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UMIDADE EM EDIFÍCIOS ENGENHARIA CIVIL | PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES | ARQ. JOSIANE TALAMINI ENG. WAGNER CAVALARE 1. INTRODUÇÃO Consideramos que a umidade, sem controle, representa uma das principais causas das patologias e deterioração precoce das construções. Esta afirmação é fundamentada na constatação de que a umidade é o principal agente emitido pela natureza, para estabelecer o equilíbrio perdido, na sua maior parte provocado pelo homem ao transformar as substâncias naturais (em equilíbrio na crosta da terra) , em produtos industrializados. 1. INTRODUÇÃO Funções dos profissionais técnicos: • Desenvolver bons projetos; • Especificar os detalhes executivos, com o foco em ganhos de durabilidade da vida útil das edificações; • Avaliar o micro clima e o meio de exposição das construções; • Escolha adequada dos materiais; • Elaboração de um manual de manutenção preventiva personalizado. 2. PRINCIPAIS CAUSAS E PATOLOGIAS Com o propósito de ordenar o tema, selecionamos para o estudo, entre outras manifestações, aos principais tipos de umidades: a) Umidade do solo; b) Umidade de obra; c) Umidade atmosférica; d) Umidade de condensação; e) Umidade capilar; f) Umidade por infiltração. • O solo é um elemento poroso; • Existe uma maior ou menor pressão da umidade presente; • Grau de compactação influencia diretamente na determinação da umidade presente no solo; • Os poros podem ser abertos ou fechado, intercomunicáveis ou isolados. a) UMIDADE DO SOLO a) UMIDADE DO SOLO Principais preocupações?! • Obras enterradas como garagens em subsolos e etc. Como lidar?! • Avaliando minuciosamente relatório de sondagem e estudando o nível do lençol freático para projetar soluções e detalhes técnicos compatíveis. b) UMIDADE DA OBRA • A água está presente em uma série de materiais utilizados na construção; • Devemos considerar a umidade relativa normal do ambiente onde os materiais serão utilizados; • Para o emprego de certos materiais a umidade é fator de qualidade. Por exemplo, no revestimento de alvenarias ou fixação de produtos cerâmicos; • A avaliação do teor de umidade dos materiais é fundamental quando eles são aplicados casados ou possam perder ou absorver umidade do ambiente, caso específico da madeira. b) UMIDADE DA OBRA Retratibilidade da Madeira: redução das dimensões pela perda da água de impregnação da madeira. c) UMIDADE ATMOSFÉRICA A origem está relacionada com a neblina, orvalho e as precipitações pluviométricas. São também considerados o grau de evaporação de mananciais de água, mares, rios, lagos, manguezais, etc. Outra origem da umidade do ar são os ambientes molhados, como cozinhas, lavanderias, banheiros entre outros. A umidade atmosférica irá atingir as construções com maior ou menor pressão em função da direção dos ventos, em relação às superfícies da edificação, devendo portanto a pressão dos ventos ser considerada no projeto, para reduzir a possibilidade de infiltrações e permitir desenvolver detalhes executivos e especificações de materiais adequados. c) UMIDADE ATMOSFÉRICA Em Passo Fundo, Os ventos predominantes são: • Sudeste (SE) - como primeira direção; • Nordeste (NE) - como segunda direção; E a Umidade relativa do ar: entre 75 % e 85 %. c) UMIDADE ATMOSFÉRICA Outro ponto a ser considerado é o da dissolução de substâncias poluentes existentes na atmosfera, resultando em deposições úmidas sobre as construções, provocando grande poder destrutivo (chuvas ácidas). As manchas de umidade dos rebocos, em alguns casos, quando o foco é eliminado e a umidade relativa do ambiente cai, elas tendem a desaparecer. c) UMIDADE ATMOSFÉRICA LIXIVIAÇÃO: TRATAMENTO FORMAÇÃO DE CROSTAS NEGRAS A condensação é constituída por vapor de água e gases, muitas vezes invisível, e talvez por isso cause tantos danos aos materiais e ao ambiente. No ar existe uma determinada quantidade de água, não é visível por se constituir de vapor, entretanto, ao sofrer condensação, irá formar a névoa e o orvalho, fenômenos que se constituem na origem das chuvas. d) UMIDADE DE CONDENSAÇÃO A umidade de condensação constantemente está no ambiente e ao entrar em contato com paredes e tetos, geralmente com menor temperatura que a do ambiente, condensa. Para combater esta ação, não adianta impermeabilizar, mas sim atuar no ambiente, ventilando-o ou secando-o, alterando as condições de umidade, geradoras da condensação. d) UMIDADE DE CONDENSAÇÃO Os ambientes com Ur < 45 % são classificados como secos e Ur entre 50% 60% são classificados de úmidos. Para cada grau de pressão e de umidade atmosférica, existe uma temperatura de condensação, quando a umidade atinge 100% as superfícies estarão predispostas a apresentar condensação. d) UMIDADE DE CONDENSAÇÃO A penetração lenta da água através dos poros dos materiais é conhecida como percolação e ela ocorre em qualquer direção. Na percolação a direção do fluxo é fundamental, quando ocorre de cima para baixo o fluxo é potencializado pela ação da gravidade. e) PERCOLAÇÃO A umidade capilar está relacionada com a viscosidade do líquido, com a forma e diâmetro dos vasos capilares dos materiais e a ação da gravidade e do tempo de contato com o foco de umidade. e) UMIDADE CAPILAR Diâmetro vasos ou poros (mm) H coluna ascenção (mm) 1,0 15 0,01 1500 0,0001 150000 Para simples ordem de grandeza, podemos estabelecer uma relação entre a altura atingida pela capilaridade e o diâmetro dos vasos. O processo para o combate esse tipo de umidade, interromper o fluxo capilar. e) UMIDADE CAPILAR f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO Através da hidrodinâmica, sabemos que a água, ao correr livre sem confinamento, a pressão exercida sobre o leito e as paredes é reduzida, correspondendo apenas à massa do filme pela gravidade e é inversamente proporcional à velocidade, quanto maior a velocidade, menor a pressão. Esta é a razão de ser possível executar-se cobertura com telhas cerâmicas ou placas (escamas), sem a necessidade de vedação entre peças, desde que seja respeitado o ponto correspondente à inclinação de cada tipo de telha e a emenda por superposição seja contrária à direção do fluxo do escoamento. f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO Constata-se portanto, que é fundamental criar condições para que a água das chuvas ao precipitarem sobre uma superfície, ela seja plana e com inclinação suficiente e dirigida para os dispositivos de coleta e esgotamento. A falta de caimento provocará regiões de água parada, necessitando de serviços de impermeabilização e cuidadosos serviços de manutenção. f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO A água que escoa sobre plano inclinado teoricamente não causaria infiltração, entretanto as superfícies apresentam rugosidades que facilitam uma lenta penetração de umidade, em função da porosidade do leito, implantando a infiltração de percolação. f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO As coberturas de monumentos históricos sob a ação de deposições agressivas, chuvas ácidas, ao longo dos anos, apresentam fragilização das suas telhas, gerando goteiras. Uma solução para combatê-las consiste em adotar uma subcobertura em alumínio, estendida sobre os caibros, cuidando-se para que a água infiltrada seja conduzida para os beirais ou calhas. f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO Os ralos dos pisos de células molhadas, cozinhas, banheiros, áreas de serviço, são facilmente rompidos por ação constante de limpeza, respondendo por um grande número de casos de infiltrações. f) UMIDADE POR INFILTRAÇÃO No revestimento com cerâmica, pastilhas ou placas de pedra, os pontos vulneráveis à infiltração são as juntas, para combatê-las deve-se utilizar massa do rejunte com suficiente elasticidade(baixo módulo de deformação) e evitar utilizar nos pisos excesso de água para limpeza, trocando a lavagem pelo uso de pano úmido. ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO ATAQUE BIOLÓGICO UMIDADE EM EDIFÍCIOS ENGENHARIA CIVIL | PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES | ARQ. JOSIANE TALAMINI ENG. WAGNER CAVALARE
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