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Toxocara canis - Onchocerca volvulus - Trichuris trichiura

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Trichuris trichiura
Morfologia: O macho mede 3cm, possui um testículo, canal deferente, canal ejaculador e o espículo, a extremidade posterior é recurvada ventral mente. A fêmea mede 4cm, possui ovário, útero e vulva, a extremidade anterior é romba é reta. Macho e fêmea tem o corpo longo, a parte anterior é fina e posterior é romba, assemelhando-se a figura de um chicote.
Ciclo Biológico: É monoxênico. A fêmea produz cerca de 200 ovos/dia que saem junto as fezes, no ambiente, em 28oC e 30oC, umidade alta, forma-se a larva infectante dentro do ovo. O ovo embrionado quando ingerido pelo hospedeiro, vai liberar a larva no intestino delgado que no trajeto até o colo transforma-se em verme adulto. Macho e fêmea copulam, a fêmea coloca os ovos, podendo viver até 5 a 8 ano
Transmissão: os ovos são disseminados contaminando os alimentos,e a água.
Patogenia: formação de úlceras e abscessos na mucosa intestinal, prolapso retal, síndrome disentérica,
Diagnostico: é feito via exames de fezes, pelos métodos Lutz (Hoffman), Faust ou o de Kato-Katz.
Sintomas: A maioria dos pacientes não apresenta sintomas. somente os indivíduos com os intestinos infestados com centenas de parasitos é que desenvolvem sintomas de tricuríase. Nestes casos, o quadro clínico mais comum é de diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue misturado às fezes. Distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia são outros sinais e sintomas possíveis. Um sinal físico comum é o baqueteamento digital, que é um alargamento da ponta dos dedos e da unha.
Um sinal típico, geralmente presente em crianças com contaminação maciça, é o prolapso retal, uma protusão de parte do reto através do ânus. Nestes casos, é comum conseguirmos ver vermes aderidos à mucosa do reto que está exteriorizada.
Tratamento: envolve o uso de alopáticos, como o albendazol. Para acompanhamento, é necessário que se faça novamente estes exames 7, 14 e 21 dias após o término do uso dos medicamentos.
Profilaxia: Tratamento do solo. Dos doentes, educação sanitária, higiene pessoal, tratamento da água, tratamento em massa, e importante repetir o exame parasitológico até dar negativo.
Toxocara canis
A toxocaríase, e conhecida também como Síndrome da Larva Migrans Visceral (SLMV), é causada por parasita pertencente ao gênero Toxocara, filo Nemathelmintes, classe Nematoda, ordem Ascaroidea, família Ascaridae e subfamília Ascarinae. Este gênero possui 21 espécies, sendo que as se destacam são a Toxocara canis e a Toxocara catti, que atacam cães e gatos, respectivamente. Esta doença é uma antropozoonose de distribuição mundial. Este parasita tem como hospedeiro definitivo os animais, mas pode atacar o homem acidentalmente.
Dentre todos os agentes causadores da SLMV, o T. canisapresenta características peculiares de ciclo biológico e padrão de migração larvária, sendo assim a espécie mais frequentemente causadora da doença.
Após a entrada do ovo embrionado no organismo, este irá liberar a larva no estômago e intestino delgado, que irão penetrar na mucosa intestinal, alcançarem a circulação linfática ou sanguínea, chegando ao fígado dentre de um período de 24 horas. Em seguida, irão atingir o coração e os pulmões através da corrente sanguínea. As larvas presentes nos pulmões podem passar dos bronquíolos para a traqueia e faringe, sendo então deglutidas (rota traqueal). Após ocorrida duas mudas, estas larvas irão tornar-se vermes na luz do intestino, passando a colocar ovos que aparecerão nas fezes dentro de 4 a 5 semanas após ocorrida a infecção.
Pode ser adquirido através da ingestão de ovos que contenham a larva em estágio infectante. No intestino haverá a eclosão destes ovos que irão liberar a larva que penetrará na mucosa intestinal. Que irá migrar pela circulação porta até o fígado, onde pode ser encapsulado ou migrar para os pulmões e coração, sendo disseminado pela circulação sistêmica. Pode haver lesão das paredes dos vasos, podendo haver hemorragias, necrose e processos inflamatórios, que podem resultar no encapsulamento fibroso dessas larvas no tecido acometido, permanecendo viáveis por muito tempo.
O sinal clínico pode ser assintomático, mas as manifestações clínicas irão depender de fatores como: quantidade de carga parasitária, padrão da migração larvária e resposta imune do hospedeiro. Atualmente, são descritas três formas de manifestações clínicas:
Toxocaríase visceral;
Toxocaríase ocular isolada;
Apresentações atípicas.
O diagnóstico é feito através de métodos indiretos, com detecção de altos níveis de anticorpo IgG anti-Toxocara canis na corrente sanguínea ou fluídos corporais. O método de diagnóstico mais utilizado é o teste de E.L.I.S.A.
Para o tratamento e controle desta doença recomenda-se:
Eliminar os parasitas dos animais infectados;
Prevenir a contaminação do ambiente por fezes de cães;
Reduzir a população canina;
Fazer um programa de educação da população sobre o potencial zoonótico desses nematódeos.
A infecção costuma desaparecer sem tratamento em um período de 6 a 18 meses. Seja qual for o tratamento, a sua eficácia não está assegurada. O mebendazol será provavelmente o melhor fármaco e a dietilcarbamacina poderá ser de grande utilidade. Em alguns casos administra-se prednisona para controlar os sintomas.
Onchocerca volvulus “cegueira do rio”
Morfologia: Boca desprovida de lábios, nua, ou com lábios pequenos.
O macho é menor que a fêmea.
Vermes fuliformes com a cutícula relativamente espessa.
Cor branca cremosa, marcada com finas estriações transversais.
Dimorfismo sexual acentuado.
Fêmeas medindo entre 30-50 cm
Machos medindo 2 a 4 cm de comprimento.
Microfilárias não possuem cápsula, ou bainha.
Transmisão: Picada do Simulium spp contaminado.
Ciclo Biológico: Heteroxênico
As alterações provocadas pela oncocercose, causadas principalmente pelas microfilárias variam muito ocorrendo desde portadores assintomáticos até pacientes com lesões cutâneas e oculares graves.
Principais manifestações 
Oncocercomas: O organismo hospedeiro responde a presença dos parasitas envolvendo-os em uma estrutura fibrosa, medem até 3 cm ou mais de diâmetro. São bem delimitados, livres e móveis.
Lesões cutâneas: são devido à presença de microfilárias. Ocorre hiperqueratose, acantose, edemas epiteliais e despigmentação, dilatação e sinuosidade dos vasos linfáticos e sanguíneos da derme. Formas graves (sowda), marcada por distúrbios da pigmentação cutânea, erupção papular e prurido intenso, e onde a infiltração inflamatória é maciça.
Lesões linfáticas: adenite dos gânglios regionais, marcada pela presença de microfilarias e por sua tendência a evoluir para a fibrose. Obstrução das vias linfáticas resultando em edema linfático da pele, elefantíase e pregas cutâneas na virilha.
Lesões oculares: alterações mais graves. Parasita degenera, cercado de eosinofilos e linfócitos, provocando inflamação. Em alguns casos a inflamação desaparece, sem deixar traços, depois de absorvidos os restos dos parasitos, mas em outros, leva alterações progressivas do globo ocular ( lesões da córnea, da íris, da coróide, do nervo óptico e da retina).
Sintomatologia: Surgimento de nódulos (móveis) subcutâneos fibrosos;
Sobre superfícies ósseas; Em diversas regiões do corpo; Neles estão os parasitas adultos
Não causam dor;
Complicações: cegueira, hipertrofia ganglionar e lesões dermatológicas graves.
Diagnostico: Biópsia da pele; Oftalmoscopia; Nodulectomia; Teste de mazzotti
Tratamento: Nodulectomia
Quimioterapia (dietIlcarbamazina suramina ivermectina)
Diagnostico: identificação do verme adulto ou microfilárias por meio de:
biopsia de nódulo ou pele;
punção por agulha e aspiração do nódulo;
exame oftalmoscópico do humor aquoso;
exame de urina;
testes de imunidade: intradermorreação, imunofluorescência, Elisa, PCR.
Tratamento: Específico:
ivermectina contra as microfilárias,
periodicidade semestral ou anual (10 anos)
Pouco eficaz contra o verme adulto
Cirurgico:
Utiliza-se remoção cirúrgica dos nódulos dos adultosProfilaxia: O uso de roupas que cobrem a maior parte da pele; repelentes de insetos e redes;
administração de fármacos antiparasíticos;

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