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Enzimas hepáticas
O fígado - Maior órgão glandular; Possui inúmeras funções metabólicas: síntese de proteínas, ureia, bile, modificação de gorduras, armazenamento de glicose, armazenamento de vitaminas e metais, fatores de coagulação, metabolismo de xenobióticos, dentre outras; Conteúdo enzimático variado.
Enzimas hepáticas - quando liberadas do fígado, tem acesso imediato à corrente sanguínea; Principais enzimas hepáticas: ALT, AST, GGT, LD, GDH, FAL, 5’-N; AST, ALT, GGT - identificam 95% das formas de lesão hepática.
O termo "função hepática" geralmente é utilizado erroneamente na prática clínica para descrever um conjunto de exames laboratoriais que não investigam apenas a função do fígado, mas também a presença de lesão hepatocelular e de vias biliares. Costuma incluir AST, ALT, fosfatase alcalina, GGT, albumina, bilirrubinas total e frações e atividade da protrombina.
Provas de Função e Lesão Hepática 
Objetivos: São testes com o objetivo de avaliar e manejar pacientes com disfunção hepática: 1) Detectar a presença de doença hepática; 2) Fazer diagnóstico diferencial das doenças; 3) Avaliar a extensão do dano hepático; 4) Seguimento do tratamento.
A fim de elevar sua sensibilidade e especificidade, devem ser utilizados em bateria. Os mais utilizados são: Aminotransferases (AST, ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina, albumina, tempo de protrombina. Se estiverem alterados, a chance de doença hepática é grande. Se estiverem normais, a chance de doença hepática não diagnosticada é baixa.
Exames baseados nas funções de excreção e detoxificação hepáticas
Bilirrubina no sangue: é o pigmento resultante do catabolismo da hemoglobina, após a destruição das hemácias. Conjuga-se com o ácido glicurônico no fígado. Há duas formas plasmáticas: indireta (não-conjugada, lipossolúvel, ligada à albumina no plasma) e direta (conjugada, hidrossolúvel). 
Hiperbilirrubinemia indireta apenas raramente indica lesão hepática. Normalmente aparece em estados de hiper hemólise e doenças genéticas (Crigler-Najjar, Gilbert). Se isolada (bilirrubinas elevadas, com menos de 15% direta) justificam investigação de hemólise. 
Hiperbilirrubinemia direta quase sempre implica em doença hepática ou do trato biliar. O fator limitante no metabolismo da bilirrubina não é a conjugação, mas o transporte para os canalículos biliares. Assim, elevação da fração conjugada pode ser observada em qualquer tipo de hepatopatia. Na maioria delas, tanto a bilirrubina direta quanto a indireta se elevam.
Valores: - Bilirrubina direta: até 0,4 mg/dL; Bilirrubina indireta: 0,6 a 0,9 mg/dL;. Bilirrubina total: até 1,3 mg/dL. Icterícia fisiológica do recém-nascido: até 10 mg/dL, desaparece na 1ª semana.
Dosagem de enzimas hepáticas no soro - Permitem avaliação do grau de disfunção hepatocelular no decurso de hepatopatias. Sua concentração sérica correlaciona-se com o grau de lesão, já que estas enzimas são intracelulares, e entram no soro a partir de células mortas. Sua repetição seriada é importante para avaliação de evolução e prognóstico. São basicamente dois os grupos de importância:
- Enzimas celulares: indicadoras de lesão hepatocítica (Aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico oxalacética (GOT/TGO); Alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico pirúvica (GPT/TGP); Glutamato desidrogenase (GLDH); Lactato desidrogenase (LDH ou LD) e isoenzimas)
- Enzimas ligadas à membrana: indicadoras de colestase (Fosfatase alcalina (ALP ou FA ou FAL); Leucina-aminopeptidase (LAP ou PAL); 5’-Nucleotidase (5’-N); Gama-glutamiltransferase - γ-GT ou GGT).
AST / ALT
1- ONDE? As aminotransferases estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos. As atividades mais elevadas de AST (TGO) encontram-se no miocárdio, fígado, músculo esquelético, com pequenas quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões e eritrócitos. A ALT (TGP) é encontrada principalmente no fígado.
2- PARA QUE SERVEM? 
A AST e ALT catalisam a transferência reversível dos grupos amino de um aminoácido para o -cetoglutarato, formando um cetoácido (oxaloacetato ou piruvato) e ácido glutâmico (glutamato). Estas reações requerem piridoxal fosfato como co-fator (Vit B6).
Estas enzimas são liberadas no sangue em grandes quantidades quando há dano à membrana do hepatócito, resultando em aumento da permeabilidade. A necrose em si não é necessária, e há baixa correlação entre o grau de lesão hepatocelular e o nível das aminotransferases. Assim, a elevação absoluta das aminotransferases tem grande significado diagnóstico, e não prognóstico, nas hepatopatias agudas.
3- QUANDO ESTÃO ALTERADAS?
A. Desordens hepatocelulares: hepatite aguda, cirrose, mononucleose infecciosa, colestase extra-hepática aguda; *
B. Infarto do miocárdio: a atividade sérica da AST (TGO) de 4 a 10 X após 6 - 8 h do infarto do miocárdio, atingindo o pico máximo em 36 - 48 h e, progressivamente, retornando aos valores de referência ao redor do 5º dia. A AST não altera na angina pectoris, pericardite e enfermidade vascular miocárdica.
CK: pico em 24 h; AST: pico em 36 - 48 h e LD: pico em 48 h
C. Distrofia muscular progressiva e dermatomiosite: AST 
D. Embolia pulmonar: Aumento de 2 - 3 X o normal. 
E. Pancreatite aguda: Provoca aumentos moderados de 2 - 5 vezes o normal. 
F. Insuficiência cardíaca congestiva ou taquicardia: os níveis de AST podem estar aumentados em graus de leve a moderado, provavelmente, refletindo a necrose hepática secundária ao suprimento sanguíneo inadequado do fígado. 
G. Outras desordens: a AST apresenta pequenos aumentos na gangrena, esmagamento muscular, enfermidade hemolíticas, distrofia muscular progressiva, dermatomiosite, colangite (inflamação dos ductos biliares) e infecção por parasitas. 50% dos pacientes com AVC AST
A. DESORDENS HEPATOCELULARES
Em dano hepatocelular leve a forma predominante no soro é citoplasmática, enquanto em lesões graves há liberação da enzima mitocondrial, elevando a relação AST/ALT. 
AST/ALT < 1: lesão mais extensa e menos profunda. 
AST/ALT 1: maior gravidade da lesão - lesão mais profunda.
Hepatite aguda: Os níveis de aminotransferases séricas elevam-se uma a duas semanas antes do início dos sintomas. Os aumentos podem atingir até 100 vezes os limites superiores dos valores de referência, apesar de níveis entre 20 e 50 vezes serem os mais encontrados. As atividades máximas ocorrem entre o 7º e 12º dia; declinando entre a 3º e 5º semana, logo após o desaparecimento dos sintomas. Na fase aguda da hepatite viral ou tóxica, a ALT , geralmente, apresenta atividade maior que a AST. A relação AST/ALT é menor ou igual a 1. Geralmente, encontram-se hiperbilirrubinemia e bilirrubinúria com pequena elevação dos teores séricos da fosfatase alcalina. Alguns vírus caudadores: Infecção com o vírus da hepatite A, B, C, D ou E; citomegalovírus, parvovírus, herpes, febre amarela.
Cirrose hepática: São detectados níveis até 5 vezes os limites superiores dos valores de referência, dependendo das condições do progresso da destruição celular. Nestes casos, a atividade da AST é maior que a ALT. A disfunção hepatocelular provoca a síntese prejudicada da albumina, além do prolongamento do tempo de protrombina, hiperbilirrubinemia, teores de amônia elevadas e uremia baixa. Aumentos das aminotransferases, semelhantes aos encontrados na cirrose, são frequentes na colestase extra-hepática, carcinoma de fígado, após ingestão de álcool, durante o delirium tremens e após administração de certas drogas, tais como, opiáceos, salicilatos ou ampicilina. A relação AST/ALT frequentemente é maior que 1.
Mononucleose infecciosa: Pode ocorrer elevações de até 20 vezes os valores de referência, com o envolvimento hepático.
Colestase extra-hepática aguda: Entre as várias causas estão: retenção de cálculos biliares, carcinoma de cabeça de pâncreas e tumor dos ductos biliares.
Hepatopatia alcoólica: liberação de AST mitocondrial, aumentando a relação de AST/ALT para 3:1 a 4:1
4- QUAIS OS VALORES DE REFERÊNCIA?
AST – H: 11 – 39; M:10 – 37 ALT – H: 11 – 45; M: 10 – 37
5- COMO É DOSADO? 
Paciente: Não necessita cuidados especiais. 
Amostra. Soro*. Não usar amostra hemolisada. Poderá haver perda de atividade com o congelamento.
Interferentes. Valores falsamente aumentados: paracetamol, ampicilina, agentes anestésicos, cloranfenicol, codeína, cumarínicos, difenilhidantoína, etanol, isoniazida, morfina, anticoncepcionais orais, sulfonamidas e tiazidas. 
Método: Cinético UV
FOSFATASE ALCALINA (FAL OU FA OU PAL)
1- ONDE? Amplamente distribuída nos tecidos humanos, notadamente na mucosa intestinal, fígado (canalículos biliares), túbulos renais, baço, ossos (osteoblastos) e placenta. 
2- PARA QUE SERVE? Catalisam a hidrólise de vários fosfomonoésteres em pH alcalino (pH ótimo da reação in vitro é próximo a 10).
3- QUANDO ESTÁ ALTERADO? 
A - Obstrução intra-hepática. Como FA está localizada nas membranas de revestimento dos canalículos biliares, a enzima está elevada nas desordens do trato biliar. Pelo impedimento do fluxo biliar, a FA sérica atinge 2 - 3 X os valores de referência (podendo chegar a 10 - 15 X), dependendo do grau de estase biliar. Estes aumentos são devidos, fundamentalmente, ao: (a) incremento na síntese da enzima, (b) retenção de ácidos biliares no fígado que solubilizam a FA e a removem da membrana plasmática dos hepatócitos, e (c) regurgitação da enzima para a circulação pelo impedimento da excreção. 
As elevações ocorrem em: Lesões expansivas, carcinoma hepatocelular primário, metástases, abscessos e granuloma; Hepatite viral e cirrose apresentam pequenas elevações nos níveis séricos da FA; outras desordens como mononucleose infecciosa, colangite e cirrose portal também podem . 
B - Obstrução extra-hepática. A atividade eleva 3 - 10 X os valores de referência na obstrução parcial ou total do colédoco. Encontrados nos cálculos biliares e câncer de cabeça de pâncreas. 
C - Enfermidades ósseas. Aumentos na atividade da FA ocorrem em pacientes com doenças ósseas caracterizadas pela hiperatividade osteoblástica. 
- Doença de Paget (osteíte deformante), como resultado da ação das células osteoblásticas na tentativa de reconstrução óssea que está sendo reabsorvida pela atividade não-controlada dos osteoclastos. A FA atinge de 10 - 25 X o limite superior dos valores de referência. 
- Osteomalácia e raquitismo, apresentam pequenos aumentos de FA, que declinam após terapia com vitamina D. 
- Hiperparatireoidismo primário e secundário, incrementos pequenos de FA refletem a presença e a extensão do envolvimento ósseo. 
- Tumores ósseos osteoblásticos primários ou secundários, com valores bastante elevados.
- Fraturas ósseas, pequenos aumentos de FA.
D - Outras desordens: pancreatite aguda e crônica, insuficiência renal crônica, septicemia extra-hepática, infecções bacterianas intraabdominais, síndrome de Fanconi, tirotoxicose e hiperfosfatemia transiente benigna em crianças. Alguns fármacos: cloropromazina, estrogênios e progesterona. 
E - Gravidez. Aumentos da FA de 2 - 3 X são observados no terceiro trimestre de gravidez; a enzima adicional é de origem placentária. Aumentos ou reduções inexplicáveis da FA predizem complicações na gravidez, tais como hipertensão ou pré-eclâmpsia.
4- COMO É DOSADO? 
Paciente: Deve permanecer em jejum por 4 h antes da coleta.
Amostra: Soro ou plasma (heparina). Evitar hemólise, pois os eritrócitos contêm, aproximadamente, seis vezes mais FA que o soro. Os valores podem estar mais elevados após a ingestão de refeição rica em gorduras. 
Interferências: Resultados falsamente elevados são encontrados em pacientes submetidos a tratamento com paracetamol, aspirina, agentes antifúngicos, barbitúricos, difenilidantoína, morfina, anticoncepcionais orais e tiazidas.
Métodos: Cinético
GAMA-GLUTAMILTRANSFERASE (GGT OU -GT)
1- ONDE? Fígado, rins, intestino, próstata, pâncreas, cérebro e coração. Encontra-se em maior concentração no tecido renal, mas seu significado clínico remete especialmente às doenças hepatobiliares, com grande sensibilidade. Está localizada no retículo endoplasmático das células epiteliais dos ductos biliares. O grau de elevação é útil no diagnóstico diferencial entre as desordens hepáticas e do trato biliar
2- PARA QUE SERVE? Catalisa a transferência de um grupo -glutamil de um peptídeo para outro peptídeo ou para um aminoácido produzindo os aas - glutamil e cistenil-glicina. Envolvida no transporte de aas e peptídeos na membrana celular, síntese proteica e na regulação da glutationa tecidual.
3- QUANDO ESTÁ ALTERADA? 
A- Obstrução intra- e extra-hepática: São observados os maiores aumentos (5 - 30 X) nas colestases do trato biliar – processo patológico primário da cirrose biliar, colestase intra-hepática e obstrução biliar extra-hepática.
- A -GT é mais sensível e duradoura que a fosfatase alcalina e as transaminases na detecção de icterícia obstrutiva, colangite e colecistite.
- A -GT é útil na diferenciação da fonte de elevação da fosfatase alcalina, já que seus valores estão normais em doenças ósseas e na gravidez.
- A -GT é importante na avaliação do envolvimento hepatobiliar em adolescentes, pois a atividade da fosfatase alcalina está elevada durante o crescimento ósseo.
- Para diferenciação, nas doenças hepatocelulares incluem também a elevação das transaminases, bilirrubinas, tempo de protrombina prolongado e hipoalbuminemia.
B- Enfermidades hepáticas induzidas pelo álcool: A -GT é um indicador do alcoolismo. Em geral, as elevações enzimáticas nos alcoólatras variam entre 2 - 3 X os valores de referência. Por outro lado, a ingestão de álcool em ocasiões sociais não aumenta, significativamente, a - GT. Estes ensaios são úteis no acompanhamento dos efeitos da abstenção do álcool. Nestes casos, os níveis voltam aos valores de referência em duas ou três semanas, mas podem elevar novamente se o uso do álcool é retomado. Em vista da susceptibilidade da indução enzimática, a interpretação da -GT em qualquer caso, deve ser realizada à luz dos efeitos de drogas e álcool.
Como a -GT é uma enzima microssômica, assim seus níveis aumentam em resposta à indução enzimática. Isso explica os níveis séricos elevados em alcoólatras crônicos e em pacientes que usam fármacos indutores do sistema enzimáticos microssomal.
C- Hepatite infeciosa: Aumentos de 2 - 5 X os valores de referência; nestes casos a determinação das aminotranferases (AST/ALT) é de maior utilidade.
D- Neoplasias: apresentam atividade da -GT mais intensa e mais precoce que outras enzimas hepáticas.
E- Esteatose hepática: É a mais comum das hepatopatias alcoólicas, mas também é descrita em outros quadros como: hepatites medicamentosas, nutrição parenteral, corticoterapia, diabetes e nas desnutrições proteicas. Pequenos aumentos (2 - 5 X) ocorrem pela indução das enzimas microssomais pelo álcool. Nas outras condições os aumentos são menores.
F- Drogas/fármacos: A -GT está presente em grandes quantidades no retículo endoplasmático liso e, portanto, susceptível a indução de aumento da sua atividade por drogas, tais como a fenitoína, warfarina e fenobarbital. Nestes casos, as elevações atingem níveis 4 X dos valores de referência. 
H- Fibrose cística (mucoviscidose): Elevam a -GT por complicações hepáticas decorrentes.
I- Câncer prostático: São encontrados níveis moderadamente elevados. Outros tipos de câncer com metástase hepática também provocam aumentos da enzima. 
J- Outras condições. Lupus eritematoso sistêmico e hipertireoidismo.
Atividade normal da enzima é encontrada em enfermidades ósseas (enfermidade de Paget, neoplasma ósseo), em crianças acima de 1 ano e em mulheres grávidas saudáveis – condições em que a fosfatase alcalina está aumentada. Apesar da -GT ser encontrada no pâncreas e rins, a enzima não eleva em desordens nestes órgãos a menos que exista envolvimento hepático.
4 – VALORES DE REFERENCIA 
Homens < 60; Mulheres < 40
5- COMO É DOSADO? 
Paciente: Jejum variável. Não deve ingerir álcool durante 24 horas antes do exame. 
Amostra: Soro ou plasma (EDTA). Estávelpor 7 dias em temperatura ambiente. Quando congelada é estável por 2 meses. 
Interferências: Resultados falsamente elevados: fenitoína, fenobarbital, glutemidina e metaqualona. 
Métodos: Cinético.
5’-NUCLEOTIDASE
1- ONDE? É achada essencialmente no fígado na membrana plasmática de células do parênquima hepático e nas células dos ductos biliares, mas também nos rins e no sêmen. 
2- PARA QUE SERVE? Catalisa a hidrólise da maioria dos ribonucleosídios 5’- monofosfato e desoxinucleosídios 5’-monofosfato em nucleosídios correspondentes e ortofosfatos. 
3- QUANDO ESTÁ ALTERADO? Sua atividade sérica aumenta de 2 a 6 X em doenças hepáticas que interferem com a secreção biliar (cálculo, cirrose biliar etc). A sua avaliação ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial entre câncer ósseo e hepático, visto que a 5’-nucleotidase raramente está elevada no câncer ósseo. Quando acoplados com elevação da fosfatase alcalina, os níveis de 5’-nucleotidase indicam metástase hepática.
• Valores elevados: alcoolismo, cirrose, cirurgia, colestase fármaco-induzida, disfunção hepática, metástase hepática e obstrução extra-hepática; 
• Valores reduzidos: hepatites. 
4- QUAIS OS VALORES DE REFERÊNCIA? 2 a 10 U/L. 
5- COMO É DOSADO? Paciente: Jejum não obrigatório; Amostra: Soro. Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8 ºC ou congelada por até 3 meses; Métodos: Fotometria em modo cinético.
LACTATO DESIDROGENASE (LDH OU LH)
1- ONDE? É amplamente distribuída em todas as células do organismo, especialmente no miocárdio, rim, fígado, hemácias e músculo esquelético.
2- PARA QUE SERVE? É uma enzima da classe das oxidorredutases que catalisa a oxidação reversível do lactato a piruvato, em presença de NAD+ que atua como doador ou aceptor de hidrogênio.
3- QUANDO ESTÁ ALTERADO?
A- Infarto agudo do miocárdio: A LD no soro aumenta 8 a 12 horas após o infarto do miocárdio, atingindo o pico máximo entre 24-48 horas; estes valores permanecem aumentados por 7 a 12 dias (LD-1 e LD-2). 
B- Insuficiência cardíaca congestiva, miocardite, choque ou insuficiência circulatória: A LD eleva mais do que 5 X os valores de referência. 
C- Anemia megaloblástica: A deficiência de folato ou vitamina B12 provoca destruição das células precursoras dos eritrócitos na medula óssea e aumenta, em até 50 X, a atividade da enzima sérica por conta das isoenzimas LD-1 e LD-2 que voltam ao normal após o tratamento. 
D- Válvula cardíaca artificial: É uma causa de hemólise que eleva as frações LD -1 e LD-2.
E- Enfermidade hepática: Os aumentos não são tão efetivos como os das aminotransferases (AST, ALT): - Hepatite infecciosa tóxica com icterícia, provoca aumento de até 10 X os valores de referência; - Hepatite viral, cirrose e icterícia obstrutiva, apresentam níveis levemente aumentados: 1 ou 2 X. 
F- Mononucleose infeciosa: Os teores séricos da LDH são geralmente altos, talvez porque a LDH seja liberada dos agregados das células mononucleares imaturas do organismo. 
G- Enfermidade renal: Especialmente necrose tubular e pielonefrite. Entretanto estes aumentos não estão correlacionados com a proteinuria e outros parâmetros da enfermidade renal. 
H- Doenças malignas: Mostram incrementos da LDH no soro, especialmente aquelas com metástases hepáticas. Elevações importantes são encontradas na doença de Hodgkin, câncer abdominal e pulmonar. 
I- Distrofia muscular progressiva: Aumentos moderados especialmente nos estágios iniciais e médios da doença: eleva a fração LDH-5. 
J- Trauma muscular e exercícios muito intensos: Eleva principalmente a LDH-5, dependendo da extensão do trauma.
K- Embolia pulmonar: A isoenzima LDH-3 está elevada provavelmente pela grande destruição de plaquetas após a formação do êmbolo. 
L- Pneumocistose: Em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência adquirida. Esta suspeita deve ser confirmada através dos caracteres clínicos e dos níveis de hipoxemia dos gases arteriais.
Correlação clínica das isoenzimas da LDH: 
• LDH-3 : pacientes com vários tipos de carcinomas.
• LDH-4 e LDH-5 : são úteis na detecção de desordens hepáticas (distúrbios intra-hepáticos) e desordens do músculo esquelético, como a distrofia muscular. Na suspeita de enfermidade hepática, com LDH total muito aumentada e quadro isoenzimático não-específico, existe possibilidade da presença de câncer. 
• A LDH pode formar complexos com imunoglobulinas e revelar bandas atípicas na eletroforese. O complexo com a IgA e IgG, geralmente migra entre a LDH-3 e LDH-4. Este complexo macromolecular não está associado a nenhuma anormalidade clínica específica. 
• LDH-1 e LDH-2 : infarto do miocárdio; 
• A LDH pode atuar sobre outro substrato, além do lactato, tais como o -hidroxibutirato. A subunidade H tem afinidade maior pelo - hidroxibutirato do que as subunidades M. Isto permite o uso deste substrato na medida da atividade da LDH-1 e LDH-2, que consistem quase inteiramente de subunidades H. Este ensaio é conhecido como a medida da atividade da -hidroxibutirato desidrogenase ( -HBD). 
• A -HBD não é considerada uma enzima distinta, e sim uma representante da atividade da LDH-1 e LDH-2. A atividade da -HDB está aumentada naquelas condições em que as frações LDH-1 e LDH-2 estão elevadas. 
• No infarto do miocárdio, a atividade da -HBD é muito similar aquela da LDH-1. 
• LDH na urina: Elevações da atividade da LDH na urina de três a seis vezes os valores de referência estão associados com glomerulonefrite crônica, lupus eritematoso sistêmico, nefroesclerose diabética e câncer de bexiga e rim. 
• LDH no LCR: Em condições normais a atividade da LDH no LCR é bem menor do que a encontrada no soro sanguíneo. A distribuição isoenzimática é LDH-1>LDH- 3>LDH-2>LDH-4>LDH-5. No entanto, estes valores podem aumentar e/ou modificar em presença de hemorragia ou lesão na barreira cerebral sanguínea provocada por enfermidades que adicionam LDH de origem sistêmica ao LCR. Além disso, as isoenzimas da LDH são liberadas das células que se infiltram no LCR. Por exemplo, na meningite bacteriana, a granulocitose resultante produz elevações da LDH-4 e LDH-5, enquanto a meningite viral causa linfocitose que provoca elevações da LDH-1 e LDH-3. Alguns autores observaram aumentos na fração LDH-5 no LCR em presença de tumores metastatisados, enquanto em tumores cerebrais primários mostram aumento em todas as frações. Em neonatais, elevações da LDH são observadas em hemorragias intracranianas e estão de forma significativa associadas com distúrbios neurológicos com convulsões e hidrocefalia.
5- COMO É DOSADO? Paciente: Não é exigido preparo especial; Amostra: Soro ou LCR. O soro deve estar completamente isento de hemólise (resultados falsamente elevados). A demora na separação do soro pode ocasionar resultados alterados. SEPARAR EM ATÉ 1 HORA. O congelamento da amostra diminui a atividade enzimática; Interferentes: Resultados falsamente elevados: ácido ascórbico, anfotericina B, barbitúricos, carbonato de lítio, clofibrato, carbutamina, cefalotina, clonidina, cloridrato de clorpromazina, cloridrato de procainamida, codeína, hormônio tireóideo, lorazepam, meperidina, mitramicina, morfina, niacina, nifedipino, propranolol, metildopa, bilirrubina (> 10 mg/dL); Resultados falsamente reduzidos: esteróides anabólicos, androgênios, oxalatos , tiazidas, triglicerídeos (> 1000 mg/dL); Método: cinético UV

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