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1 Processos de Impressão: Offset A litografia No final do século XVIII, Aloys Senefelder, um jovem dramaturgo tcheco vivendo na Bavária (Alemanha) decide publicar suas próprias peças e, para isso, desenvolve um novo sistema de impressão: a litografia. Senefelder utilizou uma pedra calcária da região de Solenhofen, dotada de uma estrutura granular. Na litografia, a imagem a ser impressa é desenhada na pedra utilizando um lápis ou uma tinta gordurosa. As áreas tratadas com essa tinta são chamadas de lipófilas, por sua afinidade com a gordura. As áreas restantes são hidrófilas, por sua afinidade com a água. Desta forma, Senefelder chegou ao princípio básico da litografia: o de que água e óleo não se misturam. Gutenberg imprimia de um superfície em alto relevo. Na litografia a matriz é plana, ou seja, as áreas de grafismo e de contra-grafismo encontram-se no mesmo nível, característica que oferecia ao artista gráfico uma liberdade gestual semelhante à de quem desenha sobre um papel. No final do século XIX, a litografia aprimorou-se a ponto de separar as cores a impressas em diferentes pedras matrizes, permitindo uma qualidade de reprodução até então inédita. Alguns trabalhos exigiam dez ou vinte pedras diferentes, promovendo uma revolução na qualidade do produto gráfico. 2 Essa inovação, que ia de encontro ao aumento da demanda de impressos alimentada pela crescente população urbana e pelas atividades culturais que cercavam seu cotidiano, aproximou definitivamente a produção artística da industrial. Cartazes, rótulos, revistas ilustradas e produtos direcionados à publicidade foram as principais mídias que encontraram na litografia o sistema ideal de impressão. “Impressores tipográficos e admiradores da sofisticada tipografia ficaram horrorizados com a linguagem de desenho da cromolitografia. O design era feito na prancha do artista em vez de na fôrma de metal do compositor. Sem as tradições e as limitações da impressão tipográfica, esses designers puderam inventar qualquer desenho de letra que satisfizesse sua imaginação, e exploraram uma ilimitada paleta de cores alegres e vibrantes nunca antes disponíveis para a comunicação impressa” Philip B. Meggs Em 1805, Senefelder descobriu que metais, como o latão e o zinco, também aceitavam gordura e podiam ser preparados em lâminas. Isto se deveu aos avanços do processo de granulação mecânica de substâncias metálicas, abrindo caminho para que as pesadas pedras litográficas pudessem ser substituídas por chapas de impressão em metal. Em 1891, o alumínio, até hoje predominante, foi usado pela primeira vez. A primeira impressora offset foi inventada em 1903 pelo norte-americano Ira Washington Rubel. Fonte: Heidelberg A chapa de impressão offset A imagem a ser impressa é gravada sobre uma chapa metálica (geralmente de alumínio), flexível e fina. As chapas de offset são cobertas por uma camada fotossensível que, mediante a exposição de um fotolito com a imagem, define as zonas hidrófilas e lipófilas, ou seja, as áreas de contra-grafismo e grafismo. Fonte: Heidelberg 3 Como funciona a impressão offset Com a palavra offset (do inglês “depositar ˆ parte”), deve-se esclarecer que a tinta de impressão primeiramente é depositada “à parte” sobre uma blanqueta antes de ser transferida para o papel. É, portanto, um sistema indireto de impressão. Fonte: Heidelberg As principais características da impressão offset • Imprime trabalhos de diversos formatos, a custos relativamente baixos • Imprime (pequenas), médias e grandes tiragens (500 – 700.000 exemplares) • Alta definição das imagens • Trabalha com diversos tipos de suportes • Grande liberdade de criação ao planejador gráfico, pois dispõe de vários recursos fotográficos que facilitam a reprodução de tons suaves Os principais produtos impressos em offset • Livros • Jornais • Revistas • Embalagens em cartão • Catálogos • Malas diretas • Folhetos • Embalagens metálicas, etc. 4 Configurações de máquina Há uma grande variedade de impressoras offset, desde máquinas monocolores até máquinas de 8, 10 ou 12 cores. Essas máquinas também possuem vários formatos de impressão. Máquinas planas Pequeno porte • Curtas tiragens • Poucos recursos de acerto • Ideais para uma ou duas cores Médio porte e Grande Porte • Médias e altas tiragens • Muitos recursos de acerto • Sem limitações de suportes e formatos • De 1 a 12 castelos (cores ou vernizes) • Reversão automática Máquinas rotativas São alimentadas à bobina. Utilizadas principalmente para jornais, revistas, e formulários contínuos. • Alta velocidade • Altas tiragens • Sistema de acabamento em linha Fluxograma da impressora offset Composto por 3 partes: Conjunto de entrada: leva as folhas para o conjunto de impressão. • Alimentação • Margeação • Compressores e bomba de vácuo Sistema de Impressão • Sistema de molha • Sistema de tintagem • Cilindros de transferência Sistema de saída: secagem e recepção do suporte impresso. 5 A tinta da impressão offset A tinta utilizada na impressão offset é gordurosa e pastosa, com alta resistência à umidade, devido à água que é utilizada neste sistema. Tipos: • Quadricromia (CMYK) • Cores Especiais (Escala Pantone) • Cores Metálicas, Fluorescentes e Fosforescentes Etapas da impressão offset • Colocação da tinta no tinteiro • Coloca‹o da chapa no cilindro porta-chapa • Formação da pilha de entrada • Regulagem da entrada do suporte • Regulagem da saída do suporte • Acerto do registro • Acerto de carga de tinta • Controle densitométrico e acertos finos • Impressão Gravação da matriz: sistema convencional 6 Gravação da matriz: CTP (computer to plate) Vantagens do CTP: • Menos estapas do design à chapa • Melhor definição do ponto • Elimina erros de montagem e registro Principais controles • Registro de impressão • Ganho de ponto • Afinamento de ponto • Variação na tiragem • Diferença entre a prova e o impresso • Decalque • Moiré Referências Bibliográficas e de Imagens: BAER, Lorenzo. 1999. Produção Gráfica. SENAC São Paulo. CARRAMILO NETO, Mario. Contato Imediato com a Produção Gráfica. Editora Gráficos Burti. DESTREL, Thomas M. The Litographer’s Manual. The Graphic Arts Techinical Foundation, Inc. GAUDÊNCIO JUNIOR, Norberto. A Herança Escultórica da Tipografia. Edições Rosari. RÖSNER, Hans et al. Artes Gráficas: Transferência e Impressão de Informações. Escola SENAI/ABTG/ABIGRAF/COLATINGRAF. SPIERS, Hugh. Introdution to Printing and Finishing. Pira International Ltd. 7 Apostilas da Escola SENAI Theobaldo De Nigris. DVD World of Print Media: Knowledge Edition. Heidelberg. Revista Tecnologia Gráfica.
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