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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
1º SEMESTRE
ALUNAS
BRUNA TATIANE DE SOUZA C93ECB-0 
GABRIELLY LORRANY O. DOS ANJOS BENTO D04BED-0
DISCIPLINA DE: PRIMEIROS SOCORROS
ESTADO DE CHOQUE
INTRODUÇÃO
Denomina-se choque circulatório as reduções críticas na perfusão tecidual, provocando alterações sistêmicas com comprometimento da função celular e orgânica, com alto índice de mortalidade. O diagnóstico e a instituição de medidas terapêuticas constituem-se em um dos principais problemas nas unidades de terapia intensiva (UTI), devem ser precoces, ter ressuscitação rápida, terapia agressiva e baseadas na resposta individual de cada paciente. Nos estágios iniciais a ressuscitação vigorosa pode corrigir a hipóxia tecidual, que compromete a atividade metabólica e celular, permitindo a reversão do estado de choque. Porém, se a perfusão e o transporte de oxigênio continuarem diminuídos, a lesão celular pode tornar-se irreversível. É fundamental o seu reconhecimento precoce para correção das disfunções por ele provocadas e sua causa de base, pois quanto mais precoce o tratamento, melhor o prognóstico para o doente. Esta atividade tem como objetivo buscar o conhecimento dos diferentes tipos de estados de choque e seus respectivos tratamentos.
DESENVOLVIMENTO
Denomina-se choque o estado generalizado de falência circulatória, marcada por reduções críticas na perfusão tecidual. A resposta inicial do sistema cardiovascular às reduções graves na perfusão tecidual é um conjunto complexo de reflexos que servem para manter o tônus vascular e o desempenho cardíaco. Ocorre ativação do sistema simpático que eleva a frequência e a contratilidade cardíaca. Há liberação de substâncias que aumentam o tônus vascular e arteriolar, aumentando o volume sanguíneo central, o retorno venoso e a pressão sanguínea.
Concomitantemente, o fluxo sanguíneo é direcionado para o cérebro e coração. À medida que o choque progride, os mecanismos compensatórios entram em falência, de modo que as medidas terapêuticas deixam de ter os efeitos desejados, resultando em choque irreversível e morte. 
As manifestações sistêmicas do choque são o resultado da liberação de uma série enorme de mediadores que provocam disfunção de vários órgãos e sistemas. 
DISFUNÇÃO CARDÍACA
Substâncias depressoras do miocárdio contribuem para a depressão da função cardíaca nos choques séptico e hemorrágico, sendo necessário o uso de aminas vasoativas.
DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA
Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio e/ou da pressão arterial de gás carbônico dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. 
No choque há aumento de trabalho respiratório, insuficiência respiratória, edema pulmonar cardiogênico ou não cardiogênico, surgindo à necessidade de suporte ventilatório, mecânico. 
DISFUNÇÃO RENAL
Comprometida pelo choque circulatório, pode levar à necrose tubular, aguda. O uso de drogas nefrotóxicas, contrastes radiológicos e a Rabdomiólise aumentam a probabilidade de insuficiência renal, aguda, no choque. 
DISFUNÇÃO HEPÁTICA
Doenças hepáticas são as que causam inflamação ou lesão do fígado, afetando sua função. São classificadas de acordo com a causa e o efeito sobre o fígado. As causas incluem infecções, lesões, exposição a medicamentos ou substâncias tóxicas, e defeitos genéticos que causam o acúmulo de substâncias nocivas, como ferro ou cobre. 
DISFUNÇÃO INTESTINAL 
Disfunção intestinal: o fluxo sanguíneo esplâncnico é o primeiro a ser desviado para órgãos mais importantes no choque, alterando a permeabilidade intestinal, levando à translocação de bactérias e suas toxinas, contribuindo para a falência orgânica. Manifesta-se por íleo adinâmico, hemorragia do trato gastrintestinal ou diarreia. Outras complicações são a colecistite aguda, alitiásica e, mais raramente, a pancreatite aguda. 
DISFUNÇÃO HEMATOLÓGICA
Anormalidades na coagulação que podem culminar na coagulação intravascular (anemia hemolítica, microangiopática, diminuição do fibrinogênio e aumento de monômeros de fibrina). 
DIAGNÓSTICO DO CHOQUE CIRCULATÓRIO 
Três componentes da fisiologia cardíaca são importantes para o reconhecimento do choque: pré-carga, bomba, pós-carga. 
O primeiro passo é o diagnóstico precoce do choque e a instituição de medidas terapêuticas que interferem diretamente na morbidade e mortalidade dos pacientes. Após a avaliação do tratamento das vias aéreas e da respiração, o passo seguinte se dá pela a avaliação cuidadosa das condições circulatórias. É muito arriscado confiar exclusivamente na pressão sistólica pois, os mecanismos compensatórios a mantém em níveis normais até a perda de 30% da volemia (quantidade de sangue circulado no corpo). Deve-se aumentar a atenção em relação às frequências cardíacas e respiratória, perfusão cutânea e pressão de pulso (diferença entre pressão sistólica e diastólica). A frequência cardíaca varia de acordo com a idade e pode estar mantida em níveis normais pelo bloqueio das respostas cardíacas e através de drogas como propranolol e marca-passo. 
Alguns dos sinais do estado de choque são:
•	Palidez, pele fria e úmida;
•	Suor na testa e na palma das mãos;
•	Calafrios;
•	Náusea e ânsia de vômito;
•	Visão nublada;
•	Pulso fraco e rápido, apresentando queda de pressão;
•	Respiração demasiado acelerada, curta e irregular; 
•	Fraqueza;
•	Perda parcial ou total de consciência. 
CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Esse tipo de choque tem como mecanismos de compensação os aumentos da contratilidade da resistência vascular sistêmica (RVS) e da frequência cardíaca. Também chamado de choque hemorrágico é ocasionado por uma redução absoluta e geralmente súbita do volume sanguíneo circulante proporcionando uma perfusão tecidual diminuída e lesão celular irreversível, o que pode levar à falência do sistema circulatório. A hipovolemia pode ocorrer como resultado da perda sanguínea secundária a hemorragia (interna ou externa) ou pode advir da perda de líquidos e eletrólitos. Esta última forma de hipovolemia pode seguir-se a perda significativa de líquidos gastrintestinais (por exemplo, diarreia, vômito), perdas renais, perdas externas secundárias ou quebra da integridade da superfície tecidual (por exemplo, queimaduras), ou perdas internas de líquidos sem alteração na água corporal total (por exemplo, sequestro de líquidos). 
CHOQUE OBSTRUTIVO 
Esse tipo de choque tem como mecanismos compensatórios um aumento da pré-carga, da RVS e da frequência cardíaca. Pode ter quatro possíveis causas tromboembolismo pulmonar (TEP), tamponamento cardíaco, pneumotórax hipersensível e coarctação da aorta. No TEP há o aumento da resistência ao esvaziamento do ventrículo direito, ao contrário do que ocorre no tamponamento cardíaco, onde há uma diminuição no enchimento ventricular. No pneumotórax hipertensivo há uma diminuição do retorno venoso, o que resulta na diminuição do débito cardíaco. 
CHOQUE DISTRIBUTIVO
Este choque caracteriza-se pela inequação entre os tecidos e a oferta de oxigênio por uma alteração no fluxo sanguíneo. Dessa forma, temos tecidos com fluxo sanguíneo elevado em relação à necessidade, mas insuficiente para atender às necessidades metabólicas, como ocorre no choque séptico, anafilaxia e choque neurogênico. Pode ocorrer em função de causas neurológicas, uso de drogas vasodilatadoras, anafilaxia e doenças endócrinas. 
CHOQUE SÉPTICO
A sepse é definida pela presença da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) de origem infecciosa (comprovada ou fortemente presumida). A transição de síndrome da resposta inflamatória sistêmica para sepse grave e choque séptico envolve inúmeras mudanças patogênicas, incluindo anormalidades circulatórias que resultam em hipóxia tecidual global.CHOQUE ANAFILÁTICO
Anafilaxia ocorre por uma hipersensibilidade sistêmica, severa e rápida em relação a uma determinada substância, ao qual o indivíduo foi exposto ou nele foi inoculado. A reação de anafilaxia sistêmica grave é o que se denomina de choque anafilático.
CHOQUE NEUROGÊNICO
Caracterizado pela dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma lesão medular. Geralmente provocado por traumatismos na coluna cervical. O tratamento inicial consiste na reposição volêmica, descartando-se causas hemorrágicas para o choque.
CHOQUE CARDIOGÊNICO
É a principal causa de choque em pacientes traumatizados, onde o sangramento pode ser externo, se houver uma lesão arterial, venosa ou uma fratura externa, ou oculta, como nas fraturas de bacia. O tratamento do choque hemorrágico é mais bem orientado pela resposta individual do que pela classificação descrita.
TRATAMENTO
As duas prioridades no tratamento dos pacientes em choque circulatório são a rápida avaliação do processo patológico e a obtenção de estabilidade cardiopulmonar. As intervenções em relação à obtenção de estabilidade cardiopulmonar baseiam-se na ventilação, infusão e bombeamento.
Quando há trauma, o processo de identificação do choque estará diretamente direcionado ao mecanismo de lesão e, podem estar presentes no paciente traumatizado, todos os tipos de choque concomitantemente. O atendimento inicial é fundamental para que o diagnóstico das anormalidades e seu tratamento sejam feitos passo-a-passo em uma sequência lógica, além disso, as prioridades continuam as mesmas para qualquer tipo de choque.
Dá-se prioridade sempre ao “ABCD”: onde o A corresponde a sigla em inglês “airway”, e corresponde ao acesso às vias aéreas de modo a mantê-las pérvias e proteger contra obstrução; B corresponde a sigla em inglês “breathing” e corresponde à adequada ventilação e oxigenação; e C corresponde a sigla em inglês “circulation” e corresponde à manutenção da circulação e deve-se sempre dar atenção às causas responsáveis pela instabilidade hemodinâmica, de modo a procurar o tratamento definitivo do problema.
CONCLUSÃO
O choque denomina-se em um estado generalizado de falência circulatória, marcada por reduções críticas na perfusão tecidual, provocando alterações sistêmicas com comprometimento da função celular e orgânica, com alto índice de mortalidade. À medida que o choque progride, o fluxo sanguíneo é direcionado para o cérebro e coração fazendo com que os mecanismos compensatórios entrem em falência, de modo que medidas terapêuticas deixam de agir, resultando em choque irreversível e morte. Pré-carga, bomba, pós-carga são os três tipos de componentes da fisiologia cardíaca que dão o diagnostico do choque circulatório. Os tipos de choques são choque hipovolêmico, choque obstrutivo, choque distributivo (choque séptico, anafilático e neurogênico), e o choque cardiogênico. 
O tratamento dos pacientes com choque circulatório consiste em uma rápida avaliação no processo patológico, as prioridades continuam as mesmas para todos os tipos de choque. Obtenção de estabilidade cardiopulmonar baseando-se em intervenções como ventilação, infusão e bombeamento, tendo assim o tratamento inicial.

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