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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CONCEITO, SUJEITOS e FONTES. Conceito: o D.I.P., é um conjunto regulador do comportamento dos agentes capazes da Sociedade Internacional. Regulador, porque contém normas disciplinadoras da Sociedade Internacional e os Agentes que são os SUJEITOS destinatários das normas jurídicas internacionais, constituído pelas entidades detentoras de personalidade jurídica internacional, ou seja, os mesmos agentes que elaboraram as normas jurídicas internacionais, tem legitimidade para exigir seu cumprimento e também sofrerem os efeitos do descumprimento das mesmas obrigações. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CONCEITO, SUJEITOS e FONTES. Obs. 1ª: Não existe uma norma suprema (como as Constituições dos Estados); Obs. 2ª: É fundado na máxima pacta sunt servanda; Obs. 3ª: NÃO existe subordinação entre os SUJEITOS do DIP. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO DIFERENÇA entre Sociedade Internacional e Comunidade Internacional: SOCIEDADE INTERNACIONAL: é a materialização da vontade dos seus integrantes (contratual), tendo como característica principal – a formação voluntária, os interesses predominantes são econômicos. COMUNIDADE INTERNACIONAL: nasce de uma formação natural (sociológica), de um objetivo comum, pode significar os países da América do Sul, os líderes europeus, os países do Conselho de Segurança, ou, em um âmbito mais amplo, pode significar os países da ONU, ou seja, quase todos os países. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ESTADO SOBERANO: trata-se de uma organização política, social e juridica, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima: "Um governo, um povo, um território“. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Inicialmente apenas os Estados Soberanos integravam o DIP, como se verifica no marco institucionalizado pela Paz de Westphalia/1648, momento histórico em que somente os Estados Soberanos eram os sujeitos do DIP. Tal circunstância durou até 1948, quando do final da 2ª guerra mundial, a sociedade Internacional entendeu pelo caráter heterogêneo dos atores e entidades que compunham o cenário internacional e então o entendimento foi alterado, ou seja, agora o DIP é formado: Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Composição do DIP: Sujeitos primários ou originários: Estados Soberanos; Sujeitos secundários ou derivados: organizações Internacionais e a Pessoa Humana, face aos direitos fundamentais; Sujeitos terciários: ONGs e Empresas. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO SUJEITO PRIMÁRIO – Estado Soberano É composto, indispensavelmente, por 4 elementos essenciais: População Permanente (conjunto de indivíduos); Território (não se exige fronteiras bem definidas – Israel); Governo Soberano (não subordinado a qualquer outra autoridade exterior), e Capacidade de se Relacionar com os demais Estados (independência em relação a outras ordens jurídicas estatais). Direito INTERNACIONAL PÚBLICO COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS BELIGERANTES - Grupos armados que combatem em revoluções de grande envergadura e controlam parte do território estatal – FARC-Colômbia. Representam, em regra, movimento político que busca a independência e a ruptura com o Estado a qual pertence. RECONHECIMENTO: é uma decisão discricionária, cabendo a cada sujeito de direito internacional a opção. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS INSURGENTES - movidos por interesses políticos com características de guerra civil sem controlar parte do território – Mali na África Ocidental. RECONHECIMENTO: é uma decisão discricionária, cabendo a cada sujeito de direito internacional a opção. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL – buscam a independência de um povo que se encontram sob a regência colonial – OLP – Organização para Libertação da Palestina. RECONHECIMENTO: em regra, o reconhecimento é coletivo por meio de Organizações Internacionais. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Cidade do Vaticano (Santa Sé, quem detém PJDI) = criado por um Tratado Internacional chamado de Latrão (1929), criando o vaticano chamado de Cidade Estado (tendo território, governo) sendo considerado Estado. O Vaticano também faz parte da ONU, como Estado observador, não podendo votar, faz parte da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, tendo como povo o Papa. O Vaticano não se envolve em relações civis. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS O DIP apresenta 2 (dois) prés requisitos para o surgimento e existência das OIs: A regulação da coexistência e, Satisfação dos interesses e necessidades dos agentes. REGULAÇÃO: é regular o comportamento dos atores, dos entes dotados de personalidade jurídica internacional mediante a celebração dos acordos, tratados, objetivando o cumprimento das normas do DIP. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES: é a busca da materialização da vontade comum, entre os vários participantes das relações internacionais. Assim, temos que OIs são: Representações de associações formadas pela reunião e vontade dos Estados soberanos, concretizando essa vontade dos Estados (membros) em um TRATADO Internacional. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Características: São formais e estruturadas (por órgãos permanentes); Formadas por pelo menos 3 (três) Estados; Possuem objetivo internacional; Independência para escolha dos funcionários, podendo ser de diversas nacionalidades; Contam com personalidade jurídica distinta de seus integrantes, dotadas de autonomia, e Gozam de privilégios e autonomia necessários para a liberdade do exercício de suas atividades. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS FORMAÇÃO É formada por 2 (duas) categorias de membros: ORIGINÁRIOS: pelos Estados que participaram da assinatura e ratificação da Carta da ONU em 1.945; ADMITIDOS OU ELEITOS: são os que ingressaram após a criação da organização, admitidos por decisão da assembleia geral. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS FINALIDADE: Manter a paz e a segurança no mundo baseada no respeito da igualdade e autodeterminação dos povos, fortalecimento da paz mundial, cooperação internacional para questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias, na busca da defesa dos direitos humanos, respeito às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU: Assembléia Geral: principal órgão e composto por todos os membros da ONU. Cada Estado poderá ter 6 delegados na AG, mas apenas 1 voto por Estado membro. b) Conselho de Segurança: a função é assegurar a pronta e eficaz ação para a manutenção da paz e da segurança internacional – COMPOSIÇÃO: 15 Estados (5 membros permanentes EUA; Reino Unido; França; China e Rússia e 10 membros rotativos, escolhidos pela AG, para um período de 2 anos). Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU: c) Conselho Econômico e Social: busca o desenvolvimento social e econômico, podendo fazer recomendações objetivando promover o respeito dos direitos humanos e liberdades fundamentais – COMPOSIÇÃO: 54 membros, eleitos pela AG, período de 3 anos. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU: d) Conselho de Tutela: exerce a administração de territórios sob tutela – povos não autônomos. Artigo 73.º da Carta da ONU Os membros das Nações Unidas que assumiram ou assumam responsabilidades pela administração de territórios cujos povos ainda não se governem completamente a si mesmos reconhecem o princípio do primado dos interesses dos habitantes desses territórios e aceitam, como missão sagrada, a obrigação de promover no mais alto grau, dentro do sistema de paz e segurança internacionais estabelecido na presenteCarta. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação do Conselho de Tutela Anguila, Bermudas, Gibraltar, Guam, Ilhas Caimán: um dos maiores centros financeiros do mundo e acusado de ser um paraíso fiscal, o território britânico de ultramar tem mais empresas em seu território que pessoas. Na ilha operam mais de 260 bancos, 9 mil fundos de investimento e 80 mil companhias. Fica Caribe ao sul de Cuba. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação do Conselho de Tutela Ilhas Malvinas ou Falklands: controladas pelo Reino Unido, são motivo de disputa entre britânicos e argentinos, pois ambos reclamam soberania sobre elas. Em 1982, os dois países entraram em guerra pelo arquipélago do Atlântico Sul. Morreram mais de 900 soldados, a maioria argentinos. Acredita-se que no leito marinho ao redor da ilhas existam reservas de petróleo. Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Montserrat , Nova Caledônia, Pitcarn, Saara Ocidental, Samoa Americana, Santa Helena e Tokelau. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação do Conselho de Tutela IDIOMAS OFICIAIS: francês e inglês; REPRESENTAÇÃO DAS PARTES: por agentes, assistidos de consultores ou advogados; SECRETARIADO: órgão de administração da ONU; SECRETARIO GERAL: eleito pelo CS por meio de recomendação dos membros permanentes, tem o dever de atuar em TODAS as reuniões da AG, do CS, do CEeS e do CT e ainda atender outras funções. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação do Conselho de Tutela DEPÓSITO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS: a Carta da ONU determina que todos os tratados e acordos internacionais, com a maior brevidade possível, deverão ser registrados e arquivados perante o Secretariado Geral da ONU, a falta do registro impede seus efeitos. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Com relação à ONU, assinale a opção correta. (a) Poderão ser admitidos como membros da ONU todos os Estados que o desejarem, independentemente de condições de natureza política ou de qualquer outro teor. (b) Principal órgão da ONU, a Assembleia Geral é composta de todos os membros da organização, tendo cada Estado-membro direito a apenas um representante e um voto. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Com relação à ONU, assinale a opção correta. (C) O secretário-geral da ONU, eleito pelo Conselho de Segurança mediante recomendação dos seus membros permanentes, tem o dever de atuar em todas as reuniões da Assembléia Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela, além de desempenhar outras funções que lhe forem atribuídas por esses órgãos. (D) O Conselho de Segurança da ONU compõe-se de cinco membros permanentes e de dez membros não permanentes, todos indicados pelo próprio Conselho, devendo estes últimos cumprir mandato de dois anos. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário da ONU. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. Sua principal função é de resolver conflitos jurídicos a ela submetidos pelos Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou por órgãos e agências especializadas acreditadas pela Assembleia da ONU, de acordo com a Carta das Nações Unidas. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA A Corte Internacional de Justiça é composta de 15 (quinze) juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados. O mandato dos juízes é de 9 (nove) anos, podendo haver reeleição. Não podem os juízes dedicar-se a outras atividades durante o exercício de seu mandato. Corte Penal Internacional tem competência para julgar disputas entre Estados. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL É um TRIBUNAL INTERNACIONAL INDEPENDENTE DA ONU, criado para processar, julgar e punir indivíduos que tenham cometido crimes de maior gravidade com alcance internacional. Criado em 1998 por 120 Estados, elevado a TPI permanente após o Estatuto de Roma passando a operar somente em julho/2002, quando atingiu 60 ratificações para então, entrar em vigor. Hoje há 122 países integrando o TPI. VERDE – Estado que RATIFICARAM o Estatuto de Roma AMARELO – Estados que NÃO RATIFICARAM O Estatuto VERMELHO – Estados NÃO SIGNATÁRIOS Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Brasil no TPI: a EC 45/04 disciplinou o tema por meio do art. 5º da CF, incluindo o § 4º, que assegura que o país se SUBMETE à jurisdição do TPI a cuja criação tenha manifestado adesão. Competência TERRITORIAL: TPI exerce jurisdição no território de qualquer Estado-Parte (regra). Todavia, por meio de acordo especial, exercerá jurisdição também em território de Estado não Parte. Línguas Oficiais do TPI: inglês e francês. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Competência em RAZÃO DO TEMPO: TPI só pode processar e julgar crimes cometidos após a entrada em vigor do Estatuto de Roma (julho/2002), isto para os Estados que já eram membros, para os Estados que entraram posteriormente a 2002, estes, somente poderão sofrer a jurisdição do TPI do momento de sua adesão em diante. Competência em RAZÃO DA MATÉRIA: somente os crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto, podem ser processados e julgados no TPI, dividindo-se em quatro categorias: Direito INTERNACIONAL PÚBLICO GENOCÍDIO: o termo vem do grego GENOS – raça ou tribo, e do latim EIDE, que significa matar. É o crime cometido com a intenção de aniquilar um grupo humano por meio de homicídio, ofensas graves, sujeição a condição de vida com objetivo de destruição do grupo e até impedimento do nascimento de pessoas. CRIMES CONTRA A HUMANIDADE: crimes cometido no contexto de ataques generalizados ou sistemático, contra qualquer população civil, desde que identificado o ofensor. Prisão ou outra forma de privação da liberdade. Tortura. Escravatura sexual. Perseguição de um grupo por motivos políticos, raciais, culturais, religiosos, de gênero. Outros atos desumanos dessa natureza Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CRIMES DE GUERRA: atos contrários às leis e aos costumes de guerra, tais como, tortura ou qualquer tratamento desumano, incluindo experiências biológicas, destruição ou desapropriação de bens em larga escala, sem justificativa militar e executadas de forma ilegal, ataques a população civil e aos integrantes dos envolvidos em missão de paz ou assistência humanitária. CRIME DE AGRESSÃO: ainda não inserido no Estatuto de Roma. Entendido como o uso da força armada por um Estado contra a soberania de outro. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO QUANDO EFETIVAMENTE O TPI ATUARÁ? O art. 1º do Estatuto determina que a jurisdição do TPI é de natureza complementar (subsidiária) a dos Estados, portanto, atuará somente no caso de comprovada falha ou inércia estatal no processo e julgamento de acusados de crimes grave e de alcance internacional. Importante saber: Os crimes puníveis no âmbito do TPI NÃO PRESCREVEM. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Composição do TPI: composto por 18 Juízes, de 18 nacionalidades diferentes, escolhidos pela Assembleia Geral dos Estados Partes, obtendo maior número de votos e uma maioria de 2/3 dos Estados Partes. Mandato é de 9 anos sem reeleição, buscando igualdade no número de juízes do sexo feminino e do masculino. Pedido de entrega de pessoa: o TPI poderá requerer a qualquer Estado a detenção e a entrega de pessoa para que possa ser exercida a jurisdição do TPI. Entrega: entre o TPI e o Estado. Extradição: entre Estados. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Penas aplicadas no TPI: a) Prisão de até 30 anos, regra; b) Prisão perpétua (exceção); quando elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem; c) Multa, e d) Perdade Produtos, Bens e haveres pertinentes ao objeto do crime. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Acerca de tribunais internacionais e de sua repercussão, assinale a opção correta. a) O Tribunal Penal Internacional prevê a possibilidade de aplicação da pena de morte, ao passo que a Constituição brasileira proíbe tal aplicação. b) O § 4.º do art. 5.º da Constituição Federal prevê a submissão do Brasil à jurisdição de tribunais penais internacionais e tribunais de direitos humanos. c) O Estatuto de Roma não permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado. d) O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferença entre entrega e extradição, operando a primeira entre um Estado e o mencionado tribunal e a segunda, entre Estados Direito INTERNACIONAL PÚBLICO São Organizações Internacionais ou intergovernamentais: ONU; OIT (Organização Internacional do Trabalho); OMC (Organização Mundial do Comércio); FMI (Fundo Monetário Internacional); OMS (Organização Mundial da Saúde); UPU (União Postal Universal); UNESCO ( Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura); OACI (Organização da Aviação Civil Internacional); Banco Mundial; Mercosul e União Europeia. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO São Organizações não-governamentais (ONG’s): Formadas por particulares, por meio de contrato ou Estatuto. Ex.: FIFA / FIA / Cruz Vermelha / Anistia Internacional. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO GATT – Acordo Geral de Tarifas e Comércio O GATT é um acordo, um tratado internacional entre Estados, sobre tarifas e comércio, ou seja, ele não é uma Organização Internacional. Se materializa por meio de rodadas, a primeira rodada foi o GATT 47 de 1.947, onde se promoveu a liberalização do comércio de produtos industrializados. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO GATT – Acordo Geral de Tarifas e Comércio E a OMC? Ela foi criada a partir de uma rodada do GATT, a rodada Uruguaia, originando o Acordo de Marraqueche, celebrado em 1.994. Cláusula da Nação Mais Favorecida: consiste na determinação de que qualquer vantagem que um dos países pertencentes ao GATT/OMC conseguir em relação a um produto tem, obrigatoriamente, que ser atribuída aos outros países contratantes . Direito INTERNACIONAL PÚBLICO GATT – Acordo Geral de Tarifas e Comércio Existe exceção? Sim, dada as peculiaridades de cada Estado. A diferenciação política, se materializa com a posição privilegiada dos membros permanentes do conselho de Segurança da ONU. A diferenciação geográfica, a qual determina o direito de participação dos Estados sem litoral, em bases equitativas do mar territorial de seus vizinhos. A diferenciação econômica, entre Estados desenvolvidos e em desenvolvimento. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Comparando-se as instituições do direito internacional público com as típicas do direito interno de determinado país, percebe-se que, no direito internacional, (A) há uma norma suprema como no direito interno. (B) há órgão central legislativo para todo o planeta. (C) há cortes judiciais com jurisdição transnacional. (D) há um governo central, que possui soberania sobre todas as nações. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO DOS TRATADOS CONCEITO (Convenção de Viena): São acordos solenes, entre Estados Independentes/Soberanos, representando interesses públicos, que criam deveres e direitos para os pactuantes. ELEMENTOS QUE CONSTITUEM OS TRATADOS: Acordo Internacional; Celebrado por escrito; Entre sujeitos de direito internacional; Regido pelo DPI; Previsto em único ou múltiplos documentos; Qualquer denominação – são inominados. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO DOS TRATADOS ITER de Formação dos Tratados Internacionais. a) NEGOCIAÇÃO E ASSINATURA: Discussão que antecede a adoção do texto, seguida da assinatura das partes. É ato que depende de confirmação posterior (ato ad referendum). Encerra-se com a elaboração de texto escrito e assinatura. Assinatura significa mera autenticação do texto, um aceite provisório, SEM EFEITOS JURÍDICOS VINCULANTES, contudo o sujeito de DIP aceita a forma e o conteúdo do que foi negociado, comprometendo-se a não alterá-lo. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ITER de Formação dos Tratados Internacionais. a.1) Representação do Estado: Chefes de Estado; Chefes de Governo; ministros das Relações Exteriores. a.2) Outros agentes: desde que apresentem a Carta de Plenos Poderes (plenipotenciário). a.3) No Brasil o art. 84, VIII da CF, determina que é competência privativa do Presidente da República, todavia o decreto 71.534/72, poderá ser realizada a representação pelo Ministro das Relações Internacionais. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ITER de Formação dos Tratados Internacionais. b) REFERENDO PARLAMENTAR NO BRASIL (Congresso Nacional: Assinado o tratado internacional pelo Poder Executivo, este comunica o Congresso Nacional para que dê início ao processo interno para referendar o tratado (art. 49, I CF), por meio de Decreto Legislativo. O CN poderá aceitar ou rejeitar o tratado pois a competência é exclusiva do CN. Se aceitar permitirá o PE a ratificação do ato que obrigará o Brasil no plano externo. Ou seja o DL é uma etapa de formação do ato internacional e isoladamente não tem força de lei. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ITER de Formação dos Tratados Internacionais. c) RATIFICAÇÃO: Realizada pelo Chefe de Estado ou Chefe de Governo, é ato discricionário expresso, gera obrigação ao Estado, confirmando a assinatura do tratado, com efeito ex nunc, ou seja daqui pra frente. Aqui o Chefe do PE por meio de Decreto do Poder Executivo declara que foram atendidas as formalidades internas para que o ato se completasse. Deste Decreto é que nasce a existência de nova norma jurídica. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO ITER de Formação dos Tratados Internacionais. d) PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO (fase interna no Brasil): É a forma oficial de dar conhecimento a todos do Decreto de Promulgação, a partir daqui o tratado deve ser observado pelos particulares e aplicado pelos Tribunais. e) DEPÓSITO (ou registro): Assinado o tratado, deverá ser arquivado perante o Secretariado Geral da ONU, sob pena de ineficácia perante os órgãos da ONU. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO HIERARQUIA DOS TRATADOS NO DIP Direito INTERNACIONAL PÚBLICO EMENDA E MODIFICAÇÕES: É admitida, quando da apresentação da proposta por qualquer Estado participante, todos os demais serão notificados, para manifestação. Assim é possível a alteração permitindo a todos participarem das negociações e conclusão da emenda do tratado. Todavia, os Estados que não aderirem a emenda não estarão sujeitos aos novos termos. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO CONSIDERAÇÕES GERAIS: ADESÃO: ocorre quando um Estado, adere ao tratado após o momento da assinatura e ratificação dos Estados. RESERVA: é a manifestação de um Estado objetivando modificar ou excluir os efeitos jurídicos de determinadas disposições do tratado. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO EXTINÇÃO DOS TRATADOS: Execução integral: ocorre quando o que foi estipulado pelas partes alcançou o fim, foi executado. Consentimento mútuo: anuência em por fim ao tratado. Termo: quando alcança o prazo pré determinado. Guerra: rompidas as relações diplomáticas, em regra, se extingue os tratados internacionais. Denúncia: bastante utilizado, é o ato unilateral declarando a vontade de deixar o tratado, extinguindo direitos e obrigações. SÓ É POSSÍVEL QUANDO O TRATADO PREVÊ ESTA POSSIBILIDADE. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo jurídico brasileiro, como nas democracias modernas, tratados passam a integrar o direito estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A respeito dessa temática, assinale a opção correta, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro . Uma vez ratificados pelo Congresso Nacional, os tratados passam, de imediato, a compor o direito brasileiro. Aprovados por decreto legislativo no Congresso Nacional,os tratados podem ser promulgados pelo Presidente da República.. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Uma vez firmados, os tratados relativos ao Mercosul, ainda que criem compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto que são aprovados por parlamento comunitário. Após firmados, os tratados passam a gerar obrigações imediatas, não podendo os Estados se eximir de suas responsabilidades por razões de direito interno. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Acerca da temática dos tratados internacionais, assinale a opção correta. O único ato que pode consistir na vinculação do Estado ao tratado, no plano internacional, é a ratificação. A adesão é o processo de apreciação do texto do tratado pelos Poderes Legislativos dos Estados. A assinatura tem o efeito de autenticar o texto do tratado, após a sua aprovação ainda no plano internacional.. A ratificação é o ato interno do Poder Executivo na troca ou no depósito dos instrumentos respectivos. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Com relação a tratados, acordos e convenções no âmbito do direito internacional, assinale a opção correta. Tratado é o acordo internacional concluído apenas entre Estados e regulado pelo direito internacional. A extinção de um tratado por consentimento mútuo ocorre sempre que a intenção terminativa emana de uma das partes por ele obrigadas. A convenção de Viena de 1969 destina-se a regular toda a legislação relacionada com as organizações internacionais. O Brasil submete-se à jurisdição de tribunal penal internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direitos Humanos no DIP Da Personalidade Jurídica da Pessoa Humana. Surgimento por meio do Acordo de Londres em 1.945, onde se instituiu o Tribunal de Nurembergue. Posteriormente pelas Convenções sobre os Crimes de Guerra e de Genocídio, cuja característica é a regulação da responsabilidade internacional do indivíduo, a Convenção Européia de Direitos Humanos, a qual concede ao indivíduo a possibilidade de apresentar reclamação internacional contra Estado violador de seus direitos fundamentais. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direitos Humanos no DIP Da Personalidade Jurídica da Pessoa Humana. E ainda a Convenção Americana de Direitos Humanos, mais conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, indicam claramente a afirmação da personalidade jurídica internacional da Pessoa Humana. O Brasil reconhece, constitucionalmente, sua jurisdição, de tal forma a permitir a ação persecutória complementar à sua atribuição de ordem interna dos Direitos Fundamentais. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direitos Humanos no DIP Da Personalidade Jurídica da Pessoa Humana. JUS COGENS: são direitos absolutos, pois os valores fundamentais, os princípios gerais de direitos previstos em Declarações Internacionais são absolutos, imperativos, que não podem ser desrespeitados, anulados, modificados, revisto, flexibilizado, ou seja, NÃO CABE RESERVA da disposição sobre os valores fundamentais da pessoa humana. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma (A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um. (B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida. (C) aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa. (D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direitos Humanos no DIP Da Personalidade Jurídica da Pessoa Humana. Concluindo, e considerando que determinado Estado seja omisso no tocante a normas de direitos humanos, nascerá a possibilidade deste Estado ser responsabilizado por meio das normas de proteção internacionais. Este é o posicionamento da doutrina e da jurisprudência, por exemplo da Corte Interamericana de Direitos Humanos em responsabilizar o Brasil pela ausência de norma protetiva das Mulheres (Caso Maria da Penha). Direito INTERNACIONAL PÚBLICO A respeito da internacionalização dos direitos humanos, assinale a alternativa correta. (A) Já antes do fim da II Guerra Mundial ocorreu a internacionalização dos direitos humanos, com a limitação dos poderes do Estado a fim de garantir o respeito integral aos direitos fundamentais da pessoa humana. (B) A limitação do poder, quando previsto na Constituição, garante por si só o respeito aos direitos humanos. (C) A criação de normas de proteção internacional no âmbito dos direitos humanos possibilita a responsabilização do Estado quando as normas nacionais forem omissas. (D) A internacionalização dos direitos humanos impõe que o Estado, e não o indivíduo, seja sujeito de direitos internacional. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direito do Mar Convenção Montego Bay – de dezembro de 1982 entrou em vigor em 1994 após ser ratificada em assembleia pelo quorum de 60 Estados Partes. No Brasil – A ratificação da Convenção se deu em 1988 e se promulgou a Lei nº 8.617/93 que reduziu a 12 milhas marítimas (+/- 22 km) a largura do mar territorial e 180 milhas de zona econômica exclusiva. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direito do Mar Mar Territorial? É a faixa de água salgada do globo sobre a qual o Estado exerce sua soberania, que se estende até certa distância da costa e compreende o leito do mar, solo, subsolo e espaço aéreo. Esta soberania é absoluta? Não, porque admite-se o direito de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra. Tal passagem DEVE ser sempre contínua e rápida, ou seja, é proibido manobras militares, atos de propaganda, pesquisas, atividade de pesca e outras. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direito do Mar E os submarinos? Devem navegar na superfície e arvorar seu pavilhão. Quanto a extensão, o mar territorial é separado por faixas: 1º Mar territorial com 12 mm total soberania; 2º Zona contígua com 12 mm fiscalização; 3º Zona Econômica exclusiva com 180 mm exploração Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Direito do Mar As Ilhas, como por exemplo Fernando de Noronha, dispõe de faixa própria, por outro lado as Ilhas artificiais, plataformas e baixios a descoberta (ilhas que emergem na maré alta), não tem mar territorial próprio. Quanto as águas interiores dos Estados (rios e lagos de água doce), tem-se que sobre elas se exerce soberania ilimitada, SEM direito de passagem inocente. Direito INTERNACIONAL PÚBLICO Considerando a figura acima, que ilustra limites do mar territorial de parte da costa brasileira, assinale a opção correta. A) O Estado brasileiro exerce soberania ilimitada sobre as águas interiores, inclusive sobre os navios de guerra que nelas se encontrem. B) As ilhas artificiais e as plataformas, assim como os baixios a descoberto, têm mar territorial próprio. C) O Estado brasileiro reconhece o direito de passagem inocente de navios, mercantes ou de guerra, de todas as nacionalidades, em seu mar territorial. D) O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de cerca de 370 km de largura, medida a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO CONCEITO DO DIPr: Conjunto de normas que regula o conflito de leis no espaço a serem aplicadas em relações jurídicas que estejam em contato com mais de um ordenamento jurídico (mais de um País). Surge daí o conflito de competência! forum shopping - quando o autor puder escolher dentre os vários foros competentes (Estados distintos), o que lhe parecer mais favorável. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO COMPETÊNCIA A regra da competência internacional se dá: a) ABSOLUTA ou EXCLUSIVA: quando a ordem jurídica de um Estado reserva para si a exclusividade do julgamento. b) CONCORRENTE: quando a jurisdição exercida por um Estado não é impedimento para que outro Estado tambéma exerça. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO COMPETÊNCIA No Brasil a LINDB e o CPC regulam a competência. Competência ABSOLUTA: arts. 89 do CPC e 651 da CLT. Ação relativa a imóvel situado no Brasil; Inventário e partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e resida fora do Brasil; Reclamação trabalhista referente a serviços prestados no Brasil ainda que o contrato de trabalho tenha sido firmado fora do país. Forma dos atos. Testamento! DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicilio. Em seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira, sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu as formalidades preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada, assinale a alternativa correta: DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicilio. Em seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira, sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu as formalidades preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada, assinale a alternativa correta: DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO a-) Fernanda tem razão em seu questionamento, pois a sucessão testamentária de imóvel localizado no Brasil rege-se, inclusive quanto à forma, pela lei local onde a coisa se situa. b-) Fernanda tem razão em questionar a validade do testamento, pois a LINDB veda à partilha de bens imóveis situados no Brasil por ato testamentário firmado no exterior. c-) Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, pois o ato testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local onde foi celebrado. d-) O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça brasileira não possui competência para conhecer e julgar o mérito de ações que versem sobre atos testamentários realizados no exterior. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO COMPETÊNCIA No Brasil a LINDB e o CPC regulam a competência. Competência Concorrente RELATIVA: art . 88 do CPC; Réu domiciliado no Brasil, seja brasileiro ou não, e, em se tratando de PJ, deve ter no Brasil sua agência, sucursal ou filial; A obrigação tiver de ser cumprida no Brasil; A ação originar-se de fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Dos Efeitos da Competência Relativa: Em decorrência da competência relativa surge o fenômeno processual da LITISPENDÊNCIA INTERNACIONAL, o que é vedado pelo art. 90 do CPC, por isso que, se a sentença proferida no Brasil transitar em julgado antes da estrangeira, neste caso, eventual pedido de homologação NÃO será analisado, porque já existe coisa julgada. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Da Homologação de Sentença Estrangeira: Há dois efeitos: a) de atribuir força executiva a sentença estrangeira e, b) assegurar a autoridade da coisa julgada. A competência para homologar é do STJ. São homologáveis: acórdãos, sentenças cíveis, penais, trabalhistas, comerciais, decisões de órgãos judicantes de outros poderes ou ainda, outros documentos que constituam sentença no sentido material, com mesmas características e efeitos de uma decisão judicial. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Da Homologação de Sentença Estrangeira: O método adotado pelo ordenamento jurídico pátrio é o do juízo de DELIBAÇÃO, pois caberá ao juízo nacional apenas analisar os aspectos processuais, sendo vedado avaliar o mérito da decisão à ser homologada, salvo eventual ofensa à ordem pública, à soberania nacional e aos bons costumes. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO São requisitos para homologação: Sentença estrangeira proferida por juiz competente; Citação das partes ou ocorrência da revelia; Trânsito em julgado das sentença estrangeira e preenchimento das formalidades necessárias para execução no lugar em que foi proferida; Autenticação das sentença por autoridade consular brasileira, e Tradução da sentença por tradutor oficial ou juramentado no Brasil. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Arbitragem Internacional: É meio de solução de conflito onde as partes deliberam a submissão a um ou mais especialistas, NÃO PERTENCENTES AO PODER JUDICIÁRIO, mas capazes de tomar uma decisão de caráter vinculante e pautado no Direito. Geralmente advém de contrato onde consta a cláusula compromissória, por meio da qual as partes antes da ocorrência de eventual litígio já determinam os árbitros e os caminhos para a solução do mesmo. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Se o árbitro for escolhido após a instalação da controvérsia, as partes celebrarão um compromisso arbitral. A arbitragem só legitima controvérsias que envolvam direitos disponíveis. A decisão tem força de título executivo e não comporta, em regra, reapreciação, homologação ou recurso ao Poder Judiciário. Todavia, admite-se a anulação do laudo arbitral pelo Judiciário quando comprovada a irregular instituição do tribunal arbitral. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjas e o comprador americano, previu que em caso de litígio fosse utilizada a arbitragem, realizada pela Câmara de Comércio Internacional. O exportador brasileiro fez a remessa das laranjas, mas estas não atingiram a qualidade estabelecida no contrato. O comprador entrou com uma ação no Brasil para discutir o cumprimento do contrato. O juiz decidiu: a-) extinguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusula arbitral. b-) deferir o pedido na forma requerida. c-) indeferir o pedido porque o local do cumprimento do contrato é nos Estados Unidos. d-) deferir o pedido, em razão da competência concorrente da Justiça brasileira. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjas e o comprador americano, previu que em caso de litígio fosse utilizada a arbitragem, realizada pela Câmara de Comércio Internacional. O exportador brasileiro fez a remessa das laranjas, mas estas não atingiram a qualidade estabelecida no contrato. O comprador entrou com uma ação no Brasil para discutir o cumprimento do contrato. O juiz decidiu: a-) extinguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusula arbitral. b-) deferir o pedido na forma requerida. c-) indeferir o pedido porque o local do cumprimento do contrato é nos Estados Unidos. d-) deferir o pedido, em razão da competência concorrente da Justiça brasileira. MERCOSUL MERCOSUL MERCOSUL MERCOSUL DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO
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