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Desinf e Esteril UNIP SORAYA

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Desinfecção e Esterilização 
Profª Soraya Ferreira Habr 
História 
• 1ª referência – Homero em A Odisséia (uso do dióxido 
de enxofre em 800a.C.); 
• Cidade da Veneza foi uma das pioneiras no controle 
sanitário; 
• O holandês Anton Van Leeuwnhoek (1676) – foi um 
marco na história da microbiologia e desinfecção 
(inventor do microscópio); 
• Louis Pasteur (1822-1895) – demonstrou serem os 
microorganismos responsáveis por doenças infecciosas. 
FUNDAMENTOS DO CONTROLE DOS MICROORGANISMOS 
Condição 
sanitária de uma 
população 
É determinada pela sua capacidade 
de controlar eficazmente as 
populações microbianas 
Os processos de controle podem ser muito específicos: 
Ou gerais: 
•Fornecimento de medicação na eliminação de microorganismos 
infectantes 
•Práticas sanitárias no lar, hospitais, escolas, cidades, etc. 
•Nessa linha incluem-se processos como 
•Purificação da água 
•Pasteurização do leite 
•Preservação dos alimentos 
Não somente torna-se o produto de consumo SEGURO sob o ponto de vista 
de saúde pública, como também muitos outros benefícios para o bem estar da 
comunidade. 
Além de problemas no âmbito da saúde, os microorganismos podem destruir 
materiais valiosos como tecidos, madeira, papel, objetos diversos 
GRAVES PERDAS ECONÔMICAS 
Resumo da importância do controle microbiano: 
1. Prevenir a transmissão de doenças e infecções. 
2. Prevenir a contaminação ou crescimento de microorganismos nocivos. 
3. Prevenir a deterioração e dano de materiais diversos por microorganismos 
De forma geral os microorganismos podem ser: 
REMOVIDOS 
INIBIDOS 
MORTOS 
Por agentes 
FÍSICOS OU QUÍMICOS 
Existe uma grande variedade 
de técnicas e de agentes que 
podem ser utilizados 
Agem por mecanismos 
/modos de ação distintos e 
cada um tem o seu próprio 
limite de aplicação prática 
DEFINIÇÃO DE TERMOS IMPORTANTES 
 
• São usados para descrever processos físicos e os 
agentes químicos destinados ao controle de 
microorganismos 
Esporos: Elementos reprodutivos de organismos inferiores, como protozoários, 
bactérias, fungos e plantas criptógamas. 
 
BACTÉRIAS: São microorganismos procariontes unicelulares que geralmente 
possuem paredes celulares rígidas, multiplicam-se por divisão celular e exibem três 
formas principais: redondas ou cocos, bastonetes ou bacilos e espiral ou 
espiroquetas. 
BACTÉRIAS podem ser classificadas por suas respostas ao OXIGÊNIO: aeróbias, 
anaeróbias ou facultativamente anaeróbias; por seu modo de obter sua energia: 
quimiotróficas (via reação química) ou fototróficas (via reação luminosa); para 
quimiotróficas, por sua fonte de engergia química: litotróficas (a partir de compostos 
inorgânicos) ou organotróficas (a partir de compostos orgânicos); e por onde elas 
obtêm seu CARBONO: heterotróficas (a partir de DIÓXIDO DE CARBONO). 
Elas também podem ser classificadas por colorirem ou não (com base na estrutura 
de sua PAREDE CELULAR) com tintura VIOLETA CRISTAL: gram-negativas ou 
gram-positivas. 
 
 
Célula bacteriana 
Fímbrias 
Cápsula 
Parede celular 
Plasmídeos 
Nucleóide 
Flagelo 
Enzimas relacionadas 
com a respiração, 
ligadas à face 
interna da membrana 
plasmática 
Citoplasma 
Ribossomos 
Membrana plasmática 
Abscesso por S. aureus na região frontal 
Faringite e amigdalite por 
Streptococcus pyogenes 
Vírus 
Minúsculos agentes infecciosos cujos genomas são compostos de DNA ou RNA, nunca 
ambos. São caracterizados pela ausência de metabolismo independente e pela incapacidade 
de se replicar fora de células hospedeiras vivas. 
-parasita celular obrigatório 
-genoma utiliza um só tipo de ácido nucléico 
-não tem maquinaria enzimática complexa 
-pequenas dimensões 
-especificidade/resposta imunológica definida 
-plasticidade (carga genética) 
Fungos 
Reino de organismos eucarióticos e heterotróficos que vivem como sapróbios ou parasitas, incluindo 
cogumelos, leveduras, fuligens (smuts), bolores ou mofos, etc. Reproduzem-se sexuada ou 
assexuadamente e possuem ciclos de vida que variam de simples a complexo. Fungos filamentosos 
referem-se àqueles que crescem como colônias multicelulares (cogumelos e bolores). 
 
 
champignon 
Candida albicans ao 
microscópio 
Candida albicans 
vaginal 
Candida albicans 
em boca de criança 
Manuseio de produtos biológicos 
envolve: 
• limpeza 
• descontaminação 
• anti-sepsia 
• assepsia 
• desinfecção 
• esterilização 
 
OBJETIVOS 
 
Remover sujeiras. 
 
Remover ou reduzir a quantidade de microorganismos. 
 
Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização. 
 
Preservar o material. 
DEFINIÇÃO 
Remoção de material orgânico e sujeiras dos objetos. 
Processo que precede as ações de desinfecção e/ou esterilização. 
Poderá ser feita pelo método manual ou mecânico. 
 
 
LIMPEZA 
Limpeza 
• Procedimento utilizado para remover materiais 
estranhos como: pó, terra, grande número de 
microorganismos, matéria inorgânica (sais) e 
orgânica (sangue, vômito, soro, detritos 
alimentícios). 
• Para tal são utilizados água com detergentes 
associados (ou não) a produtos enzimáticos e 
auxiliares mecânicos de limpeza. 
• Limpeza manual: é o procedimento realizado 
manualmente, onde a sujidade é removida por meio da 
ação física com auxilio de detergente, água e artefatos 
como esponja e escova. 
 
Limpadores enzimáticos : são compostos basicamente por 
enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação 
balanceada desses elementos faz com produto possa remover 
a matéria orgânica do material em curto período de tempo. 
Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, 
mas não possuem atividade bactericida e bacteriostática. 
Enzimas são substâncias produzidas por células vivas e que 
governam as reações químicas do processo. Uma vez 
produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá 
manter suas propriedades catalíticas, se determinadas 
condições forem mantidas na sua fabricação. As enzimas são 
classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo 
do tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e 
amilases que atuam em substratos protéicos, gorduras e 
carboidratos, os quais tendem a solubilizar-se e desprender 
dos artigos. Atualmente recomenda-se a limpeza de artigos de 
configuração complexa para garantir a limpeza. 
 
 Está limpo? 
“Todo artigo odonto-médico-hospitalar contaminado deve 
ser limpo precedendo ou não a desinfecção ou 
esterilização” 
Detergente 
enzimático 
 + 
 Artefatos 
EPI 
O que precisa? 
 
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente). 
Bancada para apoio, deve ser lavável. 
Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e 
sabão ou solução enzimática). 
Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos. 
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o 
uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos. 
A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da 
desinfecção ou esterilização. 
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos 
(cuba, escovas, etc), pode fazer a desinfecção com 
Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%. 
Definir qual procedimento o artigo vai se submetido: 
desinfecção ou esterilização. 
(Resol SS374/95 manual MS /94) 
• As soluções anti-sépticas têm sido empiricamente 
utilizadas durante séculos. A legislação prevê as 
soluções anti-sépticas adequadas para uso domiciliar e 
em áreas de saúde. 
• Características mínimas de um anti-séptico: 
 - Atividade germicida sobre a flora cutânea, sem causar 
irritações a pele ou mucosa;- Não provocar reações alérgicas ou queimaduras; 
 - Possuir baixo teor de toxicidade. 
Descontaminação 
• É o conjunto de operações de limpeza, de 
desinfecção ou/e esterilização de superfícies 
contaminadas por agentes potencialmente 
patogênicos, para torná-los seguros a 
manipulação. 
• Limpar, desinfetar e esterilizar são 
procedimentos usados nos procedimentos de 
descontaminação. 
Anti-sepsia 
• Anti-sepsia: procedimento através do qual 
microorganismos presentes em tecidos vivos 
são inibidos/destruídos após a aplicação de 
agentes antimicrobianos. 
• Antisséptico: É uma substância que se opõe à 
sepsis, ou seja, previne o crescimento ou ação 
de microorganismos, pela destruição dos 
mesmos ou pela inibição de seu crescimento ou 
atividade. Usualmente está associado com 
substâncias aplicadas ao corpo do indivíduo. 
 
 
Assepsia 
• Conjunto de meios usados para 
impedir a penetração de indivíduos em 
uma determinada área. 
Agente Antimicrobiano(germicida) 
É aquele que interfere com o crescimento ou 
atividade dos micróbios. Implica em inibição do 
crescimento e, dependendo do tipo de germe 
sobre o qual age, pode receber distintas 
designações como antibacterianos ou 
antifúngicos. 
Aqueles que são usados no tratamento de 
infecções são chamados de agentes 
terapêuticos. 
 
Bactericida 
É um agente que mata as bactérias. De modo similar, os termos fungicida, 
viricida e esporicida se referem a agentes que matam os fungos, vírus e 
esporos, respectivamente. 
Bacteriostase 
É uma condição na qual se previne o crescimento bacteriano (adjetivo = 
bacteriostático). O agente bacteriano está com o crescimento inibido, mas 
não está morto. Se for retirado, o crescimento pode recomeçar. 
De forma semelhante, fungistático descreve o agente que inibe o 
desenvolvimento de fungos. 
Os agentes que têm, em comum, a capacidade de inibir o crescimento de 
microorganismos, são designados, coletivamente, como agentes 
microbiostáticos. 
Saneador 
É um agente que reduz a população microbiana até níveis consideráveis, de 
acordo com as exig6encias da saúde pública. Em geral é um agente químico 
que mata 99,9 % das bactérias vegetativas. 
Os saneadores são comumente aplicados a objetos inanimados e são, 
geralmente, empregados no tratamento diário de quipamentos e utensílios 
diversos (alimentação, bebidas) além de copos, talheres e pratos em 
restaurantes. 
O processo de desinfecção poderia levar ao saneamento. Entretanto, esse 
termo em si implica em uma condição sanitária, o que não ocorre 
necessariamente com a desinfecção. 
Controle por agentes químicos 
•Grandes variações ambientais e diversidade dos microorganismos 
•Não é possível empregar um único agente para eliminar ou 
reduzir a flora microbiana 
Torna-se importante: 
•Conhecer os tipos de substâncias químicas 
•Suas especificidades 
•Finalidades 
•Mecanismo de ação frente a microorganismos 
•Eventuais efeitos sobre os humanos e superfícies 
inanimadas 
Características de um germicida químico ideal: 
O ideal é impossível, escolha as melhores opções! 
 
• possuir amplo espectro de ação antimicrobiana em 
baixas concentrações, 
• toxicidade para microrganismos em temperatura 
ambiente ou corporal 
• inocuidade para tecidos humanos 
• inerte em relação à matéria orgânica 
• solubilidade e ação residual boas 
•solúvel em água ou outros solventes na medida 
necessária ao seu uso efetivo 
•estabilidade (tempo de prateleira) na luz, calor, 
fatores ambientais, no armazenamento e fácil de 
preparar. 
•Ter ação rápida mesmo na presença de substâncias 
orgânicas como fluidos corporais. 
•Não ter odor desagradável. 
•capacidade detergente e fácil penetração 
• disponibilidade a baixo custo (barato), fácil de obter 
e usar 
 
Quais os principais fatores que devem ser levados em conta na 
escolha de um agente químico antimicrobiano? 
1) Natureza do material a ser tratado. A substância 
escolhida deve ser compatível com o material no qual será 
aplicada. 
2) Tipos de microorganismos e concentração dos mesmos. 
O agente escolhido deve ser conhecidamente efetivo contra 
o organismo a ser destruído. 
3) Condições ambientais. Temperatura, pH, tempo de ação, 
concentração e presença de material orgânico podem 
influir na taxa e na eficiência da destruição microbiana 
(requer lavagem e escovação prévias). 
Como pode um agente químico impedir o cresci-
mento de uma bactéria ou matá-la? 
 
• alterando a permeabilidade da membrana (ex. 
compostos fenólicos, álcool, etc) 
• desnaturando suas proteínas (óxido de etileno, 
glutaraldeído, formaldído, etc) 
• inibindo atividades enzimáticas (cloro, óxido de etileno, 
H2O2, etc) 
• inibindo a síntese de ácidos nucléicos ( glutaraldeído, 
óxido de etileno, etc ) 
• oxidando (cloro, compostos clorados, etc) 
Mais resistentes 
Menos resistentes 
Alto nível (aldeídos e 
 ácido peracético) 
Nível intermediário 
(álcool, hipoclorito de sódio 
a 1%, cloro orgânico, fenol 
sintético, monopersulfato 
de potássio e associações) 
Baixo nível (sais de 
amônio quaternário e 
hipoclorito 
de sódio 0,2%) 
PRÍONS 
BACTÉRIAS VEGETATIVAS 
ESPOROS BACTERIANOS 
ORDEM CRESCENTE DE RESISTÊNCIA AOS GERMICIDAS QUÍMICOS 
VÍRUS NÃO LIPÍDICO 
/PEQUENO 
FUNGOS 
MICOBACTÉRIA 
VÍRUS LIPÍDICO 
/MÉDIO 
Quais são as principais causas de manchas e corrosão no instrumental? 
Algumas manchas podem ser eliminadas, quando não oriundas de ataque químico 
resultante de um processo de corrosão. No entanto a incidência deste problema, a 
fim de que seja possível tomar uma solução adequada. 
 
CAUSAS MAIS FREQÜENTES: 
•Contato prolongado com soluções químicas, resíduos orgânicos e outras secreções. 
E ainda longo espaço de tempo entre a utilização do instrumental e o início do 
processo de limpeza; 
•Utilização de detergentes agressivos ao aço inoxidável; 
•Permanência prolongada em soluções desencrostantes ou esterilizantes; 
•Agregação de produtos de limpeza ou desinfecção; 
•Lavagem manual ou ultra-sônica insuficiente; 
•Presença de metais e minerais contidas na água; 
•Instrumentos secos “ao natural”; 
•Má qualidade da água tanto no processo de limpeza quanto no processo de 
esterilização (vapor da Autoclave); 
•Ausência de filtro, ou, filtro inadequado na entrada da linha de alimentação do vapor 
da Autoclave; 
•Temperatura elevada e tempo prolongado de esterilização; 
•Esterilização através de fervura prolongada. 
•Esterilização de materiais cromados com materiais inoxidáveis numa mesma 
operação. 
“MORTE” → perda irreversível da capacidade de reprodução 
A determinação do índice de morte (ou número de sobreviventes) 
requer técnicas laboratoriais específicas 
Inoculação em meio sólido ou líquido 
Procedimentos capazes de desinfetar ou esterilizar 
todos os materiais e superfícies 
NÃO 
EXISTE 
Demonstração da eficácia de um agente antimicrobiano 
•Teste para a detecção de sobreviventes (aqueles que são aptos a se reproduzir) 
Tratamentos drásticos 
Incinerador (altas 
temperaturas) 
HCl concentrado 
Suspensão 
bacteriana 
tempo 
no de 
células 
viáveis 
tempo 
no de 
células 
viáveis 
Tratamentos menos drásticos 
Não mata todos os germes 
no mesmo instante 
Taxa constante 
e exponencial 
de queda 
Exemplo: Curva de Morte 
de esporos de Bacillus 
subtilis expostos a 5 % 
fenol 
no esporos 
sobreviventes 
por unidade de 
volume 
Log da 
concentração de 
sobreviventesTempo (h) 
Tais curvas são específicas para cada tipo de microorganismo e de acordo com as 
condições específicas 
Log de 
sobreviventes 
por mL 
E. coli a várias concentrações de fenol 
Tempo (min) 
3,48 g/L 
3,76 g/L 4,25 g/L 6,04 g/L 
O microorganismo, seu número e sua suscetibilidade; 
•O agente microbiano e sua respectiva concentração; 
•O tempo de contato entre o microorganismo e o 
antimicrobiano; 
•A presença ou não de uma limpeza mecânica prévia; 
•A prévia remoção ou não de detritos e impurezas da superfície 
ou tecidos através do uso de sabões ou detergentes; 
•A presença ou não de resistência bacteriana ao agente 
antimicrobiano. 
FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA DOS 
GERMICIDAS 
CONDIÇÕES QUE INFLUENCIAM A AÇÃO ANTIMICROBIANA 
Muitos fatores podem ser considerados na aplicação de qualquer agente 
físico ou químico destinado a inibir ou destruir populações microbianas. 
TEMPERATURA: o aumento na temperatura, quando usado em combinação 
com outro agente, por ex. uma substância química, acelera a destruição de 
microorganismos. 
30oC 
Log de 
sobrevi-
ventes 
por mL 
Tempo (min) 1000 2000 
E. Coli em fenol a 4,62 g/L 
32oC 35oC 
42oC 
TIPO DE MICROORGANISMO 
Eles diferem muito quanto a susceptibilidade aos agentes químicos e físicos. 
Nas espécies que esporulam: a forma vegetativa é muito mais sensível 
que a forma esporulada 
Esporos bacterianos → ULTRA RESISTENTES a condições físicas ou 
químicas adversas. 
Ex: Resistência de esporos bacterianos, fungos e vírus, comparando-se a E. coli (como 
a unidade) 
Agente 
microbicida 
E. coli Esporos 
bacterianos 
Esporos 
fúngicos 
Vírus 
Fenol 1 100.000.000 1 - 2 30 
Formaldeído 1 250 2 
Calors seco 1 1.000 2 – 10 1 
Calor úmido 1 3.000.000 2 – 10 1 - 5 
UV 1 2 - 5 5 - 100 5 - 10 
Estado fisiológico das células 
Influencia na susceptibilidade a um agente antimicrobiano 
Células jovens (mais ativas metabolicamente) → são mais facilmente destruídas 
Células velhas (menos ativas metabolicamente) → são menos destruídas 
Se o agente interfere no metabolismo do organismo: 
Condições ambientais 
Ex: a eficiência do calor é muito maior em meios ácidos do que nos alcalinos 
•A consistência do material (aquosa ou viscosa) influencia na penetração do 
agente. 
•A presença de matéria orgânica estranha pode reduzir a eficácia de um 
agente antimicrobiano por, por ex., inativá-lo. 
•A concentração do agente utilizado: por ex., certos compostos são 
bactericidas em altas concentrações mas apenas bacteriostáticos em baixa 
concentração. 
MODO DE AÇÃO DOS AGENTES ANTIMICROBIANOS 
Muito importante o seu conhecimento! 
•Lesão de parede celular (penicilina) 
•Alteração na permeabilidade celular (fenol) 
•Alterações das moléculas de proteínas e de ácidos nucleicos 
(altas temperaturas, UV, drogas) 
•Inibição de ação enzimática (água oxigenada, mercúrio, prata) 
•Antimetabólitos (sulfas) 
•Inibição de síntese de ácidos nucleicos (anticancerígenos) 
Sabões e detergentes Baixa tensão superficial Lavagem das mãos, equipamentos 
de uso diário 
Surfactante( substância 
tensoativa) 
Dissolvem lipídeos, rompem membranas, 
desnaturam proteínas 
Desinfetar utensílio (catiônicos) e 
antissépticos (aniônicos) 
Ácidos, alcalis e metais pesados Reduzem ou aumentam o pH , 
desnaturando proteínas 
Preservação de alimentos 
Halogênios Oxidam componentes da célula na 
ausência de matéria orgânica 
Cloro para a água e iôdo para a pele 
Álcoois Desnatura proteínas quando misturado 
com água 
Álcool isopropílico para a pele e 
etilenoglicol como aerossol 
Fenóis rompem membranas, desnaturam 
proteínas, sem influência de matéria 
orgânica 
Superfície e culturas contaminadas; 
sobre a pele somente se diluído 
Agentes oxidantes Rompem ligações S-S entre proteínas Trauma (água oxigenada) e 
instrumentos (permanganato K) 
Alquilantes Rompem proteínas, DNA e RNA Formaldeído, glutaraldeído e óxido 
de etileno 
Corantes Interferem com a replicação ou 
bloqueiam síntese de parede 
Feridas (acridina) e micoses de pele 
(cristal violeta) 
Propriedades dos agentes químicos antimicrobianos 
CONCEITOS GERAIS 
Um desinfetante é uma substância usada para destruir bactérias ou outros 
microrganismos infectantes. Os desinfetantes possuem atividade bactericida 
ou germicida e costumam ser aplicados em superfícies inanimadas. 
 Uma substância anti–séptica não mata o microrganismo, mas inibe sua 
velocidade de crescimento. Os anti-sépticos são valiosos no tratamento de 
infecções locais causadas por microrganismos refratários a quimioterapia 
sistêmica. As substâncias anti-sépticas são aplicadas ao tecidos para suprimir 
ou impedir a infecção bacteriana. A concentração de anti-séptico em geral é 
baixa para evitar a lesão e irritação tecidual indesejáveis. O aumento da 
concentração de um agente anti-séptico pode irritar e talvez, até matar o tecido 
normal do hospedeiro. Bem como as células bacterianas, interferindo assim 
com o crescimento normal do tecido de granulação na cicatrização de feridas. 
A diferença entre um anti-séptico e um desinfetante pode ser uma questão 
de tempo de reação, número de microrganismos, concentração da droga e 
temperatura. 
Desinfecção 
• Desinfecção: Processo físico ou químico de eliminação 
de muitos ou todos os microorganismos patogênicos de 
itens (artigos ou áreas) inanimados, não assegurando a 
eliminação de bactérias na forma de esporos (células 
reprodutoras). 
• Desinfetante: É um agente, normalmente químico, que 
mata em intervalo de tempo entre 10 a 30 minutos, as 
formas vegetativas de bactéria, fungos e vírus, mas não, 
necessariamente as formas esporuladas de micróbios 
patogênicos. O termo é comumente utilizado para 
substâncias aplicadas em objetos inanimados. 
 
Desinfecção é um processo de destruição dos agentes 
infecciosos. 
 
Como selecionar um bom desinfetante? 
O ideal é impossível, escolha as melhores opções 
 
•Ter ação rápida mesmo na presença de substâncias orgânicas como 
fluidos corpóreos; 
 
•Ser eficiente contra todos os agentes sem destruir tecidos e sem agir 
como veneno se ingerido; 
 
•Fácil de preparar, estável na luz ou calor e outros fatores ambientais; 
 
•Ser barato, fácil de obter e de usar; 
 
•Não ter odor desagradável; 
 
•É claro que nenhum desinfetante preencherá todas todas estas 
exigências, e deve-se optar pelo que chegar mais perto. 
ORDEM DECRESCENTE DE RESISTÊNCIA A GERMICIDAS QUÍMICOS 
 
PRIONS 
ESPOROS BACTERIANOS 
MICOBACTERIA 
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS 
 VÍRUS 
FUNGOS 
BACTERIAS VEGETATIVAS 
 
VÍRUS LIPÍDICOS OU VÍRUS DE TAMANHO 
 MÉDIO 
 
Mais resistentes 
Menos resistentes 
Alto nível (aldeídos e 
 ácido peracético) 
Nível intermediário (álcool, 
hipoclorito de sódio a 1%, 
cloro orgânico, fenol 
sintético, monopersulfato 
de potássio e associações) 
Baixo nível (quaternário 
de amônio e hipoclorito 
de sódio 0,2%) 
Desinfecção 
Alto 
nível 
Médio 
nível 
Baixo 
nível 
Desinfecção - Níveis 
• Desinfecção de Baixo Nível – atividade antimicrobiana 
sobre a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos; 
• Desinfecção de Nível Intermediário - destrói as 
bactérias vegetativas, a maioria dos vírus e fungos. 
• Desinfecção de Alto Nível - destrói todos os 
microrganismos presentes, exceto esporos bacterianos. 
• Desinfecção associada à Esterilização - destrói todos os 
microrganismos presentes, inclusive esporos 
bacterianos. 
Classificação dasáreas 
Ministério da Saúde: portaria 930/92 
Áreas não críticas: todas as áreas hospitlares não ocupaas por 
pacientes. Ex: escritórios, depósitos, etc.) 
 
Áreas semi-críticas: todas as áreas ocupadas por pacientes 
com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças 
não infecciosas. Ex. Ambulatórios e enfermarias. 
 
Áreas críticas: todas as áreas onde existe risco aumentado de 
transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de 
risco ou onde se encontram pacientes imunossuprimidos. Ex: 
sala de cirurgia, parto, UTI, sala de hemodiálise, berçario, lab. 
de análises clínicas, banco se sangue, cozinha, lactário e 
lavanderia. 
Em relação aos artigos 
(Classificação de Spaulding-1960) 
 
Artigos não críticas: destinados ao contato com a pele íntegra 
do paciente. Ex: escovas, lixas, estetoscópio, roupas, muletas, 
utensílios de refeição. 
Artigos semi-críticas: artigos destinados ao contato com a pele 
não íntegra ou mucosas do paciente. Ex: espéculo vaginal, 
otoscópio, alicate (pode ser crítico), termômetro, circuito de 
anestesia e terapia respiratória, tubos endotraqueais. 
Artigos críticas: artigos destinados à penetração através da pele 
e mucosas adjacentes nos tecidos subepiteliais e no sistema 
vascular, bem como todos os que estejam diretamente 
conectados com esse sistema. Ex: equipo de soro, bisturi, 
agulhas, pinças de biopsia,implantes-próteses, etc. 
• A seleção e uso de germicidas químicos devem 
ser baseados cientificamente. É desnecessário 
submeter todos os artigos utilizados na 
prestação de assistência aos nossos pacientes 
a um processo de esterilização. Os serviços de 
saúde devem estabelecer rotinas e 
procedimentos padrão que definam qual tipo de 
processamento deve ser realizado, tomando-se 
como base a indicação de uso do artigo (crítico, 
semicrítico e não crítico). 
 
Os itens devem ser processados de acordo com 
sua classificação e o risco de infecção que 
representam para o paciente. 
 
• Os itens devem ser completamente limpos antes 
da desinfecção ou esterilização. A limpeza 
adequada é o primeiro e mais crítico passo na 
quebra de cadeia de transmissão de doenças. A 
presença de sangue, resíduos orgânicos, 
proteínas e sais dificultam a ação direta do 
agente microbicida sobre a superfície do artigo 
e comprometem a eficácia dos processos de 
desinfecção e esterilização. Um processo de 
limpeza adequado engloba a lavagem, o 
enxágüe e a secagem. 
 
 
Classificação de Spaulding Descrição Processo Definição 
Artigo crítico 
Artigos que são introduzidos 
diretamente no corpo humano e 
que normalmente entram em 
contato com a corrente sanguínea 
e áreas estéreis do corpo. 
esterilização 
Processo que tem por objetivo a 
destruição de todas as formas de 
vida de microrganismos, 
inclusive os esporos. Pode ser 
realizado por processos físicos ou 
químicos. 
Artigo semicrítico 
Artigos que entram em contato 
com membrana mucosa e pele 
não íntegra. 
Desinfecção 
Alto nível 
Destruição de todas as formas de 
microrganismos, com exceção de 
um grande número de 
microrganismos esporulados. 
Desinfecção 
Médio nível 
Destruição de Mycobacterium 
tuberculosis, bactérias 
vegetativas e a maioria dos 
fungos. Não destrói esporos. 
Artigo não crítico 
Artigos que normalmente entram 
em contato apenas com pele 
íntegra. 
Desinfecção 
Baixo nível 
Destruição da maioria das 
bactérias vegetativas, alguns 
vírus e fungos. Não destrói a 
Mycobacterium tuberculosis e 
nem esporos. 
 
Fatores Interferentes 
• Há fatores que alteram a eficácia dos 
procedimentos de desinfecção e esterilização. 
 
Natureza dos microorganismos: 
 - Ordem decrescente de resistência ao agente 
antimicrobiano: esporos bacterianos, células 
bacterianas, fungos, leveduras e vírus. 
 - Esta ordem é variável de acordo com o agente 
químico escolhido e condições de aplicação. 
Princípios Ativos usados 
como Desinfetantes e 
Esterilizantes - Químicos 
Álcoois 
 
 Os álcoois mais empregados em desinfecção são o 
etanol e o isopropanol à concentração de 70%; 
 - São indicados para desinfecção de baixo nível e nível 
intermediário; 
 - Apresentam atividade rápida sobre as bactérias na 
forma vegetativa (gram-positivas e gram-negativas). 
Atuam também sobre Mycobacterium tuberculosis, 
alguns fungos e vírus lipofílicos. 
Álcoois 
Uso hospitalar – álcool etílico e isopropílico. 
• Bactericida, viruscida, fungicida, 
tubercoloscida 
• Não destrói esporos 
• Nível de desinfecção – médio e baixo 
 
Álcoois 
Vantagens apresentadas referem-se ao fato de 
serem ótimos solventes em relação a outros 
agentes germicidas, de terem ação rápida, de 
apresentarem baixo custo e praticamente serem 
atóxicos. 
As desvantagens são: baixa atividade fungicida e 
viruscida, baixa penetrabilidade, desidratantes, 
não possuírem ação residual e não devem ser 
utilizados para limpezas de ferimentos abertos. 
Desvantagens – danifica a camada superficial 
de lentes; deforma e endurece material de 
borracha; descolore borracha e plásticos; 
danifica componentes do tonômero, podendo 
lesar a córnea 
 
Formaldeído 
 
 Desinfetante de alto nível, apresenta atividade 
sobre bactérias Gram-positivas e negativas na 
forma vegetativa, incluindo as micobactérias, 
fungos, vírus e esporos bacterianos. 
 - É um gás encontrado disponível na forma 
líquida em soluções de 37 a 40%, contendo 
metanol para retardar a polimerização; e na 
forma sólida, polimerizado em paraformaldeído. 
Formaldeído 
• Pouco ativo a temperaturas inferiores a 20ºC, 
aumentando a atividade em temperaturas superiores a 
40ºC. Ativo na presença de Material Orgânico; 
• Usado para descontaminação de cabines de segurança, 
salas diversas, biotérios, hospitais, desinfecção de 
artigos críticos e semi-críticos; 
• Uso limitado: vapores irritantes, causa endurecimento e 
branqueamento da pele, dermatite de contato e reações 
de sensibilização. 
Formaldeído 
• Nível de desinfecção – alto, esterilização 
• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida, 
• Destrói esporos 
• Principais usos- preparo de peças anatômicas, 
dialisadores e preparo de vacinas. 
• Desvantagens – tempo de manuseio limitado (8h), 
carcinogênico, produz gás com forte odor. 
Glutaraldeído (sol aquosa 2%) 
 
 Desinfetante de alto nível (bactericida, esporocida, 
fungicida, virucida); 
 - Utilizado na desinfecção/ esterilização de materiais 
termossensíveis; 
 - Ativo na presença de material orgânico e inativo em 
materiais naturais, sintéticos e detergentes; 
Glutaraldeído 
• Utilizado para desinfecção de artigos críticos e 
semi-críticos termossensíveis (material cirúrgico, 
artigos metálicos, equipamentos de anestesia e 
aspiração); 
• Formulações contendo 2% de Glutaraldeído; 
• É um composto tóxico, irritante para a pele, 
mucosas e olhos, que exige proteções individuais 
durante a manipulação (máscaras e luvas). 
• Nível de desinfecção – alto, esterilização 
• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida, 
• Destrói esporos 
• Vantagens – não é corrosivo para metais, não danifica 
lentes, plásticos ou borrachas 
• Desvantagens – irritante para mucosas, causando 
processos inflamatórios de conjuntiva, vias aéreas; 
epistaxe, dermatite de contato, asma rinite no 
funcionário que manuseia. 
 
Glutaraldeído 
• orto-fenilfenol, orto-fenil-para clorofenol 
• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida 
• Desinfecção de médio e baixos níveis 
• Desvantagens – não deve ser usado em unidades 
neonatais, nemem artigos de crianças. 
Derivados fenólicos 
Derivados fenólicos 
 Soluções fenólicas 2 a 5% promovem desinfecção de objetos 
inanimados. Desinfecção de médio e baixos níveis 
•Mecanismo: desnaturação de proteínas celulares e dano nas 
membranas 
•Temperaturas baixas e presença de sabão diminuem a atividade 
antimicrobiana. 
•Vários derivados comercialmente disponíveis são mais efetivos 
que o fenol, como orto-fenilfenol, orto-fenil-para clorofenol 
 
Compostos Liberadores de 
Cloro Ativo 
 
 Os mais utilizados como alvejamento e desinfecção são: 
hipocloritos de sódio (NaOCl) e de cálcio, dióxido de 
cloro e ácido dicloisocianúrico (NaDCC); 
 - Desinfetantes de baixo a alto nível dependendo da 
concentração; 
 - Ativos sobre Gram-positivas e negativas, esporos 
bacterianos, fungos e vírus lipofílicos e hidrofílicos; 
 - Ativos com matérias orgânicas; 
 - Concentrações de 5 a 12%. 
• Nível de desinfecção – alto, médio e baixo – varia 
conforme a concentração e tempo de exposição. 
• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida, 
• Destrói alguns esporos 
• Desvantagens – altamente corrosivos 
• Estocagem da solução: pH 8,0; 23C, recipientes 
plásticos, opacos e fechados (estab 1 mês) 
Hipoclorito de sódio (liquído) 
Compostos Quaternários de 
Amônio (QACS) 
 
 São detergentes com propriedades germicidas, derivados 
orgânicos da amônia; 
 - Compostos utilizados: cloretos de 
alquildimetilbenzilamônio e cloretos de 
dialquildimetilamônio; 
 - desinfetantes de baixo nível, ativos em bactérias Gram-
positvas e menor atividade nas negativas, ativos em alguns 
fungos e vírus não-lipídicos; 
Compostos Quaternários de 
Amônio (QACS) 
 - Inativados por materiais orgânicos; 
 - Concentrações de 0,2%, nas superfícies não-
críticas (pisos, paredes); 
 - Apresentam baixa toxicidade, porém podem 
causar irritação e sensibilidade para a pele. 
Vantagens: Não são em geral irritantes para a 
pele e tecidos, baixa toxicidade, são inodoros, 
podem ser usados em soluções com água e 
álcool. 
 
Desvantagens: São neutralizados por surfactantes 
aniônicos (sabões), não agem na presença de 
matéria orgânica e podem causar irritação 
quando em contato prolongado com a pele, 
mucosas e trato respiratório. 
Ex: compostos de amônio quaternário como 
cloreto de cetilpiridíneo, cloreto de benzalcônio. 
 
Germekil : potente e consagrado desinfetante, de acao 
rapida, elimina "Pseudomas, Salmonellas, Stafilococcus, bacilo 
da tuberculose, virus (inclusive da Aids) e fungos em apenas 10 
minutos. Associa Formaldeido e Quaternarios a agentes se- 
questrantes e antioxidantes, em veiculo alcoolico, garantindo a 
integridade dos artigos, sendo o desinfetante mais rapido do 
mercado, indicado para desinfeccao de artigos medico-
hospitalares e odontologicos, 
Álcool Iodado 
 
 Bactericida de nível médio, aplicado como anti-
séptico. Também tem aplicações virucida e 
fungicida; 
 - Em curativos são indicados de 0,5 a 1% de 
iodo; 
 - Toxicidade baixa, pode provocar ressecamento 
e irritação na pele. 
Peróxido de Hidrogênio (H2O2) 
 
 Esterilizante químico e desinfetante de alto nível de artigos 
termossensíveis; 
 - Eficiente sobre bactérias Gram-positivas e negativas, 
bacilos da tuberculose, vírus e fungos. A atividade 
esporocida depende da resistência do esporo considerado; 
 - Concentrações de 3 a 4%, aplicadas na desinfecção de 
ambientes e na remoção de matéria orgânica; 
STERRAD (PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO): 
 
 
 
 
 
 
Peróxido de Hidrogênio 
(H2O2) 
 - Concentrações podem variar de 3 a 25%; 
 - Sintomas adversos: Irritação nos olhos, nariz e 
garganta, inflamação das córneas, eritemas, 
erupções dérmicas e manchas na pele. 
Ácido Peracético – PAA – 
(CH3COOOH) 
 
 Desinfetante de nível intermediário e alto nível; 
 - Ativo mesmo na presença de matéria orgânica; 
 - É esporocida, bactericida, virucida e fungicida; 
 - Utilizado na desinfecção de equipamentos de 
hemodiálise, endoscópios, instrumentos de 
diagnósticos, dentre outros termossensíveis; 
 - Pode causar irritação nos olhos e à árvore respiratória; 
 - Concentrações baixas no valor de pH 2 – potente 
biocida. 
Ácido Peracético a 0,2% 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
• rápido: 10 minutos 
• monitoração da [ ] 
• enxágüe fácil 
• baixa toxicidade 
• remove sujidade 
 residual 
• rápido: 10 minutos 
• monitoração da [ ] 
• enxágüe fácil 
• baixa toxicidade 
• remove sujidade 
 residual 
• processo manual 
• incompatível com aço 
 bronze, latão e ferro 
 galvanizado 
• custo ? 
• odor avinagrado 
 
• processo manual 
• incompatível com aço 
 bronze, latão e ferro 
 galvanizado 
• custo ? 
• odor avinagrado 
 
Complexo Iodo – Polivinil Pirrolidona 
(PVP-I2) 
 
 Utilizado com anti-séptico e desinfectante; 
 - Em soluções aquosas recomendado para assepsia tópica; 
 - Adicionada de detergente não-iônico – solução 
degermante; 
 - Indicado na delimitação do campo cirúrgico, sem causar 
lesões, irritações ou alergias. 
 Gluconato de Clorexidina 4% 
 
 Clorexidina 4% contendo 4% de álcool é indicada para 
prevnir contaminação cruzada com proteus e 
pseudomonas; 
 - Degermante e anti-séptico; 
 - Utilizado para banhos de recém nascidos ou alérgicos. 
PRODUTO EPI TOXICIDADE 
Álcool a 70% luva de borracha cano longo Não apresenta 
Hipoclorito Avental impermeável, luva de borracha cano 
longo, botas, óculos. 
Misturado a substância ácida, libera gás de 
cloro. 
Em contato com formaldeído, produz 
substância cancerígena. 
Glutaraldéido Máscara de filtro químico, avental 
impermeável, óculos, luva de borracha cano 
longo, botas. 
 
Irritante para mucosa (olhos, nariz, garganta), 
podendo causar asma, dermatites, epistaxe e 
rinite. Os níveis no ambiente, não deve 
ultrapassar 0,2ppm 
 
Ácido perácetico + 
peroxido de hidrogênio 
 
Máscara de filtro químico, avental 
impermeável, óculos, luva de borracha cano 
longo, botas. 
Odor e irritação não significante. 
Peróxido de hidrogênio A Occupational 
Safety and Health Administration (OSHA) 
limita o tempo de exposição ao produto em 8 
horas na concentração de 1ppm 
Ácido perácetico Máscara de filtro químico, avental 
impermeável, óculos, luva de borracha cano 
longo, botas 
Pode ocasionar queimaduras em contato 
direto com a pele, cegueira se entrar em 
contato com olhos, irritante para mucosa do 
nariz, garganta e pulmão 
Formaldeído Máscara de filtro químico, avental 
impermeável, óculos, luva de borracha cano 
longo, botas 
Cancerígeno. A OSHA, limita o tempo de 
exposição ao produto em 8 horas na 
concentração de 0,75 pp 
 
DESINFECÇÃO 
SUPERFÍCIE PRODUTO MÉTODO FREQÜÊNCIA 
Cadeira 
1- Hipoclorito 
1% 
2- Álcool 
3- Fenol 
Fricção Após o uso 
Refletor 
1- Hipoclorito 
1% 
2- Fenol 
Fricção Após o uso 
Bancadas 
1- Hipoclorito 
1% 
2-Fenol 
Fricção 
2X ao dia após 
período de 
trabalho 
Cuspideira 
1- Hipoclorito 
1% 
2- Fenol 
Fricção 
Após uso 
Após limpeza 
Equipo 
1- Hipoclorito 
1% 
2- Fenol 
Fricção Após limpeza 
Pontas 
1- 
Glutaraldeído 
2% 
2- Hipoclorito 
3- Fenol 
Fricção Após uso 
Piso 
1- Hipoclorito 
10% 
2-Fenol 
Fricção 
Após período de 
trabalho(após 
limpeza) 
Raio X 
1- Hipoclorito 
2- Fenol 
Fricção 
Após uso 
Após limpeza 
 
Esterilização 
• Processo de destruição (ou remoção) de todas as 
formas de vida microbiana(vírus, bactérias, esporos, 
fungos, protozoários e helmintos), tanto na forma 
vegetativa quanto esporulada, por um processo que 
utiliza agentes químicos ou físicos. 
 
• Conservar: manter as características durante a vida útil 
de armazenamento, assegurando a esterilidade 
adquirida. 
Quais são os métodos de esterilização mais utilizados? 
POR AGENTES FÍSICOS POR AGENTES QUÍMICOS 
CALOR SECO 
 ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR 
CALOR ÚMIDO 
 VAPOR SOBRE PRESSÃO 
(AUTOCLAVE) 
RADIAÇÃO 
 RAIO GAMA - CO60 - 
COBALTO/ULTRAVIOLETA 
 ELECTRONBEAM 
 PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (STERRAD) 
 ÁCIDO PERACÉTICO (STÉRIS) 
 ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE 
HIDROGÊNIO (ABITÓX) 
QUÍMICOS: 
GASES: 
FORMALDEÍDO OU 
PARAFORMALDEÍDO. 
ÓXIDO DE ETILENO - ETO (C2H4 O). 
LÍQUIDOS: 
GLUTARALDEÍDOS à 2%. 
BROMETO DE LAURIL 
 
Um objeto estéril, no sentido microbiológico, está 
completamente livre de germes vivos. 
Estéril, esterilizar e esterilização são termos que 
se referem à ausência total ou à destruição de 
todos os microorganismos e não devem ser 
usados com sentido relativo. 
Um meio ou objeto está ou não está estéril, não 
existe meio ou quase estéril. 
Métodos de Esterilização 
• Permitem assegurar níveis de esterilidade 
compatíveis às características exigidas em 
produtos farmacêuticos, médico-hospitalares e 
alimentícios; 
• O método escolhido depende da natureza e da 
carga microbiana inicialmente presente no item 
considerado; 
• São divididos em métodos físicos e químicos. 
Métodos de esterilização ou desinfecção por agentes 
físicos: 
1. Altas temperaturas: 
 
Calor úmido 
� Vapor d’água sob pressão: esterilização em autoclave 
� Água em ebulição: 
� Pasteurização: método de desinfecção 
 
Calor seco 
• estufa de esterilização 
• incineração 
• aquecimento ao rubro. 
•flambagem: 
 
Métodos de esterilização ou desinfecção por agentes 
físicos: 
 
2. Baixas temperaturas: 
• refrigeração e congelamento 
 
3. Radiações 
� Radiações ionizantes 
 Radiações não ionizantes 
 
4. Filtração: promove esterilização – membranas filtrantes 
� Filtros de partículas de ar de alta eficiência (HEPA) 
 
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO 
• Água Fervente 
• Tindalização - Esse processo consiste em 
submeter um líquido ou um material semi-sólido 
à temperatura de 100ºC (vapor fluente, em 
autoclave com válvula de escape aberta) 
durante 30 a 60 minutos, por 3 dias 
consecutivos, conservando-o nos intervalos do 
tratamento térmico à temperatura ambiente. 
• Calor Úmido sob pressão (autoclavação) - O 
emprego do calor úmido sob pressão é o 
processo mais usado em esterilização e deve 
ser o método de escolha, desde que possível. 
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO 
• O calor úmido na forma de vapor saturado sob 
pressão é o agente esporocida mais uilizado e o 
mais confiável; 
• Pode ser usada para artigos críticos e semi-
críticos e para itens não sensíveis a calor e 
umidade; 
• Uso de uma autoclave: vapor a uma pressão e 
temperatura adequados, por um tempo 
específico – destruir microorganismos; 
Autoclaves 
• São equipamentos que utilizam vapor saturado 
para realizarem o processo de esterilização; 
• É o meio mais econômico para materiais 
termossensíveis; 
• Indicado para artigos críticos e semi-críticos 
termossensíveis; 
• Podem ser utilizados para esterilização de 
líquidos (interromper o processo no tempo de 
secagem); 
 
Vapor Saturado sob Pressão 
 Nas autoclaves, 
os microorganismos são destruídos 
pela ação combinada do calor, da 
pressão e da umidade, que 
promovem a termocoagulação 
e a desnaturação das proteínas da 
estrutura genética celular. 
 
 
 
 
 
 
 
Autoclaves 
•Há uma relação entre temperatura empregada e o tempo necessário para a 
esterilização. 
• Quanto maior a temperatura, menor o tempo necessário. 
Em geral utiliza-se T 121ºC por mais ou menos 15 a 30 minutos. 
 
• Autoclaves convencionais: 
 - Exposição de 20 a 30 minutos à temperaturas de 
121ºC e 134ºC; 
• Autoclaves de alto vácuo: 
 - Exposição de 4 minutos à temperatura de 134ºC. 
 Os materiais devem ser esterilizados em pacotes 
individuais, envolvidos por papel Kraft ou sacos 
especiais para autoclave (papel grau cirúrgico ou tecido 
de algodão cru, duplo, com trama têxtil adequada) 
 
 ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR SECO 
• Flambagem em chama direta - Esse método é 
restrito à esterilização de alças de platina 
utilizadas em bacteriologia ou na coleta de 
materiais e na flambagem de boca de tubos e 
de pipetas, nas técnicas assépticas. 
• Forno de Pasteur - A esterilização em forno de 
Pasteur necessita de temperaturas maiores e de 
exposições mais longas que as empregadas em 
autoclaves. A ação letal resulta do ar que o 
circunda. É fundamental que a totalidade do 
material permita penetração do calor. Devido a 
essas restrições, o forno de Pasteur tem um 
número restrito de aplicações. 
 
 ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR SECO 
 
• Incineração: é um método destrutivo para os 
materiais, é eficiente na destruição de matéria 
orgânica e lixo hospitalar. 
• Raios infravermelhos: utiliza-se de lâmpadas 
que emitem radiação infravermelha, essa 
radiação aquece a superfície exposta a uma 
temperatura de cerca de 180O C. 
 
Esterilização por Calor Seco 
• Calor seco utilizado através da Estufa, com 
termostato para manutenção efetiva da 
temperatura, área mínima para circulação interna 
do ar produzido e um termômetro de bulbo para 
controle da temperatura preconizada; 
• Artigos devem ser acondicionados de forma 
adequada, em invólucros de papel laminado de 
alumínio ou caixas de aço inox ou alumínio; 
 
 
Estufa - Forno de Pasteur 
• Esterilização de óleos, pós e caixas de 
instrumental; 
• Os tempos de exposição e temperatura vão 
variar de acordo com o material: 
 - Pós: 100gr a 160ºC por 120 minutos; 
 - Óleos: 160ºC por 120 minutos; 
 - Metais: 160ºC por 120 minutos ou 170ºC por 
60 minutos em estufa previamente calibrada 
Cuidados para a eficiência do processo 
• Higienizar convenientemente os artigos a serem 
esterilizados; 
• aquecer previamente a estufa; 
• utilizar embalagens adequadas; 
• não colocar na estufa artigos muito pesados e 
volumes muito grandes para não interferir na 
circulação do ar; 
• evitar sobrepor artigos; 
• marcar o início do tempo de exposição quando o 
termômetro marcar a temperatura escolhida; 
• evitar que o termômetro toque em algum dos artigos 
dentro da câmara; 
• não abrir a estufa durante a esterilização. 
Falhas no processo 
 
• ao distribuir os artigos no interior da câmara, não deixar 
que toquem as paredes do interior do equipamento, deixar 
também um espaço entre os materiais, para favorecer a 
circulação do ar; 
• o invólucro deve ser adequado para este tipo de 
esterilização e para o material a ser esterilizado. As 
embalagens mais utilizadas são as caixas metálicas, papel 
alumínio e frascos de vidro refratário; 
• os artigos a serem esterilizados devem possuir boa 
condutividade térmica (termorresistentes). 
• o equipamento deve ser calibrado e validado. A 
esterilização é eficiente quando neste ponto a temperatura 
é atingida, é necessário portanto que os testes com os 
indicadores biológicos sejam realizados neste local. 
Radiações 
 
•Radiações ionizantes: promovem esterilização 
através de raios gama e raios X 
 
 
* Radiações não ionizantes: promovem desinfecção 
através de raios ultra-violeta ou diminuição do 
número de bactérias em fornosde microondas 
Quais são os métodos de esterilização mais utilizados? 
POR AGENTES FÍSICOS POR AGENTES QUÍMICOS 
CALOR SECO 
 ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR 
CALOR ÚMIDO 
 VAPOR SOBRE PRESSÃO (AUTOCLAVE) 
RADIAÇÃO 
 RAIO GAMA - CO60 - 
COBALTO/ULTRAVIOLETA 
 ELECTRONBEAM 
 PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (STERRAD) 
 ÁCIDO PERACÉTICO (STÉRIS) 
 ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 
(ABITÓX) 
QUÍMICOS: 
GASES: 
FORMALDEÍDO OU PARAFORMALDEÍDO. 
ÓXIDO DE ETILENO - ETO (C2H4 O). 
LÍQUIDOS: 
GLUTARALDEÍDOS à 2%. 
BROMETO DE LAURIL 
 
SEGURANÇA BIOLÓGICA DAS 
CENTRÍFUGAS 
 
• Devido ao alto índice de acidentes neste aparelho, 
principalmente a quebra de tubos com espécimes 
clínicos e conseqüente formação de aerossol que pode 
expor vários funcionários à agentes infeciosos, as 
centrífugas merecem uma atenção especial em relação à 
segurança biológica. 
• As centrífugas devem ser instaladas em um 
compartimento isolado, bem ventilado, que deve ser 
evacuado durante o processo. Caso ocorra um acidente, 
quebra de tubos, o equipamento deve ser 
descontaminado com glutaraldeído ou mesmo 
hipoclorito de sódio. 
 
 
O que fazer em caso de ACIDENTES 
NA CENTRÍFUGA: 
 
• 1- Deixe o aerossol baixar durante 30 minutos. 
• 2- Coloque seus EPIs , luvas, máscara e óculos de proteção. 
• 3- Descontamine o suporte da centrífuga com glutaraldeído ou 
• hipoclorito (água sanitária), álcool iodado ou lizoforme por no 
mínimo 15minutos. 
• 4- Retire os demais tubos da centrífuga e descontamine a parte 
interna do equipamento com uma gaze embebida em uma das 
soluções germicidas descritas acima. 
• 5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para perfuro-
cortantes. 
• 6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que seja 
providenciada uma nova amostra. 
 
Fatores que afetam a eficácia da 
esterilização 
 A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros 
fatores, alguns inerentes às qualidades intrínsecas do 
organismos e outros dependentes das qualidades físico-
químicas do agente ou fatores externos do ambiente. 
 
- Número e localização de microrganismos 
- Resistência inata dos microrganismos 
- Concentração e potência do agente germicida 
- Fatores físicos e químicos 
- Matéria orgânica 
- Duração da exposição 
Obrigada!!!

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