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História Avd2

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Leis Abolicionistas- Após o surgimento do pensamento iluminista (séc. XVIII), é que são encontradas as primeiras ideias contrárias à escravidão. Antes, esta era vista como um desígnio de Deus, a fim de retirar pessoas da barbárie, logo após no entanto, passou a ser vista como uma obra do homem, podendo então ser revogada, vez que muitos defendiam a ideia de que era a escravidão era a barbárie. 
O surgimento do capitalismo fortaleceu o “extermínio” da escravidão, pois esta era peça fundamental do regime monopolista.
A Inglaterra que até o século XVIII estava totalmente imersa nos lucros vindos da escravidão, em 1807 teve abolido pelo parlamento, o tráfico de escravos nas colônias; em 1810 o tratado entre D. João e a Inglaterra obrigava o então príncipe a proibir o tráfico negreiro em alguma outra parte; em 1815 D. João proibiu o comercio de escravos na linha norte do equador. 
A partir de 1830 se tornou ilícito o comércio de escravos, e a pressão exercida pela Inglaterra em cima do Brasil era tanta que em 1831 foi votada a lei 7 de novembro de 1831, onde o Brasil se comprometeu a erradicar de maneira definitiva o comércio de escravos de sua economia. Essa lei no entanto, aumentou em 85% o número de escravos traficados para o Brasil. 
Lei Eusébio de Queiroz (1850) - Lei que determina oficialmente o fim do tráfico negreiro para o Brasil. 
Através dessa lei, as embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte e estrangeiras encontradas em território brasileiro (incluso mar), com escravos a bordo ou desembarcados, seriam consideradas importadoras de escravos e assim apreendidas; considerando envolvidos todos os que ajudaram em algum momento, ou que tinham conhecimento e não denunciaram as autoridades. 
O art.6º defendia que os escravos apreendidos seriam devolvidos à África, e enquanto aguardavam essa ida, trabalhavam debaixo da tutela do governo. Embora o artigo expusesse que de modo algum os africanos poderiam ser entregues a particulares, esses, já “considerados” livres, eram entregues a um senhor, para quem trabalhavam por 14 anos e então eram emancipados. 
A efetividade dessa lei deu-se ao fato de que senhores endividados com negreiros, enxergavam nesta uma forma de escapar das dívidas, além disso, havia o apoio de alguns círculos agrários. 
Lei do Ventre Livre (1871) - Com o fim do tráfico negreiro, vieram algumas consequências econômicas e ideológicas para o país, sendo as econômicas traduzidas como modernização e surto industrial ajudado pela Tarifa Alves Branco de 1844. Várias indústrias surgiram na década de 50, e já era possível avistar os trilhos da primeira ferrovia brasileira. Surgia uma nova elite, e a conciliação ficava cada vez mais difícil. 
Os que viam o movimento abolicionista crescer nada faziam, no entanto, o movimento crescia e se tornava cada vez mais lógica a condenação da escravidão, posto que depois da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, juntamente com Porto Rico e Cuba, somente o Brasil como país independente mantinha a escravidão. 
Em 1867 o então presidente do Conselho de Ministros incluiu uma proposta para acabar com a escravidão no último ano do século, o que seria 33 anos depois, todavia, ainda assim os que se opunham ao Parlamento se uniram a fim de rejeitar a proposta, alegando que isso arruinaria a economia do país e geraria conflitos sociais. 
Em 1866, com a guerra do Paraguai e escravos sendo enviados para a guerra no lugar de seus senhores, surgiu o Decreto em 6 de novembro, que dava liberdade aos escravos designados para serviços do exército, o que fez com que aumentasse a pressão popular, e então em 12 de maio de 1871 veio a lei que daria liberdade aos filhos das escravas. A lei era por uns considerada conservadora e com resultados lentos, por outros era vista como a salvação da emancipação total, e em 28 de Setembro a Lei do Ventre Livre foi aprovada pelas duas casas do Parlamento brasileiro. 
Embora a ideia fosse desejável, a lei foi tão ineficaz quanto fora projetada para ser. No art. 1º defendia-se a ideia de que os filhos de escravas nascidos a partir da data de promulgação da lei, seriam considerados livres. No entanto, no texto que se segue, afirma-se que até os 8 anos de idade os senhores terão obrigação de mantê-los, podendo após completos a idade, entregar para o Estado a fim de receber 600$ de indenização, ou manter o liberto até os 21, sendo este obrigado a trabalhar para o próprio sustento. 
Lei dos Sexagenários (1885) - Ser abolicionista era ser considerado moderno e favorável ao progresso e à civilização. 
O projeto de lei apresentado no Ministério Dantas libertava os poucos escravos que conseguiam completar 6 décadas, e assim já possuíam capacidade restrita de trabalho; a emancipação era sem indenização, o que aumentou o temor dos senhores de perder a fortuna concentrada em compra de mão de obra escrava. 
Posteriormente, o formou-se um novo ministério que apresentou novamente o projeto, tendo nele algumas alterações: 1- os escravos com 60 anos completos antes e depois da lei estariam livres, desde que prestasse serviço aos seus ex-senhores por três anos ou pagasse metade do valor arbitrado para escravos de 55 a 60 anos; o escravo ficaria “sob a proteção” do senhor, para que este o cuidasse até a morte; o juiz poderia autorizar que os escravos vivesses longe dos senhores, mas esses não poderiam ir a qualquer lugar: domicílio de cinco anos obrigado no município onde foi alforriado (salvo as capitais), os que se ausentavam do domicílio eram considerados vagabundos, apreendidos pela polícia e empregados em trabalho público ou colônias agrícolas. 
Lei Áurea (1888) - O movimento abolicionista era crescente no Brasil, e “piorou” a situação quando com ajuda dos abolicionistas, os escravos começaram a fugir das fazendas, deixando a situação insustentável e um verdadeiro caos no trabalho. A única solução possível era a abolição, e mesmo os fazendeiros que lutavam contra a emancipação enxergavam isso. Então, em 13 de Maio de 1988, a princesa Isabel, quem regia na ausência de D. Pedro II, promulgou a lei que aboliu a escravidão no país. 
Apesar de conceder a liberdade a muitos, a lei áurea não garantia a inserção dos negros libertos na sociedade, e deste modo, a abolição não promoveu grandes mudanças na vida dessa parte da população. 
República Velha (1889-1930)- 
Proclamação da República e Constituição de 1891- A república nasceu de um golpe militar, onde o Exército ciente de ser o único corpo nacional, derrubou o governo com aplausos de parte da classe dominante. Em 15 de novembro foi montado o governo provisório que decretou o regime federalista e sua primeira proclamação assegurava a continuidade da administração pública, além de afirmar continuar respeitando os direitos individuais e honrar acordos e compromissos firmados no regime anterior. Foi baixado um decreto no mesmo dia alterando o nome do país para Estados Unidos do Brasil, e instalou o regime federativo, autorizando os estados a elegerem seus constituintes. Enquanto não fosse estabelecida uma Assembleia Constituinte, caberia ao governo provisório o comando das forças armadas para defender o novo regime. 
Era uma ditatura militar, inicialmente sem muitas oposições significativas, todavia, ainda assim houve a imposição de censuras; a criação da Comissão Militar de Sindicâncias e Julgamentos, um tribunal que tinha o direito inclusive de decretar pena de morte. 
Em 22 de Junho de 1890, após muita pressão, o então governante Deodoro da Fonseca convocou eleições para Assembleia Constituinte, a fim de legitimar o governo republicano; as eleições não foram muito representativas vez que apenas podiam votar os alfabetizados, e às mulheres era vetado o voto. Antes que a assembleia constituinte iniciasse os trabalhos, o governo já havia traçado as linhas principais da Constituição de 1891. 
A constituição tinha influência americana, e era república (res+ publica= coisa pública) porque representava o interesse do povo e federativa pois os estados tinham autonomia. É feita adivisão clássica de poderes: Executivo- composto pelo presidente e tendo o vice como substituto, o vice seria presidente do senado; Judiciário- composto pelo poder judiciário federal e estadual. A justiça federal ficou a cargo do STF que tinha competência para causas únicas, não podendo juízes inferiores tratarem do assunto; seria também a jurisdição de apelação e guardião da constituição. Além disso, foi autorizada a jurisprudência e os crimes militares tinham foro específico, com o Supremo Tribunal Militar; Legislativo- composto pela câmara dos deputados e pelo senado federal, tendo o exercício sob sanção do presidente. Os processos contra deputados e senadores precisavam ser aprovados pela casa a qual eles pertenciam, pois os membros tinham imunidade parlamentar ampla. Para ser elegível ao senado, o candidato precisava ser cidadão alistável como eleitor e ter mais de 6 anos como cidadão, além de ser maior de 35 anos de idade; para a câmara era preciso mais de 4 anos como cidadão. Ao legislativo cabia legislar sobre Direito Civil, criminal, comercial e processual da J.F, e as leis eram feitas na câmara ou no senado, como inciativa de qualquer membro, sendo posteriormente submetida a outra câmara e então ao presidente para que seja sancionada (podendo este julgar inconstitucional).
Sistema eleitoral- Podiam votar os maiores de 21 anos, alfabetizados, desde que não fossem mendigos ou religiosos de ordem religiosa, não era necessário renda mínima; o voto não era maus obrigatório e o alistamento se dava de forma voluntária. Em 1892 foi promulgada uma lei que estabelecia que o alistamento era feito em cada município por comissões de cinco eleitores escolhidos por membros do governo municipal. O voto não era secreto e as eleições eram feitas para facilitar a fraude. 
Código Penal de 1890- Redução para 30 anos das penas perpétuas (foram proibidas no Brasil); O código define que segue o Princípio da Legalidade e Territorialidade para os crimes; diferencia-se crime (violação culposa e imputável da lei penal) de contravenção (fato voluntário punível que consiste na violação ou falta de observância das disposições preventivas...). As penas podiam ser de prisão celular (com trabalho obrigatório, cumpridas em estabelecimentos militares ou prisões agrícolas); banimento (privar o indivíduo de seus direitos de cidadão, não podendo habitar território nacional pelo tempo determinado na pena); reclusão (cumprida em fortalezas e praças de guerra ou estabelecimentos militares); interdição (proibido de algumas ações). Para os menores de 21 anos, a pena era a prisão disciplinar, cumprida em estabelecimentos industriais especiais. Progressão da pena e livramento condicional eram previstos no código; tornou-se crime o impedimento do livre culto de religiões (o espiritismo e algumas de suas práticas não eram considerados religião); foi incluso como crime o falso testemunho e o “voto de cabresto” (compra de votos ou repressão para ganhar votos e afins); diferenciou-se os crimes de estupro quando se tratava de mulheres honestas e/ou prostitutas; o adultério é praticado apenas pela mulher casada que se deitar com outro homem, ou o homem, caso esteja mantendo outra mulher (em qualquer tempo, a aquiescência do conjugue invalida a denúncia).

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