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Microbiologia Veterinária Crescimento e controle microbiano INTRODUÇÃO O controle científico do crescimento microbiano começou somente há cerca de 100 anos; Pasteur levou os cientistas a acreditarem que microrganismos eram a causa possível de doenças. Na metade do século XIX iniciaram as primeiras práticas de controle microbiano em procedimentos médicos – lavagem das mãos e técnicas cirúrgicas assépticas. PRINCÍPIOS DO CONTROLE MICROBIANO ESTERILIZAÇÃO – destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos (formas de vida mais resistentes). ` ESTERILIZAÇÃO COMERCIAL – uso do calor para matar os microrganismos patogênicos sem necessariamente degradar os produtos (alimentos). ` DESINFECÇÃO – destruição dos patógenos vegetativos (não formadores de endosporos), o que não é igual a esterilidade completa – superfícies e substância inerte. ` ANTI-SEPSIA – tem a mesma definição da desinfecção, porém é dirigido ao tecido vivo. DEGERMINAÇÃO – remoção mecânica, em vez de morte da maioria dos micróbios, em uma área limitada; ` SANITIZAÇÃO – prática destinada a reduzir as contagens microbianas a níveis seguros de saúde pública, e minimizar as chances de transmissão de doença de um usuário para outro. Os nomes dos tratamentos que causam a morte direta dos micróbios possuem o sufixo –cida (significa morte): GERMICIDA – mata todos os microrganismos FUNGICIDA – mata os fungos BACTERICIDA – mata as bactérias VIRICIDA – inativa os vírus Outros tratamentos inibem o crescimento e multiplicação dos microrganismos – seu nome tem o sufixo –stático ou –stase (significa parar). BACTERIOSTÁTICO – inibe o desenvolvimento bacteriano, porém uma vez que o agente é removido, o crescimento pode ser retomado. TAXA DE MORTE MICROBIANA Quando as populações microbianas são aquecidas ou tratadas com substâncias químicas elas normalmente morrem em uma taxa constante... Se uma população de 1 milhão de células bacterianas é tratada por 1 minuto e 90% da população morre, temos então 100.000 células...se novo tratamento é realizado por mais 1 minuto, 90% dos sobreviventes anteriores morrem, isto é sobra apenas 10.000 células vivas...e assim por diante. ` Se a curva de mortalidade é plotada logaritmicamente, observa-se que a taxa de morte é constante. TAXA DE MORTE MICROBIANA FATORES QUE INFLUENCIAM A EFETIVIDADE DOS TRATAMENTOS ANTIMICROBIANOS: ` Nº DE MICRÓBIOS – quanto mais micróbios existem no início, mais tempo leva para eliminar a maior parte da população CARACTERÍSTICAS MICROBIANAS – os endósporos são difíceis de eliminar, e mesmo os micróbios em forma vegetativa exibem uma variação considerável em sua sensibilidade aos métodos de controle ` INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS – a presença de matéria orgânica (sangue, saliva, fezes) inibe a ação dos antimicrobianos químicos; meio em suspensão (com gorduras e proteínas) tende a proteger as bactérias; pH é fator importante, pois o calor é mais eficiente em pH ácido ` TEMPO DE EXPOSIÇÃO – tratamentos de calor e radiação são muito dependentes do tempo; os agentes químicos necessitam de ação prolongada para que os endósporos sejam afetados AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE MICROBIANO ` ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DE MEMBRANA A membrana plasmática é alvo de muitos agentes de controle microbiano; Esta membrana regula ativamente a passagem de nutrientes para dentro da célula e a eliminação de dejetos da mesma; A lesão dos lipídeos ou proteínas da membrana por agentes antimicrobianos causa o vazamento do conteúdo celular e interfere com o crescimento da célula. As pontes de hidrogênio (responsáveis pelas ligações químicas que mantém a estrutura tridimensional das moléculas protéicas) são suscetíveis ao rompimento pela ação do calor ou certos agentes químicos; Os ácidos nucléicos (DNA e RNA) são transportadores da informação genética – a lesão a estes pelo calor, radiação ou substâncias químicas é frequentemente letal para a células – esta não pode ser replicada ou realizar funções metabólicas normais. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO Mesmo na Idade da Pedra é provável que os seres humanos já utilizassem algum método físico de controle microbiano para preservar alimentos; A secagem e o uso do sal (pressão osmótica) provavelmente estiveram entre as técnicas iniciais; Ao selecionar os métodos de controle deve-se considerar: - calor pode inativar vitaminas e antibióticos - látex e borracha podem ser danificados com o calor - considerações econômicas: descartáveis X vidraria reutilizável CALOR Causa a morte microbiana através da desnaturação das proteínas (úmido) ou oxidação (seco). A resistência ao calor varia entre diferentes micróbios. PONTO DE MORTE TÉRMICA: É A MENOR TEMPERATURA EM QUE TODOS OS MICRORGANISMOS EM UMA SUSPENSÃO LÍQUIDA SERÃO MORTOS. `TEMPO DE MORTE TÉRMICA: PERÍODO MÍNIMO EM QUE TODOS OS MICRORGANISMOS SÃO MORTOS EM UMA CULTURA LÍQUIDA, EM UMA DADA TEMPERTATURA. TEMPO DE REDUÇÃO DECIMAL: TEMPO EM MINUTOS EM QUE 90% DE UMA POPULAÇÃO, EM UMA DADA TEMPERATURA SERÃO MORTOS. O CALOR USADO NA ESTERILIZAÇÃO PODE SER APLICADO EM DUAS DIFERENTES FORMAS: ` CALOR ÚMIDO: fervura, vapor de fluxo livre, autoclave, pasteurização e UHT. CALOR SECO: chama direta e ar quente (incubadora). CALOR ÚMIDO FERVURA (100ºC – ao nível do mar) Mata as formas vegetativas de bactérias, quase todos os vírus, fungos e seus esporos em 10 minutos. VAPOR DE FLUXO LIVRE Vapor não pressurizado (temperatura semelhante à fervura =100ºC ao nível do mar) Os endósporos bacterianos e alguns vírus não são mortos, ou necessitam de tempo maior de ação para morte. A FERVURA E O VAPOR DE FLUXO LIVRE NÃO SÃO PROCEDIMENTOS CONFIÁVEIS DE ESTERILIZAÇÃO. 5. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE MICROBIANO ` CALOR ÚMIDO AUTOCLAVE Método preferencial de esterilização, usada a menos que o material possa ser danificado pelo calor ou umidade. Aumenta a pressão interna, e consequentemente a temperatura: 1 atm e 121ºC. A esterilização em uma autoclave é mais efetiva quando os organismos entram em contato com o vapor diretamente ou estão contidos em um pequeno volume de solução aquosa; ` Sob estas condições, o vapor em uma pressão de cerca de 1 atm (15 psi) e 121ºC, matará todos os organismos e seus endósporos em cerca de 15 minutos. PASTEURIZAÇÃO Pasteurização lenta: em que se aplicam temperaturas mais baixas durante maior tempo (65°C por 30 minutos). Pasteurização rápida: quando se aplicam temperaturas mais altas (75˚C) durante alguns segundos - HTST (High Temperature and Short Time) ou "alta temperatura e curto tempo". ` Pasteurização muito rápida, quando a temperatura vai de 130˚C a 150˚C, durante três a cinco segundos - UHT (Ultra High Temperature) ou "temperatura ultra-elevada". CALOR SECO CHAMA DIRETA OU INCINERAÇÃO ` Usado em laboratório para esterilização da alça de inoculação (bico de bunsen); ` Método efetivo para esterilizar e eliminar papel, copos, sacos, bandagens contaminadas, material hospitalar. AR QUENTE Menos efetivo que o calor úmido (vapor); Temperatura utilizada é 170ºC por 2 horas FILTRAÇÃO Passagem de líquido ou gás através de um material semelhante a uma tela com poros pequenos o suficiente para reter os microrganismos. Usada para esterilização de materiais sensíveis ao calor: meios de cultura, enzimas, vacinas, antibióticos. Uso de filtros de membrana. Composição: ésteres de celulose ou polímeros plásticos 0,22 e 0,45 µm de porosidade Membrana de nitrocelulose Uso de bomba à vácuo. o vácuo é criado para auxiliar a gravidade a puxar o líquido através do filtro FILTROS DE PARTÍCULAS DE AR DE ALTA EFICIÊNCIA (HEPA – High E�ciency Particulate Air) Uso em salas cirúrgicas e ocupadas por pacientes queimados – redução de infecções. Removem quase todos (99,9%) dos microrganismos maiores que 0,3 µm de diâmetro. O efeito depende do microrganismo e da intensidade da aplicação. Temperaturas de 0 a 7ºC a taxa metabólica da maioria dos microrganismos é reduzida – efeito bacteriostático BAIXAS TEMPERATURAS Psicrófilos ainda crescem lentamente emtemperaturas de refrigerador – alteram o aspecto e sabor dos alimentos. Patogênicos não crescem em temperaturas de refrigerador Temperaturas baixas (abaixo do ponto de congelamento) obtidas RAPIDAMENTE tendem a tornar os micróbios dormentes – não necessariamente os mata. O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais de gelo que se formam e crescem rompem a estrutura celular e molecular dos RESSECAMENTO AUSÊNCIA DE ÁGUA – os microrganismos não podem crescer ou se reproduzir, mas podem permanecer viáveis por anos...quando a água encontra-se presente seu crescimento é retomado. Usado para preservar microrganismos em laboratório: LIOFILIZAÇÃO RESSECAMENTO A resistência das células vegetativas ao ressecamento varia com a espécie e o ambiente do organismo Bactéria da gonorréia – pode suportar o ressecamento por cerca de 1 hora Bactéria da tuberculose – pode permanecer viáveis por meses Endósporos bacterianos podem sobreviver por séculos. PRESSÃO OSMÓTICA Uso de altas concentrações de sais e açúcares. Criam um ambiente hipertônico que ocasiona a saída da água da célula microbiana Esse princípio é utilizado na conservação dos alimentos. No geral fungos e bolores são muito mais capazes de crescer em materiais com baixa umidade. Essa propriedade combinada com capacidade de crescer em condições ácidas é a razão pela qual as frutas e grãos são deteriorados por fungos. RADIAÇÃO Tem vários efeitos sobre as células, dependendo de seu comprimento de onda, intensidade e duração. Há dois tipos de radiação: - Ionizante: raios gama, raio X e feixes de elétrons de alta energia - Não ionizante: luz ultravioleta (UV) RADIAÇÃO IONIZANTE ` Comprimento de onda curto (menos de 1 nm) altamente energético. ` O principal efeito é a ionização da água, que forma radicais hidroxila altamente reativos - estes radicais reagem com os componentes orgânicos celulares, especialmente DNA. ` É utilizada na esterilização de produtos farmacêuticos e materiais dentários e médicos. RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (UV) São usados para controlar o crescimento de micróbios em TECIDOS VIVOS e OBJETOS INANIMADOS. Com poucos agentes se obtêm a esterilidade – somente há redução das populações microbianas em níveis seguros. Um problema é a seleção de um agente, pois nenhum desinfetante será apropriado para todas as circunstâncias. PRINCÍPIOS DA DESINFECÇÃO EFETIVA: Ler o rótulo do produto: quais grupos microbianos é capaz de controlar e a concentração de uso; ` Natureza do material a ser desinfetado (pH e matéria orgânica); ` Contato microrganismo X desinfetante; ` Temperatura de ação (quanto maior melhor a ação). TIPOS DE DESINFETANTES FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS: Usada por Lister (Século XIX) cirurgia asséptica; ` Atualmente pouco utilizada – irrita a pele e odor desagradável; ` Derivados de fenol – molécula de fenol quimicamente alterada para reduzir as qualidades irritantes ou aumentar sua atividade antimicrobiana. HEXACLOROFENO FENOL E COMPOSTOS FENÓLICOS: ` Ação antimicrobiana – lesão nas membranas plasmáticas, inativa enzimas (desnatura proteínas); ` Permanecem ativos na presença de matéria orgânica; ` Grupos: - cresóis (desinfetantes de superfície) - hexaclorofeno (ingrediente de sabão) BIGUANIDAS: Clorexidina (estrutura e aplicação similar ao do hexaclorofeno); ` Usada no controle microbiano na pele e membranas mucosas; ` Combinada a um detergente ou álcool, é utilizada para a escovação cirúrgica das mãos e preparo pré-operatório. Clorexidina: - forte afinidade de ligação com a pele ou membranas mucosas; - apresenta baixa toxicidade; - ação é efetiva no controle da maioria das bactérias vegetativas e fungos, mas não é esporicida - ação antimicrobiana: lesão à membrana citoplasmática HALOGÊNIOS IODO e CLORO são agentes antimicrobianos efetivos, tanto isoladamente quanto como constituintes de compostos inorgânicos e orgânicos IODO É um dos anti-sépticos mais antigos e mais efetivos. Tem ação contra todos os tipos de bactérias, muitos endósporos, vários fungos e alguns vírus. Ação antimicrobiana: se combina ao aminoácido tirosina, inibindo sua função protéica; ` oxida grupos sulfidrila (-SH), importantes para manutenção da estrutura de proteínas. Está disponível como: tintura – solução em álcool iodóforo – molécula orgânica da qual o iodo é liberado lentamente (não mancham e são menos irritantes) CLORO Como gás ou em combinação com outras substâncias químicas – é amplamente usado. Sua ação germicida é causada pelo ÁCIDO HIPOCLOROSO – é formado quando o cloro (Cl2) é adicionado à água. CLORO - Ácido Hipocloroso: ` forte agente oxidante, que impede o funcionamento de boa parte do sistema enzimático celular; ` forma mais efetiva de cloro, pois tem carga elétrica neutra e se difunde facilmente através da parede celular. ` Forma líquida (gás cloro comprimido) – usada para desinfetar água (tratamento municipal) e piscinas Outras formas de cloro desinfetante: ` Hipoclorito de cálcio: usado para desinfetar equipamentos de laticínios e utensílios de restaurantes. ` Hipoclorito de sódio: desinfetante doméstico, utilizado em indústrias alimentícias e em sistemas de hemodiálise CLORO CLOROAMIDAS: cloro+amônia compostos estáveis que liberam o cloro durante períodos prolongados; ` são relativamente efetivos em contato com a matéria orgânica, mas agem de forma lenta e menos efetiva que outras formas de cloro; a amônia controla o sabor e odor do cloro; por serem menos efetivos deve-se empregar uma concentração maior. ALCOÓIS Matam efetivamente as bactérias e os fungos mas não os endósporos e os vírus não envelopados; Ação antimicrobiana: desnaturação de proteínas, e rompimento de membranas através da dissolução de lipídios; Alcoóis mais comumente usados: ETANOL e ISOPROPANOL Tem a vantagem de agir e então evaporar-se, sem deixar resíduos. Porém não são considerados anti-sépticos satisfatórios quando aplicados a feridas – causam a coagulação de uma camada de proteína, sob a qual as bactérias continuam a crescer. A concentração ótima recomendada é de 60 a 95% - mesma eficiência – por isso utiliza-se álcool 70% O etanol puro é menos efetivo que as soluções aquosas (etanol + água), pois a desnaturação requer água. METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS Vários metais pesados podem ser germicidas ou antisépticos: -Prata -Mercúrio -Cobre -Zinco AÇÃO OLIGODINÂMICA – QUANTIDADES MUITO PEQUENAS DE METAIS EXERCEM ATIVIDADE ANTIMICROBIANA. Os íons do metal se combinam com os grupos Sulfidrila (-SH) das proteínas celulares, e ocorre a desnaturação. PRATA: É UTILIZADA COMO ANTI SÉPTICO EM SOLUÇÃO DE NITRATO DE PRATA 1% Curativos impregnados com prata liberam lentamente os íons que demonstram serem úteis quando há problemas com bactérias resistentes à antibióticos. EXEMPLOS DO USO DA PRATA COMO AGENTE ANTIMICROBIANO MERCÚRIO Cloreto de mercúrio – tem a história mais longa de uso como desinfetante – amplo espectro de atividade EFEITO BACTERIOSTÁTICO. - Seu uso é limitado devido sua toxicidade, poder de corrosão e ineficácia em contato com a matéria orgânica; -Utilizado em tintas para evitar mofo; - mercurocromo – usado domesticamente. Timerosal (Merthiolate) (C9H9HgNaO2S) contém 49% de mercúrio. Hoje a nova fórmula do Merthiolate apresenta Digluconato de clorexidina COBRE Sulfato de cobre – usado para inibir algas verdes (algicida) Hidroxiquinolina de cobre – utilizados em tintas para prevenir mofo Telhas galvanizadas: revestidas com zinco para evitar crescimento microbiológico; Soluções de bochecho – cloreto de zinco Antifúngico em tintas – óxido de zinco (componente de pigmentos) – tensoativos ou surfactantes Incluem: SABÕES e DETERGENTES Pouco valor anti-séptico. Degerminante (remoção mecânica dos micróbios) – tensoativos ou surfactantes TRICLOCARBAN e TRICLOSAN - inibem grampositivas Desinfetantes de superfície ÁCIDO-ANIÔNICO: ânions reagem com membrana plasmática (amplo espectro de ação) MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE MICROBIANO COMPOSTOS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO (QUATS) – apresenta íon amôniode 4 valências. Agente de superfície mais amplamente usado (detergente iônico) Sua capacidade de limpeza está relacionada à parte positivamente carregada (cátion) da molécula São bactericidas contra gram-positivas e em menor ação contra gram-negativas. Afetam a permeabilidade da membrana plasmática. CLORETO DE BENZALCÔNICO CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO CONSERVANTES DE ALIMENTOS: - Retardam a deterioração: o Benzoato de sódio e ácido sórbico – alimentos ácidos (queijos e refrigerantes); o Propionato de cálcio – pães o Nitrato de sódio – embutidos (presunto, salame, salsicha) ALDEÍDOS Antimicrobianos químicos mais efetivos - Formaldeído - Glutaraldeído inativam proteínas formando ligações cruzadas covalentes com vários grupos funcionais orgânicos (-NH2, -OH, -COOH, -SH) GÁS FORMALDEÍDO – excelente desinfetante – encontrado como FORMALINA (37% de gás formaldeído) Extensivamente usada para conservar amostras biológicas e inativar GLUTARALDEÍDO – menos irritante e mais efetivo que o formaldeído. Usado para desinfetar instrumentos hospitalares – pode ser considerado esterilizante. Usados por agentes funerários para embalsamar. QUIMIOESTERILIZANTES GASOSOS: Substâncias químicas que esterilizam em uma câmara fechada com o uso de gás. - ÓXIDO DE ETILENO: desnatura proteínas Mata todos os micróbios e endósporos, mas requer tempo de exposição prolongado (4 a 18 horas) Altamente penetrante - Outros gases: óxido de propileno e beta-propiolactona (suspeita de serem carcinogênicos) PEROXIGÊNICOS Exercem atividade antimicrobiana oxidando componentes celulares. Ex: ozônio, peróxido de hidrogênio, peróxido de benzoíla e ácido peracético AGENTES QUIMIOTERÁPICOS Antimicrobianos úteis para a ingestão ou injeção no tratamento de doenças. A principal propriedade para que um agente quimioterápico tenha sucesso refere-se à TOXICIDADE SELETIVA: capacidade de inibir bactérias ou outros agentes patogênicos sem provocar efeitos adversos no hospedeiro. AGENTES QUIMIOTERÁPICOS: Duas categorias: - agentes sintéticos: análogos de fatores de crescimento - antibióticos (produzidos por microrganismos) Agentes sintéticos: Análogos de fatores de crescimento Ex: SULFAS (Sulfanilamida) Análogo do ácido p-aminobenzóico inibe a síntese de ácido fólico, precursor de ácidos nucléicos. ANTIBIÓTICOS Compostos químicos produzidos por microrganismos que inibem ou matam outros microrganismos – produtos naturais. Alexander Fleming descobre a Penicilina em 1928 RESISTÊNCIA A COMPOSTOS ANTIMICROBIANOS Capacidade adquirida por um organismo de resistir a um agente quimioterápico ao qual este é normalmente susceptível. Envolve GENES DE RESISTÊNCIA: -Trocas genéticas -Mutação
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