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Métodos para abordar a integridade celular: 
- Aumento das enzimas: 
Quando há aumento da permeabilidade celular ou lesão da membrana celular hepática, as enzimas do 
citosol como ALT, gama GT e DHL tem seus títulos aumentados no sangue. 
Por outro lado, quando há necrose celular com destruição da mitocôndria, as enzimas que se elevam no 
sangue são as AST e gamaGT. 
o Relações enzimáticas: 
O valor de ALT geralmente excede o de AST nos processos inflamatórios e apenas quando se há 
necrose que o valor de AST ultrapassa o de ALT. 
NOTA: quando a razão AST/ALT excede a 1 sugere que a lesão tecidual é mais grave. Ex: caso de doenças 
neoplásicas e, principalmente, na hepatite alcóolica aguda grave, esta relação pode ser maior que dois. 
o Transaminases: 
AST e ALT estão distribuídas por todo o corpo no citosol das células. Atuam catalisando a 
transformação reversível de alfacetoácidos em aminoácidos e são consideradas parâmetros básicos no 
diagnóstico e seguimento da doença hepática. 
O valor de referência da AST é menor que 32 U/L para as mulheres e menor que 37 U/L para os 
homens. O valor de referência da ALT é menor que 31 U/L para as mulheres e menor que 41 U/L para os 
homens. As transaminases são estáveis no sangue total por 12 a 24 horas, aumentando gradualmente 
pela liberação dos eritrócitos. 
o Gamaglutamiltransferase (gamaGT): 
Catalisa a transferência de uma molécula gamaglutamil de peptídeo ou outro composto para ele mesmo, 
outros peptídeos, aminoácidos ou água. 
A atividade de gamaGT nos rins é a mais alta, porém não resulta em elevação dos níveis. No fígado, é 
encontrada na membrana dos hepatócitos e epitélio do ducto biliar. 
O que pode influenciar nos valores de gamaGT? Medicações aumentam até 5 vezes os níveis de gamaGT 
(etanol, fenitoína, barbitúrico, carbamazepina e ácido valproico). O aumento no índice de massa corpórea 
também aumenta os seus níveis. 
Resultados alterados de gamaGT: 
Pode ter duas causas: 
 
 
Interpretação 
Aline Lessa – p6 
 FUNÇÃO HEPÁTICA 
 
- Síntese de novo aumentada (uso de medicação, substâncias químicas, colestase e regeneração celular 
provocam esse aumento). 
- Dano à membrana do hepatócito. 
Os níveis de gamaGT aumentam não só durante o dano hepático, mas também na fase de regeneração 
celular. Ex: após hepatite viral aguda e após cirrose. 
Pequeno dano hepático é suficiente para aumentar a gamaGT e ALT. 
NOTA: a gamaGT é considerada o marcador mais sensível de dano hepático. 
NOTA: nas colestases, a sensibilidade da gamaGT é 6 vezes maior que a fosfatase alcalina, sendo bem 
específica também. 
 
DHL elevada com CK (creatinofosfocinase), ALT e AST normais ou levemente elevadas sugerem dano 
nos leucócitos, eritrócitos, rim, pulmão, linfonodo ou tumores. Aumento de CK, DHL e maior aumento em 
AST que ALT ocorre na injúria de músculo cardíaco ou esquelético. 
o Ferro e ferritina: 
O hepatócito é local de síntese de transferrina e de armazenamento de ferro na forma de ferritina ou 
de hemossiderina. 
A ferritina é proteína de fase aguda, elevando-se em processos inflamatórios e em várias condições: 
febre, artrite reumatoide, hepatite viral e em outras inflamações crônicas. 
A elevação do ferro que geralmente corresponde a aumento na ferritina é encontrada primariamente na 
hemocromatose hereditária e secundariamente na hepatite viral, necrose hepática, doença hepática por 
álcool etc. Isso ocorre porque a lesão estrutural do hepatócito provoca liberação de ferro da célula, 
ocasionando o aumento sérico. 
 Métodos para abordar alterações na excreção: 
Diminuição na capacidade de excreção hepática pode ser considerada critério de dano no parênquima do 
fígado. As alterações de excreção tanto podem ser de causa endógena, que seria a excreção de produtos 
do metabolismo, quando causa exógena, que seria a eliminação de substâncias usadas para avaliação 
funcional do fígado. 
o Bilirrubina: 
 
o Desidrogenase lática (DHL): 
Encontra-se presente no citosol de todas as células e 
tecidos do corpo, toma parte na via glicolítica. 
Resultados alterados: 
- O aumento de DHL não é específico de dano em nenhum 
órgão e depende da associação de outras enzimas 
alteradas para sugerir o órgão de origem. 
A bilirrubina é o maior produto do metabolismo do heme, presente na hemoglobina, mioglobina e 
citocromos. 
No baço, a meta-hemoglobina das hemácias é quebrada em globina e heme. O anel de porfirina do heme é 
oxidado por oxigenase heme microssomal, produzindo biliverdina. A biliverdina redutase reduz a 
biliverdina em bilirrubina não conjugada, que é transportada até o fígado em sua maior parte associada à 
albumina; apenas pequena fração é de bilirrubina livre. No fígado, tanto a bilirrubina livre quanto a ligada à 
albumina entram no espaço de Disse. 
A bilirrubina conjugada é excretada na bile pelo sistema transportador de ânion orgânico multiespecífico 
canalicular; defeitos no gene que codifica esta enzima causam a síndrome de Dubin-Johnson. Defeito 
desconhecido na excreção da bilirrubina é responsável pela síndrome de Rotor. 
Aumento das bilirrubinas: 
As hiperbilirrubinemias podem ser divididas em icterícias pré, intra e pós-hepáticas. 
- Icterícia pré-hepática (hemólise): há produção aumentada de bilirrubina não-conjugada com aumento 
transitório de bilirrubina indireta, cursando com função hepática normal. 
- Icterícia intra-hepática (lesão hepatocelular): transaminases elevadas e gamaGT e fosfatase alcalina 
estão normais ou ligeiramente elevadas. 
- Icterícia pós-hepática (colestase): baixa de transaminases e gamaGT e fosfatase alcalina elevadas. 
 Marcadores enzimáticos de colestase: 
Compreendem fosfatase alcalina, leucina aminopeptidase, 5’-nucleotidase e gamaGT. 
o Fosfatase alcalina: 
As isoenzimas estão presentes no fígado, nos ossos, nos rins, no intestino, no pulmão e na placenta, sendo 
codificadas por diferentes genes. A atividade sérica da FA é devida, principalmente, às isoenzimas do 
fígado e osteoblastos. 
FA elevada: 
- As causas mais comuns são doenças hepáticas e óssea. A atividade de FA é aumentada pelos ácidos 
biliares, considerados marcadores mais sensíveis e precoces de colestase, precedendo a FA. 
- O aumento da FA é por maior síntese, resultando em secreção aumentada no sangue. A FA do ducto 
biliar é formada na doença hepatobiliar, colestase e processo expansivo no fígado. 
- Na icterícia obstrutiva e na colangite, a atividade de FA é maior que nas obstruções intra-hepáticas e 
estará mais elevada nas obstruções completas. 
- A FA eleva-se durante o crescimento, fraturas ósseas, no último trimestre da gestação e durante a 
cicatrização. 
FA diminuída: 
Ocorre na hipofosfatasemia congênica, hipotireoidismo, caquexia, hemólise, hepatite fulminante por 
doença de Wilson, na deficiência de zinco e magnésio ou após uso de estrogênio, clofibrato e 
anticoagulantes. 
o Leucina aminopeptidase (LAP): 
Está presente principalmente no fígado e nos ductos biliares e é encontrada no pâncreas, na mama, no 
intestino e nos rins. 
São localizadas no microssomo dos hepatócitos, sendo que altas atividades são observadas nos ductos 
biliares. 
Níveis elevados: 
- Doenças biliares e colestáticas. 
- Doença alcóolica, mononucleose infecciosa, pancreatite, CA de mama e nas colagenoses do tipo vascular. 
NOTA: no caso de aumento de FA com LAP normal, sugere doenças hepatobiliares. 
o 5’-nucleotidase (5’-NU): 
É encontrada ligada à membrana no fígado, no cérebro, no coração, nos vasos sanguíneos, no pâncreas e 
no intestino. 
Eleva-se nas: 
- Colestases, doença biliar e tumores hepáticos. 
o Cobre: 
Substância endógena secretada pela bile, o cobre encontra-se elevado nas colestases, icterícia obstrutiva, 
colangite biliar primária, tumores malignos, Kwashiorkor, insuficiência do pâncreas exócrino, uso de 
estrógeno e no último trimestre de gestação. Está diminuído na doença de Wilson. 
o Colesterol: 
Sua elevação pode ser observada nas colestasesintra e extra-hepáticas, devido a aumento da síntese no 
hepatócito e na parede intestinal e pela retenção dos lipídios biliares. 
Aumento importante é detectado na cirrose biliar primária. Entretanto, quando o dano hepático é severo, 
tal como na cirrose, há diminuição na síntese de colesterol. 
o Fatores de coagulação: 
Os fatores de coagulação I (fibrinogênio), II, V, VII e IX a XIII são sintetizados nos hepatócitos. 
O fator VIII está normal ou elevado nas doenças hepáticas. Os outros fatores estão diminuídos. Os 
fatores XI e XII, que têm maior meia-vida, permanecem normais até estágio bem avançado da doença 
hepática. 
Os níveis normais de fator VIII, XI e XII na doença hepática mantêm o tempo de tromboplastina parcial 
ativado normal na fase inicial da hepatopatia. 
 Métodos para avaliação mesenquimal: 
Quando a alteração hepática compromete seu componente mesenquimal podem-se observar alterações 
nas taxas de gamaglobulinas e imunoglobulinas. Nas doenças hepáticas crônicas, e estágios tardios de 
doença hepática aguda ou subaguda, observam-se elevações nas gamaglobulinas associados à exposição 
 
persistente a antígenos por deficiência do sistema retículo endotelial e a uma hiperreatividade global do 
sistema imunológico. Sua presença não permite nenhum diagnóstico, porém possibilita avaliar o estágio 
dela. 
A presença de elevadas concentrações de IgA, p. ex., associada à elevação de gamaglobulinas e da VHS 
sugere-se hepatite autoimune, se por outro lado a IgG é que predomina, com nível de IgM e IgA normal ou 
pouco aumentado, fala mais a favor de quadros hepáticos crônicos. No caso da cirrose, tanto IgG quanto 
IgA elevadas podem ser encontradas. Na esteato-hepatite podemos encontrar uma elevação mais 
discreta das IgA e IgG, porém se associado a ingestão de álcool ou drogas, a IgA terá elevação mais 
intensa. 
 
 Diagnóstico sorológico das hepatites virais: vírus hepatotrópicos: 
Hepatite A: 
 
Hepatite B: 
 
 
Sobre a hepatite B, resumindo: 
o HBsAg: indica a presença ou não da doença. 
o Anti-HBs: indica se o paciente está curado ou tomou a vacina. 
o Anti-HBc IgM: indica se o paciente tem uma infecção aguda. 
o Anti-HBc IgG: indica se o paciente apresenta uma infecção crônica ou uma cicatriz sorológica. 
o HBeAg: indica alta taxa de replicação viral. 
o Anti-Hbe: indica baixa replicação viral, controle da replicação. 
Hepatite C: 
O marcador sorológico desta hepatite é o anti-HCV, que representa contato prévio do indivíduo com o 
vírus, porém não esclarece se a infecção é recente ou tardia, bem como não confere imunidade. Sendo 
assim, só se pode dizer que a infecção é aguda quando se detecta a viragem sorológica, que pode 
ocorrer entre 11 e 20 semanas do quadro agudo.

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