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Eutanásia em Medicina Veterinária Aspectos Éticos RESOLUÇÃO CFMV, Nº1.000, DE 11 DE MAIO DE 2012 http://www.escolaveterinaria.com/2012/07/procedimentos-e-metodos-de-eutanasia-em.html Prof. Luiz Antonio Bento Vídeo 4 “Resolução sobre eutanásia animal gera polêmica” Conceitos Introdução Distinguir os conceitos: Distanásia e Eutanásia Silêncio bibliográfico em relação a distanásia e muita literatura sobre eutanásia Distinção e precisão conceitual evita mal-entendido e desconforto entre os profissionais EUTANÁSIA O termo eutanásia vem do grego, eu (boa) e thanatos (morte) podendo ser traduzido como “boa morte” ou “morte apropriada”. Etimologicamente, a palavra eutanásia significava, na antiguidade, uma morte suave sem sofrimento cruel/atroz. Eutanásia é querer intencionalmente apressar o momento da morte. Eutanásia animal Esse procedimento pode ser indicado pelo médico veterinário, de acordo com a legislação vigente. Introdução “Prática pela qual se busca abreviar a vida de um doente que padece de uma doença reconhecidamente incurável, proporcionando-lhe morte tranquila e sem sofrimento” RESOLUÇÃO CFMV, Nº1.000, DE 11 DE MAIO DE 2012 Art. 2º “(...) eutanásia é a indução da cessação da vida animal, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando os princípios éticos aqui definidos e em outros atos do CFMV”. Partindo da definição.... O que é um doente ou uma doença incurável? As características da própria doença? A falta de condições financeiras do proprietário na aquisição de medicamentos necessários? Falta de legislação específica em Medicina Veterinária O que existe é a Resolução n. 1000/2012 do CFMV Dificuldade de se nortear todos os aspectos éticos por leis Formação moral individual Posição pessoal Única profissão com o direito de execução de um paciente 2 aspectos a) Animais de produção Abate (= matança de animais para o uso alimentar e/ou de sua pele e couro). Refere- se também, por extensão, à matança de animais para limitar a população de uma espécie, eliminar animais considerados nocivos ou perigosos, ou parar a propagação da doença b) Eutanásia Posição do médico veterinário Como e o que fazer? Distanásia Animal Distanásia DISTANÁSIA. Significa o prolongamento do processo de morte, por meio artificial, o que traz sofrimento ao paciente. Há, portanto, um prolongamento exagerado, uma obstinação terapêutica, que se mostra, na maioria das vezes, totalmente inútil. 14 L’acharnement Thérapeutique (França) Accanimento terapeutico (Itália) Medical futility; futility; futile treatement Dicionário Aurélio: Distanásia: “Morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento (Antôn. Eutanásia)” Dicionário Houaiss: Distanásia: “S.f. (1873 cf. DV) MED. Morte lenta, com grande sofrimento”. Conceitos de distanásia ORTOTANÁSIA ORTOTANÁSIA orthos, certo thanatos, morte Significado etimológico = morte correta. Nos Estados Unidos, 35% da população de 172 milhões de animais de estimação é considerada como paciente geriátrico (pacientes idosos). Isso abriu uma nova frente na medicina veterinária americana - os cuidados paliativos. Assim como é feito com os humanos, a medicina paliativa ameniza a dor e o sofrimento dos pacientes em estado terminal, até o momento da morte. Quando o sofrimento é incontornável e nem a medicina paliativa funciona, no entanto, o sacrifício pode ser a melhor solução para o amiguinho de longa data. Eutanásia: Controvérsia http://1.bp.blogspot.com/_E8T1B_dZLHM/Ryef8hBJW6I/AAAAAAAABVw/NC5vhH8Xu QE/s400/PIT.jpg http://2.bp.blogspot.com/_wfWwzPAqkfw/TEGtcWpQ6qI/AAAAAAAAAZo/oFPiFJNvYv8/s 400/22.jpg http://mariliaescobar.files.wordpress.com/2012/01/o-cachorro-tita-logo-apos-ser-resgatado-depois-de-12- horas-enterrado-a-esq-e-o-animal-hoj1326378007956_615x300.jpg?w=470&h=229 No âmbito das indicações a utilização da eutanásia em animais fica restrita a situações onde não haja a possibilidade da adoção de medidas alternativas. RESOLUÇÃO CFMV, Nº1.000, DE 11 DE MAIO DE 2012 Art. 3º A eutanásia pode ser indicada nas situações em que: I - o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos; CAPÍTULO I- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º A eutanásia pode ser indicada nas situações em que: II - o animal constituir ameaça à saúde pública; III - o animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente; CAPÍTULO I- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º A eutanásia pode ser indicada nas situações em que: IV - o animal for objeto de atividades científicas, devidamente aprovadas por uma Comissão de Ética para o Uso de Animais - CEUA; V - o tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário. CAPÍTULO I- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 5º: É obrigatória a participação do médico veterinário na supervisão e/ou execução da eutanásia animal em todas circunstâncias em que ela se faz necessária. Cabe ao médico veterinário: 1- Garantir que os animais sejam submetidos à eutanásia em ambiente tranquilo e adequado, respeitando os princípios básicos norteadores dos métodos de eutanásia; 2- Atestar a morte do animal observando a ausência dos parâmetros vitais; Cabe ao médico veterinário: 3- Manter os prontuários com os métodos e técnicas empregados sempre disponíveis para fiscalização pelos órgãos competentes; 4- Esclarecer ao proprietário ou responsável legal pelo animal, quando for o caso, sobre o ato da eutanásia; Cabe ao médico veterinário: 5- Solicitar autorização, por escrito, do proprietário ou responsável legal pelo animal, para a realização do procedimento... 6- Permitir que o proprietário ou responsável legal pelo animal assista ao procedimento, sempre que este assim desejar... Método considerar : Espécie animal envolvida Idade e estado fisiológico dos animais Meios disponíveis para a contenção (sem causar dor) Capacidade técnica do executor Número de animais Método Compatível com os fins desejados e embasado cientificamente Seguro para quem o executa Realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a morte do animal Aprovado na comissão de ética no uso de animais (CEUA) institucional, no caso de fins científicos Princípios básicos I - elevado grau de respeito aos animais II - ausência ou redução máxima de desconforto e dor nos animais III - busca da inconsciência imediata seguida de morte Princípios básicos IV - ausência ou redução máxima do medo e da ansiedade V - segurança e irreversibilidade VI - ausência ou mínimo impacto ambiental (como a poluição, por exemplo) Princípios básicos VII - ausência ou redução máxima de risco aos presentes durante o procedimento VIII - ausência ou redução máxima de impactos emocional e psicológico negativos no operador e nos observadores CAPÍTULO III – Dos Métodos Aceitáveis Métodos aceitáveis são aqueles que, cientificamente, produzem uma morte humanitária, quando usados como métodos exclusivos deeutanásia. CAPÍTULO III – Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: I - embolia gasosa (obstrução dos vasos sanguíneos por bolhas de ar na corrente sanguínea) II - traumatismo craniano (contusão ou ainda lesão na cabeça) III - incineração (queima) in vivo CAPÍTULO III Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: IV - hidrato de cloral para pequenos animais V - clorofórmio (um anestésico externo sendo muito tóxico se ingerido ou seus vapores aspirados) ou éter sulfúrico (substância líquida altamente inflamável) CAPÍTULO III Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: VI – descompressão (redução do ar que o rodeia) VII - afogamento CAPÍTULO III - Dos Métodos Aceitáveis Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: VIII – exsanguinação (do latim: ex-sanguis, “sem sangue” = É mais comumente conhecido como "sangrar até à morte") sem inconsciência prévia IX - imersão em formol ou qualquer outra substância fixadora CAPÍTULO III Art. 15. São considerados métodos inaceitáveis: XI - qualquer tipo de substância tóxica, natural ou sintética, que possa causar sofrimento ao animal e/ou demandar tempo excessivo para morte; Art. 14. Os métodos de eutanásia aceitáveis e aceitos sob restrição encontram-se listados no Anexo I desta Resolução (cf.): § 1º Para os fins desta Resolução, métodos aceitáveis são aqueles que, cientificamente, produzem uma morte humanitária, quando usados como métodos exclusivos de eutanásia. CAPÍTULO III - Dos Métodos Aceitáveis ASPECTOS HUMANITÁRIOS Postura avaliando grau de afetividade entre animal-proprietário Procedimento Humano métodos indolores e eficazes ASPECTOS HUMANITÁRIOS Amenizar o sofrimento do proprietário segurança na decisão sem comentários e atitudes que coloquem o proprietário em situação de desconforto ou conflitos de consciência Carinho, conforto e condolências § 2º Para os fins desta Resolução, métodos aceitos sob restrição são aqueles que, por sua natureza técnica, ou por possuírem um maior potencial de erro por parte do executor, ou por apresentarem problemas de segurança, ou por qualquer motivo não produzam uma morte humanitária. Tais métodos devem ser empregados somente diante da total impossibilidade do uso dos métodos aceitáveis, constantes do Anexo I desta Resolução CAPÍTULO III - Dos Métodos Aceitáveis PERGUNTAS Poderá o animal ter uma vida de boa qualidade (sem dor ou estresse) Alguém o adotaria após a recuperação, apesar da incapacidade e tratamentos posteriores? Existem possibilidades reais (físicas, técnicas, econômicas) de proporcionar tratamento, casa, alimentação e suprir outras necessidades para o bem estar físico e psicológico? PERGUNTAS O animal é inofensivo para as pessoas ou animais tais como doenças transmissíveis, temperamento, etc. ? Se a resposta a alguma dessas perguntas é NÃO, a EUTANÁSIA é uma alternativa válida Conselho Federal Medicina Veterinária Resolução n. 714 de 20.08.2002: Institui normas reguladoras de procedimento e métodos relativos à eutanásia em animais Art. 7º “Os procedimentos de eutanásia, se mal empregados, estão sujeitos à legislação federal de crimes ambientais. Conselho Federal Medicina Veterinária Resolução n. 714 de 20.08.2002 Art. 10º. “Os procedimentos de eutanásia são de exclusiva responsabilidade do médico veterinário” Lei n.9605/98 - Lei de Crimes Ambientais Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Art. 32 “ Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção de 3 meses a um ano e multa Lei n.9605/98 - Lei de Crimes Ambientais Art. 32 §1. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos, quando existirem recursos alternativos §2. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal Vídeo 2 Eutanasia camundongos Vídeo 3 Daisy Courage Goes to Heaven~~ Please read description Daisy Coragem vai para o céu.
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