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Aula 10 Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 10 - Poder Judiciário Geral:
Olá Pessoal, tudo certo? Como vão os estudos? 
A aula de hoje é sobre nosso querido “Poder Judiciário”, tema visto 
como complexo e difícil por muitos, mas veremos agora que não é 
nenhum bicho de 7 cabeças não... é só ter atenção e treinar bastante 
nas questões. 
Vamos lá: 
Disposições Gerais: 
Órgãos do Poder Judiciário: 
O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário: 
• Supremo Tribunal Federal; 
• Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04) 
• Superior Tribunal de Justiça; 
• Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
• Tribunais e Juízes do Trabalho; 
• Tribunais e Juízes Eleitorais; 
• Tribunais e Juízes Militares; 
• Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e 
Territórios. 
Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não 
estejam no art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, 
como sendo "ósrgão da Justiça Eleitoral". 
Parágrafos do art. 92: 
• O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça 
e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. 
• O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm 
jurisdição em todo o território nacional. 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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Lembrando também que não há justiça municipal, o Poder Judiciário 
é federal ou estadual. 
1. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante 
do Poder Judiciário. 
Comentários: 
STF
Juízes de
direito
dos
Estados e
do DF/TF
STM
Juízes
Federais
Juízes do
Trabalho
Juízes e
Juntas
Eleitorais
Juízes
Militares
CNJ
Supremo
Juízes de
1º grau
Tribunais
Superiores
Tribunais
de 2º grau
Órgãos da
justiça federal
Comum
(art.106)
Órgãos da
justiça do
trabalho
(art.111)
Órgãos da
justiça
eleitoral
(art.118)
Órgãos da
justiça
estadual
(art.125)
Tribunais
Militares
TRETJ TRF TRT
TSETSTSTJ
Justiça Comum Justiça Especial
Órgãos da
justiça
militar
(art.122)
ENFAM
CJF
ENAMAT
CSJT
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É um órgão de funções administrativas e correicionais que integra o 
Poder Judiciário (CF, art. 92). 
Gabarito: Correto. 
2. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) De acordo com a CF, são 
órgãos da justiça do trabalho o TST, os TRTs e as juntas de 
conciliação e julgamento. 
Comentários: 
Para a questão se tornar correta, deveríamos substituir as juntas de 
conciliação e julgamento pelos juízes do trabalho. 
Gabarito: Errado. 
Princípios do Estatuto da Magistratura
CF art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, 
observados os seguintes princípios: 
Pulo do Gato: 
A lei complementar terá o papel de prever vários temas relacionados 
com estatutos e organizações na Constituição Federal. Perceba: 
• Art. 79, parágrafo único. Conferir atribuições ao Vice-
Presidente; 
• Arts. 93 e 128. Dispor sobre o Estatuto da Magistratura e o 
Estatuto do Ministério Público (Lei Complementar estadual no 
caso do MPE); 
• Art. 121. Dispor sobre a organização e competência dos 
tribunais eleitorais, dos juízes de direito e das juntas 
eleitorais. 
• Art. 131. Organização e funcionamento da AGU; 
• Art. 134, § 1º Organização da Defensoria Pública da União e 
do Distrito Federal e dos Territórios; 
• Art. 142, § 1º Normas gerais para organização, preparo e 
emprego das Forças Armadas; 
Assim, é fácil lembrar: se estamos falando de um estatuto, 
competências, organizações... "provavelmente" precisaremos de uma 
lei complementar! 
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3. (FCC/TJAA-TRT 24/2011) No tocante ao Poder Judiciário, o 
Estatuto da Magistratura é disposto por Lei: 
a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal. 
b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados. 
c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. 
d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça. 
e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... 
Lembrem-se da lei complementar. Essa tá no art. 93: Lei 
complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá 
sobre o Estatuto da Magistratura (...). 
Gabarito: Letra C. 
4. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Supremo Tribunal Federal 
(STF) cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder 
Judiciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei ordinária, 
dispor sobre o Estatuto da Magistratura. 
Comentários: 
Segundo o art. 93 da Constituição, isso é papel da lei complementar. 
É a lei complementar que tem o papel de prever vários temas 
relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal, 
como o Estatuto da Magistratura, do Ministério Público, a organização 
da AGU, DPU e etc. 
Gabarito: Errado. 
Ingresso na carreira: 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz 
substituto, mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no 
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, 
nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada 
pela EC 45/04 que incluiu a necessidade dos 3 anos de 
prática jurídica) 
Organizando os requisitos: 
• concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB 
em todas as fases; 
• bacharelado em direito; 
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• no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e 
• obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
5. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na 
carreira de magistratura se dá mediante concurso público de provas e 
títulos, divididas em fases, nas quais é obrigatória a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil, no mínimo, na primeira fase, 
podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito com, no mínimo, 
três anos de atividade jurídica. 
Comentários: 
A questão trouxe corretamente alguns requisitos para o ingresso na 
magistratura, porém, errou pelo fato da presença da OAB ser 
obrigatória em todas as fases (CF, art. 93, I). 
Gabarito: Errado. 
Promoção: 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, 
por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes 
normas: 
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três 
vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de 
merecimento; 
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de 
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira 
quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; 
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos 
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício 
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos 
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; 
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá 
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois 
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e 
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
se a indicação; 
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver 
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo 
devolvê-los ao cartório sem o devido despachoou decisão; 
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por 
antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na 
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última ou única entrância; (Redação dada pela EC 45/04. 
Antes havia uma previsão para os tribunais de alçada, que 
não existem mais) 
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, 
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo 
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a 
participação em curso oficial ou reconhecido por escola 
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 
6. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder 
Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser 
observado o princípio da alternância quanto aos critérios de 
antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, 
atendida, dentre outras, a seguinte norma: 
a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos 
em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório 
sem o devido despacho ou decisão. 
b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na 
respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista 
de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem 
aceite o lugar vago. 
c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios 
objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e 
pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais 
ou reconhecidos de aperfeiçoamento. 
d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o 
juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus 
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação. 
e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes 
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. 
Comentários: 
Essa questão faz uma revisão de quase tudo que o art. 93, II, da 
Constituição fala sobre promoção de juízes. 
Letra A – Errado. Contraria o art. 92, II, “e” da Constituição, pois o 
juiz não pode devolver os autos ao cartório sem o devido despacho 
ou decisão. 
Letra B – Errado. Contraria o art. 92, II, “b” da Constituição. O 
correto seria “primeira quinta parte” e não “quarta parte”. 
Letra C – Errado. Contraria o art. 92, II, “c” da Constituição. Não é 
dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento. 
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Letra D – Errado. Contraria o art. 92, II, “d” da Constituição. O voto 
que rejeita o juiz mais antigo tem que ser dado por “2/3” dos 
membros. 
Letra E – Correto. É a disposição encontrada na Constituição Federal 
em seu art. 92, II, “a”. 
Gabarito: Letra E. 
7. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos 
juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por 
antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três 
vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, 
desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância 
e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo 
se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por 
outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo 
tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido 
despacho ou decisão. 
Comentários: 
A questão é uma boa revisão, pois traduz com perfeição vários 
princípios do estatuto da magistratura, no que tange a promoção. 
Este conteúdo pode ser encontrado na Constituição Federal, em seu 
art. 93, II. 
Gabarito: Correto. 
8. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O magistrado 
que esteja apto à promoção no cargo, mas retenha, 
injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal não será 
promovido. 
Comentários: 
É importante que se tenha atenção ao termo "injustificadamente". 
Segundo a Constituição (CF, art. 93, II, e), não será promovido o juiz 
que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo 
legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão. 
Gabarito: Correto. 
Subsídio: 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores 
corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio 
mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal 
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Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados 
em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme 
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, 
não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a 
noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros 
dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o 
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; 
Organizando:
• Tribunal Superior = 95% do STF 
• Demais magistrados serão escalonados, sendo que a diferença 
entre uma e outra não pode ser menor que 5%, nem maior que 
10%, ou exceder 95% do subsídio dos membros do Tribunal 
Superior. 
• Lembrando que seguindo os ditames do art. 96, II, b, teremos 
então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros 
do Judiciário: 
ƒ STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de 
seus Ministros; 
ƒ Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar 
o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos 
respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos 
juízes vinculados; 
ƒ Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder 
Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus 
membros e juízes vinculados. 
Aposentadoria: 
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus 
dependentes observarão o disposto no art. 40; (Regras do 
RPPS). 
Residência e Remoção: 
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo 
autorização do tribunal; 
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do 
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por 
voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho 
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; 
Atenção aos requisitos: 
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ƒ Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do CNJ; 
ƒ Deve-se assegurar ampla defesa; 
VIII- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de 
comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao 
disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; 
9. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto 
constitucional, o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo 
autorização do Tribunal. 
Comentários: 
É o disposto no art. 93, VII. 
Gabarito: Correto. 
Publicidade dos julgamentos e decisões 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob 
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, 
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique 
o interesse público à informação; 
X - as decisões administrativas dos tribunais serão 
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares 
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; 
Organizando: 
• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitara presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes 
para preservar a intimidade; 
• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de 
nulidade; 
• Se decisão for administrativa: 
ƒ será em sessão pública; 
ƒ se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
10. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos 
tribunais serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à 
sessão. 
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Comentários: 
O art. 93, X da Constituição determina que as decisões 
administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, 
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros. 
Gabarito: Errado. 
11. (ESAF/AFC-CGU/2008) As decisões administrativas dos 
tribunais serão motivadas e em sessão pública, inclusive as 
disciplinares, que também devem ser tomadas pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros. 
Comentários: 
É o que está inserido no art. 93, X: 
• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar 
a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes 
para preservar a intimidade; 
• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de 
nulidade; 
• Se decisão for administrativa: 
o será em sessão pública; 
o se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
Gabarito: Correto. 
Formação do órgão especial 
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco 
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o 
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para 
o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais 
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se 
metade das vagas por antigüidade e a outra metade por 
eleição pelo tribunal pleno; 
O órgão especial (OE) é criado devido às dificuldades de se deliberar 
com o pleno do tribunal quando ele fica com mais de 25 membros 
julgadores, assim, com a criação do órgão especial, ele absorverá 
funções básicas que antes pertenciam ao pleno do tribunal. O pleno 
não deixa de existir, porém ele deixa de exercer as funções 
primordiais do tribunal, as suas principais atribuições administrativas 
e jurisdicionas são delegadas para o “OE”. 
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12. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo 
entendimento do STF, a previsão constitucional relativa à criação de 
órgão especial no âmbito dos tribunais não exclui a competência do 
respectivo plenário, sendo plenamente viável a coexistência dos dois 
órgãos máximos do Poder Judiciário no mesmo tribunal, ainda que 
mediante identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais. 
Comentários: 
Ao se criar o órgão especial, este deve absorver as funções que antes 
eram desempenhadas pelo plenário, não podendo se falar em 
identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais. 
Gabarito: Errado. 
Atividade jurisdicional 
XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo 
vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo 
grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente 
forense normal, juízes em plantão permanente; 
XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será 
proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva 
população; 
XIV - os servidores receberão delegação para a prática de 
atos de administração e atos de mero expediente sem 
caráter decisório; 
XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os 
graus de jurisdição. 
13. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser 
ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, 
devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que 
não houver expediente forense normal. 
Comentários: 
A questão generalizou ao dizer o termo "tribunais", pois tal disposição 
só se aplica aos juízos e tribunais de 2º grau e não quaisquer 
tribunais, não se podendo incluir os tribunais superiores (CF, art. 93, 
XII). 
Gabarito: Errado. 
14. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais 
de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por 
serem eles inerentes à atividade judicante. 
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Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 92, XIV, os servidores receberão 
delegação para a prática de atos de administração e atos de mero 
expediente sem caráter decisório. Assim, é delegável tal função. 
Gabarito: Errado. 
Questões gerais: 
15. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) Lei complementar, de iniciativa 
do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios: 
a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-
á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, 
assegurada ampla defesa. 
b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de 
atos da administração e atos de mero expediente sem caráter 
decisório. 
c)ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, 
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério 
Público em todas as fases. 
d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em 
sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria 
relativa de seus membros. 
e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, 
pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o 
juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se 
não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. 
Comentários: 
Letra A – Está errado. Os requisitos para o ato de remoção de 
magistrado são os seguintes: 
ƒ Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do CNJ; 
ƒ Deve-se assegurar ampla defesa; 
Letra B – Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. 
Letra C – Errado. Embora seja necessária a participação da OAB em 
todas as fases, não é necessária a participação do MP. Veja os 
requisitos: 
• concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB 
em todas as fases; 
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• bacharelado em direito; 
• no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e 
• obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
Letra D – Errado. Essa questão é muito cobrada em concursos. Trata 
do inciso X do art. 93. Se juntarmos o inciso X ao IX: 
• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar 
a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes 
para preservar a intimidade; 
• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de 
nulidade; 
• Se decisão for administrativa: 
ƒ será em sessão pública; 
ƒ se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
Letra E – Errado. Segundo o art. 93, II, b: a promoção por 
merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva 
entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de 
antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem 
aceite o lugar vago. 
Gabarito: Letra B. 
16. (FCC/Analista Enfermagem - TRT 9ª/2010) No que se 
refere ao Poder Judiciário, é certo que o Estatuto da Magistratura 
NÃO observará o princípio de que: 
a) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias 
coletivas nos Juízos e Tribunais de Segundo Grau, funcionando, nos 
dias em que não houver expediente forense normal, juízes em 
plantão permanente. 
b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de 
administração e atos de mero expedientesem caráter decisório. 
c) o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do 
Tribunal, e a distribuição de processos será imediata em todos os 
graus de jurisdição. 
d) as decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas e em 
sessão secreta, sendo a disciplinar tomada pelo voto da maioria 
simples de seus membros. 
e) o acesso aos Tribunais de Segundo Grau far-se-á por antiguidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única 
entrância. 
Comentários: 
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Essa questão é de um estilo muito presente em concursos: pega o 
art. 93, que possui diversos princípios (dispostos em incisos) que 
serão norteadores para o Estatuto da Magistratura. 
Letra A - Correto. Literalidade do inciso XII do art. 93. 
Letra B - Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. 
Letra C - Correto. Relacionou o inciso VII (o juiz titular residirá na 
respectiva comarca, salvo autorização do tribunal) com o inciso XV. 
Letra D - Errado. Esquematizando os dispositivos do inciso X ao IX: 
• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar 
a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes 
para preservar a intimidade; 
• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de 
nulidade; 
• Se decisão for administrativa: 
ƒ será em sessão pública; 
ƒ se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
Letra E - Correto. É a literalidade do inciso III. 
Gabarito: Letra D. 
Quinto Constitucional 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e 
Territórios será composto de membros, do Ministério 
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados 
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais 
de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em 
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas 
classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará 
lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte 
dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
Observações: 
O legislador constituinte aplicou o “quinto constitucional” à formação 
dos seguintes tribunais: TRF, TJ, TJDFT, TST, TRT. 
Atenção ao fato de que o Quinto Constitucional para o TST e TRT é 
formado por advogados e membros do ministério público "do 
trabalho". 
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Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas 
no TJDFT será o Presidente, pois a cabe à União manter o Poder 
Judiciário do DF. 
17. (CESPE/TRT-17ª/2009) Um quinto dos membros do TST são 
escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho 
com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais 
requisitos constitucionais. 
Comentários: 
O enunciado se refere ao "quinto constitucional". Esta disposição 
pode ser encontrada no art. 111-A, I da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Garantias e impedimentos 
Segundo o art. 95 da Constituição podemos dizer que os juízes tem 
as seguintes garantias (extensíveis aos membros do MP): 
• vitaliciedade; 
• inamovibilidade; 
• irredutibilidade do subsídio (ressalvadas as hipóteses 
constitucionais). 
OBS1 - A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau (juiz que ainda 
não está em tribunal) e só será adquirida após 2 anos de exercício. 
Enquanto o Juiz não for vitalício, ele pode perder o cargo caso haja: 
• Deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado; ou 
• Sentença judicial transitada em julgado. 
Lista 
SÊXTUPLA,
formada pelas 
representaçõe
s da classe. 
(6) 
O tribunal 
recebe e 
forma uma 
lista 
TRÍPLICE. 
(3) 
O Poder 
Executivo 
recebe a lista 
e em 20 dias 
escolhe 1. 
(1) 
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Pulo do Gato: 
Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 
anos de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, 
que é adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 
19/98 aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na 
vitaliciedade. 
Dica: Quando for preciso resolver uma questão que se refira a algum 
destes prazos: de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... 
lembre-se que a regra é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é 
diferente da estabilidade, aí será fácil lembrar que a vitaliciedade é 
após apenas 2 anos. 
Agora note um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o 
quinto constitucional. 
A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só 
será adquirida após 2 anos de exercício - Ora, o advogado ou 
membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no 
primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento 
doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a 
vitaliciedade automaticamente a partir do momento que tomarem 
posse. 
18. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do 
quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de 
justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a 
necessidade de aguardar dois anos de exercício. 
Comentários: 
Esse é o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema. 
Lembrando que essa aquisição se dá com a “posse”. 
Gabarito: Correto. 
19. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado 
desembargador de um tribunal de justiça estadual adquire 
vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação. 
Comentários: 
O erro desta assertiva é a parte que diz “a partir dessa nomeação”. O 
correto seria a partir da posse. 
Gabarito: Errado. 
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OBS2 - a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de 
interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja: 
ƒ precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do CNJ; 
ƒ deve-se assegurar ampla defesa. 
O art. 95 p. único ainda estabelece que aos juízes é vedado: 
• exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, 
salvo uma de magistério; 
• receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação 
em processo; 
• dedicar-se à atividade político-partidária. 
• receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições 
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas 
as exceções previstas em lei; 
• exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por 
aposentadoria ou exoneração (quarentena). 
20. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha 
que um juiz federal substituto ocupe cargo de professor em uma 
universidade pública, na qual lecione a disciplina de direito penal, 
duas vezes por semana, no turno noturno, e que esse mesmo 
magistrado tenha sido convidado a ministrar aulas em um cursinho 
preparatório para a magistratura, uma vez por semana, também no 
turno noturno. Nessa situação hipotética, há violação à CF, visto que, 
conforme o entendimento do STF, juiz somente pode ocupar um 
único cargo de professor. 
Comentários: 
O que a Constituição veda é a acumulação de cargos "públicos". A 
possibilidade de um cargo de professor além da magistratura deve 
ser entendida como "professor de instituição pública". Em se tratando 
de instituições privadas, não há o que se falar em acumulação 
indevida de cargos, pois a Constituição não fez qualquerproibição 
quanto à iniciativa privada. 
Gabarito: Errado. 
21. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e 
desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou 
tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do 
afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração. 
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Comentários: 
Essa disposição sobre a impossibilidade do exercício da advocacia no 
juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos certo tempo 
do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração, é a 
chamada "quarentena" para os juízes (também aplicável aos 
membros do MP). Porém, esta "quarentena" não é de quarenta dias, 
e sim de 3 anos (CF, art. 96, parágrafo único, V). 
Gabarito: Errado. 
22. (CESPE/TRE-MA/2009) Aos juízes é vedado o exercício da 
advocacia perante qualquer juízo ou tribunal, antes do decurso de 
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Comentários: 
A vedação ocorre somente perante ao juízo ou tribunal do qual se 
afastou, conforme dispõe a Constituição em seu art. 95, Parágrafo 
único: Aos juízes é vedado: exercer a advocacia no juízo ou tribunal 
do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Gabarito: Errado. 
23. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente às 
vedações e garantias dos juízes, assinale a afirmativa incorreta. 
a) Os juízes gozam da garantia da inamovibilidade, salvo por motivo 
de interesse público, na forma da Constituição. 
b) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do 
qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. 
c) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro 
cargo ou função, salvo uma de magistério. 
d) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade. A vitaliciedade no 
primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício. 
e) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária. 
Comentários: 
Letra A – Correto. É a disposição do art. 95, II da Constituição, 
lembrando que esse “na forma da Constituição” se refere ao art. 93, 
VIII, que diz: o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do 
magistrado, por interesse público: 
• Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou 
do Conselho Nacional de Justiça; 
• Deve-se assegurar ampla defesa. 
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Letra B – Errado. Essa disposição, denominada “quarentena”, veda o 
exercício da advocacia no tribunal que se afastou dentro de 3 anos e 
não 5 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V). 
Letra C – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, I. 
Letra D – Correto. CF, art. 95, I. Atenção ao fato de a vitaliciedade 
ser alcançada após “2 anos”, diferentemente da estabilidade dos 
servidores públicos (3 anos). 
Letra E – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, III. 
Gabarito: Letra B. 
Competências Privativas 
O art. 96 da Constituição relaciona as competências que são 
privativas dos tribunais em geral (inciso I) e específicas do STF, 
Tribunais Superiores e TJ (inciso II). 
• As competências do inciso I, em regra, são exercidas 
diretamente, de forma interna, como organizar as secretarias, 
prover seus cargos e etc., mas existe uma que precisa 
veicular por lei, que é a criação de várias judiciárias, daí a 
alínea “d” dizer que compete privativamente aos tribunais 
“propor a criação de novas varas judiciárias”. 
• As competências do inciso II, todas, precisam necessariamente 
tramitar pelo Legislativo, cabendo a esses órgãos que formam a 
cúpula da Justiça (STF e Tribunais Superiores - cúpula da Jus-
tiça Federal -, e TJ - cúpula da Justiça Estadual), propor ao 
Legislativo um projeto de lei, para que se realizem cada uma 
das coisas ali previstas, dentro de sua área de atuação. Caberá, 
então, a estes órgãos de cúpula, propor dentro da sua área de 
competência, que o Legislativo delibere sobre: 
1. a criação ou extinção dos tribunais inferiores, bem como a 
alteração do número de membros destes tribunais; 
2. a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, 
bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos 
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; 
3. a alteração da organização e da divisão judiciárias. 
Vamos ver na Constituição, como é isso: 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
(Aqui são as competências internas dos tribunais, diretas) 
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a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das 
garantias processuais das partes, dispondo sobre a 
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos 
juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da 
atividade correicional respectiva; 
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos 
de juiz de carreira da respectiva jurisdição; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
(ele não cria varas diretamente, mas propõe esta criação). 
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e 
títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, 
os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os 
de confiança assim definidos em lei; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus 
membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais 
Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder 
Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 
169: 
(Aqui a Constituição direciona-se aos órgãos de cúpula, 
aqueles que "mandam" em sua estrutura - STF, Tribunais 
Superiores e o TJ. Ao falar sobre o art. 169, ela manda 
observar os limites legais de despesa). 
a) a alteração do número de membros dos tribunais 
inferiores; 
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos 
seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem 
vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus 
membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, 
onde houver; 
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
A Alínea "b" fala da remuneração dos membros dos 
tribunais. Teremos então a seguinte regra para fixação dos 
subsídios dos membros do Judiciário: 
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ƒ STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de 
seus Ministros; 
ƒ Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para 
fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores 
dos respectivos tribunais de segundo grau e dos 
respectivos juízes vinculados; 
ƒ Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o 
Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus 
membros e juízes vinculados. 
24. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Compete 
privativamente ao governador do estado a iniciativa para propor ao 
Poder Legislativo estadual a fixação da remuneração dos serviços 
auxiliares do respectivo tribunal de justiça. 
Comentários: 
O Poder Judiciário é autônomo, cabe somente a ele (no caso o TJ) 
propor ao Legislativo a sua estruturação interna e a fixação da sua 
remuneração (CF, art. 96). 
Gabarito: Errado 
25. (CESPE/JuizFederal Substituto - TRF 1ª/2009) Em 
consonância com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode 
dispor acerca da especialização de varas, desde que não haja impacto 
orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da 
organização judiciária dos tribunais. 
Comentários: 
Segundo o entendimento da Suprema Corte, o Poder Judiciário pode 
dispor sobre a especialização de varas por se tratar de matéria 
inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais, porém é 
necessário que não haja impacto orçamentário. 
Gabarito: Correto. 
26. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT 
encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo 
objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos 
servidores daquele tribunal. 
Comentários: 
O TRT deverá enviar expediente ao TST, e este sim é que deverá 
encaminhar o projeto ao Congresso, já que o encaminhamento 
deverá ser feito pelo STF ou pelo respectivo tribunal superior de 
acordo com o art. 99 §2º, I da CF. 
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Gabarito: Errado. 
27. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Compete ao próprio TRT a 
iniciativa de elaborar projeto de lei que disponha sobre planos de 
cargos e salários dos seus membros e de seus auxiliares. 
Comentários: 
As propostas de lei sempre devem ser enviadas ao Congresso pelo 
tribunal superior, nunca pelos regionais. 
Gabarito: Errado. 
Julgamento dos membros do MP pelo TJ: 
CF, art. 96, III - Compete privativamente aos Tribunais de 
Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e 
Territórios, bem como os membros do Ministério 
Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
Esquematizando: 
Cabe ao TJ: 
• Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada 
a competência da Justiça Eleitoral: 
ƒ os juízes estaduais e do DF/TF; e 
ƒ os membros do MP (Estadual). 
• Julgar nos crimes comuns: os Prefeitos (art. 29.X + Súmula 
STF 702) 
É preciso ter atenção que este julgamento pelo TJ (órgão 
máximo do Judiciário em âmbito estadual) só se faz para os 
membros do MP Estadual. 
No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra 
pelo Tribunal Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP 
que exerçam sua profissão oficiando perante os tribunais, quando, 
neste caso, serão julgados pelo STJ. Assim temos: 
Regra: 
• Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ 
• Membros do MP da União - Julgados pelo TRF 
Exceção: 
• Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais 
serão julgados pelo STJ. 
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28. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual 
que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de 
direito de uma das varas criminais do estado. 
Comentários: 
Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de 
foro para julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III). 
Gabarito: Errado. 
29. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os 
juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do 
Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive 
os crimes eleitorais. 
Comentários: 
A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos 
Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e 
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes 
comuns e de responsabilidade, porém fica ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma justiça 
especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar 
crimes cometidos durante eleições. 
Gabarito: Errado. 
30. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) O 
Promotor de Justiça Criminal da Comarca de Campos requisitou 
instauração de inquérito policial tendente à apuração de crime de 
desobediência, em tese praticado por Gilmar, diretor da penitenciária 
estadual de Campos, em virtude de alegado descumprimento de 
ordem judicial de interdição da penitenciária sob sua direção. 
Inconformado, Gilmar impetra habeas corpus objetivando controlar a 
legalidade da instauração do inquérito. O órgão jurisdicional 
competente para processamento e julgamento da pretensão de 
Gilmar é: 
a) Superior Tribunal de Justiça; 
b) Tribunal Regional Federal; 
c) Juízo criminal federal de Campos; 
d) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; 
e) Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Essa regra tem que ser muito bem fixada: 
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Regra: 
• Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ 
• Membros do MP da União - Julgados pelo TRF 
Exceção: 
• Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais 
serão julgados pelo STJ. 
Gabarito: Letra D. 
Princípio da reserva de plenário 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público. 
Assim, em princípio, quando um órgão fracionário (turma ou câmara) 
de um tribunal se deparar com uma controvérsia constitucional, não 
poderá, em regra, declarar a inconstitucionalidade da lei, mas, deverá 
remeter a questão ao pleno ou órgão especial (OE), se existir, e 
este sim é que terá a competência para declarar a inconstitu-
cionalidade da lei. 
Esta regra, porém, admite exceções, já que, primando-se pela 
economia processual, dispensa-se este procedimento quando já existir 
decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo OE, pelo pleno ou 
pelo STF (CPC art. 481 parágrafo único). 
Súmula Vinculante nº 10 → Viola a cláusula de reserva de plenário 
(CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora 
não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em 
parte. 
31. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da 
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade 
de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Comentários: 
Essa é a chamada "Cláusula da reserva de plenário", está no art. 97 
da Constituição, que determina que a declaração da 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos não podem ser feitas 
pelo órgão fracionário do tribunal, somente pelo órgão especial ou 
pleno e com o voto da maioria absoluta de seus membros. Assim, 
para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os 
tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer 
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isso através de seu pleno, ou então de seu órgão especial. Além 
disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do referido pleno 
ou órgão especial (OE). 
Gabarito: Correto. 
32. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos 
tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de 
plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a 
essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta 
a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em 
parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade. 
Comentários: 
Isto já está pacífico e sumulado através da súmula vinculante de 
nº10 que dispõe que a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta 
a incidência de lei ou ato normativo do poderpúblico, no todo ou em 
parte, ainda que sem declarar expressamente a sua 
inconstitucionalidade, viola a Constituição. 
Gabarito: Errado. 
33. (NCE/Advogado-Eletrobrás/2007) A inconstitucionalidade 
de qualquer ato normativo estatal só pode ser declarada pelo voto da 
maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde 
houver, dos integrantes do respectivo órgão especial. A situação 
acima descrita é denominada: 
a) do devido processo legal; 
b) do devido processo constitucional; 
c) do devido processo legislativo; 
d) cláusula de controle da constitucionalidade das leis e atos 
normativos; 
e) cláusula da reserva de plenário. 
Comentários: 
A questão fala da disposição que está no art. 97, veja: 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão 
os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público. 
Este dispositivo é conhecido como cláusula da reserva de plenário, 
pois, somente o pleno ou órgão especial do tribunal (OE), se 
existir, é que terá a competência para declarar a inconstitucionalidade 
da lei. 
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Gabarito: Letra E. 
Juizados Especiais e Justiça de Paz 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os 
Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou 
togados e leigos, competentes para a conciliação, o 
julgamento e a execução de causas cíveis de menor 
complexidade e infrações penais de menor potencial 
ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o 
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro 
grau; 
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos 
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato 
de quatro anos e competência para, na forma da lei, 
celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de 
impugnação apresentada, o processo de habilitação e 
exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, 
além de outras previstas na legislação. 
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais 
no âmbito da Justiça Federal. 
Lei nº 10.259/01, art. 2º → Consideram-se infrações de menor 
potencial ofensivo os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 anos, ou multa. 
Organizando:
Competência Æ Causas cíveis de menor complexidade e infrações 
penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimento oral e 
sumaríssimo. 
Competência Æ Celebrar casamentos, verificar o processo de 
habilitação, e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
Juizados 
especiais 
Justiça de 
Paz 
Providos por juízes togados, ou togados e leigos 
Remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto 
direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos. 
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34. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos 
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, possui competência 
privativa para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de 
ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de 
habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
Comentários: 
Não se trata de uma competência privativa (CF art. 98, II).
Gabarito: Errado. 
Custas e emolumentos 
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados 
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades 
específicas da Justiça. (Incluído pela EC 45/04) 
35. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas 
judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos 
às atividades específicas da justiça. 
Comentários: 
Trata-se do teor do art. 98, §2º da Constituição Federal, que foi 
inserido pela EC 45/04. Este dispositivo determina que as custas e 
emolumentos sejam destinados exclusivamente ao custeio dos 
serviços afetos às atividades específicas da Justiça. 
Gabarito: Correto. 
Autonomia Financeira e Orçamentária: 
A Constituição de 1988 garantiu ao Poder Judiciário a autonomia 
administrativa e financeira, cabendo ao próprio Judiciário, através de 
seus tribunais, elaborar a sua proposta orçamentária. Essas 
propostas devem, obviamente, estar compatibilizadas como a lei 
diretrizes orçamentárias (LDO) que é o instrumento que estabelece 
as metas e prioridades para o orçamento anual. 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia 
administrativa e financeira. 
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
Veja que os limites estabelecidos para as propostas orçamentárias 
são estipulados conjuntamente com os demais Poderes. Não é o 
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Executivo, nem o Judiciário, nem o Legislativo que impõe os limites, é 
uma decisão conjunta. 
Após elaboradas as propostas, os presidentes do tribunais 
responsáveis devem encaminhá-las ao Poder Executivo, para 
que as propostas sejam compiladas e levadas para deliberação no 
Legislativo. Lembramos nessa oportunidade que o Executivo detém a 
exclusividade da iniciativa das leis orçamentárias, promovendo no 
Brasil a existência do chamado "orçamento misto", onde o Executivo 
compila as propostas e o Legislativo delibera sobre elas. 
Falamos que os "presidentes tribunais responsáveis" encaminham a 
proposta ao Executivo, mas quem são eles? Serão o seguinte: 
Na esfera federal:
• O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); 
• Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando 
das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. 
O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos 
TRT´s). 
Na esfera estadual.
• O Presidente do TJ. 
OBS- A Constituição estabelece que ao fazer o encaminhamento das 
propostas, os Presidentes dos "tribunais responsáveis" pelo envio, 
devem ter a aprovação dos tribunais interessados. Assim, o 
Presidente do TST, por exemplo, não poderá fazer o envio sem que o 
próprio TST tenha aprovado a sua proposta, e os TRT`s também 
tenham aprovado as propostas referente a eles. 
Mas e se nesse vai pra lá, vem pra cá, o presidente do tribunal perder 
o prazo de encaminhamento, o que acontece? Aí a Constituição 
estabelece que: 
CF, art. 99 § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não 
encaminharem as respectivas propostas orçamentárias 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual, os 
valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 
§ 1º deste artigo (limites da LDO). 
Essa é uma disposição constitucional que se encontra diversas vezes 
ao longo de nosso Texto Magno, isso porque os orçamentos são leis 
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importantíssimas, com prazo constitucional de deliberação. A 
deliberação orçamentária não pode ficar a mercê da inoperância de 
algum órgão da máquina administrativa. Desta forma, caso algum 
dos órgãos não envie a sua proposta orçamentária, considera-se 
como proposta a mesma que foi aprovada anteriormente para aquele 
órgão, podendo o próprio Executivo promover ajustes para enquadrar 
a proposta na LDO. 
Da mesma forma, se o órgãoenviar a proposta no prazo certo, mas a 
proposta estiver em desacordo com a LDO, o Executivo estará apto a 
promover os ajustes necessários para enquadrá-la, veja: 
CF, art. 99 § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata 
este artigo forem encaminhadas em desacordo com os 
limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação 
da proposta orçamentária anual. 
A Constituição ainda estabelece mais um parágrafo para ratificar a 
importância do respeito aos orçamentos. 
CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do 
exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
O orçamento é uma lei, e como lei deve ser respeitada. Assim, é 
óbvio que não se pode gastar mais do que foi estabelecido para tal 
órgão, nem assumir obrigações que extrapolem os limites definidos 
para tal. A exceção ocorre tão somente se houver abertura de 
créditos orçamentários adicionais (suplementares ou especiais) para 
tal. Esses créditos, nada mais são do que um reforço orçamentário, 
autorizado pelo Legislativo. Serão suplementares quando já existir a 
dotação e o Legislativo autorizar que ela seja aumentada, ou será 
especial, caso não exista dotação para aquela despesa e o Legislativo 
autoriza que se crie um crédito para tal. 
36. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Ao 
assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder 
Judiciário, a Constituição da República prevê que 
a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito 
dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a 
aprovação dos respectivos tribunais. 
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c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito 
da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os 
outros tribunais interessados. 
d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem 
encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários 
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem 
os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
Letra A – Errado. Não é o Executivo que estipula os limites. Os limites 
são estipulados em conjunto com todos os Poderes. Assim versa a 
CF, no seu art. 96§ 1º: Os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com 
os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
Letra B – Correto. É a seguinte regra para a competência do 
encaminhamento das propostas orçamentárias dos tribunais: 
Na esfera federal: 
• O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); 
• Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando 
das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. 
O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos 
TRT´s). 
Na esfera estadual. 
• O Presidente do TJ. 
Letra C – Errado. O STF só encaminha em se tratando das propostas 
do próprio STF, no caso dos demais tribunais da esfera federal 
competirá ao respectivo tribunal superior. 
Letra D – Errado. A competência de tais ajustes é do Executivo e não 
do Legislativo. 
Letra E – Errado. Em regra, isso que a assertiva disse até está certo! 
Porém, a banca deu como errada por haver uma exceção no art. 99 § 
5º da Constituição: “exceto se forem previamente autorizadas, 
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”. 
Gabarito: Letra B. 
37. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a 
Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a 
execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização 
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de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se 
a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
b) independentemente de prévia autorização, forem para receber 
chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal 
Federal. 
c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o 
chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal. 
d) independentemente de prévia autorização, forem para 
homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por 
recebimento de prêmio no exterior. 
e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar 
solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal 
em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria 
por tempo de serviço. 
Comentários: 
A letra A é a única que traz o teor correto, pois é a exceção prevista 
no art. 95 §5º da Constituição. 
CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do 
exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
Gabarito: Letra A. 
38. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) O encaminhamento, ao 
Poder Legislativo, das propostas orçamentárias do Supremo Tribunal 
Federal e dos demais tribunais superiores cabe ao presidente desse 
tribunal, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Comentários: 
O encaminhamento das propostas do Judiciário não é diretamente ao 
Legislativo, pois só o Executivo é que pode encaminhar orçamento 
para o Legislativo. Desta forma, o encaminhamento é feito ao 
Executivo, para que este compile a proposta e promova os ajustes 
(se necessário) e depois leve à deliberação legislativa. 
Gabarito: Errado. 
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39. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete 
ao presidente do TRF da 5.ª Região encaminhar ao Congresso 
Nacional proposta orçamentária do tribunal que preside. 
Comentários: 
Quem encaminha a proposta orçamentária ao Congresso é sempre o 
Poder Executivo. A questão então erra 2 vezes: o primeiro erro é que 
as propostas do Judiciário devem ser encaminhadas ao Executivo, 
para fins de consolidação, e não ao Congresso. E segundo que, nos 
termos do art. 99 §2º, I, o encaminhamento da proposta, ouvidos os 
outros tribunais interessados, compete no âmbito da União, aos 
Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores. 
Gabarito: Errado. 
40. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia 
administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta 
orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a 
por meio de seu presidente. 
Comentários: 
A Constituição estabelece no seu art. 99 que ao Poder Judiciário é 
assegurada autonomia administrativa e financeira e depois dispõe no 
§ 1º deste mesmo artigo que os tribunais deverão elaborar suas 
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. A última disposição é encontrada no § 2º, II deste 
artigo que diz que o encaminhamento da proposta,ouvidos os outros 
tribunais interessados, compete no âmbito dos Estados e no do 
Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de 
Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Gabarito: Correto. 
41. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Durante a execução 
orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas 
ou a assunção de obrigações por parte do TJRJ que extrapolem os 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, mesmo que 
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
Comentários: 
O erro foi dizer "mesmo que mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais". Pois contraria o disposto no art. 99 §5º 
que permite a utilização dos créditos suplementares ou especiais. 
Gabarito: Errado. 
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Noções sobre os órgãos do Poder Judiciário: 
Os tribunais, segundo a Constituição, podem possuir os seguintes 
números de membros: 
STF (somos time de futebol) 11 
STJ (são três juntos) No mínimo, 33 
TST (trinta sem três) 27 
STM (são todas moças - 15 
anos) 
15 
TSE No mínimo 7 
TRE 7 
TRT No mínimo 7 
TRF No mínimo 7 
Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, 
quando não tiver, é porque o número de membros é 7 (no mínimo). 
Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser 
superior a 7. Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o 
CESPE, recentemente, em 2010, considerou que este número deva 
ser taxativamente 7. 
Obs. 2 - O Tribunal de Justiça não tem o seu número de membros 
fixados constitucionalmente, vai depender de cada Estado. 
Outra coisa importante é a quem poderá ser nomeado para esses 
tribunais. Todos eles devem ser brasileiros, sem precisar ser natos, 
com exceção do STF, onde todos devem ser natos. 
O STM compõe-se de 15 membros, sendo 10 oficiais generais e 5 
civis. Logo, possui 10 membros necessariamente brasileiros natos. 
Existe ainda a questão da idade para poder ser nomeado para os 
tribunais: 35 anos é a "idade da sabedoria" para a nossa 
Constituição. É somente a partir dos 35 anos que a pessoa pode 
ocupar os cargos de maior responsabilidade da administração 
pública: 
• Senador; 
• Presidente ou Vice-Presidente da República; 
• Cidadão escolhido para o Conselho da República; 
• Ministro do TCU; 
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• Procurador-Geral da República; ou 
• Participar dos tribunais de cúpula: STF, STJ, TST e STM (este, 
no caso dos ministros civis) 
Para o TRT e o TRF, a Constituição resolveu colocar membros "quase 
sábios", ou seja, estabeleceu como mínimo, os 30 anos. 
No que tange à idade máxima, é bem fácil descobri-la. Se o membro 
não for sujeito às regras de aposentadoria dos servidores públicos 
(como o Senador, Presidente, Cidadãos do Conselho da República...), 
não há idade máxima estabelecida, já que não haverá "aposentadoria 
compulsória" aos 70 anos. Como os demais cargos (magistrados, 
PGR...) possuem membros que se aposentam compulsoriamente aos 
70, a Constituição limitou a idade a 65 anos, para que a pessoa 
consiga ficar pelo menos 5 anos ali. 
Muito simples não??? 
Observação: Vimos que os tribunais superiores são preenchidos por 
membros "sábios" (maior de 35 anos). Porém essa "sabedoria" tem 
de ser auferida ainda por uma sabatina do Senado. 
Em regra essa aprovação pela sabatina do Senado se faz com voto da 
maioria absoluta, porém, a Constituição se omitiu em alguns casos, 
como ocorre para o STM. Assim, como a Constituição estabelece em 
seu art. 47 que salvo disposição constitucional em contrário, as 
deliberações serão tomadas por maioria simples dos votos, não é 
necessária a maioria absoluta para aprovação de membros do STM. 
Antes da EC 45/04 isso também valia para o STJ. A EC 45, no 
entanto, modificou o texto, exigindo essa MA para o STJ, mas não o 
fez para o STM. 
Competências 
A maioria esmagadora das questões de concurso sobre o Poder 
Judiciário se dá nas "competências" - as bancas costumam elencar a 
competência de um tribunal e dizer que é da competência de outro. 
Por isso é de extrema importância a leitura atenta do rol de 
competências constitucionais, sempre com atenção a peculiaridades 
características. 
Uma outra coisa básica, muito cobrada sobre competências, é a sua 
natureza originária ou recursal. Um tribunal tem 2 tipos de 
competência, a competência originária - aquelas que tem origem 
diretamente no tribunal, e a competência recursal, aquela que se 
iniciou em outro órgão e chegou ali através de um recurso. 
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Assim a constituição, sempre que vai estabelecer quais são as 
competências de um tribunal, ela diz quais vão ser aquelas que o 
tribunal irá conhecer "originariamente" e qual que vai conhecer em 
"grau de recurso". É comum as bancas trocarem as competências, 
dizendo que caberá a um tribunal julgar originariamente algo, quando 
na verdade só faria isso em grau de recurso. Veremos isso à frente. 
Supremo Tribunal Federal: 
O STF se compõe de 11 cidadãos nomeados pelo Presidente da 
República. Não precisam ser bacharéis em direito, mas devem 
ter notável saber jurídico e reputação ilibada, isso obviamente deverá 
ser comprovado, e por isso necessitamos da sabatina do Senado que 
deverá aprovar o nome por maioria absoluta. 
Como se sabe, são cidadãos brasileiros natos (CF, art. 12 §3º). 
 
42. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Os ministros do Supremo Tribunal 
Federal (STF) devem ser nomeados pelo presidente da República, 
após aprovação pela maioria simples do Senado Federal. 
Comentários: 
A aprovação se dá pela Maioria Absoluta. É a regra. A exceção 
(maioria simples) acontece somente na nomeação dos ministros do 
Superior Tribunal Militar. Todas as outras aprovações do Senado para 
que se faça nomeação de membros de tribunais, se faz por maioria 
absoluta. 
Gabarito: Errado 
43. (CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, 
escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de 
reputação ilibada. 
Comentários: 
O STF se forma por 11 ministros e não 12, de acordo com o art. 101 
da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
44. (CESPE/TJAA-STM/2011) O Supremo Tribunal Federal (STF) 
compõe-se de onze ministros, escolhidos para um mandato de quatro 
anos entre pessoas de notável saber jurídico e reputação ilibada, os 
quais devem ser maiores de trinta anos de idade e menores de 
sessenta e cinco anos de idade, bem como nomeados pelo presidente 
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da República, após a aprovação da maioria simples do Senado 
Federal. 
Comentários: 
A questão aborda diversos pontos e comete diversos erros. Vamos 
analisa por partes: 
• 11 Ministros? Sim. 
• Mandato de 4 anos? Não. Eles são vitalícios, após nomeados 
só saem pela aposentadoria compulsória aos 70 anos ou por 
exoneração/demissão nos casos constitucionalmente previstos. 
• Pessoas de notável saber jurídico e reputação ilibada? 
Sim. 
• Maiores de 30 e menores de 65 anos? Não, o STF e os 
tribunais superiores são os "órgãos de sabedoria" do Judiciário. 
A "idade da sabedoria" para a Constituição é de 35 anos. 
• Nomeados pelo presidente da República, após a 
aprovação da maioria simples do Senado Federal? Não. 
Eles são nomeados por maioria absoluta. 
Gabarito: Errado. 
45. (CESPE/Juiz FederalSubstituto - TRF 1ª/2009) O STF 
compõe-se de ministros, escolhidos entre cidadãos bacharéis em 
direito, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos 
de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
Comentários: 
A Constituição não exige o bacharelado em direito para o cargo de 
Ministro do STF (CF, art. 101). 
Gabarito: Errado. 
Rol de Competências do STF: 
Antes de estudarmos cada uma das competências do STF, é 
importante que saibamos que segundo o STF (Pet 3087 AgR/DF) a 
competência originária do STF submete-se a regime de direito 
restrito, consistindo em um complexo de competências dispostos em 
relação "numerus clausus" - ou sejam, um rol taxativo, fechado, que 
não pode ser ampliado a não ser que se faça uma emenda à 
Constituição. 
46. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF 
submete-se a regime de direito estrito, não comportando a 
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possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites 
fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa. 
Comentários: 
Segundo o STF, a competência originária do STF submete-se a 
regime de direito restrito, consistindo em um complexo de 
competências dispostos em relação "numerus clausus" - rol taxativo, 
fechado, que não pode ser ampliado a não ser que se faça uma 
emenda à Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Competências do STF - Função precípua de guardião 
constitucional: 
O Supremo possui uma competência básica, sua "função precípua". 
Essa função básica do Supremo é a "guarda da constituição" e por 
isso ele é o principal órgão do sistema de "controle de 
constitucionalidade". 
Baseado nisso, a Constituição elencou logo na primeira alínea do art. 
102, I, que ao Supremo caberá processar e julgar originariamente: 
CF, art. 102, I, “a” - a ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
São as famosas "ADI" e "ADC", ações que serão usadas para 
controlar a constitucionalidade dos atos normativos 
infraconstitucionais, que porventura venham a ser suspeitos de violar 
a Constituição. Essas duas ações (ADI e ADC) se juntam a uma 3º 
que foi posta no parágrafo 1º, a ADPF: 
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito 
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada 
pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (essa lei é 
9.882/99). 
Desta forma, temos que o STF, como guardião da Constituição, faz 
uso de três ações básicas: ADI, ADC e ADPF. É necessário ainda 
observar uma peculiaridade do dizer constitucional sobre essas 
ações: 
ADI → É usada no questionamento da constitucionalidade de lei 
federal ou estadual; 
ADC → Só pode ser usada para tratar de lei federal; 
ADPF → Pode ser usada para lei federal, estadual ou municipal, 
nos termos da lei 9882/99. 
A Constituição ainda diz que o STF tem competência originária para 
decidir sobre o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
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inconstitucionalidade (não só a cautelar de ADI, como também a 
cautelar de ADC e ADPF). 
A função do STF como guardião da Constituição não acabou por aqui 
não. Nós falamos apenas de sua competência "direta" (originária) de 
guardar a Constituição. Porém, ele pode ainda receber o papel de 
guardar a constituição de uma forma recursal, quando a controvérsia 
é oriunda de algum outro órgão e chega até ele para que resolva a 
controvérsia através de um recurso, o chamado “recurso 
extraordinário”. 
Desta forma, a CF ainda elencou como papel do STF julgar, em 
recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo da Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face da Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Por enquanto, o que nos importa são apenas as alíneas a, b e c, 
pois são somente elas que falam do conflito entre atos normativos 
e a Constituição, o que faz o STF exercer o seu papel de guardião. 
Primeiramente, deve-se ter atenção ao nome "recurso 
extraordinário" (não é ordinário, nem especial, nem nenhuma outra 
coisa), só o Supremo tem esse tipo de recurso. Seu nome é 
"extraordinário", pois não é um recurso comum (ordinário). 
Alínea a - O Supremo analisa extraordinariamente todas as 
decisões que contrariem a Constituição Federal, pois ele deve 
manter a sua autoridade, e caso verifique que realmente ela foi 
contrariada, deverá reformar a decisão para que a Constituição 
Prevaleça. 
Alínea b - O Supremo analisa ainda as decisões que declarem 
inconstitucionais tratado ou lei federal. Agora, não está mais 
preocupado com a guarda da Constituição em si, mas na 
preservação do ordenamento jurídico federal, e como a questão é 
sobre a "inconstitucionalidade", envolve dispositivos da 
Constituição, caberá a ele analisar segundo os preceitos 
constitucionais se realmente é o caso de se declarar inválidas a lei 
federal ou tratado. 
Alínea c - Aqui temos novamente a função principal de guardar a 
Constituição. Por "local" entenda-se "Estadual" ou "Municipal". 
Caso uma decisão em um tribunal, que esteja envolvendo 
controvérsia constitucional, declare que uma lei local (estadual ou 
municipal) é válida, é um caso a se preocupar, pois poderá estar se 
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deixando que a Constituição se aplique corretamente no território 
daquela localidade sendo preterida em face de uma lei local. Caso a 
decisão fosse pela inconstitucionalidade da lei local, e não por sua 
validade, não precisaria de tanta preocupação pois saberemos que 
a Constituição prevaleceu e será aplicada naquela localidade, não 
sendo assim admissível o recurso ao Supremo. 
Desta forma muita atenção aos requisitos para que o Supremo 
possa receber o recurso extraordinário: 
• Tratado ou lei federal forem julgados inconstitucionais 
(inválidos). 
• Lei ou ato de governo local forem julgados 
constitucionais (válidos). 
Observação: O Supremo é o guardião da Constituição Federal, 
sempre que estivermos falando de alguma ADI, ADC, ADPF ou ainda 
um recurso extraordinário no Supremo. Estamos falando de 
controvérsias envolvendo a Constituição Federal, nunca a 
Constituição Estadual, já que o Supremo não faz guarda da 
Constituição Estadual, função dos Tribunais de Justiça. 
Resumindo: Coligindo os ensinamentos acima, podemos resumir 
dizendo que o Supremo é o guardião da Constituição Federal e que 
promove essa proteção à Constituição de 2 formas: diretamente 
através do julgamento das ADI, ADC e ADPF e de forma recursal 
julgando os Recursos Extraordinários que disponham sobre 
controvérsias constitucionais derivadas de outros tribunais. 
Lembrando que esse tema é melhor estudado no "Controle de 
Constitucionalidade". 
47. (CESPE/ANAC/2009) Somente ao STF compete processar e 
julgar as ações diretas de inconstitucionalidade, genéricas ou 
interventivas, as ações de inconstitucionalidade por omissão e as 
ações declaratórias de constitucionalidade, com intuito de garantir a 
prevalência das normas da CF no ordenamento jurídico. 
Comentários: 
O STF é o "guardião da Constituição" e somente ele possui 
legitimidade para julgar as ações que se referem ao controle direto 
de constitucionalidade face a Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
Competências do STF – Atuação do PGR:

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