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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 1 FACULDADE FACLIONS DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO PROFESSORA MS. ELIETTE R. AMORIM 20120.1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 2 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO PROFª MS. ELIETTE R. AMORIM EMENTA: Introdução e Desenvolvimento Histórico do Direito Internacional Público - Sujeitos de Direito Internacional Público – - Organizações Internacionais - Normas de DIP – Costume - Tratados - Princípios Gerais do Direito – Atos das Organizações Internacionais - Conflitos de Normas no DIP - Responsabilidade Condição do Estrangeiro – Domínio Público Internacional – Domínio territorial e internacional – Jurisdição do Estado – Imunidades - Proteção Diplomática - aéreo – Condição jurídica do estrangeiro – Conflitos interespaciais - Aplicação, prova e interpretação do direito estrangeiro – Questões de Direito Civil Internacional – Questões de Contratos Internacionais – Questões de Direito Processual Civil Internacional. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: 1. Noções introdutórias. 2. Evolução Histórica do Direito Internacional Público: 2.1. antiguidade; 2.2. Idade Média; 2.3. Idade Moderna; 2.4 Idade Contemporânea; 2.5. século XX; 3. Fontes do Direito Internacional Público: 3.1. Convenções Internacionais; 3.2. Usos e Costumes internacionais; 3.3. Princípios gerais do Direito Internacional; 3.4 Doutrina e Jurisprudência; 3.5. Jus Cogens e Soft Law; 4. Sujeitos de direito de internacional: 3.1. Estado; 4.2. Organizações Internacionais; 4.3. Pessoa humana; 5. Conflito entre Direito Internacional e Direito Interno: 5.1. Teorias – dualismo e monismo; 6. Responsabilidade Internacional e meios de solução de controvérsias internacionais: 6.1. Solução pacífica de controvérsias; 6.2. solução violenta de controvérsias. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: 1. Domínio do Direito Internacional Privado: 1.1 objeto, denominação e relação com outras disciplinas; 1.2. Conflitos interespaciais e interpessoais; 2. Nacionalidade; 3. Condição jurídica do estrangeiro: 3.1. entrada, direitos e saídas; 4. Aplicação, prova e interpretação do direito estrangeiro: 4.1. natureza jurídica da lei estrangeira; 4.2. aplicação do direito estrangeiro; 4.3. prova do direito estrangeiro; 5. Questões de direito civil internacional: 5.1. Família, casamento e divórcio e a criança no direito internacional; 6. Obrigações e contratos internacionais; 7. Questões de Direito Processual Civil Internacional: 7.1. Princípios gerais de direito processual civil DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 3 internacional; 7.2. Aplicação do direito estrangeiro no processo civil; 7.3. Competência Internacional e imunidade de jurisdição: 7.4. Homologação de sentença estrangeira; 7.5. Regime das provas no processo com conexão internacional; 7.6. Capacidade processual da parte; 7.7. Regime jurídico dos documentos de procedência estrangeira. Atividade Interdisciplinar: Direitos humanos e os atos terroristas Bibliografia Básica: MARTINS, Sergio. Instituições de direito público e privado. São Paulo: Atlas, 2005 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o D. Constitucional Internacional. 9ª. ed, São Paulo: Saraiva, 2008. SILVA, Roberto Luiz. Direito internacional público. 4ª ed. Rio de Janeiro: Del Rey, 2010. Bibliografia Complementar: BEVILAQUA, Clovis. Princípios Elementares de Direito Internacional Privado. 2. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2007. CASTRO, Amilcar de. Direito internacional privado. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. FERREIRA, Lier Pires, Direito Internacional, Petróleo e Desenvolvimento. São Paulo: Saraiva, 2010. GUERRA, Sidney. Curso de Direito Internacional Público. 9ª Edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2015. MAZUOLLI, Valério de Oliveira. Direito Internacional Privado. Editora Forense- GEN, Rio de Janeiro. 2015 MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de direito internacional público. 15 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. Vol 01 e 02 PEREIRA, Bruno Yepes. Curso de Direito Internacional Público. 2ªed. São Paulo: Saraiva, 2011. REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. 15. ed. rev. e atual. – Saraiva, São Paulo, 2014 http://www.livrosdedireito.com.br/defaultlivros.asp?Origem=Pesquisa&TipoPesquisa=Autor&PalavraChave=ROBERTO%20LUIZ%20SILVA http://www.livrosdedireito.com.br/defaultlivros.asp?Origem=Pesquisa&TipoPesquisa=Editora&PalavraChave=Del%20Rey%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20&Ordenado=MaisVendido DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 4 CRONOGRAMA DE AULAS E ATIVIDADES 1ª AULA - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E PLANO DE AULA 2ª AULA - Direito Internacional Público: 1. Noções introdutórias. 2. Evolução Histórica do Direito Internacional Público: 2.1. antiguidade; 2.2. Idade Média; 2.3. Idade Moderna; 2.4 Idade Contemporânea; 2.5. século XX; 3ª AULA - Fontes do Direito Internacional Público: 3.1. Convenções Internacionais; 3.2. Usos e Costumes internacionais; 4ª AULA - Princípios gerais do Direito Internacional; 3.4 Doutrina e Jurisprudência; 3.5. Jus Cogens e Soft Law; 4. Sujeitos de direito de internacional: 5ª AULA - 3.1. Estado; 4.2. Organizações Internacionais; 4.3. Pessoa humana; 6ª AULA - 5. Conflito entre Direito Internacional e Direito Interno: 7ª AULA - 5.1. Teorias – dualismo e monismo; 6. Responsabilidade Internacional e meios de solução de controvérsias internacionais: 8ª AULA - 5.1. Teorias – dualismo e monismo; 6. Responsabilidade Internacional e meios de solução de controvérsias internacionais: 10ª AULA - 6.1. Solução pacífica de controvérsias; 6.2. solução violenta de controvérsias. AVALIAÇÃO DE N1 11ª AULA - Direito Internacional Privado: 1. Domínio do Direito Internacional Privado: 1.1 objeto, denominação e relação com outras disciplinas; 1.2. Conflitos interespaciais e interpessoais; 12ª AULA - 2. Nacionalidade; 3. Condição jurídica do estrangeiro: 3.1. entrada, direitos e saídas; 4. Aplicação, prova e interpretação do direito estrangeiro: 4.1. natureza jurídica da lei estrangeira; 4.2. aplicação do direito estrangeiro; 4.3. prova do direito estrangeiro; 13ª AULA - 5. Questões de direito civil internacional: 5.1. Família, casamento e divórcio e a criança no direito internacional; 14ª AULA - 6. Obrigações e contratos internacionais; 7. Questões de Direito Processual Civil Internacional: 7.1. Princípios gerais de direito processual civil internacional; 15ª AULA - 7.3. Competência Internacional e imunidade de jurisdição: 7.4. Homologação de sentença estrangeira; 16ª AULA - 7.5. Regime das provas no processo com conexão internacional; DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 5 17ª AULA - 7.6. Capacidade processual da parte; 7.7. Regime jurídico dos documentos e procedência estrangeira. 18ª AULA - 7.6. Capacidade processual da parte; 7.7. Regime jurídico dos documentos e procedência estrangeira. 19ª AULA - REVISÃO 20ª AULA - Atividade Interdisciplinar (entrega) AVALIAÇÃO DE AP2 21ª AULA - ENTREGA DE PROVAS, TRABALHOS E NOTAS ROTEIRO PARA ACOMPANHAMENTO DAS AULAS ATENÇÃO: Este material é meramente informativoe não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante no seu Plano de Ensino. São necessários estudos complementares. Este material constitui mera orientação e roteiro para acompanhamento das aulas e estudo. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 1ª AULA NOÇÕES INTRODUTÓRIAS O universo e as perspectivas de inserção em sociedade tomam amplitude significativa na medida em que as pessoas procuram se adequar a uma nova ordem jurídica mundial. Aristóteles já apregoava o objetivo de lucro, evidencia-se que hodiernamente, num mundo globalizado onde é preponderante o capital, a necessidade de se adequar a este novo paradigma é fundamental. O que é o Direito Internacional Público? Desde os primórdios da Humanidade homem já se apresentava como ser perfeitamente constituído, com características fundamentais e na posse de qualidades comuns que transcendiam as divisões que o mundo viria a sofrer, principalmente após a chamada era das descobertas impulsionada pela navegação marítima. Exploração do globo terrestre em busca de novas rotas de comércio A Era dos descobrimentos decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual, inicialmente, portugueses, depois espanhóis e, posteriormente, alguns https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Espanh%C3%B3is DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 6 países europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. A descoberta de outras comunidades espalhadas pela terra O agrupamento de seres humanos pelas várias regiões do planeta fomentou a criação de blocos de indivíduos com características (sociais, culturais; religiosas, políticas etc.) em quase tudo comum. Desse agrupamento humano cuja origem primitiva é a família) nasce sempre uma comunidade ligada por um laço espontâneo e subjetivo de identidade. Na medida em que essa dada comunidade humana (assim como tudo o que caracterizava a vida na polis, no sentido aristotélico) passa a ultrapassar os impedimentos físicos que o planeta lhe impõe (montanhas, florestas, desertos, mares etc.) e a descobrir que existem outras comunidades espalhadas pelos quatro cantos da terra, surge a necessidade de coexistência entre elas. Em consequência; a civilização. passa a ter por meta a luta constante contra as dificuldades dessa coexistência. Entre povos com características tão diferentes não se vislumbra um vínculo espontâneo e subjetivo de identidade capaz de unir ou conjugar (como nas relações comunitárias) os sujeitos que os compõem. O que passa a existir é uma relação de suportabilidade entre eles, como que numa relação contratual, em que se desprezam as características sociais, culturais, econômicas e políticas de cada uma das partes, para dar lugar a uma relação negocial entre elas. Por isso, desde o momento em que o homem passou a conviver em sociedade, com todas as implicações que esta lhe impõe tornou-se necessária a criação de determinadas normas de conduta a fim de reger a vida em grupo lembre-se da afirmativa de Aristóteles de que o homem é um ser social, harmonizando e regulamentando, os interesses mútuos. O Direito, entretanto, em decorrência de sua evolução, passa a não mais se contentar em reger situações limitadas às fronteiras territoriais da sociedade que, modernamente, é representada pela figura do Estado. Assim como as comunidades de indivíduos não são iguais, o mesmo acontece com os Estados, cujas características variam segundo vários fatores (econômicos, sociais, políticos. culturais; comerciais, religiosos, geográficos etc.). A medida que estes se multiplicam e na medida em que crescem os intercâmbios internacionais, dos mais variados setores da vida humana. https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Explora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Rota_de_com%C3%A9rcio https://pt.wikipedia.org/wiki/Rota_de_com%C3%A9rcio DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 7 ANTECEDENTES E CONCEITO DE SOCIEDADE INTERNACIONAL A sociedade internacional já existia na mais remota Antiguidade, quando os povos mantinham relações entre si, podendo-se afirmar que o direito internacional é tão antigo quanto a civilização em geral, posto que seja consequência necessária e inevitável de toda a civilização. Primeiro registro de um tratado refere-se à paz entre HATUSUIL III E RAMSÉS II Francisco Rezek lembra que o primeiro registro seguro da celebração de um tratado é o que se refere à paz entre Hatusil III, reis dos hititas, e Ramsés II, faraó egípcio da XIX dinastia: Esse tratado pondo fim à guerra nas terras sírias, num momento situado entre 1280 e 1272 a.C. dispôs sobre a paz perpétua entre os dois reinos, aliança contra inimigos comuns, comércio, migração e extradição. As duas grandes civilizações entrariam, mais tarde, em processo de decadência, sem que haja notícia de uma quebra sensível de compromisso. ORIGEM DO DIREITO INTERNACIONAL – TRATADOS DE VESTFÁLIA Grande parte do grupo de pensadores, asseveram que a origem do Direito Internacional tem nos Tratados de Vestfália. Estado Moderno Foi com a Paz de Vestfália que se consolidou o Estado Moderno como potência soberana e politicamente independente, afirmando-se como núcleo duro da sociedade internacional no mundo moderno, ou seja, em um mundo em que o Estado Moderno, configura-se como sujeito fundamental, senão único de novo e duro jogo político: o jogo das relações internacionais centrado na luta pelo poder. Assim a criação do Estado Moderno está estreitamente vinculada com os princípios de Vestfália, sendo, portanto o marco inicial da sociedade internacional no mundo moderno. A chamada Paz de Vestfália (ou de Vestefália, ou ainda Westfália), também conhecida como os Tratados de Münster e Osnabrück (ambas as cidades atualmente na Alemanha), designa uma série de tratados que encerraram a Guerra dos Trinta Anos e também reconheceram oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação Suíça. O Tratado Hispano-Neerlandês, que pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos, foi assinado no dia 30 de janeiro de 1648 (em Münster). Já o tratado de Vestfália, https://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_das_Sete_Prov%C3%ADncias_Unidas_dos_Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Oitenta_Anos https://pt.wikipedia.org/wiki/30_de_janeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BCnster DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 8 assinado em 24 de outubro de 1648, em Osnabrück, entre Fernando III, Sacro Imperador Romano-Germânico, os demais príncipes alemães, França e Suécia, pôs fim ao conflito entre estas duas últimas potências e o Sacro Império. O Tratado dos Pirinéus (1659), que encerrou a guerra entre França e Espanha, também costuma ser considerado parte da Paz de Vestfália. SISTEMA INTERNACIONAL Este conjunto de diplomas inaugurou o moderno Sistema Internacional, ao acatar consensualmente noções e princípios como o de soberania estatal e o de Estado nação. Embora o imperativo da paz tenha surgido em decorrência de uma longa série de conflitos generalizados, surgiu com eles a noção embrionária de que uma paz duradoura derivava de um equilíbrio de poder, noção essa que se aprofundou com o Congresso de Viena (1815) e com o Tratado de Versalhes (1919). Por essa razão, a Paz de Vestfália costumaser o marco inicial nos currículos dos estudos de Relações Internacionais. PERSONALIDADES JURÍDICAS PRÓPRIA DO DIREITO DAS GENTES Recentemente, a partir da segunda metade do século passado, o direito internacional passou a vivenciar uma nova era, com o surgimento de novas personalidades jurídicas, além dos Estados, a atuar em seu âmbito: as organizações internacionais. A sociedade internacional organizada passou a criar entes com as mais variadas formas de organização e de função, formados pela congregação de Estados-parte, e lhes conferiu personalidade jurídica própria de direito das gentes, permitindo-lhes desde a sua concepção celebrar tratados e ser titular de direitos e deveres perante Estados soberanos. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS - ONU Com a evolução do direito, e principalmente com o surgimento da declaração dos direitos humanos no âmbito da Organização das Nações Unidas, reacendeu-se nos ciclos acadêmicos o pensamento de que não apenas os Estados soberanos e as organizações internacionais, mas também indivíduos são pessoas jurídicas de direito internacional público, levando outros a aceitar que isso possa se estender a empresas. FASE ATUAL DO DIREITO INTERNACIONAL: PESSOAS JURÍDICAS E EMPRESAS, SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL? https://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_outubro https://pt.wikipedia.org/wiki/1648 https://pt.wikipedia.org/wiki/Osnabr%C3%BCck https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_III_da_Germ%C3%A2nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imp%C3%A9rio_Romano-Germ%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imp%C3%A9rio_Romano-Germ%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9cia https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_dos_Pirin%C3%A9us https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_dos_Pirin%C3%A9us https://pt.wikipedia.org/wiki/1659 https://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_de_poder https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_de_Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/1815 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Versalhes https://pt.wikipedia.org/wiki/1919 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_Internacionais DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 9 Para alcançar esse objetivo observar-se-á o fato jurídico da personalidade jurídica e verificar-se-á, objetivamente, se na fase atual do direito internacional público ocorre efetivamente a incidência do complexo de normas que tornariam indivíduos e empresas sujeitos de direito internacional. O mundo globalizado O mundo globalizado vivencia uma crescente circulação de pessoas, bens e serviços. Como consequência, os Estados passam a enfrentar situações nas quais necessitam de auxílio para o exercício da jurisdição. A cooperação entre os Estados no âmbito jurídico faz-se, assim, imprescindível e, por isso, constitui área de grande desenvolvimento nos dias atuais. Isso se deve ao fato de as transformações ocorridas nas sociedades refletirem-se nos ordenamentos jurídicos, forçando-os a amoldarem-se às novas realidades. O Direito, entretanto, em decorrência de sua evolução, passa a não mais se contentar em reger situações limitadas às fronteiras territoriais da sociedade que, modernamente, é representada pela figura do Estado. Assim como as comunidades de indivíduos não são iguais, o mesmo acontece com os Estados, cujas características variam segundo vários fatores (econômicos, sociais, políticos. culturais; comerciais, religiosos, geográficos etc.). À medida que estes se multiplicam e na medida em que crescem os intercâmbios internacionais, dos mais variados setores da vida humana. O Direito transcende os limites territoriais da soberania estatal rumo à criação de um sistema de normas jurídicas capaz de coordenar vários interesses estatais simultâneos, de forma a poderem os Estados, em seu conjunto, alcançar suas finalidades e interesses recíprocos. Verifica-se, com esse fenômeno, que o Direito vai deixando de somente regular questões internas para também disciplinar atividades que transcendem os limites físicos dos Estados, criando um conjunto de normas capazes de realizar esse mister sistema de normas jurídicas (dinâmico por excelência) que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos Estados (e também atualmente, as organizações Internacionais e dos próprios indivíduos) é o que se chama de Direito Internacional Público ou Das Gentes. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 10 Ideia de sociedade: ➢ Em um sentido mais lato, refere-se à totalidade das relações sociais entre as criaturas humanas; ➢ Cada agregado de seres humanos de ambos os sexos e de todas as idades, unidos num grupo que se autoperpetua e possui suas próprias instituições e culturas distintas em maior ou menor grau, pode ser uma sociedade; ➢ As instituições e a cultura de um grupo de ambos os sexos e de todas as idades, grupo esse, inclusive, mais ou menos distinto e que se perpétua. Sociedade Internacional e Comunidade Internacional e Sociedade Os conceitos de sociedade e comunidade são apenas questões nominativas, pois a relações devem se situar em centros de poder independentes. DEFINIÇÃO DE DIREITO INTERNACIONAL O Direito Internacional é composto por princípios e conjunto de normas que regula as relações externas dos sujeitos que compõem a sociedade internacional, principalmente, os Estados nacionais, como também as organizações internacionais. O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DEFINIÇÃO: Caracteriza-se pelo conjunto de normas que regulam as diversas relações existentes entre os múltiplos atores que compõem a sociedade internacional. A NORMA INTERNACIONAL As normas internacionais possuem características próprias, como tais: são poucas em número; são abstratas, são atributivas, por estabelecerem uma competência sem assinalarem a materialidade da ação a executar. (Enquanto norma jurídica, as regras são gerais e abstratas. São gerais porque não são prescritas para um indivíduo específico, mas para todos os que se enquadrem na regra; e são abstratas porque aplicáveis a todas as situações que se subsumirem à norma, e não apenas a um específico caso concreto. Uma Norma Atributiva é aquela que atribui em decorrência a coercibilidade. Tem a possibilidade de atribuir o direito de exigir o cumprimento do dever imposto para o indivíduo. Ex. A Constituição atribui à família a obrigação de amparar o idoso. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_internacional DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 11 Caberá aos magistrados identificar e aplicar a regra jurídica equivalente ao caso concreto). Surge com as fontes do Direito Internacional, expressas no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. (estabelecida pela Carta das Nações Unidas) JUS COGENS E SOFT LAW As regras imperativas (jus cogens) são as normas que impõem aos Estados obrigações objetivas, que prevalecem sobre quaisquer outras. Assim, o jus cogens compreende o conjunto de normas aceitas e reconhecidas pela comunidade internacional, que não podem ser objeto de derrogação pela vontade individual dos Estados, de forma que essas regras gerais só podem ser modificadas por outras de mesma natureza. Fundamentação: Artigos 53 e 64 do Decreto nº 7.030/09 CONVENÇÃO DE VIENA SOBREO DIREITO DOS TRATADOS O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 496, de 17 de julho de 2009, a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66; Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação da referida Convenção junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas em 25 de setembro de 2009; DECRETA: Art. 1o A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66, apensa por cópia ao presente Decreto, será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém. Artigo 53. Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza. http://www.jusbrasil.com/topico/10628446/artigo-84-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com/topico/10695563/inciso-iv-do-artigo-84-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027008/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23496841/art-1-do-decreto-7030-09 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 12 Artigo 64. Superveniência de uma Nova Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se. SOFT LAW - O QUE É SOFT LAW Pode-se conceituar soft law, no âmbito do direito internacional, como espécie de norma, entre as muitas exaradas pelas entidades internacionais, quer na esfera das organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas Agências, quer na de organizações regulatórias, tal qual a Câmara Internacional do Comércio (CIC). Diferencia-se a soft law de outras normas pelo seu caráter de flexibilidade e dependência de governança. Quando do surgimento da expressão soft law no mundo globalizado, alguns países tentaram uma tradução que se amoldasse à compreensão de seus falantes: derecho brando (direito brando - espanhol); diritto mite (direito suave -italiano); droit mou (direito macio - francês). Ocorre que não se tem uma real compreensão desse tipo de norma por essas traduções. Elas acabam por apoucar o verdadeiro sentido e a abrangência dessa norma especial. Por mais que se tenha incitado a criatividade, não foi diferente no Brasil. Algumas tentativas apontaram para direito flexível, direito brando, quase-direito, direito não cogente etc. Ainda, alguns autores entendem a soft law como direito verde (não maduro). Entretanto, logo se percebeu que as traduções eram inúteis, preferindo a maioria dos juristas e doutrinadores permanecer no anglicismo, mantendo-se a expressão tal qual usada internacionalmente. SOFT LAW E HARD LAW Para a doutrina clássica, o termo soft law é posto em paralelo com a expressão hard law para identificar as normas cogentes (tratados e costumes internacionais) e aquele, para indicar a espécie de norma flexível e, nessa visão, não obrigatória. Não se pode mais negar que os efeitos da soft law estão traduzidos em um corte horizontal, nas relações multilaterais, que atinge inexoravelmente o direito internacional público e o privado. Como negar as diferenças provocadas pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (Assembleia Geral da ONU em 1948) e as mudanças nas atividades dos países pela Agenda 21 (Eco-92)? Como não reconhecer, no meio internacional privado, a validade e DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 13 a obrigatoriedade do uso dos padrões adotados pela International Organization for Standardization (ISO)? Destarte, a soft law não é tratado internacional, na concepção posta pela Convenção de Viena, e tampouco se harmoniza ao conceito de costume. Mas, por outro lado, o novo desenho feito pela comunidade internacional para as relações entre Estados e sociedades transnacionais não mais permite que tais normas sejam enquadradas como de menor importância ou que delas não se espere obediência. FUNDAMENTOS Formas de justificar a existência e a validade do Direito Internacional Público. ➢ Corrente Voluntarista – Tem por fundamento a própria vontade dos Estados. O princípio do Pacta Sunt Servanda nos tratados firmados pelos Estados. ➢ Corrente Naturalista – Tem por fundamento razões objetivas, que se encontram acima do caráter volitivo do Estado. Obs. É na Corrente Naturalista que se encontra o jus cogens – tipificado no art. 53 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, que entrou em vigor em 1980, mas só foi promulgada pelo Brasil em 2009. PACTA SUNT SERVANDA E JUS COGENS ➢ A máxima Pacta Sunt Servanda é a base dos direitos dos tratados e diz respeito apenas aos Estados que pactuaram livremente. ➢ Já o Jus Cogens (normas cogentes de direito internacional) é calcado no reconhecimento da existência de direitos e de obrigações, independentemente da existência de algum tratado internacional. PERSPECTIVA O DPI sempre concebido como a expressão da vontade dos Estados no plano Internacional. DIREITO INTERNACIONAL RAMO DE DIREITO SUI GENERIS O direito internacional é, portanto, sui generis, peculiar, entre os ramos do direito. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 14 HIERARQUIA DAS NORMAS Discute-se se existe uma hierarquia das normas de direito internacional, se um tipo de norma seria superior a (e, portanto, prevaleceria contra) outro tipo de norma. Embora alguns juristas reconheçam, por exemplo, a superioridade dos princípios de direito internacional (tais como os princípios da igualdade jurídica dos Estados e da não- intervenção), grande parte dos estudiosos entende que inexiste hierarquia. RELAÇÕES ENTRE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E O DIREITO INTERNO ESTATAL EFICÁCIA E APLICABILIDADE Uma questão antiga, mas particularmente importante no campo da nossa disciplina, diz respeito à situação (eficácia e aplicabilidade) do Direito Internacional na ordem jurídica interna dos Estados. Ainda tergiversa a doutrina, sobre como resolver, o problema das relações entre o Direito Internacional Público Interno estatal. ASPECTOS JURÍDICOS DA EFICÁCIA E APLICABILIDADE DO DIP NA ORDEM JURÍDICA INTERNA Esse problema apresenta dois aspectos: ➢ um teórico, consistente no estudo da hierarquia do Direito Internacional frente ao Direito interno; ➢ e outro prático, relativo à efetiva solução dos conflitos porventura existentes entre a normativa internacional e as regras de direito interno. NATUREZA DA NORMA JURÍDICA INTERNACIONAL – ÂMBITO DE APLICAÇÃO O Estado é dotado de soberania, que se manifesta de duas maneiras, segundo o âmbito de aplicação. ➢ Na vertente interna de aplicação da soberania, o Estado encontra-se acima dos demais sujeitos de direito, constituindo-se na autoridade máxima em seu território. ➢ Na vertente externa, por outro lado, o Estado está em pé de igualdadecom os demais Estados soberanos que constituem a sociedade internacional. DICOTOMIA ENTRE AS VERTENTES EXTERNA E EXTERNA https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 15 Esta dicotomia entre as vertentes interna e externa do âmbito de aplicação da soberania do Estado reflete-se, também, na natureza da norma jurídica, conforme seja de direito interno ou de direito internacional. No direito interno, a norma emana do Estado ou é por este aprovada. O Estado impõe a ordem jurídica interna e garante a sanção em caso de sua violação. IGUALDADE DOS ESTADOS NO DIREITO INTERNACIONAL No direito internacional, os Estados são juridicamente iguais (princípio da igualdade jurídica dos Estados) e, portanto, não existe uma entidade central e superior ao conjunto de Estados, com a prerrogativa de impor o cumprimento da ordem jurídica internacional e de aplicar uma sanção por sua violação. 5ª e 6ª AULA RELAÇÕES ENTRE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E O DIREITO INTERNO ESTATAL EFICÁCIA E APLICABILIDADE Uma questão antiga, mas particularmente importante no campo da nossa disciplina, diz respeito à situação (eficácia e aplicabilidade) do Direito Internacional na ordem jurídica interna dos Estados. Ainda tergiversa a doutrina, sobre como resolver, o problema das relações entre o Direito Internacional Público Interno estatal. FASE ATUAL DO DIREITO INTERNACIONAL: PESSOAS JURÍDICAS E EMPRESAS COMO SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL Para alcançar esse objetivo observar-se-á o fato jurídico da personalidade jurídica e verificar-se-á, objetivamente, se na fase atual do direito internacional público ocorre efetivamente a incidência do complexo de normas que tornariam indivíduos e empresas sujeitos de direito internacional. Devido à correlação entre conceitos jurídicos, a personalidade jurídica será estudada em conjunto com a capacidade jurídica e o sujeito de direito, uma vez que sua coexistência não pode prescindir. LÓGICA JURÍDICA KELSENIANA E PONTIANA DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 16 A lógica jurídica kelseniana e pontiana servirão de embasamento para o estudo da incidência normativa que dá origem à personalidade jurídica de direito internacional e aos sujeitos de direito internacional, de tal forma que serão aplicadas à realidade jurídica internacional hodierna com o fito de verificar o que este estudo se propõe a fazer. DIREITO INTERNACIONAL PÚPLICO E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO - DISTINÇÃO ENTRE DIP E DIPr O direito internacional, também chamado de direito internacional público, distingue-se da disciplina jurídica do direito internacional privado. ADOÇÃO DE FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL A comunidade internacional adotou como fontes formais do direito internacional (DI) as elencadas no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ): tratados, costume e princípios gerais do direito internacional. Ainda, admite o mesmo artigo, como fontes subsidiárias, a doutrina e a jurisprudência. ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA Sob a denominação de Corte Internacional de Justiça, é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas, consoante artigo 92 da Carta das Nações Unidas: “Artigo 92 – A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e forma parte integrante da presente Carta”. A Corte Internacional de Justiça está instalada no Palácio da Paz, em Haia, na Holanda e está ligada à Organização das Nações Unidas. A Corte é o órgão judiciário das Nações Unidas, descrito na carta de São Francisco. Existindo desde o pós guerra ao tempo da Sociedade das Nações, estando todos os Estados-Membros ipso facto, integrados a ela. A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é parte da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional_privado DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 17 Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. COMPOSIÇÃO DA CORTE A Corte Internacional de Justiça se compõe de quinze juízes de diferentes Estados chamados “membros” da Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados, sendo as candidaturas apresentadas pelos grupos nacionais da chamada Corte Permanente de Arbitragem – que é na verdade uma lista de aproximadamente trezentas pessoas detentoras de conhecimento na área de Direito Internacional e em regra patrocinadas pelos seus respectivos governos. A Corte Internacional de Justiça julga litígios entre Estados soberanos; por vezes atende consultas da Assembleia Geral (ONU) e de outras instituições no âmbito das Nações Unidas. Rui Barbosa ainda é lembrado em Haia, por sua participação na Conferência da Paz de 1907; todavia eleito para a primeira composição, não chegou a atuar sobre nenhum processo. Posteriormente José Francisco Rezek, laureado, posto que anteriormente exerceu por duas vezes o munus de Ministro do Supremo Tribunal Federal. A carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco, no dia 26/06/1945 após o término da Conferência sobre Organização Internacional e entrou em vigor no dia 24/10/1945 junto com o Estatuto da Corte Internacional de Justiça e onde a França, Inglaterra, EUA, China e URSS obtiveram uma representação permanente e o direito de veto no Conselho de Segurança. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU A Sede da Organização das Nações Unidas está localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. Foi construída entre 1949 e 1952 e está localizada no setor leste de Manhattan. As Nações Unidas possuem três sedes adicionais, subsidiárias e regionais. Estas foram abertas em Genebra em 1946, em Viena em 1980 e em Nairóbi, em 2011. Todas estas sedes adicionais representam conjuntamente os interesses das Nações Unidas, facilitam atividades diplomáticas e gozam de extraterritorialidade; porém somente o complexo em Nova Iorque sedia os principais organismos da organização, incluindo a Assembleia https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Iorque https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/1949 https://pt.wikipedia.org/wiki/1952 https://pt.wikipedia.org/wiki/Manhattan https://pt.wikipedia.org/wiki/Genebra https://pt.wikipedia.org/wiki/1946 https://pt.wikipedia.org/wiki/Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/1980 https://pt.wikipedia.org/wiki/Nair%C3%B3bi https://pt.wikipedia.org/wiki/2011 https://pt.wikipedia.org/wiki/Extraterritorialidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 18 Geral e o Conselho de Segurança. Todas as quinze agências especializadas das Nações Unidas estão sediadas em locais fora da cidade de Nova Iorque. A CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA O Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacionalde Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU). Tem sede em Haia, nos Países Baixos. Por isso, também costuma ser denominada como Corte de Haia ou Tribunal de Haia. Sua sede é o Palácio da Paz. Foi instituído pelo artigo 92 da Carta das Nações Unidas: "Artigo 92. A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta." FUNÇÃO Sua principal função é resolver conflitos jurídicos a ele submetidos por Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas ordinariamente pela Assembleia Geral das Nações Unidas ou pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Extraordinariamente, poderão solicitar parecer consultivo órgãos e agências especializadas autorizados pela Assembleia Geral da ONU, desde que as questões submetidas estejam dentro de sua esfera de atividade (artigo 96, inciso II do Estatuto da Corte Internacional de Justiça). Foi fundado em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, em substituição à Corte Permanente de Justiça Internacional, instaurada pela Sociedade das Nações. O Tribunal Internacional de Justiça não deve ser confundido com a Corte Penal Internacional, que tem competência para julgar indivíduos e não Estados. Corte Penal Internacional ou Tribunal Penal Internacional (TPI) é o primeiro tribunal penal internacional permanente. Foi estabelecido em 2002 em Haia, Países Baixos, local da sua sede atual, conforme estabelece o Artigo 3º do Estatuto de Roma. O objetivo do TPI é promover a justiça, julgando e condenando indivíduos suspeitos de cometer crimes contra os direitos humanos. Basicamente conhece dos casos em que se alegue que um dos Estados-membros tenha violado um direito ou liberdade protegido pela Convenção, sendo necessário que se tenham esgotados os procedimentos previstos nesta. As pessoas, grupos ou entidades que não sejam o Estado não têm capacidade de https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ag%C3%AAncias_especializadas_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ag%C3%AAncias_especializadas_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Haia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Paz https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/1945 https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Permanente_de_Justi%C3%A7a_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Permanente_de_Justi%C3%A7a_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_das_Na%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Penal_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Penal_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/2002 https://pt.wikipedia.org/wiki/Haia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_de_Roma DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 19 impetrar casos junto à Corte, mas podem recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A Comissão pode, então, levar os assuntos diante desta. o Direito internacional, e seu mandato é de julgar os indivíduos e não os Estados (tarefa do Tribunal Internacional de Justiça). Por exemplo o caso de Maduro na Venezuela. ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA A carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco, no dia 26/06/1945 após o término da Conferência sobre Organização Internacional e entrou em vigor no dia 24/10/1945 junto com o Estatuto da Corte Internacional de Justiça e onde a França, Inglaterra, EUA, China e URSS obtiveram uma representação permanente e o direito de veto no Conselho de Segurança. DO ESTATUTO Artigo 1 A Corte Internacional de Justiça, estabelecida pela Carta das Nações Unidas como o principal órgão judiciário das Nações Unidas, será constituída e funcionará de acordo com as disposições do presente Estatuto. CAPÍTULO I ORGANIZAÇÃO DA CORTE Artigo 2 A Corte será composta de um corpo de juízes independentes, eleitos sem atenção à sua nacionalidade, dentre pessoas que gozem de alta consideração moral e possuam as condições exigidas em seus respectivos países para o desempenho das mais altas funções judiciárias ou que sejam jurisconsultos de reconhecida competência em direito internacional. Artigo 3 A Corte será composta de quinze membros, não podendo figurar entre eles dois nacionais do mesmo Estado. A pessoa que possa ser considerada nacional de mais de um Estado será, para efeito de sua inclusão como membro da Corte, considerada nacional do Estado em que exercer ordinariamente seus direitos civis e políticos. Artigo 38 A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Internacional_de_Justi%C3%A7a DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 20 b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito. (...) Artigo 59 - A decisão da Corte só será obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO FUNDAMENTO DO DIREITO INTERNACIONAL Serão demonstradas através das teorias do voluntarismo (vontade dos Estados); Sociológica desenvolvida por Duguit (o direito provém do meio social e que a norma social decorre da solidariedade que brota no âmago do referido grupo; e Jusnaturalista ( evidencia-se que a admissibilidade da existência de um direito superior ao direito positivo se apresenta desde a antiguidade, onde são observados escritos tanto na Grécia como em Roma). O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E AS RELAÇÕES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO O Direito Internacional, trata das relações do Direito Internacional Público, e do Direito Internacional Privado, e do âmbito normativo, podendo ser positivado ou costumeiro. TEORIAS: DA SUBORDINAÇÃO, DOS INTERESSES ➢ O Direito internacional privado, de acordo com a teoria de subordinação, é o direito que soluciona as relações entre particulares, e o direito internacional público, a relação do cidadão com o poder público. ➢ E, segundo a teoria dos interesses, o direito privado serve para a proteção de interesses particulares, eo direito público, procura servir aos interesses públicos. DISTINÇÕES ENTRE DIREITO INTERNACIONAL E PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 21 Ao analisarmos as distinções entre Direito internacional privado e público, devemos inicialmente entender o que é Direito internacional público e privado, necessariamente temos que mencionar que nem todos os sistemas jurídicos diferenciam os dois termos, sendo que no Brasil usamos a dicotomia que é direito privado e direito público. Podemos afirmar que existe afinidade entre ambas as disciplinas jurídicas, bem como, visto que em ambas as disciplinas estão voltadas à regulamentação de dimensões específicas da sociedade internacional. CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO O direito internacional público é o conjunto de regras e princípios que regula a sociedade internacional. A sociedade internacional é composta por Estados, Organizações Internacionais. É um ramo que nasce na Idade Média, com a própria formação do estado, mas que ganha maior importância a partir da consolidação dos Estados europeus e a expansão ultramarina. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO – DIREITO DAS GENTES O direito internacional público também pode ser chamado de “direito das gentes”: que vem do direito romano jus gentium, que designa o direito aplicável entre os cidadãos romanos e os estrangeiros ou entre estrangeiros, um direito com menos formalismo, mais guiado pela equidade. Esse ramo do direito não deveria ser um direito entre Estados, mas um direito entre indivíduos de todo o mundo. O Estado seria apenas uma ficção jurídica que tenderia a desaparecer com o tempo. SISTEMA JURÍDICO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO O Direito internacional público é um sistema jurídico autônomo, sendo ele regulador das relações entre os estados. Um conceito clássico do Direito Internacional Público é o de Alberto do Amaral Júnior, que o define como o ramo do Direito que “tem sido tradicionalmente entendido como o conjunto das regras escritas e não escritas que regula o comportamento dos Estados”, lembrando que essa concepção remonta à Paz de Vestfália, que “consolidou o sistema moderno dos Estados”. SISTEMA JURÍDICO AUTONOMO ENTRE ESTADO SOBERANOS DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 22 Na mesma linha, Francisco Rezek alude a um “sistema jurídico autônomo, onde se ordenam as relações entre os Estados soberanos”. O Direito Internacional Público, foi criado com a distinção de construir relações jurídicas, com o objetivo de orientar todas as organizações no âmbito internacional, bem como estabelecer ordens, e leis comuns que regue os comportamentos que extrapolar a esfera da soberania. ESTATUTO DA CORTE DE HAIA De acordo com o livro do VARELLA as fontes do Direito Internacional Público são as formas nas quais as normas internacionais se manifestam. De acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte de Haia (o “rol das fontes”), são considerados fontes do Direito Internacional: os tratados, os costumes e os princípios gerais do direito. Como meios auxiliares, consideram-se a jurisprudência e a doutrina, facultando o emprego da equidade. O Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Tem sede em Haia, nos Países Baixos. Por isso, também costuma ser denominada como Corte da Haia ou Tribunal da Haia. Sua sede é o Palácio da Paz. Foi instituído pelo artigo 92 da Carta das Nações Unidas: "A Corte Internacional de Justiça constitui o órgão judiciário principal das Nações Unidas. Funciona de acordo com um Estatuto estabelecido com base no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e anexado à presente Carta da qual faz parte integrante." Sua principal função é de resolver conflitos jurídicos a ele submetidos pelos Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou por órgãos e agências especializadas acreditadas pela Assembleia da ONU, de acordo com a Carta das Nações Unidas. Foi fundado em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, em substituição à Corte Permanente de Justiça Internacional, instaurada pela Sociedade das Nações. O Tribunal Internacional de Justiça não deve ser confundido com a Corte Penal Internacional, que tem competência para julgar indivíduos e não Estados. https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Haia https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixos https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Paz https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Seguran%C3%A7a_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/1945 https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Permanente_de_Justi%C3%A7a_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_das_Na%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_das_Na%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Penal_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Penal_Internacional DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 23 O trabalho da Corte é um conjunto variado de atividades judiciais. Até hoje, a CIJ já lidou com relativamente poucos casos. Entretanto, desde da década de 80, vem havendo um aumento na vontade de se fazer uso da Corte, especialmente entre os países em desenvolvimento. DA UNIVERSALIDADE DO FATO JURÍDICO Ademais, a universalidade do fato jurídico, requisito imprescindível para que determinada norma figure no âmbito do direito das gentes, pode também ser questionada. Isto porque uma fonte jurídica convencional de direito das gentes para ser considerada norma geral de direito internacional deve ter abrangência universal, ou no mínimo, algo que muito se aproxime disso, haja vista que caso não possua essa característica o dispositivo legal estará fadado a ser comparado com acordos regionais. Nesta senda, a carência de universalidade da personalidade jurídica do indivíduo em tribunais que se propõem a ser de jurisdição universal, à exemplo do TPI, pode ser constatada pela não ratificação de seu tratado constitutivo pelos EUA, China, Rússia, Etiópia, Egito, Arábia Saudita, dentre outros países do globo com influência no direito da gentes, os quais representam contingente significante da população mundial. A estes indivíduos a personalidade de direito Internacional não incide. SISTEMA JURÍDICO AUTÔNOMO O direito internacional público é um sistema jurídico autônomo que “regulamenta a conduta mútua de Estados”. Também denominado direito das gentes, ele é baseado no consentimento, no princípio pacta sunt servanda. Na relação entre Estados e indivíduos na ordem interna, evidencia-se a subordinação. Diferentemente, na ordem jurídica internacional, a convivência entre países é regida pelo princípio da coordenação. Somente a aquiescência de um Estado soberano pode convalidar a autoridade de um foro judiciário ou arbitral sobre ele. A ORDEM JURÍDICA UNIVERSAL “A ordem jurídica universal demonstra, de modo notável, o alto grau da sua descentralização, se comparada com o tipo de ordensjurídicas com as quais está mais intimamente relacionada: um Estado federal ou uma confederação de Estados.” Trata-se de um direito criado para reger a relação entre Estados, entre países soberanos. Por isso diz-se que a personalidade jurídica do Estado é originária, porque o Estado é DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 24 antes de tudo uma realidade física, um espaço territorial sobre o qual vive uma comunidade de indivíduos. DIREITO INTERNACIONAL EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO Trata-se de um ramo do direito que nasce na Idade Média, com a própria formação do Estado, mas que ganha maior importância a partir da consolidação dos Estados europeus e a expansão ultramarina. Cresce com a maior interdependência global, no século XX, e sofre uma expansão importante, sobretudo, a partir dos anos noventa. Como o próprio mundo moderno, o direito internacional é um ramo do direito em constante transformação. É um dos ramos do direito que mais sofre transformações nos últimos anos. DIREITO INTERNACIONAL PÚPLICO E DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO - DISTINÇÃO O direito internacional, também chamado de direito internacional público, distingue-se da disciplina jurídica do direito internacional privado. Em uma determinada ordem, os homens se agrupam estabelecendo dois tipos de relação: a comunalização e a socialização. ➢ A comunalização designa a atividade social unificadora que se fundamenta no sentimento subjetivo dos participantes de pertencerem a um mesmo conjunto. ➢ A socialização designa atividade social que unifica os seres na base de um compromisso ou de uma coordenação de interesses segundo o esquema da racionalização por valor ou por finalidade. A Comunalização repousa em um sentimento de ordem tradicional ou afetivo que pode ser de caráter religioso, doméstico, étnico. A socialização repousa em um comprometimento comum, querido por motivos racionais (troca e mercado, associação para defender interesses, associação ideológica etc). COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL Apesar de não constituir novidade na área jurídica, o estudo da cooperação jurídica internacional adquire particular relevo na atualidade, diante da conjuntura internacional de um mundo multicultural, por possibilitar o dinamismo e a eficácia da prestação da tutela jurisdicional estatal. Isso se deve ao fato de as transformações ocorridas nas https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional_privado DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 25 sociedades refletirem-se nos ordenamentos jurídicos, forçando-os a amoldarem-se às novas realidades. DOS FATORES FUNDAMENTAIS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS A intensificação das relações internacionais no período seguinte à Segunda Guerra Mundial, segundo Eduardo Felipe P. Matias, deve-se, principalmente, a dois fatores fundamentais: ➢ “O primeiro relaciona-se com a consciência dos Estados quanto ao fato de que não são auto-suficientes, de que o isolamento representa um retrocesso e de que o crescimento está vinculado à cooperação. ➢ O segundo fator é a coexistência de múltiplos Estados independentes.” O contexto atual fez com que os Estados deparassem com problemas que não conseguiriam resolver sozinhos, ou, pelo menos, resolveriam melhor por meio da cooperação. Nessa nova ordem global, é inevitável que haja uma série de políticas públicas que não podem ser implementadas sem a cooperação de outros países, enquanto várias funções tradicionais dos Estados não poderiam ser cumpridas sem se recorrer a formas internacionais de colaboração. COOPERAÇÃO JURÍDICA Cooperação pressupõe trabalho conjunto, colaboração. É nesse sentido que toda e qualquer forma de colaboração entre Estados, para a consecução de um objetivo comum, que tenha reflexos jurídicos, denomina-se cooperação jurídica internacional. COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL Cooperação jurídica internacional, que é a terminologia consagrada, significa, em sentido amplo, o intercâmbio internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas processuais do Poder Judiciário de outro Estado. Tradicionalmente também incluir-se-ia nessa matéria o problema da competência internacional. Além disso, hoje há novas possibilidades de uma atuação administrativa do Estado nessa matéria, em modalidades de contato direto entre os entes estatais. COOPERAÇÃO JURÍDICA: ATIVO E PASSIVO- PRESERVAÇÃO DA SOBERANIA DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 26 A cooperação jurídica internacional pode ser classificada nas modalidades ativa e passiva, de acordo com a posição de cada um dos Estados cooperantes. A cooperação será ativa quando um Estado (requerente) formular a outro (requerido) um pedido de assistência jurídica; a cooperação, por outro lado, será passiva quando um Estado (requerido) receber do outro (requerente) um pedido de cooperação. Hoje em dia, no entanto, já não se pode vincular os conceitos tradicionais de soberania à cooperação jurídica internacional. A cooperação jurídica entre Estados pode ser vista, de certa forma, como um meio de preservar a própria soberania. Não existe uma definição absoluta de soberania. No entanto, no âmbito da cooperação jurídica internacional, a soberania pode ser vista como “o poder do Estado em relação às pessoas e coisas dentro de seu território”. Dessa forma, cabe ao Estado soberano proteger-se de ingerências externas e, ao mesmo tempo, garantir o seguimento e a execução das regras estabelecidas em seu território. 4ª AULA ESTADO E ESTADO MODERNO O termo Estado (do latim status,us: modo de estar, situação, condição), segundo o Dicionário Houaiss, data do século XIII e designa o "conjunto das instituições que controlam e administram uma nação"; "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado" (não confundir com governo). Os agrupamentos sucessivos e cada vez maiores de seres humanos procedem de tal forma a chegarem à ideia de Estado, cujas bases foram determinadas na história mundial com a Ordem de Wetsfalia (Paz de Vestfália), em 1648. A instituição estatal, que possui uma base de prescrições jurídicas e sociais a serem seguidas, evidencia-se como "casa-forte" das leis que devem regimentar e regulamentar a vida em sociedade. ESTADO – COISA PÚBLICA Para Kant, o Estado tanto é designado por coisa pública (res publica), quando tem por liame o interesse que todos têm em viver no estado jurídico, como por potentia (poder), quando se pensa em relação com outros povos, ou por gens (nação), por causa da união que se pretende hereditária. Entende o Estado como comunidade, soberania e nação, se utilizadas categorias de hoje, dado que o Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Houaiss https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIII https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo https://pt.wikipedia.org/wiki/Paz_de_Vestf%C3%A1lia https://pt.wikipedia.org/wiki/1648 https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa-forte https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei https://pt.wikipedia.org/wiki/Kant https://pt.wikipedia.org/wiki/Res_publica https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%A3o DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 27 é ao mesmo tempo Estado-comunidade,ou república, Estado-aparelho, ou principado, e comunidade de gerações, ou nação. Segundo o jurista italiano Norberto Bobbio, a palavra foi utilizada pela primeira vez, com o seu sentido contemporâneo, no livro A Arte da Guerra, pelo general estrategista Sun Tzu, e posteriormente no livro denominado “O Príncipe”, do diplomata e militar Nicolau Maquiavel. Desse modo, o Estado representa a forma máxima de organização humana, somente transcendendo, a ele, a concepção de "comunidade internacional". O Estado é o mais importante ator e também considerado sujeito originário da sociedade internacional. ESTADO - ORGANIZADO POLÍTICA, SOCIAL E JURIDICAMENTE OCUPANDO UM TERRITÓRIO É organizado política, social e juridicamente, ocupando um território definido onde, normalmente, a lei máxima é uma constituição escrita. É dirigido por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". ESTADO RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO E PELO CONTROLE SOCIAL O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio da violência legítima (coerção, especialmente a legal). Segundo a divisão setorial sociológica mais comum, considera-se o Estado o Primeiro Setor, ficando o Mercado e as Entidades da Sociedade Civil respectivamente como Segundo e Terceiro Setores. INDEPENDÊNCIA DE UM ESTADO – ACORDOS INTERNACIONAIS O reconhecimento da independência de um Estado em relação aos outros, permitindo, ao primeiro, firmar acordos internacionais, é uma condição fundamental para estabelecimento da soberania. O Estado pode também ser definido em termos de condições internas, especificamente (conforme descreveu Max Weber, entre outros) no que diz respeito à instituição do monopólio do uso da violência (coercitibilidade legal). 6ª AULA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL https://pt.wikipedia.org/wiki/Jurista https://pt.wikipedia.org/wiki/Norberto_Bobbio https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Arte_da_Guerra https://pt.wikipedia.org/wiki/Sun_Tzu https://pt.wikipedia.org/wiki/Sun_Tzu https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pr%C3%ADncipe https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Escrita https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberano https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_setor https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Civil https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_Setor https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_setor https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_setor https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado https://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 28 A Organização Internacional foi constituída, em 1945, por 51 Estados e atualmente conta com 193 Estados. A Organização Internacional é uma organização com membros, adesão ou presença internacional. Existem dois tipos principais: • Organização intergovernamental: O tipo de organização mais associado com o termo "organização internacional", composta principalmente de Estados soberanos. Exemplos notáveis incluem a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Conselho da Europa e Organização Mundial do Comércio (OMC). A ONU tem adotado o termo "organização intergovernamental" ao invés de "organização internacional" para maior clareza do perfil da organização. • Organização internacional não governamental: Organizações não governamentais que operam internacionalmente. Incluem organizações sem fins lucrativos que atuam a nível internacional e empresas como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras, que atuam em diversos países. CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL A sociedade internacional sofreu grandes mudanças com o passar dos tempos, e para compreender essas alterações o estudo das características ganha relevo. Assim, pode-se afirmar que a sociedade internacional é universal, aberta, paritária e descentralizadora. ➢ UNIVERSAL – A universalização do Direito Internacional ocorreu após a Segunda Grande Guerra Mundial, em especial pela ocorrência da descolonização, haja vista que somente a metrópole tinha acesso à sociedade internacional. No início do Século XX, a sociedade internacional comportava a existência de apenas 43 Estados, sendo 21 americanos, 21 europeus e apenas 1 asiático (o Japão), em razão da classificação (que não existe mais) dos Estados em civilizados, semicivilizados e não civilizados. A classificação de Von List, concebia os Estados civilizados como sendo os Estados cristãos e se beneficiavam do Direito Internacional. Os Semicivilizados (China, Pérsia e Marrocos) não integravam a sociedade internacional. Com o fim da Guerra, e o aparecimento de https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_intergovernamental https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Coopera%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento_Econ%C3%B3mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Coopera%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento_Econ%C3%B3mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Seguran%C3%A7a_e_Coopera%C3%A7%C3%A3o_na_Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Seguran%C3%A7a_e_Coopera%C3%A7%C3%A3o_na_Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_da_Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Organiza%C3%A7%C3%A3o_internacional_n%C3%A3o_governamental&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_governamental https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_governamental https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_sem_fins_lucrativos https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_sem_fins_lucrativos https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_Internacional_da_Cruz_Vermelha https://pt.wikipedia.org/wiki/Comit%C3%AA_Internacional_da_Cruz_Vermelha https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dicos_sem_Fronteiras DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 29 novos Estados, é que a Sociedade internacional passa a assumir contornos universalistas. ➢ ABERTA – A Sociedade internacional é aberta pelo fato de que não existe um número determinado de atores que façam parte das relações internacionais. ➢ DESCENTRALIZADA – A Sociedade internacional não possui uma organização institucional, a exemplo do que ocorre nos Estados. ➢ PARITÁRIA – É paritária porque consagra a igualdade jurídica. 7ª AULA ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS As Organizações internacionais se apresentam como entes formados por um acordo concluído entre Estados e são dotados de personalidade jurídica própria,como por exemplo a ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU); ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS DA AMÉRICA (OEA); A AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA (AIEA) (é uma organização internacional autônoma, com relações diretas com a ONU (Organização das Nações Unidas). É voltada para o uso seguro e pacífico da energia atômica. Estabelecida em julho de 1957 e sua sede fica na cidade de Viena (Áustria)). CRIAÇAO E ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional. Uma substituição à Liga das Nações, a organização foi estabelecida em 24 de outubro de 1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito como aquele. ESTADOS MEMBROS DA ONU Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 estados-membros; hoje são 193. A sua sede está localizada em Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade (Está em um território que ultrapassa os limites federativos do País/Estado em que se encontra). OBJETIVOS DA ONU https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_intergovernamental https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_das_Na%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados-membros_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Sede_da_Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Manhattan https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_York https://pt.wikipedia.org/wiki/Extraterritorialidade DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 30 Outros escritórios situam-se em Genebra (cidade da Suíça, capital Berna), Nairóbi (Quênia) e Viena (capital da Austria). A organização é financiada com contribuições avaliadas e voluntárias dos países-membros. Os seus objetivos incluem manter a segurança e a paz mundial, promover os direitos humanos, auxiliar no desenvolvimento econômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados. CRIAÇÃO DA ONU E A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS Durante a Segunda Guerra, o presidente estadunidense, Franklin D. Roosevelt, começou a discutir a criação de uma agência que sucederia a Liga das Nações, e a Carta das Nações Unidas foi elaborada em uma conferência em abril–junho de 1945; a carta entrou em vigor a 24 de outubro de 1945, e a ONU começou a operar. CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS OU CARTA DE SÃO FRANCISCO A Carta das Nações Unidas ou Carta de São Francisco é o acordo que formou a Organização das Nações Unidas logo após a Segunda Guerra Mundial, em substituição à Liga das Nações, como entidade máxima da discussão do direito internacional e fórum de relações e entendimentos supranacionais. A Carta foi assinada em São Francisco em 26 de junho de 1945, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça é parte integrante da Carta. Como Carta, trata-se de um acordo constitutivo, e todos os membros estão sujeitos aos seus artigos. Ademais, a Carta postula que as obrigações às Nações Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos. Grande parte dos países ratificaram-na. A Carta consiste de um preâmbulo e uma série de artigos divididos em capítulos. • Capítulo I: propõe os princípios e propósitos das Nações Unidas, incluindo as provisões importantes da manutenção da paz internacional e segurança. • Capítulo II: define os critérios para ser membro das Nações Unidas. • Capítulos III-XV: a maior parte do documento, descreve os órgãos da ONU e seus respetivos poderes. https://pt.wikipedia.org/wiki/Genebra https://pt.wikipedia.org/wiki/Nair%C3%B3bi https://pt.wikipedia.org/wiki/Viena https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Paz_mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_econ%C3%B4mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Progresso_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente https://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_Delano_Roosevelt https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_das_Na%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Francisco https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Francisco https://pt.wikipedia.org/wiki/26_de_junho https://pt.wikipedia.org/wiki/1945 https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional https://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_outubro https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Internacional_de_Justi%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratifica%C3%A7%C3%A3o DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ELIETTE RODRIGUES DE AMORIM ______________________________________________________________________ 31 • Capítulos XVI e XVII: descrevem os convênios para integrar-se à ONU com a lei internacional estabelecida. • Capítulos XVIII e XIX: proporcionam os critérios para retificação e ratificação da Carta. O principal propósito da Carta das Nações Unidas foi o de transferir o monopólio da força legítima de cada Estado para um gendarme mundial. Como explica Max Weber, o Estado soberano moderno se define pelo "monopólio da força legítima": sobre seu território, ele assegura soberanamente a polícia; em relação ao exterior, ele é o senhor da guerra que se contrapõe a toda agressão externa. Segundo a Carta, a guerra é um ato legítimo, "natural" nas relações entre Estados, uma delinquência que compete ao gendarme (força militar encarregada de manter a ordem pública no âmbito da população civil) mundial, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, prevenir ou fazer cessar. Entretanto, a Carta não garante, a nenhum Estado, que a ONU virá necessariamente protegê-lo em caso de ataque. O compromisso da Carta é que, se um Estado for agredido por outro Estado, o Conselho de Segurança irá deliberar sobre o conflito e, se seus membros chegarem a um acordo, alguma medida poderá ser tomada. Diante de um conflito, cada um dos cinco membros permanentes pode vetar ou bloquear qualquer proposta de resolução referente a esse conflito. Durante a Guerra Fria, por exemplo, a guerra do Vietnam e a guerra do Afeganistão escaparam do Conselho de Segurança, já que uma das superpotências indicava claramente que recorreria ao veto se o caso fosse levado ao Conselho. A Carta reconhece esses seus limites no artigo 51, que estabelece que "nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas". Portanto, o gendarme mundial age, se puder agir, de modo que "todo Estado pode se ver só diante do seu agressor." https://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio_da_viol%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio_da_viol%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Gendarme https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberano https://pt.wikipedia.org/wiki/Moderno https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra https://pt.wikipedia.org/wiki/Legitimidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_natural
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