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Crimes de perigo 
Art.133 - Abandonar pessoa sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade. 
Guarda: determinação legal 
Vigilância: intervenção do poder público 
Autoridade: subordinação 
Aumento de pena 1/3: 
 Se o abandono for em lugar ermo; 
 Se o agente e ascendente, descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima; 
 Se a vitima for maior de 60 anos; 
Sujeito ativo: quem exerce cuidado, guarda, vigilância e autoridade 
Sujeito passivo: pessoa que está sob cuidado, guarda, vigilância e autoridade 
Tentativa: possível 
Ação penal incondicionada 
ART 134 - Abandono de recém-nascido: 
 Considera-se recém- nascido o prematuro que ainda estiver com cordão umbilical; 
 Crime para ocultar desonra: insexto, traição. 
PROSTITUTA NÃO RESPONDE POR DESONRA. 
Mãe e pai são garantidores do incapaz, sendo assim quando não evitam o resultado, respondem pelo ato 
CRIME DE HOMÍCICIO DOLOSO 
Sujeito ativo- mãe ou pai 
Sujeito passivo: recém nascido 
Consumação: abandono com exposição. E necessário que a mulher consiga efetivamente ocultar desonra. 
Tentativa na forma comissiva, omissiva: NÃO 
Ação Penal: Ação Penal Publica incondicionada 
Art. 135 Omissão de Socorro 
Núcleo do tipo: deixar de prestar socorro, quando possível fazer, não havendo risco pessoal 
Difere da lei 9503/95 art 304 como arts. 303 e 304: 
a. condutor de veículo automotor que culposamente, provoque o acidente, causando lesões a vítima e 
não socorre, comete o crime de lesão culposa, tendo a pena aumentada por falta de socorro. 
b. Condutor de veiculo automotor envolvido em acidente, que não agiu de forma culposa, mas que em 
seguida, não prestou socorro a vitima comete crime de omissão de socorro previsto no art 304 do 
Cód. De transito, lei 9503/97. 
c. No caso da omissão por dolo do condutor de veiculo automotor em que a omissão causou o resultado 
“morte” da vitima, o agente responderá pelo art 303 lei 9503/97 por homicídio doloso. Passageiro 
pelo art 135 Cód. Penal. 
d. Qualquer outra pessoa que não preste socorro em caso de acidente de trânsito incorre no crime do 
artigo 135 do Código Penal. 
e. Qualquer outra omissão de socorro que não seja de acidente de trânsito configura sempre o crime do 
art 135, Código Penal. 
f. Mesmo que a lesão seja leve deverá se prestar o socorro 
g. Tem que prestar o socorro mesmo que a vitima tenha morrido instantaneamente § único art. 304 lei 
9.503/97 
Exceção: Se a vitima for pessoa idosa > de 60 anos, hipótese que configure crime específico, mencionado no 
art. 97 do Estatuto do Idoso 
Obs:Se várias pessoas omitem socorro a determinada vitima, mas depois uma pessoa socorre ou comunica 
órgão público, exclui todos os anteriores de crime de omissão de socorro. 
Sujeito passivo: criança ( abandonada/extraviada) pessoa inválida, idoso (que esteja necessitando de 
tratamento de saúde, haverá crime específico previsto no art 97 lei 10.741/03, pessoa ferida, ao desamparo, 
pessoa em grave e eminente perigo 
Sujeito ativo: qualquer pessoa 
Tentativa: não é possível 
Consumação: momento da omissão 
Aumento de pena: quando a omissão resulta em lesão corporal grave e triplicada quando resulta morte. 
Ação Penal Pública incondicionada 
 
ART. 136 MAUS TRATOS 
Expor perigo a vida ou a saúde 
Autoridade privando de alimentação, 
Guarda cuidados 
Vigilância trabalhos excessivo 
 Abuso do meio de correção/dispensa 
 
Sujeito ativo: qualquer pessoa que tenha autoridade, guarda e vigilância 
Sujeito passivo: qualquer pessoa que esteja sob autoridade, guarda e vigilância 
Consumação: momento da produção do perigo 
Tentativa: possível na modalidade comissiva 
Ação Penal Publica incondicionada. 
No caso de maus tratos com requinte de tortura, sofrimento intenso físico ou mental, está configurado crime 
do art 1ºda Lei 9455/97 (lei anti-tortura) possuindo pena maior. Ex: amarrar vitima e chicoteá-la, aplicar ferro 
em brasa. 
Obs: Diferença entre crime de maus tratos e lesão corporal leve. 
Está no dolo. Nas lesões corporais, o dolo é o dano, porque o agente quer machucar a vítima. Nos maus-
tratos o dolo é de perigo. Ex: quando um pai para corrigir o filho dar-lhe uma surra e deste culposamente 
decorre uma lesão, o crime é apenas de maus tratos.se for comprovado que houve dolo nas lesões o agente 
respode pelo crime art 129 lesão corporal que é mais grave. 
Art. 137 RIXA – participar de briga desenfreada 
Necessário: haver + de 3 pessoas 
Rixosos e rixentos participantes da rixa 
 
Obs: Aumento de pena: toda vez que houver morte e lesão grave; 
 Todos os rixosos respondem pelo resultado inclusive o que sofreu a lesão; 
 Menor: mesmo assim tem crime de rixa, se for maior 2 maiores e 3 menores, somente os maiores 
respondem, os menores respondem por contravenção penal. 
Sujeito ativo: rixosos 
Sujeitos passivos: rixosos 
Consumação: no momento que inicia a troca de agressões. 
Tentativa: em regra não é possível, pois não há combinação, somente no caso em que várias pessoas 
combinam uma briga, no caso se a policia chega antes a briga deixará de ocorrer. 
Ação penal Pública incondicionada 
CRIMES CONTRA HONRA 
Em regra Ação Penal Privada 
Art 138 – Calúnia – Imputar à alguém falsamente FATO CRIMINOSO, tutela a honra objetiva. 
Ex. 1: João entrou na minha casa e roubou o dinheiro que estava em cima da mesa. 
Excludente de ilicitude: 
Se pessoa estiver sendo processada por calúnia em crime imputado ao ofendido deixar de existir. Ex: Júlia 
mulher casada estava traindo o marido com jacinto e exatamente no transcorrer da ação, lei de adultério e 
revogado, portanto o agente deverá ser condenado por difamação. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa, exceto os que gozam de imunidade (deputados estaduais e vereadores), 
desde que não seja na esfera civil. 
Sujeito passivo: qualquer pessoa: desonrados, mortos, menores de idade e doentes mentais. 
Pessoa Jurídica: em regra, não podem cometer fato definido como crime, também não pode ser sujeito 
passivo da calúnia, eventuais ofensas, tem como sujeito passivo a pessoa que dentro da empresa seria 
responsável pelo fato imputado. Atualmente é possível caluniar uma PJ imputando-lhe falsamente um fato 
definido como crime contra meio ambiente. 
Exceção da verdade 
Só será calúnia se a imputação for falsa. Se ela for verdadeira o fato é atípico, a falsidade de imputação é 
presumido. O querelado pode arrolar testemunha para confirmar a veracidade de suas alegações, 
confirmando a veracidade da imputação. 
Hipóteses em que é legalmente vedada a exceção da verdade: 
§ 3º do CP 
I – se, constituído o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença 
irrecorrível. 
Exemplo em sala: 
1º. Professor Marcelo diz que Fabrício falou mal do professor Rolim, onde Fabrício estaria difamando 
Rolim; 
2º. Rolim ingressa com Ação penal privada, contra Fabricio por difamação; 
3º. E Fabrício entra com Ação penal Privada contra Marcelo por calúnia; 
4º. Porém Marcelo (querelado) consegue provar que Fabrício (querelante) mediante exceção da verdade 
a difamação imputada por Fabricio à Rolim. 
II - Se o crime é imputado ao Presidente da República, ou chefe de Estado. 
Só poderá ser acusado de maneira formal pelo procurador geral da república. Quando alguém está sendo 
acusado por ter caluniado, por exemplo uma governador do estado, é cabível a exceção da verdade, mas 
será julgado pelo STJ, todavia o STF não julga exceção da verdade contra o presidente da republica, porque 
esta é vedada. Se o crime contra a honra do presidente da república tiver sito cometido por motivação politica 
haverá crime especifico, contra a segurança nacional. 
III – se o crime imputado,embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença. 
O crime poderá imputado por ação pública ou privada, em todo caso se já existe sentença absolutória 
transitada em julgado em relação a tal crime, a presunção de falsidade da imputação torna-se absoluta, não 
sendo possível opor-se exceção da verdade. 
ART. 139 – DIFAMAÇÃO – Imputar fato ofensivo à sua reputação, tutela a honra objetiva, a reputação da 
pessoa perante o grupo social. 
Ex.1 – caracteriza difamação se vizinho diz que filha de seu amigo foi vista entrando para trabalhar em casa 
de prostituição, não deverá o mesmo espalhar para os demais vizinhos porque se o fizer a moça ficará mal 
falada e responderá por difamação. 
Ex.2 – funcionário de prédio conta para o patrão que a babá de seu filho, não cuida da criança o deixando 
próximo da piscina, para ficar namorando, não estará configurado a infração uma vez que o funcionário tenha 
a intenção de proteger o menor. 
Exceção da verdade: Incabível 
Sujeito ativo: qualquer pessoa, exceto aqueles que gozam de imunidade 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, morto, menores de idade e idosos, PJ 
Consumação: atinge honra objetiva quando terceira pessoa toma conhecimento da imputação. 
Tentativa: somente será possível quando escrito 
ART.: 140 INJÚRIA – alguém ofender a dignidade de outrem. Honra subjetiva. 
Consumação: somente quando chegar ao conhecimento da vitima. Poderá ser praticada tanto na presença 
como na ausência da vitima. 
Contra funcionário publico – referente desempenho de suas funções 
Tentativa: é possível na forma escrita, se em nenhum momento a vitima ficar sabendo, não haverá ação 
penal, por ser ação penal privada. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa, exceto as que gozam de imunidade como: deputados, senadores, 
vereadores em seus municípios, advogados no exercício de suas funções, membros do MP. 
Sujeito passivo: qualquer pessoa desde que seja endereçada a pessoa ou pessoas determinadas. 
Desonrados, 
Mortos: (não podem ser injuriados). 
Menores de idade e doentes mentais: desde que entendam o significado da ofensa. 
obs: honra subjetiva não se transfere. 
PJ: não cabe por não possuir honra subjetiva 
Exceção da verdade: não cabe em nenhuma hipótese 
Perdão judicial: 
 Se o réu foi provocado pela vítima; 
 No caso de retorsão imediata: troca de ofensa. 
Injúria Real – Ofende a pessoa mediante uma agressão física 
Injuria Real com Lesão corporal ofensiva leve: o agente responderá pelos dois crimes. Ex.: tapa na cara, 
atirar tomate Agressão humilhante 
Ação penal pública condicionada à representação da vitima 
Lesão corporal Grave: Ação penal pública incondicionada 
Injuria Racial: consiste na utilização de elementos referente raça, cor, etnia, religião, idade, portadora de 
deficiência. 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A PREPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA. 
Será caracterização crime de Racismo quando o agente, usar de forma preconceituosa e com descriminação, 
devido a raça, cor, religião, etc. Lei 7.716/89 – AÇÃO PENAL INCONDIONADA e nunca prescreve, enquanto 
que a Injúria racial prescreve. 
ART. 141 – AUMENTO DE PENA 
1º. Quando a vitima for presidente da república; 
2º. Na presença de 3 ou mais pessoas; 
3º. Contra funcionário público em razão da função; 
4º. > de 60 anos, exceto caso de injúria. 
ART. 142 EXCLUDENTE DO CRIME 
1º. Ofensa dentro de uma discussão judicial; 
Ex.: advogado ofende promotor 
2º. Somente a injúria e difamação artística; 
Ex.: Revista critica peça de teatro e ator 
3º. Critica política, sem denegrir a imagem; 
Penhora bem, em razão de função. 
ART. 143 RETRATAÇÃO – O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da CALÚNIA E 
DIFAMAÇÃO, fica isento de pena. Causa extintiva de punibilidade. 
NÃO HAVERÁ RETRATAÇÃO NA INJÚRIA 
Requisitos: 
 Que se trate de crime de calúnia ou difamação; 
 Que o crime em apuração seja de ação privada; 
 Que a retratação ocorra antes da sentença de 1ª instância 
 Que seja cabal; 
ART.: 144 PEDIDO DE EXPLICAÇÃO EM JUÍZO Crime de calunia, difamação e injúria não ficou claro, o 
ofendido poderá pedir explicações em juízo, aquele que se recusar a dá-la responde pela ofensa. Mediante 
Petição Inicial. 
Ação penal: Privada ou ação penal pública condicionada à representação. 
Decadência: O pedido de explicação não interrompe nem suspende o prazo decadencial para oferecimento 
da queixa crime ou representação. 
ART.145: AÇÃO PENAL – deverá ser proposta por meio de queixa crime, valendo para os crimes de calúnia, 
difamação e injúria, devendo ser proposta dentro do prazo decadencial (6 meses) 
EXCEÇÕES: 
1) ação penal pública condicionada a requisição do ministro da justiça: 
a) Ofensa contra presidente da república ou chefe de governo estrangeiro; 
2) ação penal pública condicionada à representação da vitima: 
a) Ofensa contra funcionário público em razão da função; 
b) Injúria racial ou preconceituosa; 
c) Injuria real lesão corporal for leve 
3) Ação penal pública incondicionada: 
a) Injuria real: lesão corporal grave

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