aumento de Pena
No § 7º do art. 129 aplicaremos as causas de aumento de pena previstas no crime de homicídio (doloso).
Art. 121 § 4º e 6º
Menor de 14 anos
Maior de 60 anos
Milícia Privada
Lesão Corporal em Ambiente Doméstico
A vítima não precisa ser necessariamente mulher. O ambiente doméstico deve ser compreendido de forma mais ampla possível, podendo ser uma casa de família, uma república de estudantes ou contra uma pessoa que o agente já conviveu.
10/09/2014
CRIMES CONTRA HONRA
Vide Tabela
	Calúnia
(art.138)
	Difamação
(art.139)
	Injúria
(art. 140)
	Características:
-Infração de menor potencial ofensivo;
-Admite transação penal;
-Suspenção Condicional do Processo;
-Competência do Juizado Especial.
	Características:
-Infração de menor potencial ofensivo;
-Admite transação penal;
-Competência do Juizado Especial.
	Características:
-Infração de menor potencial ofensivo;
-Admite transação penal;
-Competência do juizado especial.
	Conduta: Vide tipo objetivo
	Conduta: Vide tipo objetivo
	Conduta: Vide tipo objetivo
	Bem Jurídico: honra objetiva, é aquela relacionada com a reputação, a boa fama que o indivíduo desfruta perante a sociedade.
	Bem Jurídico: honra objetiva, é aquela relacionada com a reputação, a boa fama que o indivíduo desfruta perante a sociedade.
	Bem Jurídico: honra subjetiva, é aquela vinculada ao juízo que o indivíduo tem de si (estima própria). 
	Sujeitos:
Ativo: comum (não exige qualidade especial do agente)Passivo: comum
Em regra
	Sujeitos:
Ativo: comum (não exige qualidade especial do agente)
Passivo: comum
Em regra
	Sujeitos:
Ativo: comum (não exige qualidade especial do agente)
Passivo: comum
Em regra
	Obs¹: Advogado – segundo o Estatuto da OAB no art.7º§2º o advogado tem imunidade profissional apenas para difamação e injúria, nunca para calúnia.
	Obs¹: Advogado – o Estatuto da Ordem reconhece a imunidade profissional para Difamação.
	Obs¹: Advogado – segundo o Estatuto da Ordem o advogado tem imunidade profissional para Injúria.
	Tipo objetivo: imputar a alguém determinado fato criminoso sabidamente falso.
Fato determinado: procurar lugar, espaço, tempo.
Exemplo: Aldair no dia 01/04/2014 no estacionamento da UNITRI por volta das 19:00 h praticou o homicídio de Rodolfo. Mário está contando para Miguel o acontecimento, mesmo sabendo que não foi Aldair que cometeu o crime.
Obs¹: haverá calúnia quando o fato imputado jamais ocorreu (a falsidade recai sobre o fato) ou quando real o fato foi praticado por outro indivíduo (a falsidade recai sobre a autoria).
Obs²: o art.138 §1º pune o divulgador (fofoqueiro).
Obs³: Trata-se de um crime de execução livre, podendo ser praticado por gestos, palavras ou escritos.
Obsͣ: No crime de Calúnia pune-se imputar determinado fato CRIMINOSO,ou seja, não se pune imputar contravenção penal como calúnia e sim difamação.
	Tipo objetivo: é imputar a alguém determinado fato desonroso, ofensivo a reputação da vítima. 
Exemplo: Aldair em dias de jogo do Flamengo bebe todas e fica cambaleando na rua.
Obs¹: tal fato poderá ser verdadeiro ou falso.
Obs²: o crime é praticado de forma livre, podendo ser por escrito, verbal, por gestos.
	Tipo objetivo: injuriar (ofender) por ações (palavras ofensivas) ou omissões (ignorar cumprimento) pessoa determinada.
Atribuir qualidades negativas (físicas, intelectuais) a uma determinada pessoa.
Exemplo: chamar uma pessoa de horrorosa, sem educação.
Obs¹: Trata-se de crime de execução livre, pode ser praticado por escrito, por palavras, gestos.
	Tipo subjetivo: (dolo ou culpa) Pune-se a conduta dolosa. Em regra tanto o dolo direto quanto o dolo eventual, pois o art. 138 §1º só pune a conduta com dolo direto e não dolo eventual. Não se pune a modalidade culposa.
	Tipo subjetivo: Pune-se a conduta dolosa tanto dolo direto, quanto dolo eventual. Não se pune a modalidade culposa.
	Tipo subjetivo: Pune-se a conduta dolosa tanto dolo direto, quanto dolo eventual. Não se pune a modalidade culposa.
	Consumação: Consuma-se no momento em que o terceiro toma conhecimento da imputação criminosa, independentemente do conhecimento e do efetivo dano à vítima. Trata-se de um crime formal (não exige resultado naturalístico).
	Consumação: Consuma-se no momento em que o terceiro toma conhecimento da imputação desonrosa, independentemente do conhecimento e do efetivo dano à vítima. Trata-se de um crime formal (não exige resultado naturalístico).
	Consumação: A injúria protege a honra subjetiva, ou seja, se consuma quando a vítima toma conhecimento dispensando efetivo dano à sua honra.
A vítima tem que tomar conhecimento.
	Tentativa: Em regra é inadmissível, salvo quando praticada por escrito é interceptada pela vítima.
	Tentativa: Em regra é inadmissível, salvo quando praticada por escrito é interceptada pela vítima.
	Tentativa: Quando a Injúria for plurissubsistente (é possível o fracionamento), é admissível a tentativa. Exemplo: Antes de ter conhecimento da ofensa a vítima morre.
	Ação Penal:
	Ação Penal:
	Ação Penal:
	Exceção da Verdade:
	Exceção da Verdade:
	Exceção da Verdade:
	
	
	Injúria Real (art.141, §2º)
Exemplo 1: Eu vejo todos os finais de semana na Av. Afonso Pena a Marinalva rodando a bolsinha.
Qual crime é praticado?
Difamação.
Exemplo 2: Aragônes é proprietário e responsável a mais de 5 anos por uma banca de jogo de bicho perto da praça Tubal Vilela.
Qual o crime praticado?
Exemplo 3: Arnaldo grita: Aragônes é ladrão.
Qual crime Arnaldo pratica?
Exemplo 4: No dia 25/11/13 próximo à sala dos professores na UNITRI visualizei João Bala subtrair o computador de Helena. Entretanto, divulguei que o responsável / autor do delito foi Aldair. Minha conduta é tutelada pelo direito penal?
Crime Formal é aquele em que existe o resultado naturalístico, mas não necessita de sua ocorrência para consumar-se.
28/04/2014
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Como está a topografia do furto no C. P.?
- Art. 155, caput: Furto simples.
- Art. 155 §1º: Furto majorado ou Furto com Causa de Aumento de Pena ou Furto Repouso Noturno
- Art.155 §2º: Furto com Causa de Diminuição de Pena (forma correta), ou, Furto Privilegiado (forma denominada pela doutrina – errada, no entanto é o usual).
- Art. 155 §3º: Furto Equiparado, ou, Cláusula de Equiparação.
- Art. 155 §4º: Furto Qualificado (o §5º também é furto qualificado).
- Art. 156: Furto de Coisa Comum.
Furto Simples (Art. 155, CP)
Trata-se de um crime de médio potencial ofensivo (Lei 9.099, art. 61 – pena acima de dois anos), admite-se a suspensão condicional do processo (Lei 9.099, art. 89). Não admite transação penal.
Bem Jurídico / Objetividade Jurídica
O bem jurídico tutelado é o patrimônio. Para a doutrina majoritária deve abranger o proprietário, o possuidor e o detentor (Mirabete, Delmanto e Cezar Roberto Bitencourt).
Sujeitos
- Sujeito Ativo: qualquer pessoa, trata-se de um crime comum. Apenas uma pessoa não poderá ser autora deste crime, o dono (proprietário) do bem.
* Servidor (Funcionário) público subtrai coisa em poder da administração pública pratica qual crime?
→ Peculato, art. 312 CP. Crime praticado contra a administração pública, em regra é cometido pelo servidor público, sendo possível a coautoria e a participação. Ademais é essencial que o terceiro tenha conhecimento da qualidade de servidor público do autor.
→ O crime de Peculato, art.312 do CP, para se consumar o funcionário público tem que utilizar das facilidades advindas de seu cargo para consubstanciar o furto.
→ Se o funcionário público subtrai coisa alheia móvel sem se valer das facilidades de sua função, praticará o crime de furto.
Sujeito Passivo: será próprio, porque ele deverá ser proprietário, possuidor ou detentor.
Tipo Objetivo / Conduta
1.3.1. Núcleo do tipo
O núcleo do tipo é Subtrair: sinônimo de apoderamento. Podemos ter 2 formas de apoderamento, são elas:
*Apoderamento Direto: a subtração é praticada manualmente pelo agente.
*Apoderamento Indireto: o agente utiliza de terceiros inimputáveis ou de animais.
1.3.2. Objeto material
Coisa alheia móvel: é a coisa material não pertencente ao sujeito ativo economicamente apreciável.
Alheia: é uma coisa móvel de outrem. Coisa sem dono não deve ser entendido como coisa alheia. Coisa abandonada, não deve ser entendida como coisa alheia. 
Coisa esquecida pode ser objeto de furto, quando identificado.
Obs: Furto de cadáver: pela regra não é possível.
- Art. 155 Quando há finalidade econômica, 
- Art. 211. Quando não há finalidade econômica
05/05/14
1.4 Tipo Subjetivo
Além do dolo consistente na vontade consciente de subtrair coisa alheia móvel o tipo contém um elemento subjetivo especial “para si ou para outrem”. Não se pune a modalidade culposa por ausência de previsão legal.
1.5 Consumação e tentativa
● Teoria da Amotio (remover) - ocorre a consumação quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que por curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou posse legítima / pacífica.
● Admite-se a tentativa, pois estamos perante um crime plurissubistente.
1.6 Furto Famélico
O Furto Famélico consiste em subtrair determinado bem para saciar a fome, o agente que atua e pratica um Furto Famélico está em extrema necessidade (significativa penúria); o objeto que ele vai furtar deve saciar a fome de forma direta, ou seja apenas alimentos. O Furto Famélico não é sinônimo de princípio da insignificância. 
● Exclui tipicidade, ilicitudeou culpabilidade?
Furto Famélico não é crime (é fato típico, porém é lícito), o agente que pratica um Furto Famélico atua sobre uma excludente de ilicitude, estado de necessidade.
1.7 Furto de Uso
Não é crime para o direto penal. Será atípica por ausência de elemento subjetivo especial. Todavia é importante observar alguns requisitos:
A intenção do agente sempre foi o uso momentâneo da coisa.
A coisa não pode ser consumível.
Devolução Integral e imediata da coisa.
	2. Repouso Noturno: Causa de aumento de pena
Obs: A majorante só incide no caput:
Furto Privilegiado
- Requisito Subjetivo:
- Requisito Objetivo:
● Posso aplicar o privilégio ao furto qualificado? É possível a figura do Furto Privilegiado-Qualificado?
4. Cláusula de Equiparação
● Sinal de TV a cabo se equipara a coisa móvel?
1ª Corrente:
2ª Corrente:
→Lei 8.977/95:
15/05/14
ROUBO (ART. 157,CP)
- Bem Jurídico – constrangimento (art.146)
Patrimônio e liberdade individual.
 2 – Sujeitos:
- Ativo:
- Passivo:
 3 –Tipo objetivo (conduta)
	Roubo Próprio
	Roubo Impróprio
	No roubo próprio o agente emprega a violência, ou grave ameaça ou qualquer outro meio que impossibilite a resistência da vítima no início ou simultaneamente à subtração da coisa.
	Subtração de coisa alheia móvel para depois aplicar a violência ou a grave ameaça. O agente deverá ter contato direto com a coisa, deverá ter a posse física da coisa.
	Obs: A violência ou a grave ameaça são denominadas de violência própria. Qualquer outro meio que dificulte a possibilidade de resistência da vítima por ser uma expressão genérica é denominado de violência imprópria.
	Obs: No roubo impróprio pelo disposto no paragrafo 1º do art. 157 só há previsão de violência própria e não (em nenhuma hipótese) previsão de violência imprópria.
	- Violência
- Grave ameaça
* Antes ou simultaneamente
Chama-se violência própria!
	- Qualquer outro meio (boa noite cinderela)
* Chama-se violência imprópria!
Quando subtrair com violência antes ou simultaneamente é o roubo próprio.
Quando subtrai com violência depois do roubo é o roubo impróprio.
Obs: Princípio da insignificância e crime de roubo: os tribunais superiores (STF e STJ) entendem que é incompatível com o princípio da insignificância no caso do crime de roubo, pois neste crime tutela-se o patrimônio e a liberdade.
Obs: Privilegio e Crime de Roubo:
4 – Tipo Subjetivo (dolo / intensão)
	Roubo Próprio
	Roubo Impróprio
	É punido a título de dolo mais elemento subjetivo (finalidade especial para si ou para outrem).
	É punido a título de dolo mais elemento subjetivo (finalidade especial para assegurar impunidade ou detenção da coisa).
NÃO EXISTE MODALIDADE CULPOSA NO ROUBO.
Obs. Roubo de uso: é punível na seara penal, é crime.
19/05/14
5 – Consumação e Tentativa
Roubo próprio: consuma-se com o apoderamento perdendo a vítima a disponibilidade da posse mansa e pacífica de seu bem. Teoria da Amotio (amócio).
Roubo impróprio: consuma-se com emprego de violência ou grave ameaça dispensando a posse mansa e pacífica.
● Tentativa
Roubo próprio: admite tentativa. Ocorre quando o sujeito mediante violência, grave ameaça ou qualquer outro meio não consegue consumar o delito por circunstâncias alheias a sua vontade. É admissível o roubo próprio tentado.
Roubo impróprio: divergência doutrinária
1ª Corrente: Para uma 1ª corrente é inadmissível o roubo impróprio tentado. Nelson Hungria, Damasio e Fernando Capez.
2ª Corrente: É possível o roubo impróprio tentado. Decisão do STF de 2011 que reconhece essa possibilidade.
Conforme julgado de 2011 do STJ e STF é admissível o roubo impróprio tentado.
6 – Causa de aumento de pena (Roubo Majorado)
I – 
Arma: é qualquer instrumento com capacidade ou com finalidade bélica capaz de atacar determinada pessoa.
Arma própria: arma de fogo.
Armas: facão, tesoura, bisturi.
● Arma de brinquedo ou simulacro de arma de fogo gera “qualificadora” causa de aumento de pena?
Não gera causa de aumento de pena o STJ em 2001 cancelou a súmula nº 174, uma vez que arma de brinquedo não tem potencialidade lesiva revelando-se incapaz de prejudicar a integridade física da vítima.
● Arma desmuniciada ou inapta ao disparo gera a “qualificadora” causa de aumento de pena?
→ Divergência doutrinária:
1ª Corrente: configura-se o roubo majorado, ou seja, gera o aumento de pena. STJ e STF defendem essa posição, HC 106.456 do STF. Essa é a corrente predominante. A arma teve ou pode ter potencialidade lesiva.
2ª Corrente: não gera o aumento de pena, era o posicionamento do STJ até 2011.
● Para incidir o aumento de pena é dispensável ou indispensável a apreensão da arma e realização da perícia?
Para o STF é dispensável a apreensão da arma de fogo para caracterizar o roubo majorado, desde que seja possível a comprovação do emprego de arma por outra forma (prova testemunhal).
II – Se há concurso de 2 ou mais pessoas.
Se o roubo for praticado com mais de 3 pessoas haverá concurso com crime de associação criminosa (antiga quadrilha). Isto porque os crimes tutelam bens jurídicos diferentes.
Privilegio e crime de roubo: segundo o STF e o STJ não se admite o privilégio no crime de roubo não podendo o aplicador fazer uma analogia com o crime de furto.
22/05/14
Qualificadoras do art. 157, § 3º
• Se a violência resultar lesão corporal grave:
Pena de 7 a 15 anos e multa. Nesta lesão se inclui a gravíssima.
• Se a violência resulta morte:
Pena de 20 a 30 anos com multa. A parte final do art. 157 §3º é denominada de latrocínio (crime hediondo).
Obs¹: se o roubo for praticado e o resultado tiver como consequência lesão corporal grave ou gravíssima e morte, estaremos diante do roubo qualificado e não roubo majorado.
Obs²: a lesão corporal grave e a morte para fins de caracterização do roubo qualificado poderão ter sido praticadas dolosa ou culposamente (pode ser preterdoloso, mas não necessariamente é sempre).
a) Roubo doloso + lesão grave ou morte a título de culpa (preterdoloso)
b) Roubo doloso + lesão corporal ou morte a título de culpa DOLO
7.1- Latrocínio (art. 157 §3º in fine)
O Latrocínio é um roubo qualificado pela morte. Trata-se de um crime complexo, pois resulta da fusão dos delitos de roubo (crime-fim) e o crime de homicídio (crime-meio). Reina infindável discussão doutrinária acerca do local em que o crime de latrocínio deveria estar no código Penal. Isto porque o latrocínio atualmente é um crime contra o patrimônio e não um crime contra a vida. Juízo competente é um juiz singular e não o Tribunal do Júri.
O correto deveria ser Homicídio Qualificado por conexão Teleológica com o Crime de Roubo.
O latrocínio pode ser praticado contra a vítima possuidora do bem ou contra um terceiro.
7.1.1- Distinção entre latrocínio e Roubo simples em Concurso Material com Homicídio
Obs. Não existe a figura do roubo majorado qualificado.
Para se realizar a distinção entre o latrocínio e o roubo simples em concurso material com o homicídio será necessário um critério de especialidade. Sendo necessários os seguintes requisitos:
a) O agente durante o roubo deve aplicar intencionalmente violência à pessoa;
						+
b) Existência de relação de causalidade entre a subtração patrimonial e a morte. A prática do roubo será:
1) Para assegurar a subtração acontecendo a morte. 
Exemplo: o agente subtrai um automóvel e mata a pessoa proprietária imediatamente.
2) Após a prática da subtração o agente mata a vítima para assegurar a sua impunidade e posse. Após a subtração ele mata a vítima para assegurar a posse e a impunidade.
3) Após a subtração o agente mata a vítima com a finalidade exclusiva de assegurar sua impunidade.
		
	LATROCÍNIO
	ROUBO SIMPLES EM CONCURSO MATERIAL COM HOMICÍDIO
	
	
Concurso material > art. 69 CP
26/05/14
7.1.2 – CONSUMAÇÃO E TENTATIVA (157 §3º, in fine)
Súmula 610 do STF.
	SUBTRAÇÃO
	+ MORTE
	= LATROCÍNIO
	CONSUMADO
	CONSUMADA
	CONSUMADO
	TENTADA
	TENTADA
	TENTADO
	TENTADA
	CONSUMADA
	CONSUMADOCONSUMADA
	TENTADA
	TENTADO
7.1.3 – LATROCÍNIO E CONCURSO DE AGENTES
O concurso de pessoas no latrocínio poderá ser caracterizado mesmo que uma única pessoa praticou a morte da vítima. Tal entendimento é decorrência da Teoria Monista ou Unitária (art. 29 CP). Entretanto se um dos agentes quis participar de crime menos grave será aplicada a pena deste crime (menos grave). Cuida-se do Instituto denominado cooperação dolosamente distinta (art. 29 §2º CP).
ESTUPRO (Art. 213, CP)
1 – Bem Jurídico: dignidade sexual; liberdade sexual.
Obs¹: A partir de 2009 com o advento da Lei 12.015/09 tanto homem quanto mulher pode ser sujeito ou vítima de estupro. Antes desta lei apenas a mulher era vítima de estupro, sendo o sujeito ativo necessariamente homem.
– Sujeitos
Ativo: qualquer pessoa (crime comum)
Passivo: qualquer pessoa (crime comum)
Trata-se de um crime bicomum. 
Garota ou garoto de programa, prostitutas, podem ser vítima de estupro.
3 –Tipo objetivo / conduta
Pune-se o ato de libidinagem, violento, coagido, forçado, buscando o agente constranger a vítima à conjunção carnal ou outros atos libidinosos mediante violência ou grave ameaça.
* * Ato de Libidinagem é gênero, o qual possui duas espécies: conjunção carnal / outros atos libidinosos.
a) Conjunção Carnal: é o coito vaginico. É a introdução do pênis na vagina, também chamado de cópula vaginica.
b) Atos Libidinosos: é qualquer ato de violação à dignidade da pessoa que não seja conjunção carnal (trata-se de uma expressão porosa, genérica que tem que ser analisada no caso concreto). 
- O agente obriga a vítima a praticar determinado ato ativo na relação (a vítima masturba o agente). 
- Pode acontecer de o agente praticar na vítima a violação sexual neste caso a vítima tem um posicionamento passivo. Ex. o agente introduz o pênis no ânus da vítima.
- Existem inúmeros exemplos de atos libidinosos como: passar a mão no seio de uma mulher sem a sua autorização, passar a mão na nádega de uma determinada pessoa, encostar o órgão sexual em outra pessoa sem o consentimento desta.
- O estupro pode ser praticado mediante violência ou grave ameaça.
29/05/14
- Meio Execução: violência ou grave ameça.
* Violência: é toda forma de agressão ou emprego de força física para dominar a vítima e viabilizar a prática da conjunção carnal ou outro ato libidinoso. 
* Grave ameaça: é a violência moral, direta, justa ou injusta, situação em que a vítima não vê outra alternativa a não ser ceder a prática do ato criminoso.
* Obs. É possível a responsabilização penal por crime de estupro até mesmo no caso de omissão. No caso da mãe que nada faz para evitar que o seu companheiro mantenha relações sexuais com a sua filha de 17 anos será responsável pela prática do delito. Uma vez que tem o dever jurídico de cuidado. Se a vítima é menor de 14 anos a mãe responderá pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217 “a”).
De 14 a 18 anos 	→ 	estupro qualificado
Menor de 14 anos → 	estupro de vulnerável
● Para haver estupro é dispensável ou indispensável o contato entre à vítima?
É dispensável o contato direto do sujeito ativo com o sujeito passivo. 
Ex: internet
4- Tipo Subjetivo
O crime é punido a título de dolo consistente na vontade consciente de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a manter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso. NÃO EXISTE A MODALIDADE CULPOSA.
5- Consumação e Tentativa
O crime se consuma com a prática de qualquer ato de libidinagem. É de suma importância observar no caso concreto o dolo do agente.
É perfeitamente possível a tentativa, uma vez que o agente inicia a execução do crime e por questões alheias a sua vontade não consegue consumar.
6- Qualificadoras: Lesão Corporal e Morte (Art. 213 §1º)
O Art. 213 §1º do CP apresenta as qualificadoras sendo essas (2) de natureza preterdolosa. Neste caso a pena do agente será de 8 a 12 anos se do estupro doloso resultar lesão corporal culposa grave ou de 12 a 30 anos se do estupro doloso resultar morte.
Obs. Se o agente quis praticar o estupro (dolosamente) e também quis praticar o homicídio (dolosamente) haverá concurso de crimes.
7- Ação Penal
Após o advento da Lei 12.015/09, foi estabelecido que em regra a ação penal é pública condicionada à representação da vítima, salvo se a vítima for menor de 18 anos e vulnerável (será ação penal pública incondicionada).
→8- Causa de Aumento (Art. 226 e Art. 234 – A)
	AUMENTO 1/4
	Art. 226, I
Se o crime é cometido em concurso de 2 ou mais pessoas
	AUMENTO 1/2
	Art. 226, II
Se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.
	AUMENTO 1/6 ATÉ A METADE
	Art. 234, III e IV
- se do crime resultar gravidez
- se o agente transmite doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
02/06/14
ESTUPRO DE VULNERÁVEL (ART. 217 – A)
1. Bem Jurídico: é tutelada a integridade sexual do vulnerável.
2. Sujeitos:
- Ativo: crime praticado por qualquer pessoa, tanto homem, quanto mulher, ele é um crime comum.
- Passivo: próprio, pois somente o vulnerável pode ser sujeito passivo. 
* Menor de 14 anos;
* Deficiente mental;
* Qualquer pessoa que não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, por exemplo, uma pessoa que bebeu demais e não seja capaz de se defender no momento.
Obs. ¹: Vulnerabilidade absoluta ou relativa?
Após a alteração de 2009 (Lei 12.015/09) o termo presunção de violência absoluta ou relativa foi retirado do Código Penal. Após essa lei discute-se se a vulnerabilidade é absoluta ou relativa.
- Rogério Greco: entende o autor que a vulnerabilidade é absoluta, já que a escolha da idade (menor de 14 anos) é política criminal feita pelo legislador.
- Victor Eduardo Rios Gonçalves: entende o autor que trata-se de vulnerabilidade absoluta, se uma pessoa mantém relação sexual com menor de 14 anos estará tipificado o crime de estupro de vulnerável.
- Guilherme de Souza Nucci: a vulnerabilidade é relativa. Utiliza como parâmetro as idades previstas no ECA. Para o ECA criança é até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquele entre 12 a 18 anos de idade. Para ele o estupro de vulnerável ocorre quando a pessoa tem relação sexual com um menor de 12 anos incompletos.
- STF: HC 101.456, Relatoria Eros Grau / 2010 → a simples conjunção carnal com menor de 14 anos já é caracterizado estupro de vulnerável, em concordância com a corrente de Rogério Greco e Victor Eduardo Rios Gonçalves.
Obs²: é importante não confundir o debate doutrinário quanto a vulnerabilidade ser absoluta ou relativa com a possibilidade do erro de tipo (no erro de tipo se ficar comprovado que o agente errou de forma justificada pela circunstâncias do caso concreto não haverá crime). 
3 – Tipo Objetivo
Pune-se a conjunção carnal ou outro ato libidinoso praticado com o vulnerável. NÃO EXIGE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA.
4 – Tipo Subjetivo
Pune-se apenas a modalidade dolosa devendo o agente ter ciência da vulnerabilidade da vítima.
5 – Consumação e Tentativa
Consuma-se com a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso. É possível a tentativa, quando por circunstâncias alheias a vontade do agente o crime não se consuma.
6 – Qualificadoras
As qualificadoras estão previstas nos § 3º e 4º do Código Penal. São necessariamente PRETERDOLOSAS (DOLO + CULPA).
DOLO			+			CULPA
(Estupro de vulnerável)				(Lesão corporal grave)
						OU
DOLO			+			CULPA
(Estupro de vulnerável)					(Morte)
- A ação penal é pública incondicionada, art. 225, parágrafo único.
REVISÃO
1- Estupro de vulnerável → conduta omissiva da mãe (dever jurídico de proteção). 
Companheiro = agente ativo do crime do art. 217 – A
Mãe = agente (concurso de pessoas → coautora ou partícipe)
Ação penal pública incondicionada.
2- Causas de aumento (Majorantes) dos crimes contra a dignidade sexual
→ art. 226, I e II do CP. 
→ art.234 – A, III e IV
Qualificadoras art. 213: lesão corporal grave (e gravíssima), morte, menor de 18 ou maior de 14 anos.
3- Furto art. 155 do CP
→ Furto Simples 	X 	Furto Qualificado	X	Furto Majorado
	(caput)			 (art. 213 §4º)			 (art. 155, §1º)
Furto Majorado → não se aplica a causa de aumento de pena prevista no art. 155, §1º, CP no caso de furto qualificado.

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