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1 AULA 12 : FIRMA II – Minimização dos Custos 1. Custos Economicos; 2. Minimização dos Custos; 3. Demandas Ótimas dos Fatores; 4. Funçao Custo de Longo Prazo; 5. Curto Prazo; 6. Bibliografia e Exercícios sugeridos. 1. Custos Economicos A melhor maneira de entender o sentido econômico do custo de um fator de produçao é primeiramente distingui-lo do custo contábil deste fator. Do ponto de vista contábil, o custo de um fator, trabalho ou capital, é o montante financeiro pago pelos serviços deste fator de produçao, sendo este gasto registrado como despesa corrente, uma saída de caixa. Assim, o custo do trabalho é contabilizado pelo salário pago no mês ao trabalhador, mais o rateio das férias, 13º, mais os encargos sociais da firma. O custo do capital é contabilizado como o valor da depreciação do uso do equipamento no período, que é um percentual do preço histórico pago por este equipamento, o qual é imputado aos custos correntes. Já o custo econômico de um fator remete à noção fundamental do custo de oportunidade. O custo de oportunidade de um fator é o montante que seria pago pelo seu uso na melhor alocação alternativa deste fator. Com relaçao ao fator trabalho, o custo econômico não difere muito do custo contábil. 2 Mas, além dos salários e encargos própriamente ditos, o custo econômico do trabalho incorpora também outros benefícios indiretos que podem ser oferecidos ao trabalhador, como cesta básica, seguro saúde, uso de automóvel, bonificações, participação nos lucros etc, os quais não entram na folha salarial, do ponto de vista contábil. Com relaçao ao fator capital, o custo econômico difere frontalmente do custo contábil. Diferentemente do contador, o economista não olha o preço histórico pago pela máquina como um custo a ser amortizado com a imputação da depreciação do equipamento ao longo do seu tempo de vida, mas como um custo irrecuperável (“sunk cost”). Do ponto de vista econômico, o custo de um equipamento é um custo implícito, consistindo no valor que o mercado estaria disposto a pagar pelo uso deste equipamento. Em outras palavras, o custo da máquina/hora é o valor de aluguel desta máquina no seu melhor uso alternativo. Ao prosseguir usando o equipamento, a empresa implícitamente renuncia à renda que receberia caso alugasse este equipamento, e este será o custo da máquina para ela. Há um outro custo de produçao que os economistas costumam distinguir, que é o custo do fator empresarial. Trata-se da remuneração implícita pelo uso dos serviços empresariais do empreendedor. Para o contador, este custo empresarial é o lucro contábil, isto é, o que resta da receita uma vez abatido o custo dos insumos e da remuneração dos outros fatores de produçao. 3 No entanto, para o economista, o empreendedor também pode suportar custos de oportunidade no exercício da sua atividade empresarial. Por exemplo, ele poderia dedicar seus recursos e seu talento empresarial à uma outra firma ou outra atividade. Neste caso, seus serviços devem ser vistos como um fator de produçao aos quais um custo deverá ser imputado. Assim sendo, uma parte do lucro contábil deverá ser imputado ao fator empresarial. Isto faz com que o lucro econômico seja menor que o lucro contábil. Por isso, o lucro econômico pode ser até mesmo negativo, se o custo de oportunidade do empreendedor for maior que o lucro contábil da firma! 2. Minimização dos Custos Suponha que a firma consiga produzir de modo eficiente unidades do produto com o uso de y s insumos ( si = ,...,1 ) nas quantidades , de modo que a funçao de produçao da firma é: sxx ,...,1 ( 1xfy ),..., sx= Vamos supor que a funçao f seja estritamente crescente, contínua, duas vezes contínuamente diferenciável e quase côncava. A demanda pelos fatores de produçao da firma não afeta o preço deles no mercado dos fatores, de modo que, para ela, o preço unitário é dado. 4 Seja o preço unitário do fator 0>iw si ,...,1= de modo que se a firma emprega unidades do fator i ela incorrerá no custo econômico pelo uso deste fator. ix ii xw Sempre que for conveniente, notaremos as quantidades empregadas dos fatores pelo vetor e o vetor dos preços unitários destes fatores pelo vetor ),...,( 1 sxxx = ),...,( 1 swww = . Se a firma decide produzir unidades do produto usando o vetor de insumos y (x ),...,1 sxx = , ela incorrerá no custo ou, em notação vetorial, ss xwxw ++ ...11 xw. . Entretanto, para produzir as unidades, inúmeras combinaçoes dos fatores, em várias quantidades, se oferecem à firma. y Estas combinaçoes possíveis estarão todas sobre a superfície do isoquanta de nível da firma, ou seja: y { }yxfRxyI nf =∈= + )(:)( Assim, a firma deverá adotar algum critério para escolher um ponto x , entre uma infinidade de outros sobre a superfície do isoquanta )(yI , para com esta quantidade de fatores produzir as unidades do produto. y Dado o vetor de preços dos fatores, a firma escolherá o vetor w )(* yIx f∈ que minimiza o custo da produçao, isto é, o programa da firma será: )(;.min yIxxw fx ∈ (P) 5 Ao resolver o programa (P), a firma obterá: 1. As demandas ótimas de cada fator ),(* ywxx ii = si ,...,1= como funçao de preço de todos os fatores e das quantidades produzidas; 2. A funçao custo total da firma: ),(.),( ywxwywC = também como funçao do vetor de preço de todos os fatores e das quantidades produzidas. Obs.: O programa (P) acima pressupõe que uma solução *x interior seja obtida, isto é, uma soluçao tal que todos os fatores são efetivamente demandados, . 0* >ix Tal será o caso quando os conjuntos contornos superiores de f , são convexos. )(yCS f Este é o caso aqui, uma vez que supomos a quaseconcavidade da funçao de produçao. Curto e Longo Prazo na Produçao Curto e Longo prazo na produçao não são tempos cronológicos prédeterminados, 6 meses, um ano, 5 anos, etc. Trata-se de períodos de duração variável dentro dos quais os condicionantes da minimização de custos da firma são distintos. No Curto Prazo, a firma enfrenta restrições ao minimizar custos, porque ela está incapacitada de alterar o nível de emprego de pelo menos um dos seus fatores de produçao. Estas restrições podem ter origem tanto no lado da oferta dos fatores (não existe mao de obra qualificada ou máquinas disponíveis no mercado) ou no lado da demanda, pela incapacidade da firma alavancar 6 financeiramente a compra de todas as máquinas suplementares que ela desejaria ótimamente. Neste caso, se um dos fatores é empregado em quantidades fixas, por exemplo o primeiro, 11 xx = a firma incorrerá em um custo fixo 11xw . Deste modo o custo total da firma terá uma parte fixa e outra variável: 444444 3444444 21 iávelcusto ssS yxwxwyxwxwxwyxwC var 1122111 ),,(....),,(),,( +++= No Longo Prazo, todos os fatores de produçao são variáveis, de modo que a firma poderá alterar o nível de emprego de todos eles. Neste caso, a firma não sofre restrições na demanda de fatores outras que aquelas advindas da fronteira tecnológica. Em conseqüência, ela não possui custos fixos. Dada a tecnologia existente e para cada vetor de preços , a firma poderá operar em uma escala ótima e da maneira mais eficiente, para cada nível de produçao préviamente escolhido, isto é, minimizando completamente seu custo de produçao.w y Condiçoes de Primeira Ordem Vamos supor inicialmente uma situação de Longo Prazo, em que a firma pode produzir a quantidade planejada de maneira ótima, fazendo variar todos os seus fatores de produçao. y O Lagrangeano do problema (P) é: ))((. xfyxwL −+= λ 7 Valendo as hipóteses feitas sobre a funçao de produçao f (continuidade, diferenciabilidade e quaseconcavidade), sabemos que as duas condiçoes de primeira ordem abaixo são também suficientes para garantir à funçao custo um ponto de mínimo: si x xfw i i ,...,1; )( =∂ ∂= λ )(xfy = Da primeira equação, obtemos uma relaçao análoga aquela encontrada na teoria do consumidor: no equilíbrio, a Taxa Marginal de Substituiçao Técnica entre dois fatores quaisquer deve ser igual ao preço relativo destes fatores: )( /)( /)( xTMS xxf xxf w w ij j i j i =∂∂ ∂∂= ; sji ,...,1, = A Figura 1 abaixo ilustra esta condiçao no caso de dois fatores trabalho )(L e capital )(K . Fig.1: Demanda Ótima dos Fatores L e K: nível de produçao y. L (Trabalho) K (Capital) I(y) L* K* 0 kwC /* LwC /* θ (L*,K*) 8 O custo de produçao mínimo é *** KwLwC KL += , e a reta tangente ao isoquanta (em vermelho) tem equação: L w wwCK K L K −= /* com inclinação θtan=− K L w w sobre a Figura 1. No equilíbrio, esta inclinação é também igual ao negativo da TMSTLK. Obs.: (i) A solução das duas equações de primeira ordem conduz às demandas ótimas dos fatores: siywxx ii ,...,1;),( * == e à funçao custo: ),(...),(),( 11 ywxwywxwywC ss++= (ii) Assim como no problema de minimização da despesa do consumidor, o teorema do envelope garante que, no equilíbrio, o multiplicador de Lagrange iguala o custo marginal de se produzir uma unidade adicional do produto, acima das unidades planejadas: y y ywC ∂ ∂= ),(*λ (iii) A primeira condiçao de primeira ordem também pode ser escrita como: si xxf w i i ,...,1; /*)( * =∂∂=λ Deste modo, a minimização do custo requer que, no equilíbrio, todos os fatores apresentem o mesmo custo/benefício marginal para o produtor, sendo esta razão igual, de acordo com (ii), ao custo marginal de produzir uma unidade adicional. 9 Custos Médio e Marginal O Custo Médio é o custo unitário médio do produto para a firma: y ywCywCM ),(),( = O Custo Marginal é o custo de produzir uma unidade adicional (quando já se produz unidades): y y ywCywCmg ∂ ∂= ),(),( Obs.:Dados os preços dos fatores fixos, se existe um nível de produçao que minimiza o custo médio, entao a curva de custo marginal intersecta a curva de custo médio neste ponto, por baixo. w *y Com efeito, suponha 0),( =∂ ∂ y ywCM . Entao, 0),(),(),(),( 2 =−=− y ywCMywCmg y ywCywyCmg expressão esta que se anula em *y se e sòmente se *).,(*),( ywCMywmC g = Como *y é u o custo médio, temos que se ,(),(* ywCMywCm m ponto de mínimo d )gyy <→< , pois neste caso derivada acima deve ser negativa. a Se ,(* wCm );() ywCMygyy →> > , pois a derivada deve ser gora positiva. orre em custos fixos, é ilustrada na Figura 2 a Esta situação, mais comum no curto prazo quando a firma inc abaixo: 10 Fig.2: Custos Médio e Marginal quando o primeiro pode ser minimizado. CM(y) Cmg(y) y* y0 $ lo do cálculo das demandas os fatores e dos custos. xemplo 1 Abaixo damos um exemp d E : 0,;),( >= βαβα KLKLf Esta funçao é homogenea de grau βα + , de modo que, de acordo com a Aula 11, os retornos à escala globais serão decrescent re ou constan e acordo com es, c scentes tes d 1<+ βα , 1>+ βα ou 1=+ βα , espectivamente. É fácil verificar que r K L LK w w L KTMST == β α e usando , btemos as demandas pelos dois fatores: βα KLy = o 11 )/(1 )/( .),( βα βαβ β α ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= y w wywL L K )/(1 )/( .),( βα βαα α β ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎝ ⎜⎛= y w wywK K L custo: nde E a funçao )/(1)/()/( ..),( βαβαβχαα +++= ywAwywC KL )/()/( )()( βααβαβ αββα ++ +≡Ao . O custo médio é igual à )1 1 ()/()/( ..),( −+++= βαβαβχαα ywAwywCM KL e o custo marginal βα += 1),( ywCmg )1()/()/( .. −+++ αβαβχαα ywAw KL . Ambos são crescentes no nível de produçao y se os retornos à escala são decrescentes ( 1 1 β <+ βα ); ambos à escala rescentes s c ão decrescentes no caso de retornos )1( >+ βα ; e ambos s o se os ã retornos à escala são constantes )1( constantes =+ βα . Como vemos, com excessao do caso em que os retornos à escala são con testan s, quando ambos oincidem, nos outros casos, custo médio e custo arginal não se intersectam, porque o custo médio ão tem mínimo no domínio . c m n 0>y 12 tores 3. Demandas Ótimas dos Fa As demandas ótimas dos fatores siywxx ii ,...,1;),( * == sao também chamadas demandas condicionais dos atores, porque dependem do nível de produçao . f y Elas exibem as seguintes propriedades: (i) Homogeneidade 0 com relaçao ao vetor de preços w, isto é: .0,,...,1;),(),( >∀== λλ siywxywx ii Esta propriedade é uma decorrencia da primeira ondiçao de primeira ordem: as demanda ótimas dos e o preços aumentam todos na mesma proporção, os reços relativos não se alterarão, de modo que a O elemento c fatores não dependem do nível absoluto dos preços, mas dos níveis relativos. S p demanda pelas fatores permanecerá inalterada. (ii) Matriz de Substituiçao semi-definida negativa: ),( ji desta matriz é: j i w ywx ∂ ∂ ),( , e isto á dos fatores sejam não que as demandasrequerer crescentes em seus preços: si w ywxi ),( ≤∂ i ,...,1;0 =∂ . Se a funçao de produçao é homotética, entao as dos fatores são multiplicativamente eparáveis, de modo que poderáo ser escritas como: (iii) Separabilidade multiplicativa demandas s .,...,1;)1,(.)(),( siwxyhyw iix == 13 onde . para produzir uma unidade do produto. o caso particular em que 0)( >′ yh Aqui, )1,(wxi é a demanda pelo fator i que é necessária é homogênea de grau N )(xf 0>ν , pode-se mostrar que ν/1)( yyh = . sim por exemp no caso da funç obb-Dou s do exemplo 1, temos: As lo, ao C gla )/( )1,( βαβ β α + ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= L K w wwL , )/( ),( βαα α β + ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= L w wywK e )/(1)( βα += yyh . K prova desta última propriedade é mais fácil sando-se o lema de Shephard, que será apresentado dos f s fatores não se altera, isto é, a labor saving , nas quais a razao A u na próxima seção. Caminho de Expansão do Produtor É relevante analizar como evolui o emprego ótimo atores à medida que o produtor expande o seu nível de produçao. Se o preço relativo do KL ww / permanece constante, é possível que o emprego relativo dos fatores se altere à medida que produçao aumenta ? Em outras palavras, é possível trajetórias de roduçao do tipo p LK / aumenta com o aumento da escala de produçao; u entao trajetórias capital saving, nasquais esta razão diminui ? o Sabemos que quando a funçao de produçao é homotética, a TMST não depende do nível absoluto 14 de emprego dos fatores, mas sò e do seu nível relativo. Supondo entao que a TMST possa ser escrita como uma funçao invers ment ível e crescente do emprego elativo dos fatoresr LK / , ou seja )/( LKφ , a condiçao de de primeira ordem da minimização dos custos levará à igualda Kw LwLK )/( = /φ de modo que Lww KL )/(1−K = φ . or exemplo, no caso Cobb-Douglas do exemplo 1, P temos K L w w αkL ww βφ−1 . ssim, enquanto o preço relativo dos fatores =)/( não se A alterar, )/(1 KL ww −φ será constante, de modo que os atores serão empregados em proporções fixas ao . Esta situação é representada na Figura 3a abaixo. Fig.3a: Caminho de Expansão: Produçao Homotética f longo do caminho de expansão da produçao L K . x0 I(y1) . x1 φ I(y0) .x2 I(y2) 0 o Com produçao homotética, o caminho de expansã o produto d é linear. ...210 <<< yyy 15 Exemplo 2: Constant Elasticity Substitution (CES) ,;10;)( /1 ><≠+= βαρβα ρρρ KLy 0. Vimos na aula anterior que esta funçao tem elasticidade de substituiçao igual à ρ−1LKσ = 1 , e ( )α −1 ρβ= / LKMST . minho de ex onstante, pois a funçao é homotética. T LK Evidentemente, o ca pansao da produçao é c Com efeito, igualando a TMST ao preço relativo do trabalho, obtemos: LwwK KL σαβ )/(= . Na Figura 3b, a produçao não é homotética e a tecnologia é labour saving: à medida que a produçao expande, o emprego relativo de trabalho diminui, de modo que aumenta: LK / Fig.3b: Caminho de Expansão: Tecnologia Labour Saving L K . x0 0 I(y1) . x1 I(y2) I(y0) .x2 16 Em face da Figura 3b, vemos que, no caso da tecnologia Capital Saving, o caminho de expansão do roduto será côncavo com relaçao à abcissa p L . . Custos no Longo Prazo Matemáticamente, a funçao custo, no longo prazo, 4 ),(...),(),( 11 ywxwywxwywC ss++= é idêntica à funçao despesa da teoria do consumidor Vide Aula 3). alentes quelas demonstradas para a funçao despesa: i) ( Assim as propriedades desta funçao são equiv à ( 0)0,( =wC Se nada é produzido, nada é gasto (lembre que no ongo prazo não existe custo irrecuperável); ii) l ( ),( ywC é contínua em seus argumentos; iii) ( ),( ywC é estritamente crescente e ilimitada em ; iv) y ( ),( ywC é crescente e homogênea linear em ; v) w ( ),( ywC é côncava em ; w Além disso, se f é estritamente quasecöncava, emos o lema de Shephard: vi) Se t ( ),( ywC é diferenciável em vale: w 17 siywx w ii ,...,1;),( ==∂ ywC ),(∂ este modo, pode-se recuperar as demandas ótimas elos fatores derivando-se as funções custos com O uso do lema de Shephard no caso do exemplo 1, permite a obtenção imediata de um esultado útil para o significado dos parâmetros D p relaçao ao preço destes fatores. Cobb-Douglas r α e β da funçao de produçao: ),( ),(),(),( ywC Lw w ywCywL w ywC L LL =⇒==∂ ∂ αα e ),( ),( ywCw ywK w K KK ⇒==∂ β ),(),( KwywCywC =∂ β Vemos que os parâmetros α e β representam as arcelas respectivas do gast com os fatores p o L e K no custo total. (vii) Separabilidade multiplicativa Se a funçao de produçao é homotética, entao a çao custo é multiplicativamente separável: fun ( )1,(.)(), wCyhywC = onde . ote que 0)( >′ yh N )1,(wC é o custo total de se produzir a reç que primeira unidade quando o p o dos fatores é w . No caso particular em ) (xf é homogênea de grau ν , vale o resultado apresentado antes para a ν/1ydemanda dos fatores: )(yh = . 18 Na Aula 3 (Seção 3) provamos esta última propriedade para a funçao despesa. Por isso não reproduziremos esta prova aqui para a funçao custo, ois ela é em tudo análoga. p Exercício 1: Prove o re tasul do ν/1)( yyh = no caso de f ser homogênea de grau 0>ν . No caso , e o custo de produzir a primeira unidade é: xemplo 3 da Cobb-Douglas do exemplo 1, temos )/(1)( βα += yyh )/()/( .)1,( βαβχαα ++= KL wAwwC E : { } 0;,min),( >= aKaLKLf Esta funçao é homogenea linear, os fatores são usados na produçao em proporções fixas, a unidades e capital para cada unidade de trabalho. substituiçao é nula d A elasticidade de 0=LKσ , como imos na Aula 11. fatores são v As demandas pelos ayywL /)( , = ; yywK =),( , a funçao custo: e ya)/wwywC LK(),( += Neste caso, custo méd toio e cus marginal são ambos onstantes e iguais àc )/( aww LK + . ustos e Retornos à Escala C Vimos anteriormente que se a funçao de produçao f é homogênea de grau 0>ν , os retornos à escala serao 19 crescentes se 1>ν , constantes se 1=ν e decrescentes se .1<ν Vimos também acima que, neste caso, a funçao custo poderá ser escrita como )1,(.,( / wCwC ν . ) 1yy = Logo, o custo médio será: )1,(.( /)1( wCywCM νν−), y = , de modo que o custo médio é decrescente no caso de retornos à escala crescentes, constante no caso de retornos constantes e crescente no caso de retornos à escala decrescentes. A Figura 4 abaixo oferece uma representaçao estilizada desta relaçao: Fig.4: Retornos à Escala e Custo Médio. CM(y) Rertornos Crescentes Retornos Constantes Re tor no s s y0 $ De cre sc en te 20 5. Curto Prazo Mencionamos antes que o curto prazo na produçao é o período no qual o produtor não pode alterar o nível de emprego de pelo menos um fator de produçao. Considere a situação em que dos s fatores de produçao utilizados, a firma não possa alterar o nível de uso do primeiro, isto é, 11 xx = constante. Agora 11xw será um custo fixo, e a firma escolherá o nível ótimo dos sxx ,...,2 1−s outros fatores, de modo a minimizar o custo ss xwxw2xw ..,211 + para a produçao de ),...,,( 21 sxxxfy = unidades do produto. Formalmente, a funçao custo de curto prazo, notada );,( 1xywCS é definida por: );(),...,(;}...min{);,( 1222111 xyIxxxwxwxwxwyC fsssS ∈+++= . onde }),...,,(:),¡,...{();( 21 1 21 yxxxfRxxxxyI s s sf =∈= −+ . Custo Fixo e Custo Variável Uma vez definidas as demandas ótimas dos fatores variáveis , como funçao dos preços e dos níveis de emprego do fator fixo e do nível da produçao , ** 2 ,..., sxx y w ),;( 1 * xwyxx ii = , definiremos o Custo Variável como: ),;(...),;(),;( 11221 xwyxwxwyxwxwyC ssV ++= Sendo entao o Custo Fixo: 21 11F Vamos supor que o custo fixo é recuperável, xwC = no este caso, o Custo Total no curto prazo será: sentido de que só é incorrido, se a firma produzir. N ⎩⎨ ⎧ = >+= 0;0 0;),;( ),;( 11 y yxwyCC xwyC VFS Caso o custo fixo seja irrecuperável (“sunk cost”), no sentido que é incorrido quer a firma produza ou não, total, no curto prazo será simplesmente: o Custo ),;(),;( 11 xwyCCxwyC VFS +=Observe que 0),;0( 1 =xwCV , se a firma nada produz, o usto variável é nulo. neficiência Produtiva no Curto Prazo azo não pode er menor que o custo no longo prazo. bserve que o custo no longo prazo define- como: c I Vamos mostrar que o custo de curto pr s O se )(),...,,(;}...min{),( yIxxxxwxwxwyw 212211 fsss ∈+++= C Ora, o isoquanta que define o conjunto de restrição do problem de curtoa prazo é um subconjunto do soquanta , isto é: i )(yI f )();( 1 yIxyI ff ⊂ . azo não será maior que o custo no longo Deste modo, temos necessáriamente que o custo no curto pr prazo: 22 ),();,( 1 ywCxywCS ≥ o do no se nível ótimo de longo prazo: com a igualdade sendo obtida quando o primeir fator for fixa u ),(11 ywxx = efeito, se definirmos o isoquanta: Com }));,(),...,;,(,(:{)( 11211 * yxywxxywxxfRxyI sf =∈= + eremos a seguinte sequencia de igualdades: t }...{min),( 2211)(),...,,( 21 ssyIxxx xwxwxwyw fs +++= ∈ C }...{minmin 2211);(),...,()( 12*2 ssxyIxxyIx xwxwxwfsf +++= ∈∈ )},,(...);,({min 112211)(*2 xywxwxywxwxw ssyIx f +++= ∈ );,(min 1 )(*2 xywCSyIx f∈= )),(;,( 1 ywxywCS= Logo, se no curto prazo o primeiro fator for fixado no seu nível ótimo de longo prazo, as demandas de curto prazo dos outros fatores também igualam suas emandas de longo prazo, isto é: d siywxywxywx ii ,...,2),()),(;,( 1 == A Figura 5 abaixo ilustra a superioridade do custo de curto prazo sobre o custo de long o prazo no caso de ois fatores, trabalhod L e capital K . 23 Fig.5: Sub-otimalidade da alocação dos fatores no Curto Prazo L K . x0 L0 K0 C/wk CS/wK K x1 I(y0) 0 L1 custo de longo prazo (C) para a e curto prazo (C ). tores no longo prazo é epresentada no ponto x0. atores no curto prazo é epresentada no ponto x1. -L1), para que a produçao possa ser lcançada. produ ao, relativamente ao custo de longo prazo: . A impossibilidade da firma empregar no curto prazo o capital ótimo do longo prazo (K0), leva à um aumento do custo, representado pelo deslocamento para cima da reta de d S A alocaçao ótima dos fa r A alocação ótima dos f r O baixo emprego do capital empregado no curto prazo é compensado com o aumento do emprego de trabalho (L0 y a Mas a consequencia disso é o aumento do custo de ç CS >C 24 Exemplo 4: 0,;),( >= βαβα KLKLf (Cobb-Douglas) das dos fatores o custo no longo prazo, neste caso. do o mprego do capital é fixado rbitrariamente em Já obtivemos, no exemplo 1, as deman e Vamos agora obter as demanda de trabalho e o custo no curto prazo, quan e a KK = . A condiçao yKL =βα implica: ααβ /1/)();,( yKKywL −= , e o usto no curto prazo é: c ααβ /1/);,( yKwKwKywC LkS −+= Vamos agora escolher o nível de capital fixo *K que minimiza o custo no curto prazo, e mostrar que este onão é utro que o seu nível ótimo no longo prazo, ),( ywK : 0/1/)( =−=∂ ∂ +− ααβα α β yKww K C LK S Resolvendo a equação no capital vem: )/(1)/()/( )/()/(* βαβααβαααβ +++= ywwK kL ),( ywK= (*) no longo prazo, onforme obtivemos no exemplo 1. ubstituindo que é a demanda ótima de capital c S *K na funçao custo obtemos: ααβ /1/*)(**);,( KywCS yKwKw Lk −+= e, após rearranjo dos ermos, t )/(1)/()/( ..*);,( βαβαβχαα +++= ywAwKywC KLS onde )/()/( )()( βααβαβ αββα ++ +≡A . 25 Vemos entao que a funçao custo encontrada não é outra que o custo de longo prazo obtido no exemplo 1, isto é: ),(*);,( ywCKywCS = Como para *KK ≠ temos ),();,( KywCS concluímos que, para w fixo, a curva ywC> , *);,( KywCS tangencia por cima, a curva de custo de longo prazo. custo de longo prazo é uma envoltória inferior oltória inferior das urvas de custo de curto prazo. O O exemplo acima ilustra um resultado geral: A funçao custo no longo prazo é uma env c Isto significa que todo nível arbitrário 01 >x de emprego do fator 1, no curto prazo, é o nível ótimo de emprego deste fa r to no longo prazo, para alguma scala de produçao . em funçao de m estoque de capital fixo arbitrário e *y A primeira igualdade da equação (*) no exemplo 4 ilustra este fato no caso de dois fatores, pois podemos à partir dela expressar univocamente y u K . Formalmente, dado 01 >x , existe tal que 0* >y *),(11 xx = yw , com *),()*;,( 1 ywCxywCS = e ),();,( ywCS 1 ywCx > ara . s urvas de custo total e custo médio no longo prazo: p *yy ≠ As Figuras 6a e 6b abaixo ilustram a envoltória da c 26 Fig.6a: Custo Total de Longo Prazo e Curvas de Custo Total de Curto Prazo y $ w1k1 w2k2 w3k3 0 y***y**y* C(y) : Longo Prazo CS(y;k1) CS(y;k2) CS(y;k3) Fig.6b: Custo Médio de Longo Prazo e Curvas de Custo Médio de Curto Prazo y $ 0 y***y**y* CM(y) : Longo Prazo CMS(y;k1) CMS(y;k2) CMS(y;k3) 27 xercício 2 E : Tecnologia com retornos variáveis ara a funçao de produçao do exemplo 3 da Aula 11, , com P ( ) 11 −−−+= βα KLAy Ay ≤>+> ;1;0, βαβα Calcule as curvas de custo total de longo e de curto razo. . Bibliografia e Exercícios sugeridos ibliografia: p 6 B JR] Sec.3.3. xercícios Sugeridos [SN] Cap. 10 ; [N] Cap. 8; [VO] Cap. 12; [PR] Cap. 7; [ E (Específicos). 006/ Q04; 2005/Q04; 2003/Q04. [SN]: 10.2 - 10.8 e 10.9-10.11 (Analytical) Anpec: 2011/ Q15; 2010/ Q06; 2009/Q04; 2008/ Q06; 2
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