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2. PERGUNTAS PRINCIPIOS TD

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1.O que é o princípio do duplo grau de jurisdição?	
Podemos dizer que o princípio do duplo grau de jurisdição decorre imediatamente da garantia do contraditório, que, além de seus aspectos tradicionais – “direito da pessoa ter uma segunda opinião” -, compreende, sem dúvida, o direito de fiscalizar, controlar e criticar a decisão judicial. Embora não esteja expressamente prevista pela CF, diante da organização do poder judiciário, onde é obrigatório haver juízos de primeiro grau e tribunais de grau superiores, cogitando de recursos ordinários e extraordinários entre uns e outros, podemos extrair tal princípio da CF.
2. O que é o princípio da taxatividade?
Pelo princípio da taxatividade, podemos extrair a ideia de que é recurso, somente aqueles que estão previstos na lei, como tal. 
3. O que é o princípio da singularidade?
Por esse princípio, podemos dizer que para cada ato judicial recorrível há um só recurso admitido pelo ordenamento jurídico. Tanto é, que da sentença, cabe, tão somente, apelação, e para a decisão interlocutória, o agravo de instrumento. No entanto, há algumas exceções, como a interposição simultânea do recurso especial e do extraordinário, para o STJ e para o STF, tudo com referência a um só acórdão. Ainda assim, as questões atacadas em cada um dos recursos, serão distintas, não ocorrendo, portanto, dupla impugnação sobre a mesma matéria. Há, também, outra exceção quando a decisão for dúbia, contraditória ou lacunosa, porque além do recurso comum, caberá também os embargos de declaração, cuja interposição interromperá o prazo do primeiro. 
4. O que é Princípio da fungibilidade?
Ocorre a sua aplicação, quando o recorrente interpõe recurso que seria, a princípio, inadequado, mas que posteriormente, passa a ser aceito como se adequado fosse, sendo observadas as peculiaridades exigidas pelo recurso apropriado. Dessa forma, a título ilustrativo, se o recorrente utilizar o recurso especial no lugar do recurso extraordinário e vice-versa, será possível à conversão do inadequado para o adequado, desde que sejam obedecidas as exigências do recurso adequado. 
5. O Que é o Princípio da voluntariedade?
Por esse princípio o juiz não pode, ex officio, recorrer pela parte, somente as partes interessadas, os terceiros prejudicados e, eventualmente, o ministério público podem recorrer. 
6. Princípio da irrecorribilidade em separado das interlocutórias?
Pelos princípios de economia processual, de celeridade e da oralidade, que dominam todo o processo moderno, não se tolera a interrupção da marcha processual para apreciação de recursos contra decisões de questões incidentais – decisões interlocutórias-. Dessa forma, a matéria será impugnada pela parte prejudicada por meio das razões e das contrarrazões da posterior apelação interposta contra a sentença, embora haja algumas exceções. 
8. O que é o princípio da complementariedade? É aplicado aos recursos civis? 
Trata-se da faculdade do recorrente em apresentar, em sede recursal, os mesmos motivos da fase anterior. No entanto, tal princípio não se aplica ao CPC, pois, o recurso necessariamente terá de ser produzido em petição na qual figurem seus fundamentos de fato e de direito. 
9. O que é o princípio da vedação da “reformatio in pejus”?
Ocorre a reformatio in pejus quando o “órgão ad quem”, no julgamento de um recurso, profere decisão mais desfavorável ao recorrente sob o ponto de vista prático, do que aquela contra a qual se interpôs o recurso. Em outras palavras, o órgão “ad quem” não poderá decidir de forma que prejudique ainda mais o recorrente, vez que o recorrente sempre tem uma perspectiva de melhora. Portanto, tal prática é vedada no Brasil. 
10. Há exceções ao princípio anterior?
Sim, nas hipóteses do §3º, do art. 1.013 do CPC, o órgão “ad quem”, ao julgar o recurso de apelação, poderá decidir sobre o mérito, quando o processo estiver em condições de imediato julgamento. Por exemplo, para reformar a sentença em que não se tenha decidido o mérito, quando for decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir, quando constatar a omissão no exame de um dos pedidos, e decretar a nulidade por falta de fundamentação. Ainda, nas hipóteses em que forem reconhecidas a prescrição e decadência, sem a necessidade de ser retornada ao juízo do primeiro grau. Há uma aplicação da tese da “causa madura”
11. O que é Princípio da consumação
Por tal princípio, a parte não pode desistir do recurso interposto para substitui-lo por outro. Está associado, portanto, a preclusão consumativa. Uma exceção à regra, ocorre na sucumbência reciproca, pois, a lei permite a parte, que não recorreu no prazo normal, valer-se do prazo de contrarrazões para manifestar recurso adesivo ao do adversário. 
O princípio geral, porém, continua sendo o de que a faculdade de interpor recurso se extingue (preclui) tanto pelo fato de não ter sido manifestado no prazo legal (preclusão extintiva) como pelo fato de já ter sido exercido de forma imprópria ou por via inadequada (preclusão consumativa).

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