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Wertheimer, M. (1976). Pequena história da psicologia

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Instituto São Boaventura
Filosofia - primeiro semente 
Disciplina: Introdução à Psicologia
Aluno: Jéverson de Andrade
Resumo Crítico I
Pequena história da psicologia
 No quarto capítulo, Wertheimer nos remonta as linhas de desenvolvimento da psicologia experimental partindo dos princípios da filosofia grega antiga e pontuando os principais influentes até o seu nascimento factual no século XIX. Está dividido em três tendências: empirismo crítico, associacionismo e materialismo científico; nas quais no decorrer do capítulo desmiuça pensadores e períodos.
Compreende-se do texto, que desde os antigos gregos a ponderação e o questionamento sobre o mundo e sobre como o ser humano pode obter conhecimento dele, já fazia parte da problemática daquele período. Contudo, na Idade Média, a prática do empirismo crítico questiona as verdades das autoridades vigentes naquele tempo. A ascensão lógica e a compreensão de que cada um pode exercer o experimento e tirar suas próprias conclusões, expandiu os conhecimentos para além dos livros e dos monólogos. Neste contexto, o Zeitgeist, isto é, a suma intelectual e cultural do mundo toma novos patamares. Copérnico, um dos primeiros empiristas, através de suas observações divergiu do sistema geocêntrico e propôs que o Sol, e não a Terra, que estava no centro do Universo. Muitos outros, como Gilbert, Galileu Issac Newton, Francis Bacon, valorizaram a virtude da abordagem do conhecimento através da indução e da observação. As questões acerca do homem, dele mesmo e do mundo não cessaram: o ser humano é inato com algumas ideias ou tudo deve chegar à mente pela experiência? Para Platão o homem nascia com noções, por enquanto uma parte dos filósofos tendiam ao empirismo de Aristóteles de que o homem nasce sem nada saber e deve aprender através do experimento. Já Descartes, sustenta: cogito ergo sum – “penso, logo existo”. Locke vai mais além, define em qualidades primárias que corresponde à percepção das características do objeto: solidez, movimento, forma, numero; e as qualidades secundárias, despertadas em nós pela força do objeto: cor, som, sabor, etc. Kant chega a outros conceitos: “nossas percepções, diz ele, não nos fornecem nossos conceitos; ao contrário, elas é que nos são dadas segundo nossos conceitos – de acordo com nossos meios inatos de perceber o mundo”. Aqui, Kant nos chama atenção de que mente nos faz perceber o mundo de acordo com certos princípios inatos. Esses princípios ele chama de “categorias”; que são responsáveis de organizar nossas percepções. 
O associacionismo relaciona o funcionamento da vida mental humana partindo de conexões originárias das experiências dos sentidos; esse desenvolvimento inglês afetou a psicologia moderna. Na compilação Algumas Observações sobre o Homem, Hartley, um dos principais formuladores da doutrina do associacionismo, apresentou o que se pôde considerar uma primeira psicologia fisiológica da mente. Ele afirmava que os estímulos produzem vibrações nos nervos e os sentidos são resultados das vibrações. Essas afirmações apresentam estreita afinidade com a teoria de Hebb, sobre o conceito de circuitos nervosos. Spencer, autor da obra Princípios de Psicologia, que incluía a nova ideia de associacionismo evolucional defende que as associações frequentemente repetidas são transmitidas às gerações seguintes como instinto evolucional. Mas foi Bain que escreveu o primeiro manual sistemático de psicologia que trata das atividades espontâneas do sistema nervoso.
O materialismo científico acredita que os fenômenos mentais e comportamentais podem ser decifrados mecanicamente e materialistamente, acreditando que a força dos sentidos gera processos mentais. Esse conceito foi analisado por Pierre Cabanis nos corpos recém-decapitados, mas sua conclusão é que depois da cabeça se separada do corpo, ela já não é mais consciente. Convenceu-se que a consciência é função direta do cérebro. O materialismo científico quebrou muitas ideologias que tentavam explicar a realidade; por exemplo: os movimentos do coração e o fluxo sanguíneo como funções mecânicas e hidráulicas, deixando de lado justificações de espíritos vitais. Nos diversos lugares onde o materialismo científico foi refletido foram entendidos com diferentes graus de aprofundamento. 
Os diferentes ramos científicos, desde a biologia à matemática, os inúmeros filósofos de variadas épocas e Zeitgeist, os diversos apontamentos dos pontos de vistas (empirismo crítico, associacionismo e materialismo científico) contribuíram para o que temos agora como a ciência da psicologia experimental.
Referência bibliográfica:
Wertheimer, M. (1976). Pequena história da psicologia. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. São Paulo. Editor Nacional. (Cap. 4)

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