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Parasito 1010

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Parasitologia
	Podemos dizer que um ser vivo não é capaz de sobreviver independentemente de outros seres vivos. Este relacionamento varia muito entre os diferentes seres vivos, estas relações não são estáticas.
	O meio ambiente e os seres vivos estão em contínuo processo de adaptação (marca do parasitismo).
A distribuição geográfica das parasitoses se deve a alguns fatores:
Presença de hospedeiros suscetíveis
Migrações dos seres vivos
Condições ambientais (temperatura, umidade, altitude)
Maior densidade populacional
Falta de higiene
Pobreza
Ignorância
O relacionamento entre os seres vivos, visa basicamente:
Obtenção de alimento
Proteção
TIPOS DE ADAPTAÇÕES (MODIFICAÇÕES)
Morfológicas
Degeneração, perda ou atrofia de estruturas não utilizadas.
Hipertrofia, são bons exemplos os órgãos de fixação dos helmintos (ventosas muito desenvolvidas que aderem fortemente na parede do intestino do hospedeiro).
Biológicas
Aumento da capacidade reprodutiva 
(para aumentar a sobrevivência e escapar de predadores).
Capacidade de resistência ao hospedeiro 
(ex: helmintos que liberam enzima antiquinase que neutraliza os sucos digestivos dos hospedeiros).
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
Reino		Metazoa
Filo		Chordata
Classe	Mamalia
Ordem	Primata
Família	Hominidae
Gênero	Homo
Espécie	Homo sapiens
TIPOS DE ASSOCIAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
Competição
 É a relação em que os 2 seres disputam o mesmo alimento, abrigo, etc.
Neutralismo
 É quando os 2 seres não se relacionam, portanto não haverá prejuízo ou vantagem para nenhum deles.
Canibalismo
 É quando um ser se alimenta de outro ser da mesma espécie.
Predatismo
 É quando um ser se alimenta de outro ser de espécie diferente, a sobrevivência de um ser depende da morte de outro.
Parasitismo
 É quando um ser consegue alimento ou abrigo de outro ser, sendo que o hospedeiro tem prejuízo e o parasita vantagem, mesmo assim, esta relação tende ao equilíbrio.
Comensalismo
 É a relação em que um ser leva vantagem e o outro ser não tem nenhum tipo de desvantagem, ex: E.coli que vive no intestino humano.
Mutualismo
 É a relação em que os 2 seres levam vantagem, mas um consegue viver sem o outro.
Ex: protozoário Tryconinfa que vive no estômago do cupim.
EX: pássaros que comem os carrapatos dos bois.
Simbiose
 É a relação em que os 2 seres levam vantagem, mas um NÃO consegue viver sem o outro.
EX: protozoários que vivem no estômago do boi.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES CAUSADORES DE DOENÇAS
Biológicos, os importantes para a Parasitologia são:
Protozoários (unicelulares).
Platelmintos (vermes achatados, ex: tênias (helmintos)).
Asquelmintos (vermes cilíndricos, ex: lombrigas (helmintos)).
Nutritivos: excesso de colesterol / deficiência de vitaminas / etc.
Químicos: veneno / substâncias alérgicas / medicamentos / etc.
Físicos: traumas / radiação / fogo / etc. 
TRICOMONÍASE / TRICOMONOSE
As 4 espécies de protozoários Trichomonas encontradas em humanos são:
Trichomonas tenax: comensal, vive na cavidade bucal humana.
Pentatrichomonas hominis: comensal, vive no trato intestinal humano.
Trichomitus fecalis: só foi encontrado em um único paciente até hoje.
Trichomonas vaginalis
 Habita os órgãos genitais da mulher e do homem, onde causa infecção. Tem maior desenvolvimento na ausência de oxigênio, pH entre 5 e 7,5 e temperatura entre 20°C e 40°C.
 1836, foi descrita pela primeira vez em uma paciente com vaginite.
 1894, foi descrita pela primeira vez em um homem com uretrite.
 Não possui a forma cística, somente a trofozoítica, sendo portanto muito sensível quando fora do seu habitat. Altas condições de umidade aumentam a sobrevivência do protozoário, acredita-se que o parasita sobreviva até 24 horas em roupas de banho e toalhas molhadas.
Reprodução
 Fissão binária
Transmissão
 É uma doença venérea, transmitida através do ato sexual, podendo sobreviver por mais de uma semana no pênis de um homem que teve relações sexuais com mulher infectada. O homem é o vetor da doença, com a ejaculação, os tricomonas existentes na mucosa da uretra são levados a vagina pelo esperma.
 Foi demonstrado que este protozoário pode sobreviver por curtos períodos de tempo em vasos sanitários, roupas de banho, toalhas, água, etc ( maneira aceita para explicar a tricomoníase em recém-nascidos, crianças e virgens ).
Período de incubação:
Em mulheres: de 3 a 20 dias, causa vaginite com corrimento abundante de coloração amarela-esverdeada, bolhas e odor fétido, principalmente nos períodos pós-menstruação.
Em homens: geralmente é assintomática, no entanto, pode causar uretrite com corrimento claro e desconforto ao urinar.
Epidemiologia
É o mais freqüente parasita encontrado nas doenças sexualmente transmissíveis.
Estima-se que 180 milhões de mulheres no mundo são infectadas anualmente.
Pessoas de nível socioeconômico baixo.
Pacientes de clínicas ginecológicas.
Pacientes de clínicas pré-natais.
Profilaxia
Uso de preservativo durante o ato sexual.
Limpeza de banheiras antes de sua utilização.
Limpeza do vasos sanitários antes de sua utilização.
Não utilizar roupas de banho ou toalhas de outras pessoas.
GIARDÍASE
 Causada por protozoários flagelados que são parasitas do intestino de mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
 A giardíase é uma das causas mais comuns de diarréia, causa infecções que podem comprometer crianças e adultos.
 Giardias isoladas a partir de seres humanos podem ser chamadas de Giardia lamblia, Giardia duodenalis e Giardia intestinalis (são sinônimos).
 A Giardia pode apresentar duas formas:(cisto e trofozoíto):
O cisto é oval e pode apresentar de 2 a 4 núcleos.
Os cistos são muito resistentes e podem sobreviver até 2 meses em ambientes que apresentem condições favoráveis de temperatura e umidade.
Os trofozoítos apresentam 2 núcleos, 4 pares de flagelos e possuem uma estrutura importante para a adesão do parasita a mucosa do intestino (disco ventral).
 
CICLO BIOLÓGICO
ingestão de cistos (de 10 a 100 cistos em média).
desencistamento no estômago. 
colonização do intestino pelos trofozoítos.
reprodução dos trofozoítos por fissão binária.
os trofozoítos tornam-se cistos.
eliminação dos cistos nas fezes.
IMUNIDADE
 Fatores que sugerem o desenvolvimento da resposta imune:
natureza autolimitante da infecção.
existência de anticorpos específicos anti-Giardia.
participação de monócitos citotóxicos.
imunodeprimidos são mais suscetíveis.
menor suscetibilidade de indivíduos de áreas endêmicas.
SINTOMATOLOGIA : A giardíase pode ser:
Assintomática (maioria dos casos)
 Ocorre tanto em crianças como adultos, onde existe a liberação de cistos nas fezes por um período de até 6 meses.
Sintomática
 Ocorre principalmente em crianças e pode causar diarréias agudas persistentes, irritabilidade, perda de apetite, emagrecimento, insônia, vômitos e dores abdominais.
 O grau destas complicações depende do número de cistos ingeridos e também da situação imunológica do hospedeiro (estado nutricional, pH do suco gástrico e associação com a microbiota intestinal).
PATOGENIA
alterações morfológicas na parede do intestino.
o revestimento da mucosa intestinal por um grande número de trofozoítos pode comprometer a absorção no local.
os protozoários podem abrir caminho para bactérias patogênicas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Exame das fezes de doentes a procura de cistos (mais comuns) ou trofozoítos.
EPIDEMIOLOGIA
parasitose existente em todo o mundo. 
maior incidência em crianças de 8 meses a 12 anos.
encontrada em ambientes coletivos (creches, enfermarias, internatos)
TRANSMISSÃO
ingestão de cistos em águas não tratadas.
ingestão de cistos em alimentos: veiculados por moscas, baratas, pessoas e animais.atividade sexual entre homens homossexuais (fecal, oral).
contato com animais.
crianças defecando no chão.
babás sem higiene
manipuladores de alimentos sem higiene
PROFILAXIA (medidas de controle)
Higiene pessoal, proteção dos alimentos, tratar ou ferver a água antes de beber.
TRATAMENTO
 São utilizados os medicamentos metronidazol, tinidazol, etc.
AMEBÍASE
 Causada pelo protozoário ameba (sarcodíneo ou rizópode)
 A Entamoeba histolytica é o agente etiológico da amebíase, que é um importante problema de saúde pública, sendo uma das principais causas de parasitoses em todo o mundo.
 Início do séc XX :	12% da população era parasitada.
 Dias atuais : 		 8% da população é parasitada.
 1925 (Brumpt) sugere a existência de outra espécie de ameba, a Entamoeba dispar nos casos assintomáticos, idéia só confirmada em 1977 pela OMS.
Sintomática : Entamoeba histolytica
Assintomática : Entamoeba dispar
 Definição de amebíase: Infecção sintomática ou assintomática causada pela Entamoeba histolytica ou pela Entamoeba dispar.
 Todas as espécies do gênero Entamoeba vivem no intestino grosso do homem ou de animais, com exceção da Entamoeba moshkovskii (vida livre).
 As espécies de ameba do gênero Entamoeba foram reunidas em 4 diferentes grupos, de acordo com o número de núcleos no cisto maduro, e também pelo fato do não conhecimento ou da não existência dos cistos:
8 núcleos por cisto
4 núcleos por cisto
1 núcleo por cisto
cistos não conhecidos ou sem cistos
Entamoeba histolytica
 Por ser patogênica será descrita em detalhes em cada uma de suas fases:
trofozoíto ou forma vegetativa
cisto ou forma de resistência
pré-cisto
metacisto
TROFOZOÍTO OU FORMA VEGETATIVA
 As amebas se distinguem pelo tamanho do trofozoíto.
 Geralmente tem 1 só núcleo.
 Tem emissão contínua e rápida de pseudópodes, parece estar deslizando.
 O trofozoíto virulento apresenta bactérias, grãos de amido ou outros detritos em seu citoplasma.
 Na microscopia eletrônica, os trofozoítos de Entamoeba histolytica se caracterizam pela ausência de mitocôndria, complexo de Golgi, retículos endoplasmáticos, centríolos e microtúbulos.
PRÉ-CISTO
 Fase intermediária entre trofozoíto e o cisto, é oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto. O núcleo é semelhante ao trofozoíto, no citoplasma podem ser vistos corpos em forma de bastonetes, com pontas arredondadas.
CISTO
 São esféricos ou ovais, tem de 1 a 4 núcleos. No citoplasma encontramos regiões chamadas de reserva de glicogênio ou “vacúolos de glicogênio”.
METACISTO
 É uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino grosso, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos.
BIOLOGIA E CLICLO BIOLÓGICO
 Os trofozoítos de Entamoeba histolytica normalmente vivem na luz do intestino, podendo ocasionalmente penetrar na mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do organismo, como fígado, pulmão, rim e mais raramente no cérebro.
Locomoção: pseudópodes
Ingestão: 
Fagocitose (partículas sólidas: hemácias, bactérias ou restos celulares).
Pinocitose (ingestão de partículas muito pequenas ou líquidos).
figura do ciclo biológico
TRANSMISSÃO
ingestão de cistos maduros tetranucleares existentes nos alimentos ou nos líquidos contaminados por dejetos humanos, exemplo: verduras, frutas e águas contaminadas.
Patas de baratas e moscas com cistos, sendo que estes também podem regurgitar cistos anteriormente ingeridos.
Falta de higiene, os portadores assintomáticos que manipulam alimentos são os principais disseminadores de cistos entre as pessoas.
figura da patogenia
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
 De 7 dias a 4 meses, difícil de ser determinado.
EPIDEMIOLOGIA
 Acredita-se que existam cerca de 480 milhões de pessoas (8% da população atual) no mundo infectadas por Entamoeba histolytica, nos países com baixas condições higiênicas, a prevalência da doença é alta.
PROFILAXIA
melhorar as condições de higiene.
exame freqüente dos manipuladores de alimentos, já que mesmo em países desenvolvidos, encontramos muitos casos de amebíase.
intensa e extensa campanha de educação sanitária para a orientação da população em geral.
TRATAMENTO
 Utilização do medicamento Etofamida em comprimidos.
TOXOPLASMOSE
 Doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii.
 Dados indicam tratar-se do protozoário mais difundido entre a população humana em todo o mundo.
 Alta taxa de mortalidade principalmente em recém-nascidos, também afeta pessoas com sistema imunológico comprometido ( pessoas submetidas a transplantes, quimioterapia, portadores de HIV, etc ).
Em recém-nascidos pode causar:
aborto
parto com criança já morta
problemas mentais
problemas oculares
encefalite
urticária
hidrocefalia
outros distúrbios
Em imunodeprimidos pode causar:
problemas oculares
encefalite
outros distúrbios
OBS: A maioria das pessoas tem sorologia positiva, mas não apresenta a doença.
A toxoplasmose é uma zoonose cuja infecção é muito freqüente em várias espécies de mamíferos ( carneiro, cabra e porco ) e até mesmo em aves.
Hospedeiros:
Definitivos ou completos ( gatos )
Intermediários ou incompletos ( homem e outros animais )
Reprodução:
Assexuada ( no homem e outros animais )
Assexuada e Sexuada ( somente nas células intestinais dos gatos, que transmitem o parasita ). A eliminação de cistos ocorre apenas uma vez na vida do gato, quando jovem e por um período de aproximadamente 15 dias.
Transmissão ( Três vias principais ):
Ingestão de oocistos presentes em solos, verduras e águas contaminadas ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas, minhocas, etc.
Ingestão de cistos encontrados em carne crua ou mal-cozida, especialmente de porco e de carneiro. Os cistos só são destruídos se forem submetidos a temperaturas inferiores a 0°C ou superiores a 60°C.
Congênita ( forma de transmissão mais grave, onde a mãe passa parasitas na forma taquizoítos para o filho durante a gravidez ).
OBS: Em alguns casos a criança nasce com o parasita mas só apresenta os problemas da doença na fase adulta.
Transmissão ( quarta via, mais rara )
Ingestão de formas taquizoítos encontrados no leite de cabra.
Epidemiologia
Presente em quase todos os países, com positividade de 20% a 83%
Praticamente todos os mamíferos e aves são suscetíveis
Os gatos liberam milhares de oocistos nas fezes quando jovens
Moscas e baratas podem carregar oocistos em suas patas
Formas taquizoítos podem ser encontradas em leite de caprinos
Profilaxia
Não se alimentar de leite cru, carne crua ou mal-cozida de qualquer animal
Controlar a população de gatos
Não alimentar os gatos com alimentos crus
Incinerar as fezes dos gatos
Não permitir que gatos defequem em locais de armazenamento de areia
Exame pré-natal
Tratamento
Fase aguda ( pirimetamina com sulfadoxina, para casos em geral )
Fase crônica ( ainda não existe tratamento eficaz, as drogas atuam contra as formas proliferativas e não contra os cistos que iniciam o processo ).
LEISHMANIOSES
 São causadas por espécies de protozoários com ciclos heteroxênos:
desenvolvimento no trato digestivo dos hospedeiros invertebrados ( insetos hematófagos )
desenvolvimento intracelular obrigatório nos macrófagos mononucleares pertencentes ao sistema imunológico dos hospedeiros vertebrados ( mamíferos, principalmente roedores e canídeos ).
OBS: Existem macrófagos que conseguem destruir os protozoários.
Ciclo
Os hospedeiros vertebrados são infectados quando formas promastigotas existentes na saliva das fêmeas dos insetos vetores são inoculadas durante a picada.
Estas formas promastigotas vão para dentro dos macrófagos ( mais especificamente monócitos mononucleares, células de defesa existentes no sangue ).Nos macrófagos, as formas promastigotas se transformam em formas amastigotas que se multiplicam mesmo estando em meio ácido ( vacúolo e lisossomo ).
A membrana do macrófago se rompe liberando a forma amastigota nos tecidos, sendo novamente fagocitadas por outros macrófagos o que pode levar a infecção.
Um inseto não contaminado pode adquirir o parasita causador da Leishmaniose ao picar uma pessoa contaminada ingerindo macrófagos contendo formas amastigotas do protozoário.
Ao chegarem no estômago do inseto, os macrófagos se rompem liberando as formas amastigotas.
As formas amastigotas sofrem divisão por fissão binária dando origem as formas promastigotas que se multiplicam ainda no sangue ingerido.
As formas promastigotas migram através do estômago em direção a faringe do inseto se transformando em promastigotas infectantes ( formas metacíclicas infectantes ).
A forma promastigota é encontrada na saliva do inseto fêmea.
Epidemiologia
 Protozoário encontrado naturalmente entre animais silvestres, torna-se uma doença também humana com a invasão de áreas naturais.
Distribuição geográfica
 Existente em todo o mundo.
Profilaxia
evitar a picada de insetos
construção de casas a uma distância mínima de 500m da mata
produção de vacina ( solução ideal ), já foram conseguidos resultados significativos
Tratamento
 Uso de antimonial pentavalente ou glucantime.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
 Doença causada por uma grande variedade de protozoários do gênero Leishmania, entre estas espécies podemos destacar a Leishmania Viannia brasiliensis.
 Esta doença causa lesões ulcerosas indolores (únicas ou múltiplas), lesões nas mucosas que afetam as regiões nasofaríngeas.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR DO VELHO MUNDO
 Doença causada por 3 protozoários, entre estes podemos destacar a Leishmania tropica.
 Esta doença causa ulcerações crônicas e indolores na pele que podem demorar um ano ou mais para cicatrizarem.
LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA
 Doença causada por 3 protozoários, entre estes podemos destacar a Leishmania donovani.
 Esta doença causa febre, alterações hepáticas, renais, pulmonares, emagrecimento e etc. Podendo levar a morte. 
MALÁRIA
 Os protozoários causadores da Malária pertencem ao gênero Plasmodium.
 A Malária é um dos principais problemas de saúde pública no mundo.
 Afeta aproximadamente 300 milhões de pessoas no planeta.
 Atualmente são conhecidas 150 espécies causadoras de Malária em diferentes hospedeiros vertebrados, destas, apenas 4 espécies parasitam o homem:
Plasmodium falciparum
Plasmodium vivax
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale ( apenas no continente Africano )
 O protozoário causador da malária é transmitido por inseto ( fêmea do gênero Anopheles ) que inocula o Plasmodium no homem, onde irá invadir o fígado e as células sanguíneas vermelhas.
 Os sintomas normalmente são: mal-estar, cefaléia, cansaço e muita febre. Sintomas comuns a muitas doenças, o que dificulta a constatação da malária.
Transmissão
Picadas em humanos realizadas por fêmeas de insetos do gênero Anopheles parasitadas por protozoários do gênero Plasmodium na forma de esporozoítos existentes nas glândulas salivares do inseto.
Transfusão sanguínea.
Compartilhamento de seringas contaminadas.
Acidentes de laboratório.
Infecção congênita.
Coito.
Faixa de temperatura ideal para ocorrer ( 16°C a 33°C ).
Resistência Inata
Já existente no hospedeiro, independe de qualquer contato prévio com o parasita.
Pode ser absoluta, o parasita não consegue se desenvolver.
Pode ser relativa, o parasita se desenvolve, mas não causa a doença.
Imunidade Adquirida
Em alguns locais da África, os recém-nascidos ficam protegidos de Malária durante em média os 6 primeiros meses de vida, isto ocorre porque a mãe durante a gestação, transmitiu anticorpos ao bebê, após este período as crianças são altamente suscetíveis a Malária.
Adultos que já tiveram contato com o protozoário também podem adquirir imunidade a este parasita.
Período de incubação
De 8 a 30 dias dependendo da espécie do protozoário.
Epidemiologia
Doença que ocorre nas áreas tropicais e subtropicais do mundo.
O Brasil é uma área de malária instável, onde é comum a variação da incidência da doença, podendo ocorrer epidemias, já que muitas pessoas ficam expostas ao risco.
90% dos casos mundiais estão na África tropical, o restante está distribuído principalmente na América Central, América do Sul, Sudeste Asiático e Ilhas da Oceania.
Na América latina, o maior número de casos é verificado na Amazônia Brasileira ( 500 mil casos por ano ).
Tratamento
 Utiliza-se cloroquina. Como a espécie Plasmodium falciparum se tornou resistente a cloroquina utiliza-se primeiramente quinina+tetraciclina, caso não exista sucesso, deve-se aplicar mefloquina que é muito mais potente.
Profilaxia
Evitar o contato do inseto com a pele.
Evitar áreas de risco ao anoitecer (o inseto tem hábitos noturnos)
Ter mosquiteiros, telar portas e janelas.
Borrifação de inseticidas nas paredes dos domicílios.
Controle das larvas através de larvicidas ou controles biológicos, ex: bactéria Bacillus thuringiensis ( seguro ao meio ambiente ).
Evitar focos de águas paradas, ex: garimpos de ouro.
Ciclo 
O protozoário na forma esporozoíto infectante é inoculado na circulação sanguínea do homem pelo inseto vetor (gênero Anopheles), onde fica de 30 a 60 minutos antes de invadir as células do fígado.
No fígado, os esporozoítos se transformam em trofozoítos.
Os trofozoítos se multiplicam dando origem aos esquizontes teciduais.
Os esquizontes teciduais dão origem aos merozoítos que invadem os eritrócitos ( hemácias ou glóbulos vermelhos ).
Os merozoítos dão origem aos trofozoítos jovens.
Os trofozoítos jovens dão origem aos trofozoítos maduros.
Os trofozoítos maduros dão origem aos esquizontes.
Os trofozoítos maduros dão origem aos esquizontes.
Os esquizontes dão origem aos merozoítos que podem invadir novos eritrócitos ou
 Se diferenciarem em gametócitos masculino ou feminino.
10,5) A fêmea do inseto do gênero Anopheles ingere as formas sanguíneas do parasita ao picar uma pessoa ou animal contaminado.
O gametócito masculino dá origem a 8 microgametas.
 O gametócito feminino se transforma em macrogameta.
Cada microgameta fecundará um macrogamenta, formando um ovo ou zigoto que atinge a parede do intestino médio onde passa a ser chamado de oocisto.
Os oocistos se rompem dando origem aos esporozoítos que atingirão as células das glândulas salivares do inseto.
HELMINTOS
 Dois grupos têm importância na Parasitologia:
( Platelmintos e Asquelmintos )
FILO PLATELMINTOS ( vermes achatados, possuem sistema digestório incompleto )
 Este filo se divide em 3 classes:
Tuberlária, todos são de vida livre, ex: planária.
Tremátoda, todos são parasitas, ex: Shistosoma mansoni.
Cestoda, parasitas que vivem principalmente no intestino de vertebrados, ex: Taenia solium e Taenia saginata.
FILO ASQUELMINTOS ( vermes cilíndricos, possuem sistema digestório completo )
 Este filo se divide em 2 classes:
Rotífera, vermes menores que 1mm
Nemátoda, vermes maiores que 1mm
TENÍASE E CISTICERCOSE
 As tênias são helmintos pertencentes ao filo Platelmintos ( vermes achatados ) e a classe Cestoda.
 Na Parasitologia humana, as duas tênias mais importantes são:
Taenia solium ( porco )
Taenia saginata ( boi )
 As tênias adultas em geral, causam poucos danos aos hospedeiros. Já as larvas ( cisticercos ) é que são as responsáveis pelos quadros patológicos.
Teníase ( provocada por tênias adultas ou solitárias )
Cisticercose ( provocada por larvas de tênias )
Divisão morfológica da Taenia solium e da Taenia saginata
 São divididas em escólex, colo e estróbilo:Escólex
 Órgão com 4 ventosas adaptadas para a fixação na mucosa do intestino delgado do hospedeiro. Apenas a Taenia solium tem estrutura chamada de rostelo junto ao escólex.
Colo
 Região abaixo do escólex que dá origem a proglótides jovens.
Estróbilo
 É o corpo da tênia, formado pela união de várias proglótides (anéis)
Taenia saginata
 Aproximadamente 77 milhões de casos em todo o mundo, sendo que 32 milhões estão na África, 2 milhões na América do Sul e 1 milhão na América do Norte.
 Tem mais de 1000 proglótides.
 Pode atingir até 8 metros.
 Pode viver até 10 anos no hospedeiro.
Taenia solium
 Aproximadamente 2,5 milhões de casos em todo o mundo, sendo que a cisticercose responde por aproximadamente 300 mil casos em todo o planeta.
 Pode ter de 800 a 1000 proglótides.
 Pode atingir até 3 metros.
 Pode viver até 3 anos no hospedeiro.
Ainda não é possível distinguir os ovos das duas tênias.
A larva da Taenia solium é chamada de Cysticercus cellulosae.
A larva da Taenia saginata é chamada Cysticercus bovis.
Habitat da Taenia solium e da Taenia saginata:
Quando adultas ( intestino delgado do homem ).
Quando larvas (vários tecidos de humanos, suínos, bovinos, etc)
Transmissão
Ingestão de cisticercos (larvas)em carnes cruas ou mal-cozidas.
Auto-infecção externa: o homem elimina os ovos através das fezes com proglótides, estes ovos são levados a boca por mãos contaminadas.
Auto-infecção interna: durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino.
Heteroinfecção: uma pessoa ingere ovos da Taenia solium de outro indivíduo em alimentos contaminados.
Patogenia
 Apesar do nome popular das tênias ser solitária, o que observa-se são pessoas infectadas com mais de uma tênia da mesma espécie.
 No homem, as tênias podem provocar:
Fenômenos alérgicos, devido a substâncias excretadas.
Hemorragia através da fixação na mucosa.
Destruição do epitélio intestinal.
Disputa com o hospedeiro por nutrientes.
Cisticercose, graves problemas causados por larvas de T.solium
Tipos de cisticercose
Neurocisticercose: 
 Causa dores de cabeça seguidas de vômitos, ataques epiléticos, delírios, hipertensão intracraniana.
Cisticercose ocular: 
 Causa deslocamento ou perfuração da retina.
Cisticercose cardíaca: 
 Causa palpitações e ruídos anormais quando as larvas se instalam nas válvulas cardíacas.
Epidemiologia
Todas as partes do mundo, principalmente em populações com hábito de comer carne de porco ou boi crua ou mal-cozida.
O porco, o homem, o cão e o macaco tem sido descritos como portadores da larva da Taenia solium.
Na Inglaterra existem estudos comprovando que gaivotas disseminam ovos da Taenia saginata, em locais com rede de esgoto deficiente.
No Brasil existe alta incidência das 2 tênias em virtude das baixas condições de higiene e do hábito de algumas pessoas em comer carne mal-cozida.
Profilaxia
Construção de fossas sépticas, impedindo que as fezes humanos entrem em contato com bovinos ou suínos.
Destruição com fogo de tênias adultas eliminadas.
Rígido controle da qualidade das carnes.
Tratamento em massa dos casos humanos positivos.
Orientar a população para não comer carne crua, mal-cozida ou mal-assada.
Tratamento da Teníase ( T.solium ou T.saginata )
 Niclosamida que vai atuar no sistema nervoso das tênias, levando a imobilização da mesma que será eliminada nas fezes.
Tratamento da Neurocisticercose
 Praziquantel que causa a morte do cisticerco ( larva ) através do rompimento da sua membrana. Este rompimento libera um líquido que causa reação inflamatória no local ( cérebro ), por isto, este procedimento de eliminação do parasita deve ser feito em ambiente hospitalar para que sejam minimizadas as reações inflamatórias.
ESQUISTOSSOMOSE
 Parasitose causada por verme Helminto, filo Platelminto, classe Trematoda ( Schistosoma mansoni ).
 Ocorre na África, América do Sul e em muitos locais do mundo.
 Esta doença também é chamada como barriga d’água ou mal do caramujo.
MORFOLOGIA
Adulto: macho ou fêmea com nítido dimorfismo sexual
Ovo
Miracídio
Esporocisto
Cercária
Macho: 	Mede cerca de 1cm e tem cor esbranquiçada
Fêmea: 	Mede cerca de 1,5cm e tem cor escura
Ovo: 		Forma usualmente encontrada nas fezes, nos ovos estão 		os miracídios.
Miracídio:	Apresenta forma cilíndrica, cílios para locomoção no meio 		aquático, sistema nervoso primitivo, estas células dão 			início ao ciclo no caramujo.
Esporocisto:	Forma encontrada no interior do caramujo.
Cercária: 	Forma que sai do caramujo, 2 ventosas estão presentes:
ventosa oral, ligada ao intestino primitivo.
ventosa ventral, é maior e com musculatura mais desenvolvida que a ventosa oral, através desta ventosa, a cercária fixa-se na pele do hospedeiro no processo de penetração, momento em que a cercária perde a calda.
HABITAT
 Veias do fígado e do intestino humano.
TRANSMISSÃO
 Penetração de cercárias na pele e mucosa ( principalmente pés e pernas ) em contato com águas contaminadas:
valas de irrigação de hortas.
pequenos córregos utilizados para nadar e lavar roupas.
PATOGENIA
 Está ligada a:
cepa do parasita
quantidade de parasitas adquiridos
idade da pessoa afetada
estado nutricional
resposta imunológica
DANOS
 A esquistossomose causa lesões no intestino e no fígado, debilitando o indivíduo parasitado, podendo levá-lo a morte.
 O nome barriga d’água se deve ao fato da barriga inchar em conseqüência do comprometimento do fígado.
EPIDEMIOLOGIA
 Acredita-se que:
Esta doença exista a milhares de anos.
A introdução no Brasil, foi em decorrência da chegada dos escravos que trouxeram o parasita da África.
TRATAMENTO
 Oxamniquina e praziquantel para pacientes que venham apresentar ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal.
PROFILAXIA
Tratamento da população em larga escala.
( para todos os casos positivos ).
Saneamento básico para que esgotos não afetem os rios e lagos.
ASCARIDÍASE ou ASCARIOSE ( Ascaris lumbricóides )
 Espécie de grande importância médico veterinária que parasita o intestino delgado de homens e suínos, onde vive até 2 anos.
 Tem ampla distribuição geográfica, são popularmente conhecidas como lombrigas e causam doenças denominadas ascaridíase ou ascariose, cujo número de casos estão diretamente relacionados ao grau de desenvolvimento da população.
 Em 1984 a OMS estimou que em todo o mundo 1 bilhão de pessoas estavam infectadas por Ascaris lumbricóides.
Morfologia
 Três fases evolutivas podem ser encontradas no ciclo biológico:
Macho, tem de 20 a 30cm
Fêmea, tem de 30 a 40cm
Ovos, são grandes em relação aos ovos de outros parasitas
Habitat
 Intestino delgado de homens e suínos.
Ciclo biológico
 Cada fêmea é capaz de ovipor a cada dia, cerca de 200.000 ovos não embrionados que chegam ao ambiente através das fezes, após 15 dias estes os ovos se tornam embrionados.
Transmissão
Ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos.
Poeira e insetos são capazes de veicular mecanicamente ovos infectantes.
Contato com mãos contaminadas apresentando ovos debaixo das unhas.
Patogenia
Larvas
Pequenas infecções ( não causa nenhuma complicação )
Infecções maciças:
lesões hepáticas ( necrose )
lesões pulmonares ( pneumonia )
Vermes adultos
Infecção de baixa intensidade ( 3 a 4 vermes ), não causa nenhuma complicação.
Infecção média ( 30 a 40 vermes ) ou Infecção maciça ( 100 ou + vermes ), causam várias complicações como: urticária, convulsões, disputa com o hospedeiro por nutrientes, lesões no intestino e até mesmo a obstrução do intestino. 
OBS: A literatura registra casos de Ascaris lumbricóides eliminados pela boca e nariz de crianças com grande quantidade do parasita.
Epidemiologia
 Distrubui-sepor mais de 150 países, onde afeta de 70% a 90% das crianças de até 10 anos. Os adultos raramente apresentam a doença, pois quando crianças certamente foram infectadas, desenvolvendo forte e duradoura imunidade.
 Fatores que permitem alta prevalência de Ascaris lumbricóides:
Grande produção de ovos pela fêmea
Viabilidade do ovo infectante por até 1 ano
Condições precárias de saneamento básico
Temperaturas elevadas
Umidade elevada
Dispersão de ovos por chuvas, ventos, insetos, etc
Profilaxia
Educação sanitária
Construção de fossas sépticas
Lavar as mãos antes de se alimentar
Tratamento a cada período de 3 anos de toda a população ( após exame )
Proteção dos alimentos contra insetos
Tratamento
 Algumas drogas podem ser utilizadas contra Ascaris lumbricóides:
Piperazina
Tetramizole
Levamizole
Mebendazole
Pamoato
Albendazol
 Como trata-se de uma parasitose intestinal, além dos medicamentos, torna-se de muita importância cuidados especiais na alimentação dos pacientes, com uma dieta saudável e de fácil absorção, já que a mucosa intestinal se encontra lesada.
 Quando ocorre a oclusão ou suboclusão do intestino por Ascaris lumbricóides, deve-se deixar o paciente em jejum, passar sonda nasogástrica com aplicação de hexa-hidrato de piperazina + óleo mineral, se não resolver o problema, recomenda-se a remoção cirúrgica do parasita.
ANCILOSTOMOSE : É uma parasitose causada por vermes Asquelmintos em vários mamíferos, inclusive humanos. Esta parasitose pode levar a casos crônicos que podem provocar a morte do indivíduo. Estes parasitas são encontrados em áreas temperadas e tropicais do planeta.
 São mais de 100 espécies causadoras da Ancilostomose em mamíferos, no entanto apenas 3 são agentes etiológicos em humanos:
Ancylostoma duodenale ( grande incidência )
Necator americanus ( média incidência )
Ancylostoma ceylanicum ( baixa incidência )
Anualmente e em todo o mundo, milhões de pessoas são parasitadas por Ancylostoma duodenale e Necator americanus, o que resulta em aproximadamente 60 mil mortes.
Ancylostoma duodenale
 Existem machos e fêmeas com claro dimorfismo sexual, as fêmeas são maiores. Os 2 possuem cápsula bucal com 2 pares de dentes.
Ciclo
Ovos do parasita são eliminados nas fezes e vão para o solo.
No solo, os ovos dão origem a larvas denominadas L1 que dão origem a larvas L2 que dão origem a larvas L3 ( infectantes ).
Apenas as larvas L3 são capazes de penetrar através da pele e mucosas .
TRANSMISSÃO
Contato com fezes de pessoas contaminadas.
Transfusões sanguíneas (em alguns casos), já que o parasita pode ser encontrado no sangue.
PATOGENIA
 Varia conforme a quantidade de parasitas, podendo causar diarréia, dores abdominais e comprometimento pulmonar.
PROFILAXIA
 Saneamento básico, educação sanitária, utilização de calçados, etc.
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Ancylostoma braziliense ( Doença do bicho geográfico )
 Este parasita habita o intestino de cães e gatos que não são vermifugados periodicamente
 Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas. Estas, penetram na pele do homem causando a doença. 
Por estar em pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o que ocorreria no cão e no gato), e caminha sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado.  Mais comum em crianças, as lesões são geralmente acompanhadas de muita coceira. Os locais mais comumente atingidos são os pés e as nádegas. Pode ocorrer como lesão única ou múltiplas lesões. Como o ato de coçar é freqüente, surge o risco de infecções secundárias causadas por bactérias.
 Para prevenir a infecção deve-se evitar andar descalço em locais freqüentados por cães e gatos e cobrir as caixas de areia. Recolha as fezes de seu cachorro e não leve animais para a praia.

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